Não Somos Racistas

Não Somos Racistas Ali Kamel




Resenhas - Não Somos Racistas


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AlanBorel 05/06/2023

Reflexo daquilo que colhemos hoje
Cirúrgico em sua análise e baseado em fatos importados de nações fortemente separadas pelo racismo, a leitura flui de um autor que defende o atual chefe do executivo , porém, consegue expor as mazelas criadas pela aplicação da política de cota em nossa sociedade como uma profecia, conseguindo separar seus viés politico daquilo que hoje separa nossos conterrâneos.
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Jaqueline 23/12/2022

Um desserviço para o progresso social
Escreve sem embasamento nenhum. Totalmente pautado em opiniões e achismos pessoais sem nexo, coerência ou sequer pesquisa científica.
Esse livro deveria ter sua publicação retirada.
Dou meia estrela porque não consigo dar menos.
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Mauricio 23/12/2022

Ridículo, sem noção.
Existem livros feitos apenas para ocupar espaços vazios na estante. - Carlos Drummond.

Livro totalmente alienado, sem fundamentos pautado em opiniões vazias e incoerentes.
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Liana 27/02/2022

Fora da realidade
O livro ignora os dados e fatos da realidade e se baseia nas vozes da cabeça do autor. É completamente descolado da realidade. Ou trata-se de incoerência cognitiva ou má fé.
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JOhAnO 01/05/2021

Eu não sou racista.
Um assunto que sempre tem estado em alta há alguns anos é o racismo. Acho interessante e acompanho o que surge aqui e ali sobre ele. É uma questão premente no mundo todo. As mídias ocidentais, o ambiente acadêmico e muitas pessoas públicas estão mais ou menos de acordo sobre o assunto. Sendo um país “multiétnico”, no Brasil o eixo do assunto está na discriminação dos brasileiros de pele escura, a raça negra.

Pensei nos relacionamentos que tive ao longo da vida, desde a infância, passando por adolescência, juventude e idade adulta. Quantas pessoas de cor de pele diferente da minha eu encontrei, convivi, devotei amizade, amei ou não… Realmente não me recordo de ter olhado para nenhuma delas como inferior a mim por causa de sua cor. A diferença que vejo em quem é diferente convida-me antes a incorporar algo dele do que em princípio segregá-lo. Adotei como princípio de vida, respeitar a quem enfrenta os mais fortes, reverenciar os que protegem os mais fracos e tentar imitar os dois tipos.

Resolvi ler um pouco sobre o assunto particular do racismo neste País, tão colorido e ao mesmo tempo tão obscuro. Como não poderia, para escrever sobre isso, ler muito material, lancei mão de duas pequenas obras, que vi, no meu diletantismo de amador, como representativas de dois pólos em eterno confronto. Uma delas, de Ali Kamel – Não Somos racistas – será objeto de alguns comentários no texto abaixo. A outra ficará para um próximo texto.

Resenha do livro “Não Somos racistas”

Apesar de modesto, tem menos de 150 páginas, o livro de Ali Kamel tem a densidade dos fatos. É um trabalho de pesquisador, de um curioso, mas também de um detetive competente. A princípio, não acredita no que falam sobre o racismo no Brasil, já que o que falam não casa com o que ele vê. Segundo ele, uma das maiores forças do Brasil é a sua característica de nação melting pot, ao contrário, por exemplo dos EUA, que é uma nação multicultural ou multiétnica. Neste caso as diferentes culturas, etnias, credos, raças coexistem, mas não convivem. Vivem justapostas, mas não aglutinadas. Estão sob determinada égide nacional, mas seguem separadas como uma casa construída sem argamassa. Pode-se desconstruir a residência tijolo por tijolo e a ideia de casa terá desaparecido após essa operação. Já no primeiro caso, no Brasil, é impossível desconstruir sem destruir, pois cada tijolo, cada parede, estão unidos como uma coisa só. O melting pot seria então, segundo o autor, aquilo que nos fazia sentir “(…) orgulhosos da nossa miscigenação, do nosso gradiente tão variado de cores(…)”. O que o livro se propõe investigar é que estaríamos sendo “reduzidos a uma nação de brancos e negros. Pior: uma nação de brancos e negros onde os brancos oprimem os negros.”



Ali Kamel, como gente que não leu ou leu sem entender pode ser levada a pensar, não descarta o racismo. Em nenhum momento ele afirma não haver manifestações abjetas de racismo no Brasil. O que ele faz, por exemplo, nas inevitáveis comparações com os EUA (esperadas, já que os dois países são coevos) é afirmar o óbvio, isto é, que o racismo ianque é muito mais acintoso e manifesto do que por aqui, que seria um racismo “envergonhado”.

No capítulo inicial “Gênese da nação bicolor” um nome se repete, Fernando Henrique Cardoso. No início de sua trajetória como sociólogo plantou a semente do “racismo a qualquer custo”, que depois foi transplantada nos governos do Presidente FHC e se tornaram frondosas jabuticabeiras nos governos Lula e Dilma. Com perícia clínica o livro mostra como o jovem intelectual FHC “passa a bola” para o ladino político FHC e os dois “fundamentam” o mito de que as agruras do negro no Brasil são preponderantemente filhas do racismo e não só da pobreza. O truque é exposto com clareza. A pobreza não é uma chaga. O racismo é. Que se combata o racismo, não a pobreza, pois isso seria erguer a maioria pobre a melhores condições socioeconômicas e fatalmente, mais cedo ou mais tarde, perder… eleitores, eleitores facilmente manipuláveis. Uma classe, brancos, contra a outra, negros. Laboratório marxista na prática!?

O pretenso cientificismo ideologizado que ergue o punho e aponta, babando e vociferando a palavra “raça” também é examinado. O autor traz opiniões e estudos de especialistas (médicos geneticistas) sobre o assunto. Conquanto longa, vale a pena uma citação:

“O geneticista Sérgio Pena já mostrou isso num estudo brilhante. Usando os marcadores moleculares de origem geográfica, ele analisou o patrimônio genético de cidadãos negros da cidade mineira de Queixadinha e descobriu que 27% deles tinham uma ancestralidade predominantemente não-africana, isso é, maior do que 50%. Considerando-se os brancos de todo o Brasil, descobriu-se que 87% deles têm ao menos 10% de ancestralidade africana. Nos EUA, esse número cai para apenas 11%. Ou seja, no Brasil, há brancos com ancestralidade preponderante africana e negros com ancestralidade preponderante européia. Somos, graças a Deus, uma mistura total.”

E arremata com uma obviedade, daquelas do tipo atual, como ter de explicar que o céu é azul: “Raça, até aqui, foi sempre uma construção cultural e ideológica para que uns dominem outros.”

Disse que o livro é pródigo em números. A parte que mais me intrigou foi o capítulo “Sumiram com os pardos”. É recorrente entre ativistas do “movimento negro” (que não passa de uma articulação político-partidária, só instrumentalmente preocupada com os negros) a frase “lacradora” “a pobreza no brasil tem cor, e ela é negra”. Dizem muito “o Brasil tem a maior população negra depois da Nigéria”. Mas essa interpretação (distorção) é falaciosa, já que soma pardos e pretos e os classifica como “negros”. Segundo Kamel, os brancos são, de fato, 51,4% da população. A grande omissão diz respeito aos pardos: eles são 42% dos brasileiros. Entre os 56,8 milhões de pobres, os negros são 7,1%, e não 65,8%. Os brancos, 34,2%, e os pardos, 58,7%. “Portanto, se a pobreza tem uma cor no Brasil, essa cor é parda.”

Para citar só um dos muitos efeitos deletérios de políticas públicas embasadas em dados falseados e interpretações enviesadas, as práticas de cotas e ações afirmativas se baseiam na certeza estatística de que os negros são 65,8% dos pobres, quando, de fato, eles são apenas 7,1%. Na hora de entrar na universidade ou no serviço público, os negros terão vantagens. Os pardos, não. Do ponto de vista republicano, isso é grave.

Tocante e saboroso, o capítulo “Educação, a única solução” revive um pouco das experiências do autor, quando aos 11 anos, começou a estudar no Colégio Santa Rosa de Lima, no Rio de Janeiro. Nessa parte, ele apresenta números reveladores sobre a educação no Brasil e no mundo. E mais uma vez, a manipulação e o engano são a tônica das estatísticas. A panaceia do autor para a questão do racismo é o óbvio de sempre: investimento maciço em educação. Brancos, pardos e negros pobres precisam para ontem de uma escola séria, não a draga que engole inutilmente nossos impostos. A política imoral e criminosa dos últimos governos nos colocou num beco sem saída na questão do racismo. Qual candidato a algum cargo na República proporá o fim das cotas raciais ou sociais? O “mercado de votos” será implacável com ele.

O último capítulo faz uma advertência muito séria, quando afirma que o multietnicismo tão em voga no mundo ocidental hoje em dia não é, ao contrário do que alguns pensam, um marco civlizatório, “algo chique”, como escreve Kamel. Ele diz que

“(…) nações multiétnicas estão num degrau abaixo em termos de ideal civilizatório: no topo, nações misturadas, em que cor e “raça” são noções de um passado bárbaro; no meio, nações multiétnicas, em que a discriminação é odiosa, mas onde a mistura é evitada como “antinatural”; e no degrau mais baixo, as nações que se orgulham de sua pureza racial, seja ela qual for.”

Eu levaria um pouco mais longe essa constatação. Não seria essa divisão entre “raças” um estratagema para armar um campo de batalha entre irmãos, que de outra maneira jamais se voltariam uns contra os outros? Vemos o que ocorre nos EUA na questão racial. Praticamente um barril de pólvora sempre prestes a explodir. Por aqui, vez ou outra, a mídia de massa (sempre ela) dá nó em pingo d’água para erguer bem alto a bandeira vermelha do racismo a qualquer custo, mesmo sacrificando a inteligência de quem paga pelas notícias. Não somos uma nação bicolor, não somos multiétnicos. Somos miscigenados, somos um só povo. O povo brasileiro. Um povo imperfeito, como qualquer outro. Mas como todos os povos, a caminho da redenção e com uma missão particular a cumprir. Isso precisa ser resgatado. Precisa ser trazido à tona. Não pode ser esquecido. Num Brasil em que judeus, palestinos e árabes conseguem conviver em paz, negros, brancos e pardos terão perdido essa arte? Duvido.

Adair.Wolff 03/09/2022minha estante
Seu JoHaNo, eu parei de ler seu comentário na parte do "assunto que SEMPRE tem estado em alta há ALGUNS ANOS", o assunto sempre esteve em alta, ou está em alta faz alguns anos? não entendi. Acho que esse livro está muito enganado, usa pesquisa e espreme os dados para passar pano para o racismo brasileiro tentando pregar uma sociedade sem divisão étnica, mas isso é um dos fatores que vem fortalecendo o racismo no Brasil, o fingimento de que ele não existe e que não afeta as vidas de cada cidadão desse país.


Marlo R. R. López 28/02/2023minha estante
A afirmação de que "somos um único povo misturado sem distinção" é falaciosa e, esta sim, passível de ser usada por uns para dominar a cabeça de outros. Embora miscigenado, o Brasil possui diferentes ancestralidades étnicas, e é desnecessário dizer quais delas sofre racismo (não é a europeia). Há uma tentativa de silenciamento óbvia das culturas indígena e africana, algo que perpassa todas as camadas sociais desse país. Esse livro me parece ser útil apenas para mostrar como pensava a Rede Globo antes da recente onda de extrema-direita que fez ela mudar de barco.


Rogerio.Stefanelli 14/11/2023minha estante
Toda essa prolixidade para defender o indefensável. E ainda cita os dados tirados por Kamel sabe-se lá de onde.




Pedro.Paulo 26/03/2021

Um exemplo de pensamento retrógrado
Ignorando o histórico escravocrata do país, o autor - partindo de premissas equivocadas e argumentos frágeis, que não resistem à crueza da realidade factual brasileira - advoga a tese de inexistência do racismo no Brasil.

Kamel defende que em um país miscigenado como o nosso há, em verdade, um "classismo", uma aversão aos "pobres" e, sem citar fontes, afirma que esse desprezo seria mesmo universal (págs. 113-114), ou seja, existente em todas as partes do mundo (wtf).

Reconhece que os negros são maioria entre os pobres e que se cria no inconsciente coletivo uma associação "automática" entre pobreza e negritude, mas teme que políticas públicas afirmativas criem tensões raciais até então inexistentes em nosso país - tese que já se provou infundada com o passar dos anos.

Talvez o único ponto da obra a ser salvo seja a tímida defesa, ao final do livro, de aumento dos investimentos estatais em educação.

Enfim, a leitura vale mais como um documento histórico e exemplo de pensamentos retrógrados e inconsistentes.
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Ju 26/12/2020

Um livro que me gerou diversos desconfortos, mas interessante para ser lido, principalmente para as pessoas que gostam de sair da sua zona de conforto e entender os dois lados da moeda.
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Gleyson 16/09/2020

Lixo
Uma visão retrógrada e imaginária da sociedade. Recomendável apenas para entender como pensa a direita conservadora sobre o assunto.
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Shaftiel 19/07/2020

O tempo mostra muita coisa
O tempo tem muito a ensinar sobre esse livro.
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Vinícius Finger 27/05/2020

Muito ruim
Esse livro pode ser lido como um documento histórico precursor do neofascismo brasileiro. Sem embasamento científico ou metodológico, o editor do jornal nacional, inventa uma novo Brasil visto da janela dos bairros de elite do brasil. Nele não existe racismo, nem teria havido escravidão ou repercussões ruins do racismo. Não passa de uma propaganda anti-cotas e anti-PT. Disposta a negar o racismo e a desigualdade, para poder criticar a lei de cotas. Passado anos de sua publicação, se comprova que sua tese principal, de que as cotas iriam "racializar" o país, se demonstraram erradas. O autor envergonha a si mesmo, com suas previsões exageradas, que apenas serviram (e servem) para mascarar o racismo institucional e a desigualdade no país.
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Lis Paula 04/06/2020minha estante
Ali Kamel! Principal porta voz do fascismo tupiniquim! Aff... Coragem a sua! Digno de nota!


Marlo R. R. López 28/02/2023minha estante
Sim. Esse livro foi mais um tijolo no muro da propaganda anti-progressista que deu no que deu. Entre 2005 e 2014 o tipo de mentalidade presente nesse livro era lugar-comum na imprensa. O pessoal não entende que cada publicação irresponsável como essa foi responsável pela lavagem cerebral que hoje a gente vê por aí...




Albert.Garriga 19/05/2018

De um fascista para fascistas
Só um hipócrita se agarra no livro para tirar a culpabilidade da consciência.
O Brasil é dos países mais racistas que visitei na minha vida. A imagem que se tem do exterior de país em armonía é totalmente falso. Quem negue isso ou é retardado ou hipócrita.
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FilipeSS 17/09/2014

Não Somos Racistas
Não Somos Racistas é um ótimo livro. Escrito por um jornalista indiscutivelmente habilidoso, que destila seu texto de maneira eficiente expondo sua opinião acerca do tema. Valendo-se de dados recolhidos em pesquisas que em geral são usadas justamente para defender que o Brasil é um país racista. Ora, em momento algum Ali Kamel nega haver racismo no nosso país, pois onde houver seres humanos haverá algum tipo de preconceito, porém ele discorda veemente ser este um traço definitivo na nossa sociedade. O jornalista ataca de fronte questões como as cotas raciais nas universidade, e os auxílios financeiro como o Bolsa Família. Sempre com argumentos fortíssimos embasados por números recolhidos em pesquisas sérias. É sem dúvida uma ótima leitura para quem quer aprofundar-se no tema já que com medo de parecerem racistas, a maioria dos brasileiros enxerga e discute o assunto partindo de um mesmo ponto de vista.
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-Shadowcat- 09/08/2012

Ali Kamel precisa sair mais.
Marcelo 16/12/2013minha estante
Por que?


Adair.Wolff 03/09/2022minha estante
Marcelo? Se vc precisa que explique isso, é porque vc não leu o livro, ou talvez esteja precisando sair mais de casa também. kkkkkkkkkk




Robertah 31/01/2010

Onde eu estava com a cabeça...
Esse é o tipo do livro que tem que ser avaliado SIM pelo título...
Fiz uma troca de livros e esse foi o escolhido por mim, aonde imaginei que seria um 'conto' ou até mesmo histórias, mas não... Esse livro não passa de dados estatísticos seguidos a risca pelo autor e em cima disso construída a sua opinião.
Não recomendo e tô doidaaaaaa pra passar pra frente rs...
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