Meu Delírio

Meu Delírio Érica Christieh




Resenhas - Meu Delírio


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Léo 28/01/2017

Livro bom, história bem conduzida
Hoje o editorial é voltado à esfera dramática do gênero romance, que desde a algum tempo, vem se tornando muito comum e bastante procurado por um grupo de leitores que parece crescer cada vez mais. A apresentação é a respeito do segundo livro de uma trilogia, escrita pela romancista Érica Christieh e publicado desde vez através da Editora Fonzie. Meu Delírio, sucessor de Minha Obsessão, é um título realmente que faz jus à sua história. O enredo, desenvolvido de maneira bem detalhada pela autora, conta com uma série de partículas dramáticas do cotidiano, que reunidas ao cerne do romantismo nacional, representam um conjunto essencial do próprio modelo. Formado com um núcleo onde o comportamento humano é a base da apresentação, Meu Delírio apresenta ao leitor, muitas reviravoltas, mentiras, descobertas, decisões e frustrações, que fazem até mesmo o mais desconfiado leitor se envolver facilmente com o todo o grupo de personagens. Não há como não notar que o livro foi escrito com sentimento e realismo, e desta vez esta mais fácil de perceber isto. Para aqueles que gostam de drama, é fácil dizer que esse livro é uma excelente indicação, visto que a dramatização exposta pela autora durante a história é capaz de fazer qualquer leitor virar realmente parte do enredo. Entretanto, como todo drama enfrentado na vida, a história também apresenta alguns contras que trazem para o leitor certos descontentamentos durante a leitura, referentes a personagens e argumentos.

É impossível comentar algo sobre Meu Delírio sem trazer à tona algumas lembranças e sentimentos obtidos no primeiro volume da trilogia, Minha Obsessão. Lá conhecemos Zoe Morgan, protagonista do enredo e todo o círculo de personagens que Érica Christieh traz à superfície de maneira excelente. Quem leu o primeiro volume não esquece a temática circunspecta que a autora fez questão de priorizar enquanto elaborava a história, e cá entre nós, a elaboração e condução de Minha Obsessão chamam atenção e prendem, tanto pela ousadia quanto pela veracidade exposta nos casos. Em Meu Delírio, esse teor verossímil continua vivo até o fim do volume, deixando a desejar somente em um ponto muito importante que, apesar de ser até necessário para o desenvolver da trilogia, não agrada o suficiente por não trazer uma essência de logicidade.


''Eu esbanjo o meu melhor sorriso, enquanto sinto vontade de pular... somos maduros o suficiente para tomar conta de nossas vidas, mesmo que o mundo inteiro não concorde com nossa decisão.''


Apesar de comporta-se de forma mais madura, com muito mais firmeza e conduzir a trama de forma brilhante, creio que a autora certamente pudesse levar o drama a tomar rumos novos em vez de remexer o passado. Os critérios são até convincentes, entretanto, tornam-se sem sentido quando o leitor relembra os últimos acontecimentos. Nesse ponto, Zoe Morgan torna-se uma menina tola, que mesmo após danificar o seu psicológico por completo no volume anterior, demonstra ainda a mesma falta de amor próprio e incapacidade de reflexão neste segundo volume. A personagem até se reconstrói e evolui individualmente em outros pontos durante o drama, mas faz o leitor angustiar-se ao cometer os mesmos erros e não mostrar o crescimento que tantos esperavam em Meu Delírio. Mesmo sendo parte de um miolo de realismo intenso, as atitudes da guria, em muitos momentos, não agradam, e fica para o leitor decidir se isso é bom ou ruim e até que ponto pode ser favorável para a própria personagem.


''No pânico absoluto que se instala no meu peito, tudo o que consigo fazer é virar as costas e caminhar em passos largos em direção ao meu porto seguro. Eu preciso da solidão por algum momento, um instante só meu, onde eu posso confrontar a minha própria realidade.''


Mas, se por um lado os comportamentos da querida Zoe afligem alguns, a narrativa do volume é feita com maestria por Érica Christieh e os diálogos exteriorizam com perfeição os sentimentos dos personagens. A jogada dos capítulos — alguns narrados por personagens diferentes, diferindo seus pontos de vista sobre determinadas situações —, é muito boa e é um toque especial para que o leitor entenda e se apegue a alguns deles, envolvendo-se com seus martírios, amores, ideias e delírios. A tônica sobre comportamento humano é muito bem construída e manifestada. Pontos que não foram explicados no volume anterior, agora surgem e até surpreendem o leitor pela forma como são apresentados. Este torna-se um dos melhores momentos do livro, onde o vilão toma o instante, e os holofotes lhe garantem um momento de pura expressividade no livro. Este é um momento diferenciado e não esperado, e talvez por isso também, tona-se tão marcante. As alterações que o meio e as relações sociais proporcionaram ao longo da vida deste personagem, exibe um quadro realista, cruel e muito reflexivo a se explorar, mesmo após o término da leitura do livro.

Os vícios e a vulnerabilidade também não passam desapercebidos. Por muitas vezes peguei-me refletindo ao observar os atos de fraqueza que cada um dos personagens cometem ao confrontarem seus pontos fracos. A vingança, também muito bem exposta aqui e muito usada em outros títulos do gênero dramático, é a simbologia do estado mais realístico do enredo, mas não chega a surpreender tanto. Num geral, o livro é muito bom e destina-se ao amantes dos clássicos dramáticos, trazendo à tona — de novo, mas desta vez de maneira mais suavizada porém direta —, QUESTÕES importantes e graves que a nossa sociedade sempre encontra, como o abuso sexual, a pedofilia e a mentira.

''Você pode imaginar as piores formas possíveis que uma pessoa pode ser molestada? Ou pior, descobrir que sua mãe fizera isso pra pagar uma maldita dívida de drogas que ela tinha com um dos maiores traficantes da cidade?... Aquela velha maldita pagou por tudo o que me fez passar...''

Apesar do forte teor dramático, o livro em muitos momentos faz o leitor refletir sobre assuntos muito mais importantes, não somente no âmbito da individualidade mas também sobre os problemas da sociedade, e isso é de muita valia. Com certeza a parte mais essencial da trama. Parabéns a autora pela continuação da trilogia, que foi muito bem conduzida.

site: www.marcasliterarias.com.br
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Simone 10/09/2017

Uma sequência instigante!
O que antes era uma obsessão tornou-se delírio. Mas o que fazer quando tal devaneio parece verdade?! Com um conteúdo mais impactante, a autora apresenta as nuances que uma mentira pode causar. Zoe parece certa de si, porém se vê perdida ao ficar de frente com o seu maior pesadelo. Confesso que fiquei enfurecida com ela, principalmente quando deixou tudo de lado, partindo para reencontrar o passado.

Meu Delírio é uma sequência mais profunda, permeada de altos e baixos, apresentando ao leitor uma nova perspectiva. Zoe transbordou fragilidade e resistência, o que me deixou um tanto confusa: eu odiava e amava suas atitudes. Mas tão breve esse caos passou, mostrando uma mulher certa de si. Outro ponto que curti foi o fato de Elisabeth (mãe de Zoe), mostrar-se zelosa e amorosa, algo que não consegui enxergar no primeiro livro. Alguns trechos foram corridos, mas isso acontece no início do livro, algo que não afetou a leitura. O final teve uma grande e perigosa reviravolta, o que me deixou doidinha para conferir a sequência, ansiando pelo desfecho final.

P.S: Confira a resenha completa no link abaixo.

site: http://simonepesci.blogspot.com.br/2017/09/falando-em-meu-delirio-de-erica.html
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