Tudo que deixamos para trás

Tudo que deixamos para trás Maja Lunde




Resenhas - Tudo Que Deixamos Para Trás


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Hamilton* 11/06/2021

Humanos
Esse é um livro com personagens muito complexos e aprofundados e difíceis, de lidar e entender, todos possuem uma humanidade bem construída, e que faz com que você os amém e odeiem em diferentes momentos, além de eu só conseguir elogiar a escrita da autora por ser extremamente fluida e boa e simples.
Rkive 08/01/2023minha estante
O melhor livro que já li


Gabriel153 02/01/2024minha estante
Eu simplesmente concordo contigo. Os 3 pontos de vista são ótimos, mas a Tao foi a que eu mais torci no livro inteiro.




Isabel.Dornelles 20/07/2020

Tocante
Um livro profundo que nos faz refletir sobre o que é realmente importante.
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Jezinha 14/08/2023

Uma das 3 melhores leituras do ano.
Esse livro certamente fala sobre perda e esperança mas também é um daqueles livros que nos fazem refletir sobre o que estamos fazendo em nível global. As nossas ações hoje serão sim responsáveis pelo nosso futuro e o futuro das outras pessoas.

Numa trama que apresenta 3 personagens que vivem em diferentes séculos, com inquietações muito particulares e ao mesmo tempo parecidas entre si, Tudo que deixamos para trás me conquistou logo nas primeiras páginas. Os personagens são cativantes e extremamente humanos. Impossível não torcer para que cada um, a sua maneira encontre a sua paz, a sua resposta e consiga viver com esperança. 5 estrelas e já garantido entre o Top dos melhores livros do ano.
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Tamirez | @resenhandosonhos 24/04/2017

Tudo que Deixamos para trás
Tudo que deixamos para trás foi uma surpresa. Quando fui apresentada ao livro e a premissa de uma distopia que focava no desaparecimento das abelhas, achei que seria uma trama chata pela qual eu não me envolveria, mas fui positivamente surpreendida pela forma como a história vai se enlaçando.

Em um primeiro momento tudo vai parecer desconexo. Três situações em três épocas diferentes. Três pessoas com quase nada em comum a não ser uma conexão com abelhas, mas esse não é o único ponto de convergência e é muito legal ver tudo sendo explicado enquanto caminhamos pela vida desses personagens. Além da distopia em si, esse é um livro sobre o relacionamento familiar. Pode não parecer, mas entendendo mais sobre os protagonistas é fácil ver como cada um deles tem uma relação forte com os filhos e de como isso se torna relevante e com destaque na narrativa.

Tao é uma lutadora. Ela tem 28 anos, é casada e tem um filho. Nessa sociedade você só pode engravidar até os 30 anos e precisa pagar uma taxa para ter um segundo filho, a qual eles estão economizando. Como vivem em um regime praticamente escravo tudo é muito difícil. No futuro ela vê o filho seguindo o mesmo caminho que todas as demais crianças, indo pra escola aprender a polinizar e saindo de lá um soldadinho que fará mecanicamente um trabalho injusto. Mas ela quer mais e no privado tenta ensinar o menino matemática, geografia e outras coisas que considera importante.

“Não quis aprender por aprender, quis aprender para compreender.”

Quando algo acontece com o menino, há um estopim na história e vemos as coisas começarem a girar em volta de um conflito mais real. É em Tao que vemos a garra e a vontade de mudar o futuro. É nessa mulher esquecida em um lugar no ocidente que reside a gana por buscar respostas e com a qual infelizmente algumas coisas ruins podem acontecer.

William é o personagem que eu menos gosto e passei o livro todo questionando sua presença. Ele quer status, mas tudo dá errado. deixa a família a mercê de sua doença, não fornecendo suporte, até que não haja mais o que fazer. Quando finalmente se põe de pé, seus olhos se voltam para o único filho homem e herdeiro de seu nome, enquanto ignora as filhas e aquela que parece realmente entender o que ele está fazendo.

George é o típico pai conservador que quer que o filho siga seu mesmo caminho. O jovem, porém, quer ser escritor. A relação dos dois é bem evasiva e distante e os esforços do patriarca parecem afastar ainda mais o garoto. Mesmo assim Tom entende o peso que aquilo tem para sua família e por vezes se dobra a vontade do pai, ajudando quando necessário nas poucas vezes em que está em casa. É com esse núcleo que vamos acompanhar a coisa realmente acontecer.

“Assim como o zangão, sacrifiquei a vida pela procriação.”

Segundo a trama o desaparecimento das abelhas começou em 1980 e alcançou seu estopim entre 2007 e 2011, não deixando nada depois disso a não ser um mundo que precisava achar formas de sobreviver sem o importante animal. Sem os insetos e sua polinização a fertilização foi a baixo e tudo entrou em colapso. O motivo seria o excessivo uso de pesticidas e claro, o impacto disso na natureza.

Ao fim do livro a autora cita uma série de artigos reais e científicos que embasam o livro e um possível estudo do que aconteceria caso as abelhas realmente desaparecessem. Isso, enquanto outros tantos livros de distopias trazem fatos bem menos críveis, foi o que também deu crédito pra mim à história. Não é algo impossível ou até distante. Todos sabemos que ano após ano animais são extintos graças a feitos da raça humana. Já temos uma infinidade de raças que ficou no passado e isso tende a aumentar conforme o desgaste que causamos no planeta e o descuido com ele.

Sendo uma distopia em volume único, achei a proposta bem diferente e interessante depois que mergulhei na história. Acho que fãs de livros como A Evolução de Calpurnia Tate ou com uma pegada mais ambientalista podem se identificar bastante com o cenário. Outro fator é termos personagens adultos e não adolescentes comandando a narrativa. Tudo que deixamos para trás não é um young adult e acho que a capa e o trabalho gráfico já deixam isso claro.

“Tinha pensado que teria que escolher, mas eu daria conta das duas: tanto da vida como da paixão.”

Pra mim que fui sem expectativa e esperando algo bem diferente, a leitura demorou um pouco a engrenar. Mas depois de estar dentro do livro e ter compreendido totalmente as três visões, foi super fácil avançar e a escrita da autora se tornou fluída e rápida.

Então, caso você esteja procurando uma distopia diferenciada, adulta e bem diferente, Tudo o que deixamos para trás pode ser uma boa opção para investir. A editora também fez um bom trabalho com a edição deixando ela bem característica.

site: http://resenhandosonhos.com/tudo-o-que-deixamos-para-tras-maja-lunde/
Karina 04/07/2018minha estante
Olá. Comecei a ler esse livro e acabei não terminando a leitura ainda. Precisei dar um tempo. Amo distopias, mas acima de tudo, amo livros que envolvem ciência... sua resenha me incentivou a retomá-lo.
Você conhece mais algum título como você disse na resenha? Não conheço esse que vc citou, mas vou olhar agora mesmo... se puder me indicar mais alguns... obrigada.




Jayne L. Oliveira 18/06/2020

O colapso das abelhas e as relações familiares
"Albert Einstein previu no século passado que, se as abelhas desaparecessem da superfície da Terra, o homem teria apenas mais quatro anos de vida." É assim que a Pública abre a reportagem publicada em março de 2019 sobre a morte de meio bilhão de abelhas em três meses no Brasil.

O sumiço das abelhas é assunto recorrente na mídia. Nos Estados Unidos, pesquisadores observam o fenômeno desde o início do século, mas no Brasil, o alerta só começou em 2005.

Agora, imagine um mundo sem abelhas em que a polinização é feita manualmente por pessoas que trabalham nos campos. "Tudo que deixamos para trás", da escritora norueguesa Maja Lunde, mostra esse cenário e vai além.
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Na China futurista de 2098, Tao passa seus dias pendurada em árvores, trabalhando com polinização manual enquanto deseja para o seu filho uma vida e educação melhores que a sua. Tudo muda quando, em um dia de folga, Wei-Wein vai brincar nos campos e acaba vítima de uma reação alérgica desconhecida.

Em 2007, George é um apicultor norte-americano que luta para manter o negócio da família produtivo enquanto lida com o desinteresse de seu filho e observa as abelhas desaparecem das fazendas vizinhas.

Apaixonado por observar a rotina de insetos cooperativos, William é um biólogo inglês deprimido que, em 1852, quer criar um novo tipo de colmeia e, assim, despertar em seu filho mais velho a paixão e o interesse nos estudos.

Mais do que uma história sobre o desaparecimento das abelhas e a escassez de recursos no mundo, "Tudo que deixamos para trás" é sobre relações familiares e as expectativas que os pais criam em cima dos filhos.
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Livro: Tudo que deixamos para trás
Autora: Maja Lunde
Tradutora: Kristin Lie Garrubo
Editora Morro Branco

site: https://apublica.org/2019/03/apicultores-brasileiros-encontram-meio-bilhao-de-abelhas-mortas-em-tres-meses/
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Janderlaine 14/08/2022

Lentamente encantador
Tudo o que deixamos para trás, é uma leitura agradável, que apesar de particularmente ter demorado muito para finalizar, meu agradou profundamente.
A escrita é boa, e a narração de cada personagem tem um toque especial, diferente, como se realmente fossem pessoas diferentes, em lugares diferentes, e épocas distantes. A história de cada um é interessante a sua maneira, apesar do ritmo lento e de achar algumas partes enroladas demais, me peguei virando as páginas anciosa para a próxima parte da história, para os mistérios que se desenrolavam.
Mas com toda certeza, o maior motivador era a completa desesperança que vai se infiltrando nas páginas em sua reta final, tornando a história e seus personagens desoladores, sem perspectivas, para no fim surpreender e encantar, semeando esperança, mesmo que para alguns, em seu fim.
Maja Lunde, escreve com maestria, entrega muito mais do aparentemente pode parecer.

Tudo que deixamos para trás, merece ser lido a cada página.
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Érika 13/09/2022

Quero criar abelhas
Meio romance, meio distopia, meio previsão do futuro? Leitura as vezes um tanto pesada mas bem fluida. Confesso que me deu uma vontade enorme de criar abelhas ?
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Flavinha 11/04/2021

O tanto que o ser humano é capaz de modificar sua realidade, seu ambiente e o quanto isso afeta definitivamente. Um livro que nos traz pontos p vários questionamentos. Vale muito a leitura.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 02/06/2021

Já Li
"Tudo que Deixamos para Trás" foi publicado em 2017 e conta três histórias ao mesmo tempo, cada uma delas em uma época diferente. O ponto em comum entre as três épocas e os três protagonistas é que todos são apicultores e suas vidas giram em torno das abelhas.
Inglaterra, 1852, William: William tem uma família enorme (sete ou oito filhos e a esposa) e todos eles estão quase na miséria pois William não consegue mais trabalhar, aparentemente acometido por depressão. Depois de meses trancado no quarto sem sequer tomar banho, William reencontra seu próposito quando uma de suas filhas, Charlotte, propõe que ele retome os estudos das abelhas e construa um novo modelo de colméia.
Estados Unidos, 2007, George: George é um homem do campo, bastante prático e realista, às vezes rude e teimoso, que conduz um negócio como apicultor na zona rural do país. Seu negócio está sendo superado por fazendas de abelhas mais modernas e produtivas, mas ele se recusa a ceder à tecnologia, e prefere fazer as coisas "à moda antiga". George é um dos primeiros apicultores do mundo a presenciar o estranho fenônemo do desaparecimento das abelhas.
China, 2098, Tao: Tao, a única personagem feminina da história, é uma das trabalhadoras que artificalmente poliniza as flores, já que as abelhas não existem mais e os países precisaram encontrar formas de continuar com a polinização, para que a Humanidade não morresse de fome. Em um dia de folga, ela leva seu filho ao parque, onde ele sofre um acidente, é levado pelo Governo e desaparece misteriosamente da vida dela.

Por mais que o tema central da obra seja o desaparecimento da abelha e suas consequências, senti que a mensagem central do livro, na verdade, é sobre paternidade/maternidade. Os três protagonistas são péssimos nisso: William é completamente ausente da família e deixa todo o peso da vida doméstica para sua esposa, a quem culpa por seu estado de espírito; George não consegue se aproximar do filho, um jovem que busca a carreira de jornalista e não dá a mínima para o negócio da família, e cada tentativa de aproximação apenas afasta mais seu filho; Tao é uma mãe rígida que tenta forçar o filho a ser inteligente e estudioso, impedindo-o de se divertir e de experimentar o mundo.

William é um personagem entediante, para dizer o mínimo. Ele se ressente de não ter seguido no caminho das Ciências e coloca toda a culpa/responsabilidade na esposa "que não parava de gerar filhos". E, mesmo quando vê toda sua família passando fome - e, aliás, é sua esposa que ainda consegue manter todos vivos - ele não se importa com nenhum deles, só com seu antigo mentor que perdeu o respeito por ele quando seu primeiro filho nasceu.
Tao gerou zero conexão em mim. Eu até gostei quando ela resolve ir atrás do filho desaparecido, deixando para trás o marido apático e insosso, mas achei que ela não funcionou muito bem como a personagem que mostraria o futuro da Humanidade sem as abelhas. Maja usa sua busca como cenário para mostrar como o mundo ficou mas, como não me apeguei a Tao, também não consegui me conectar com a história em si.
E, por fim, George foi o mais interessante dos três. Senti dó dele, tentando se aproximar do filho e conseguindo exatamente o oposto. Vi um pouco da minha própria família nesta relação, então vai ver é por isso que gostei mais dele. Além disso, George tem um arco de desenvolvimento um pouco mais completo que os demais, o que me agradou.

Sobre a parte da ficção-especulativa em si, quando o livro terminou, fiquei com uma sensação de frustração, ficou faltando alguma coisa. Primeiro, porque a conexão entre os três persnagens é fraca e distante, não foi o suficiente para me surpreender ou me emocionar. Depois, porque o destino do filho de Tao é meio óbvio e acabou com o possível clímax. E, por fim, porque Maja não realmente aprofunda a especulação, que se limita a uma explicação no meio da história e algunas cenas com Tao.
Não é um livro ruim, até recomendo sua leitura, mas não é, nem de perto, incrível como li em algumas críticas.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2021/06/ja-li-140-tudo-que-deixamos-para-tras.html
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Alan kleber 20/02/2021

Tocante.
Uma poderosa história sobre o relacionamento entre pais e filhos e o sacrifício que fazemos por nossas famílias.
Em 1852, William é um deprimido biólogo inglês, que deseja criar um novo tipo de colmeia capaz de trazer reconhecimento para sua família. Em 2007, George é um apicultor americano que luta para manter o negócio produtivo e acredita que seu filho pode ser a salvação de sua fazenda. Em uma China futurista, quando todas as abelhas desapareceram, Tao trabalha com polinização manual. Enquanto passa seus dias pendurada em árvores, deseja para seu filho uma educação e vida melhores do que a sua.
- Você não pode pensar assim - disse ela enfim. Então virou a cabeça e olhou para mim com seus olhos claros, cinzentos. - Já ganhei mais do que uma menina possa esperar. Mais do que qualquer outra menina que conheço. Tudo o que você me mostrou, me contou, de que você me deixou participar...
Todo o tempo que passamos juntos, todas a conversas, tudo o que você me ensinou... Para mim você é... eu...
Ela não concluiu a frase, apenas permaneceu sentada. Depois de um tempo, disse:
- Não poderia ter tido um pai melhor.
Um soluço escapou de mim, olhei para o ar, focando cegamente no nada, enquanto lutava contra a vontade de chorar.
Ficamos sentados, o tempo passou. A natureza estava em torno de nós, com todos os seus sons, o canto dos pássaros, o sopro do vento, o coaxo de uma rã. E as abelhas. Seu zunido brando acalmou-me.
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bernadete.dalla 24/03/2020

No início achei a leitura bem interessante, mas depois achei um pouco massante, mas me surpreendeu como as três histórias se entrelaçaram
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Allyne 30/11/2021

Esperança
Que livro incrível! Problemas familiares em três núcleos diferentes, separados por décadas. Um tema super interessante que passa no passado, presente e futuro. E se entrelaça no final em um grande desfecho.
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Nandara.Secco 06/08/2020

A força da comparação
Caramba! Quantas vezes, durante a leitura, tive que segurar o choro?

O livro me chamou a atenção pelo enredo e pelo prêmio ganhado, além de, é claro, ter nascido uma curiosidade, já que nunca havia lido nada de nenhum autor norueguês. A escritora, sendo mulher, me animou ainda mais para lê-lo. Ainda assim, não o comprei, ganhei de aniversário de alguém muito importante para mim, que o escolheu a dedo dentre os meus "desejados" aqui no Skoob. Que gata surpresa!

A vida corrida me fez dar uma longa pausa um pouco antes da metade do livro, já que a leitura se mostrava um pouco parada. Mas vi a pilha de livros se acumulando e resolvi retomar. Que bom que o fiz, realmente, a partir da experiência aparentemente normal de Tao - uma das personagens do livro - abateu-se sobre mim uma vontade voraz de terminar a leitura.

Uma história chocante, que nos alerta para um futuro previsível e terrível, mas que, na sua contrução, trata de um assunto tão delicado, profundo e sensível: as relações familiares e as escolhas que tomamos por conta dela. Incrível, sublime e, como são essas relações: complexo. Um enredo que se completa e se explica conforme avançamos para o final.

Por fim, o capítulo em que William explica como as abelhas morrem quando suas asas não suportam mais é uma das melhores analogias da vida que eu já li, poético, uma comparação perfeita do que acontece com nós, humanos, quando sentimos o peso do mundo nas costas.
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