Fernanda | @psiuvemler 29/04/2017O Bosque Subterrâneo | Blog Psiu, vem ler!O Bosque Subterrâneo faz parte das Crônicas de Wildwood e começa no exato ponto onde termina o livro O Bosque Selvagem. Quando eu vi que a obra havia sido lançada pelo selo Galera Junior, responsável por títulos infanto-juvenis, logo fiquei empolgada para ler, pois adorei outra publicação, como O Céu Noturno Em Minha Mente, que se tornou um de meus favorito.
A história acontece ao redor de quatro personagens principais. Nesse livro, a Prue já saiu da Floresta Impassável – uma barreira verde presente nas fronteiras da cidade, a qual os poucos que se arriscaram a atravessar, acabaram nem voltando – e agora vive dias tediosos na escola, sendo perseguida por sua nova professora, que pega no pé dela pela falta de atenção e notas baixas.
Mas as coisas voltam a ficar agitadas quando ela descobre que está em grande perigo e precisa aceitar a ajuda dos amigos que ficaram no Bosque. Mas ao chegar lá, ela descobre que precisará realizar uma importante missão que colocará todo o Bosque em suas mãos: reanimar o verdadeiro herdeiro. Ela precisará, então, deixar de importar-se com as pessoas que corriam atrás dela, querendo sua morte.
Paralelo à isso, também vamos descobrindo a história de Elsie e Raquel, duas irmãs que foram deixadas em um orfanato macabro – a princípio, apenas por duas semanas – enquanto os pais partem em busca do filho desaparecido, Curtis, que, por acaso, é o melhor amigo de Prue. Este decidiu ficar no bosque para fazer parte da família dos bandidos. Todas essas histórias têm alguma ligação e, às vezes, pode ser um pouco confuso caso você não tenha conhecimento do livro anterior, assim como eu.
Eu adorei ter esse exemplar em mãos, porque é uma leitura leve e super divertida. Achei que seria difícil acompanhar algumas coisas, mas, mesmo que eu não tenha entendido várias das referências, isso não atrapalha tanto a leitura, porque muitas das coisas são novas e, quando tem uma citação ou outra do livro anterior, é só continuar a leitura que dá para entender sobre o que estão falando.
O que eu mais gostei no enredo foi esse ar fantasioso, que remete a uma história bem infantil mesmo, mas que tem profundidade e seriedade para qualquer idade. Muitas vezes eu até esqueci a idade real de cada um, porque tudo o que era feito era muito bem pensado. Aos poucos Prue vai descobrindo que consegue, de certa forma, se comunicar com as plantas. O que acontece é que ela ouve o que as plantas estão sentindo, mas tudo através de gemidos e barulhos ininteligíveis, nenhuma palavra com compreensão.
Outra coisa que adorei foi o fato de alguns personagens serem animais que se comunicam com outros personagens, que têm consciência, que participam realmente da história como se fossem humanos. Para alguns, isso pode parecer estranho, mas eu sempre achei incrível esse tipo de coisa, hah.
Para finalizar, temos o trabalho feito pela Galera, que ficou realmente incrível. A capa mostra os nossos personagens principais, assim como alguns cenários e situações que eles precisarão enfrentar. As folhas são amareladas e a fonte é padrão. Durante a leitura encontramos diversas ilustrações, feitas por Carson Ellis, que seguem o padrão de traços da capa e que incentivam a imaginação durante a leitura. Além do mais, também temos uma parte especial no fim do livro, com algumas páginas de material diferente que abrigam outras ilustrações coloridas de cenas que aconteceram ao longo da história. Um trabalho realmente fantástico de todos os que participaram dessa criação.
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