Biia Rozante | @atitudeliteraria 07/06/2017Aquele jeitinho Willers de ser...Jason possui sua cota de preocupações e mesmo assim colocou a própria vida em pausa para poder estar ao lado do irmão incondicionalmente e agora que Oliver parece estar justamente onde deveria e encontrado seu lar, é sua vez de seguir em frente, mas para isso precisa resolver suas pendências do passado. Só que quanto mais ele tenta, mais difícil essa missão parece, entretanto Jason não é o tipo que desiste fácil, ele precisa de respostas, saber o que de fato aconteceu com sua ex-namorada, que escolhas ela fez e que caminho optou por seguir.
Los Angeles é seu destino, o lugar não poderia ser melhor caso ele estivesse ali de férias. Só que ele não está e se torna ainda mais frustrante quando fica sabendo que Helena não está na cidade, ou seja, terá que aguardar seu regresso.
Se deparar com Leah não estava em seus planos. Tudo sobre essa mulher notável o fascina, intrigante, ousada e maluca, ela leva a vida em alta velocidade, Leah é pilota de fórmula 1, determinada e focada em ser a melhor, independente dos caminhos que terá que percorrer e do preço a pagar para alcançar seus objetivos.
“Jason tinha algo que poucos homens têm, seus olhos transmitem confiança. Seu abraço conforta e traz segurança. Seu beijo é um convite para o paraíso. É como se ele dissesse: Eu sou o perigo, mas você estará segura.”
Não sei se vocês recordam, mas em FENOMENAL algumas revelações deixaram a relação entre Jason e Oliver abalada. Jason é todo certinho, centrado e é obvio que essa situação em aberto no seu passado não o deixaria confiante e satisfeito, para seguir em frente. Quando ele embarca a procura de respostas isso é tudo que busca, entretanto a viagem passa a se tornar algo muito mais intenso e revelador do que ele um dia chegou a imaginar para si.
COLATERAL nos apresenta um Jason muito diferente daquele que conhecemos. O irmão distante, seco, sério, revela uma nova face mais descontraída, sarcástica, brincalhona e sedutora. Jason é intenso em tudo que faz, é um homem apaixonado, que arrisca, se entrega e quando machucado se torna arisco e recua. Já Leah é uma força da natureza. Seu espírito livre, impulsividade, a maneira como encara a vida, colide diretamente com Jason, e são justamente suas diferenças que os confrontam e criam uma aura viciante na história. A palavra opostos cai muito bem neste casal. Enquanto Jason é todo metódico e centrado, Leah é inconsequente, sem limites, maluquinha, mas quando estão juntos é pura explosão. Eles sabem o que querem, o que desejam e tomam tudo quanto podem um do outro, entregar seus corpos é fácil, mas abrir mão do controle, de seus corações não faz parte do acordo.
“(...) Não foi apenas porque eu estava feliz Leah, meu coração quase explodiu porque ele voltou a bater, e bateu com uma força que me assustou. Eu tudo por você, para você.”
Só que não é apenas Jason que possui segredos e um passado que precisa de reparo. Leah também os tem, só que os dela ameaça diretamente sua recém conquistada relação e todo seu futuro. Resta saber se toda a paixão, entrega e intensidade que viveu em poucos dias será capaz de superar alguns obstáculos obscuros.
“Nunca havia questionado minhas escolhas, não até conhecê-lo pessoalmente.”
O que mais amei em COLATERAL foi à maneira como a autora conduziu o enredo – Rápido e direto -, é isso e pronto, não floreou, não tentou se aprofundar, apenas deu seu recado e tchau. É uma leitura rápida para quem está à procura de algo mais simples e despretensioso, sem perder aquele toque de drama e sensualidade. Outro ponto que me encantou foi poder rever os protagonistas do primeiro livro e como a autora gosta de judiar de seus leitores, fiquei roendo as unhas já ansiando o próximo livro, uma vez que... Senhor que epílogo foi aquele? Maldade (Dica, leia o epílogo de Fenomenal e em seguida leia o de Colateral, tu vai entender).
“Um dia de cada vez, uma esperança de cada vez, um coração partido de cada vez.”
COLATERAL fala acima de tudo sobre família, amigos, relações verdadeiras e escolhas. Perdemos tanto tempo ao longo da vida buscando bens materiais, realizar sonhos profissionais, ter satisfação pessoal e muitas vezes ao longo dessa busca nos esquecemos de que nada disso terá valor se não tivermos com quem compartilhar. No fundo, lá no cantinho escuro do nosso coração, não queremos ser sozinhos. Então de que adianta sacrificar tudo? É preciso encontrar aquilo que realmente te faz feliz e escolher com sabedoria cada passo. O dia de amanhã pode simplesmente não existir e as oportunidades se perderem num piscar de olhos. Equilíbrio sempre, entre razão e coração, é impossível viver apenas com um.
Andy Collins mais uma vez conquistou meu coração. Oliver segue sendo meu irmão preferido, mas Jason com certeza ganhou um espaço em meu coração. Que venha o livro da Sky e que seja tão intenso, enlouquecer, viciante e fenomenal e cheio de efeito colateral, como seu pai e tio foram.
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