Resenhas - Provas de liberdade

Lucas.Campos 17/07/2021

Provas de Liberdade
Quando foi levada da Senegâmbia e enviada para São Domingos (futuro Haiti), por volta de 1785, Rosalie talvez não imaginasse que a trajetória de sua família, através de cinco gerações, seria marcada pela luta contra a escravidão, o racismo, a desigualdade e o fascismo.
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Os historiadores Rebecca Scott e Jean Hébrard, através do que eles chamam de uma "micro-história posta em movimento", dão uma verdadeira aula de metodologia no trato das fontes, que proporcionaram resgatar dos arquivos de diversas cidades a experiência de vida de uma família que tinha um projeto de liberdade para os seus descendentes, que incluía a busca de dignidade e respeito.
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A família Tinchant transitou por três continentes e constituiu negócios e projetos políticos em diversos países, como Senegal, São Domingos (Haiti), Cuba, Estados Unidos, México, França e Bélgica. A metáfora utilizada pelos autores da "trilha de papéis" ganha mais sentido quando se pensa que a família Tinchant construiu "um arquivo de movimento e memória", pois palavra no papel era para eles uma maneira de resistir ao racismo e a escravidão.
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Sem revelar um spoiler, o epílogo, intitulado "Por um motivo racial", me surpreendeu. O livro consegue finalizar a odisseia atlântica dessa família, que viveu a Revolução Haitiana, a Revolução Francesa de 1848 e a Guerra Civil e a Reconstrução nos Estados Unidos, com uma história que se passa durante o contexto do nazismo e retrata a trajetória de uma descendente da família Tinchant nas trincheiras de luta contra o fascismo. Os desdobramentos dessa história cabe a vocês descobrirem com a leitura.

Paula.Ramos 11/02/2021

Provas de Liberdade
O livro "Provas de Liberdade" foi publicado em 2014 pela editora UNICAMP e foi criado por Rebecca Scott e Jean Hérbred.
Conta da luta pela liberdade e igualdade de Rosalie e seus descendentes, do preconceito enfrentado, do racismo, escravidão e antirracismo. É notório que também fala sobre a igualdade de gênero em algumas partes.
Eu amei esse livro, tem um teor histórico marcante, sinceramente é um tema que eu gosto e o livro é totalmente de pesquisa, então não tem nenhuma ficção.
Confesso que o início é maçante, mas vale muito a pena.
O livro traz aspectos de escravidão que os próprios negros fazem com seus "irmãos de cor", também reflete sobre a reescravidão na França quando Napoleão governa o país e, como muitos negros alforriados podem voltar a serem escravos.
As conquistas são tão significantes porque eram muito difíceis de serem conquistadas.
Eu indico as pessoas que gostam de história, da escravidão e para estudantes e professores, principalmente que estudam humanas e sociais, haja visto, que é um livro que trata da sociedade e das pessoas.