Deghety 21/05/2019O Mestre e Margarida.
É sabido que os russos confundem nossas cabeças com as variações dos nomes dos personagens, mas nesse livro Bulgakov superou, mas dificultoso que a árvore genealógica de Cem Anos de Solidão.
O livro começa interessante, como é comum aos que possuem artifícios fantásticos e/ou sobrenaturais, no entanto, a até pouco mais do meio a história é uma confusão total.
A comitiva do diabo é o que te segura na leitura, principalmente o Behemoth e Fagot.
De início não dá pra você ter uma ideia conclusiva dos seus intentos. Ora parecem maus, ora bons e justos e ora, em boa parte na verdade, loucos. Me lembrou o Clube do Sr. PickWick.
A erudição dos personagens também deixa a obra mais interessante, por estar sempre fazendo referências culturais russas.
Caso você seja uma pessoa paciente, a segunda parte, por ser mais organizada, deixa a leitura mais lúcida; é onde os personagens que dão nome ao livro se destacam.
Eu não costumo pesquisar sobre o que leio, para esclarecer "mensagens subliminares", caso hajam. Então eu fiquei perdido a respeito da história paralela de Pôncio Pilatos, paralela em termos, já que o mestre do título escreveu um romance sobre.
Como a história surge desse ponto, possa ser que a uma ligação entre Mestre e Margarida e Jesus e Madalena, ou com o cristianismo. Uma vez que Pôncio Pilatos praticamente deu o "pontapé inicial" para o surgimento da religião. Não para o que Jesus em Si representa, e sim, para a consistência em termos históricos da religião oriunda Dele.