O Mestre e Margarida

O Mestre e Margarida Mikhail Bulgakov




Resenhas -


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Deghety 21/05/2019

O Mestre e Margarida
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É sabido que os russos confundem nossas cabeças com as variações dos nomes dos personagens, mas nesse livro Bulgakov superou, mas dificultoso que a árvore genealógica de Cem Anos de Solidão.
O livro começa interessante, como é comum aos que possuem artifícios fantásticos e/ou sobrenaturais, no entanto, a até pouco mais do meio a história é uma confusão total.
A comitiva do diabo é o que te segura na leitura, principalmente o Behemoth e Fagot.
De início não dá pra você ter uma ideia conclusiva dos seus intentos. Ora parecem maus, ora bons e justos e ora, em boa parte na verdade, loucos. Me lembrou o Clube do Sr. PickWick.
A erudição dos personagens também deixa a obra mais interessante, por estar sempre fazendo referências culturais russas.
Caso você seja uma pessoa paciente, a segunda parte, por ser mais organizada, deixa a leitura mais lúcida; é onde os personagens que dão nome ao livro se destacam.
Eu não costumo pesquisar sobre o que leio, para esclarecer "mensagens subliminares", caso hajam. Então eu fiquei perdido a respeito da história paralela de Pôncio Pilatos, paralela em termos, já que o mestre do título escreveu um romance sobre.
Como a história surge desse ponto, possa ser que a uma ligação entre Mestre e Margarida e Jesus e Madalena, ou com o cristianismo. Uma vez que Pôncio Pilatos praticamente deu o "pontapé inicial" para o surgimento da religião. Não para o que Jesus em Si representa, e sim, para a consistência em termos históricos da religião oriunda Dele.
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LaAs183 14/05/2020

Uma crítica primorosa ao regime stalinista ateu. Apesar a dificuldade da leitura, vale a pena insistir nessa obra até o fim.
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Gustavo.Borba 29/06/2020

O Mestre da estranheza
#LivrosQueLi
 
O mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov. Ed. Objetiva. Uma atordoante visita de um estranho artista e sua trupe, que se apresentam realizando magia negra, agita a Moscou do início do século XX. Uma sensação que abala os alicerces da cidade, uma vez que estranhos acontecimentos se sucedem, sem nenhuma explicação racional, a não ser a intervenção do impossível. Na verdade, o visitante é ninguém menos que o próprio Satanás, que por incrível que pareça, não realiza nenhum ato de maldade, a não ser dar vasão ao que já se encontra no coração dos cidadãos dessa cidade. Uma trama que aparenta não ter nenhuma direção e deixa o leitor atordoado desde o início, no que parecerá um nonsense como o livro O Duplo de Dostoiévski. Mas eis que a trama segue, mesmo com os absurdos. Assim, percebemos que se trata do autor expondo o que de mais mesquinho e sem lógica trazemos dentro de nós. Ao mesmo tempo, podemos ver um tom crítico à sociedade soviética do início do século XX, com a representação da extrema burocracia e controle centralizado, assim como os merecidos acometimentos a que os burocratas acabam se sujeitando. Por fim, o que dizer dos personagens do título? Suas histórias seguem em paralelo à descrição das bizarrices causadas pela passagem do diabo e seus acólitos pela cidade. Não dão o rumo dos acontecimentos e ganham a atenção daquele sem nenhum motivo. Se tornam alvo de sua benevolência, o que é ainda mais estranho. Enfim, um livro permeado de fantasia. Para quem tiver curiosidade ou gostar de literatura russa.

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Augusto Bogo 17/01/2022

Incrível
Sou apaixonado pela literatura russa e esse livro não me decepcionou. Desde o início, quando se dá a conversa entre três personagens, o enredo já fisga o leitor e nos deixa com aquela vontade de saber como tudo vai terminar.
Confesso que as vezes me sinto meio perdido em meio aos nomes dos personagens (como em qualquer título russo), mas é uma obra primorosa.
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Brunov 31/01/2022

Coisas do Diabo
A primeira parte é bem engraçada. Na segunda fica bem louco. A terceira vira fantasia. Então o peso das consequências chega para quem move a trama, se bem que... E o epílogo tenta explicar, aumentando o encantamento do leitor.

Apesar disso, devo advertir que pensamentos perturbados podem aturdir o leitor inobstante sua cautela, pois ideias gatunas podem invadir as frestas do coração de quem ler a sério demais.

Especialmente recomendável para quem é fã de Puchkin e de gatos.
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Lorem 05/01/2023

Manuscritos não ardem
Esse foi um dos livros mais loucos que já li, e ainda assim aproveitei cada momento do caos, mesmo que até a metade tenha me sentido mais perdida do que piolho em cabeça de careca.
É interessante como a epígrafe do livro dá uma luz sobre uma parte tão importante da história: a redenção, mesmo por intermédio do 'mal'.
Satanás e sua comitiva do caos agem ora como juízes e carrascos, ora como bem-feitores acidentais para vários personagens, enquanto o fantástico, o obscuro e aquela alfinetada ao regime deixa transparecer entre as palavras. Nas palavras no próprio diabo, afinal, nada é totalmente bom e ruim: O que faria a sua bondade se não existisse a maldade? Como seria a terra se dela sumissem as sombras?
Mestre e sua fiel Margarida são um exemplo disso.
Bulgakov, que viveu em um dos piores períodos para ser uma artista com 'certas ideias', manteve o manuscrito guardado por anos até terminá-lo.
"Manuscritos não ardem." Afirmou o diabo.
Que bom que não, ou não teria tido o prazer de ler esse livro.
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