Rogéria. Uma Mulher e Mais Um Pouco

Rogéria. Uma Mulher e Mais Um Pouco Márcio Paschoal




Resenhas -


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Raffafust 09/12/2016

Eu logo me interessei em ler a história de Rogéria pois sempre admirei que ela tivesse respeito no meio artístico, sim, mesmo tendo nascido Astolfo Pinto, ela conseguiu ter uma carreira de sucesso no meio em tempos onde não era nada normal homens se vestirem de mulheres, e mais impressionante ainda, sobreviveu à ditadura fazendo seus shows.
O que talvez eu não esperasse e aí confesso que achei o livro pesado, são os detalhes de algo que ela mesma assume ser viciada: em sexo. Desde que teve a primeira relação- e aqui explico que Rogéria nunca quis fazer operação afinal é feliz com o que tem- não parou mais e raramente manteve relacionamentos que durassem mais tempo que suas apresentações no palco.
Ao me deparar com os relatos, assumo que a forma como o autor escolheu para contar foi extremamente prazerosa na leitura. Ele narra as histórias de Rogéria e então entra em outra cor o texto que é ela própria falando sobre o que aconteceu na data.
Não há nomes de famosos que tiveram casos com ela, mas há vários indicadores de muitos deles em diversas áreas: de políticos a jogadores de futebol. o furacão Rogéria nunca deixou escapar um que ela se sentisse atraída.
Diferente da maioria dos travestis da época que tinham que se prostituir e com isso acabavam viciadas, ela primeiro começou como maquiadora de grandes estrelas como Emilinha e Dalva de Oliveira para depois lançar-se no showbiz com seus shows inspirados em sua diva maior que era Marilyn Monroe.
Com a ida a Paris e carreira à toda no Moulin Rouge ela se viu sendo desejada por muitos homens, como ela mesma conta nunca aceitou fazer programas mas se dormia com alguém e a pessoa queria lhe pagar, passou a aceitar muitas vezes.
Para comprar seu primeiro apartamento no Brasil ela se submeteu ao que não gostava e pode ser visto assim como a única vez que fez programa já que teve que transar com uma mulher e o marido rico assistiria à tudo, fez com muito esforço, e não gosta nem de recordar da cena.
Intensa e sem meias palavras é uma mulher que vive o que lhe é oferecido e o que ela deseja, sendo assim não avalia seus amantes, dormiu com um camelô que ficava próximo ao seu edifício mas também teve homens que lhe cobriam de jóias.
Os detalhes podem chocar os mais puritanos, eu confesso que me "assustei" com alguns relatos já que imaginei que ela fosse contar que viveu grandes amores com algum marido por anos..o que não acontece, ela fazia sexo com todos e como ela mesma diz seu lado homem nessa hora aflora, não se prende a ninguém.
A paixão pela mãe também está presente, a companheira e que nunca a recriminou por ser diferente tem muitas citações da filha saudosa que a perdeu em 2011.
A carreira como cantora e como produtora de shows de striptease, as atuações na tv e no cinem, tudo está presente. E fazem dessa biografia um interessante livro para quem quiser saber mais da vida da primeira travesti a estrelas propagandas no Brasil e ser reconhecida pela sociedade

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2016/12/resenha-rogeria-uma-mulher-e-mais-um.html
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Carolina Corrêa 04/03/2021

Incansável
Como de se esperar, história incrível da arrebatadora e incansável Rogéria.
Pioneira em muitos aspectos, sua vida é narrada em fatos engraçados, loucos e desafiadores.
Particularmente, me tocou muito a questão familiar, restando claro o diferencial no futuro dos homossexuais, transgêneros e afins que contam com aceitação de seus entes - no caso de Rogéria, uma mãe espetacular, acima da média.
O livro deixa clara a dimensão da artista, que segue em frenética atividade.
A grande história merece um capricho na revisão de uma nova edição, pois são encontrados tanto erros de redação, como de formatação.
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Xico 23/03/2021

Gritei e falei: artista
Acompanhar a trajetória de Rogéria desde seu surgimento e ascensão até os momentos finais de sua vida é acompanhar uma faceta muito importante da nossa história ponto final é enxergar como o Brasil tratava a população trans em plena ditadura militar e traçar paralelos com o agora. você vai rir e se emocionar com essa história de sobrevivência de uma grande artista.
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Poesia na Alma 16/02/2017

“Eu nunca sofri bullying, eu sou o bullying.”
Rogéria – uma mulher e um pouco mais, de Marcio Paschoal, Editora Arqueiro, 239 páginas, traz a história de um grande ícone nacional, a travesti Astolfo-Rogéria. A trajetória de Rogéria é relada a partir de sua estreia no mundo, em 1943 e ainda se chamava Astolfo Barroso Pinto.

Ela relata que teve sorte de ter nascido numa família amorosa, mas isso não a livrou dos comentários cruéis na escola, o que facilmente resolvia na porrada.

“Eu nunca sofri bullying, eu sou o bullying.”

Na adolescência as explosões tão naturais em conhecer o próprio corpo e sentir prazer começam a aparecer. Além disso, depois de anos reencontra o pai, que deixava claro sua opinião sobre homossexualidade.

http://www.poesianaalma.com.br/2017/02/resenha-rogeria-uma-mulher-e-um-pouco.html
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Ana Paula FZ1 23/01/2018

Eu amo de paixão ler biografias, sempre me vejo curiosa pra saber mais sobre a vida de alguém, seja la quem for esse alguém rrss. Claro que tem umas que são uma droga, mas outras, como essa, são divertidas, cheias de muita historia.

Desde seu lançamento, em meados de 2016, eu estava muito curiosa para ler esse livro. Conhecer a historia dessa pessoa que parecia ser incrivelmente bem humorada, divertida, talentosa, despudorada. Não me decepcionei.

A cada nova página lida, a cada nova historia contada, a cada relato dos seus momentos eu me divertia muito com tudo o que essa mulher, sim mulher, fez na vida.

Rogéria nunca escondeu que era Astolfo e Astolfo nunca escondeu que era Rogéria.

Nessa ótima leitura entramos no mundo das plumas, dos paetês, das viagens, da ascensão e da fama, que ao longo dos mais de 40 anos de carreira, fizeram da Rogéria a maior de todas. Suas dores, seus amores, como e onde tudo começou, e a constatação de que ela nasceu pra ser estrela. As viagens internacionais, as perdas e os ganhos com homens que queriam estar com ela. A invejinha das concorrentes, o amor pela mãe, a mídia que a amou na grande maioria dos momentos de sua vida.

Marcio contou a historia e Rogeria reiterava descrevendo detalhes do que o autor mencionava. Fatos e fotos, tudo documentado, e a felicidade que ela sentia em ser reconhecida como uma artista, e mesmo tendo ela nascido ele, seu sucesso e sua fama foi feito por ela ter se transformado em Rogeria, e o público, de todas as idades, a respeitavam exatamente por isso. Sorte que ela conseguiu ver sua vida relatada nessa obra antes do seu falecimento em setembro de 2017.


site: http://paixaoporleituras.blogspot.com
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Alyne 03/05/2020

Sabia de Rogéria muito pouco, e o livro ampliou a imagem desse mito da cultura brasileira. Do abandono do pai à homofobia do padrasto, mas sempre com a compreensão da mãe e o reconhecimento de seu talento.
A obra só peca por não deixar 100% claras as datas de alguns eventos.
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Vivi 24/01/2021

Uma verdadeira DIVA
Que história de garra, persistência, luta e sonho.
Rogéria foi um acontecimento dentro da era teatral, um talento nato e muita garra.
Vale a pena a leitura e sentir a inspiração que essa artista nos presenteia.
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