O fim do homem soviético

O fim do homem soviético Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - O Fim do Homem Soviético


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Barbara 04/04/2020

Interessante
É um bom livro pra ter uma dimensão do que foi a URSS pra quem viveu e até nasceu nela. Através dos vários depoimentos é possível ponderar sobre os lados bons e ruins do comunismo e do capitalismo em diversas camadas.
Consegui notar que em relação as questões de gênero, o feminino se ferra nos dois regimes, pq afinal todo os dois são patriarcais. Vale muito como uma leitura de estudo pra pensar em qual caminho podemos traçar para um mundo mais igualitário e harmonioso.
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Roberto 18/03/2020

Ao final da obra há uma entrevista com a autora, na qual ela explica o panorama geral de seus 05 (cinco) livros e de como eles está contextualizados e imbricados dentro de um tema e de um entendimento maior da História e da ALMA DO POVO RUSSO E SOVIÉTICO.

O texto consegue -- o milagre -- de se manter equilibrado politicamente e focar mais nos dramas muito humanos e pessoais de cada entrevistado; abarcando posicionamentos favoráveis e contrários à época comunista, bem como mostrando as peculiaridades nefastas do capitalismo RUSSO.

No livro, as macro histórias -- política, econômica e social --, da URSS e da Rússia ganham cores, cheiros, sentido e humanidade nas micro-estórias e dramas pessoais dos entrevistados; trazendo até nós, leitores, as angústias das várias gerações que compuseram e viveram esse dramático momento histórico, da época de Stálin até os nossos dias.
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Artur 19/01/2021

Por onde começar?
Primeiramente devemos começar lendo o livro com uma pequena noção sobre como foi e como era a urss e se você conseguir ler sem um pré viés ou ideia política faça
Bem, foi o primeiro livro com mais de 500 páginas que li na vida e que livro ma-ra-vi-lho-so, a autora pega pessoas com vivências muito diferentes de si, ela vai do agricultor lá de uma cidade perto da china e de pessoas que foram ativas politicamente em Moscou ou pessoas que viveram o começo da guerra na chechenia, pessoas que amavam e pessoas que odiavam e até pessoas que não ligavam pra política e só queria ter pão na mesa no dia seguinte
E a forma que as pessoas se abrem e contam a sua vida para uma total estranha é lindo! Por favor leiam esse livro antes de falar se a urss era ruim ou boa, pois o livro é mais do que só dizer isso ele é um livro de memórias, de vidas é apenas grandioso e lindo
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Robson.Abrantes 05/03/2023

Melhor livro que li em tempos. chorei pelo menos umas tres vezes lendo ele. é o meu tipo favorito, vc aprende enquanto lê, nesse caso historia, e ainda tem personagens, com história e arco de desenvolvimento.
o do menino judeu, romeo e julieta, da mulher que perdeu a casa e virou mendiga, da menina que nasceu cigana, e do soldado que se matou são as melhores. a do homem que sempre serviu o partido fielmente é talvez a melhor. a autora foi esperta, deixando a gente se identificar com ele, para depois ela mostrar um background. perfeito!
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Cris Paiva 26/04/2018

Que livro pesado!! Sinceramente não achei a leitura fosse ser tão dolorida assim.
Eu precisei ler aos poucos, somente algumas páginas por dia para poder absorver os depoimentos das pessoas, comunistas em sua maioria, que viveram durante o período soviético, passaram pela perestroika do Gorbatchov, à carestia dos tempos do Ieltsin e conseguiram chegar à era de Vladimir Putin. Se aqui no Brasil, nós reclamávamos da hiper inflação dos tempos do Sarney e do confisco do Collor, na União Soviética as coisas foram muito piores.
Os depoimentos são de cortar o coração e de fazer pensar. Como que algumas pessoas passaram por situações tão extremas, sobreviveram as piores circunstâncias e continuaram a defender o regime comunista? Outros eram apenas cidadãos soviéticos que tentavam fazer o melhor de suas vidas e as vezes por inveja de vizinhos ou de colegas de trabalho, foram denunciados como traidores e passaram anos como prisioneiros políticos em situações que não tenho nem como explicar aqui, e depois ainda tiveram de voltar para o antigo endereço ou trabalho e conviver normalmente com quem os denunciou.
Os depoimentos do período Soviético são os mais pesados, mas a autora ainda buscou aqueles que passaram pelo período de desmonte da União Soviética e os primeiros anos no novo regime, onde houve as revoltas nas antigas repúblicas e o extermínio dos que eram julgados como invasores e carestia, a falta de praticamente tudo nas cidades, e como muitas famílias tiveram de sobreviver o mês inteiro com alimentos que em situações normais acabariam em poucos dias.
É uma leitura para os de estômago forte. Para colher os depoimentos a autora sentou e escutou, as vezes por horas e dias relatos que fariam uma pessoa mais fraca sair correndo. Ela não tenta demonizar um regime, e nem exaltar nada e nem ninguém, somente se preocupou em contar a história das pessoas, e em ouvir o que elas achavam que deviam relatar, em ouvir a verdade delas e não de um regime político ou de uma ideologia, mas a verdade das pessoas. Por isso mesmo que o livro se tornou tão forte, nenhuma história inventada pode ser tão terrível quanto a realidade.
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Alexandre Modesto 24/09/2023

"Os ideais são uma coisa fortíssima [...]"
"[...] espantosa, é uma força imaterial, que não se pode medir. Não tem peso... é algo feito com outra matéria... Alguma coisa fica mais importante que sua mãe."

Essa passagem traduz bem o que o é esse livro. De todo modo, o livro traz uma abordagem sobre o declínio do "homo sovieticus", um tipo de ser humano que nasceu, cresceu e viveu toda uma vida imerso sob a ideologia soviética e que, após o seu fim melancólico, hoje se sentem órfãos de pátria e cultura: não reconhecem a Rússia como seu lar e ao mesmo tempo desprezam os valores de uma sociedade capitalista.

É um erro interpretar esse livro somente como algo que remete a URSS. Ao longo da vida as pessoas internalizam e constroem seus ideias com base na cultura vigente, tomam isso como sua personalidade, honra e dificilmente rompem sua ideologia; muitos até matam e morrem por causa disso. No entanto, as pessoas são facilmente manipuláveis através do sentimento de ódio e medo, quando sentem que seus ideias estão sendo ameaçados (ou falsamente ameaçados), que é quando se cria uma polarização.
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Rebecca.Lucena 03/10/2021

Uma explosão de emoções
Com certeza a Svetlana é uma das minhas autoras favoritas. Gosto muito da maneira que ela constrói um mosaico de narrativas para contar suas histórias. Seja sobre as mulheres na guerra, o acidente nuclear em Chernobyl ou neste caso, a reconstrução do que foi a URSS.

É impressionante como a autora consegue driblar o bipartidarismo, daqueles que gostam e que não gostam do comunismo. Mas ela trabalha numa zona cinzenta de lembranças, sentimentos, cheiros, histórias que antes nunca foram ouvidas por serem consideradas "comuns", de gente comum.

Confesso que demorei para ler este livro de quase 600 páginas, pois a emoção do que é descrito é muito forte. Mas valeu o esforço e com certeza é um dos meus livros favoritos da vida.

Esse livro vai te fazer refletir ao dizer qualquer afirmação positiva ou negativa sobre a URSS. Afinal, estamos falando de um fato político que afetou a vida de milhões de pessoas e países.
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tarsila 11/02/2019

"Agora dizem (...) que perdemos tudo. Mas o que foi que eu perdi?"
A proposta de Svetlana Aleksievitch com esse livro foi ambiciosa: registrar o fim da URSS pela perspectiva do homem soviético. O resultado é um livro, por falta de melhores palavras, brutal. A nudez dos relatos confiados a Svetlana choca pelo seu teor pessoal e realista - a autora não tenta traduzir os relatos crus e carregados de amor, ódio e nostalgia dos habitantes da ex-URSS em palavras belas ou lindas histórias. É possível quase ouvir as lágrimas e os suspiros desses habitantes nas fitas de Svetlana; é quase como se estivéssemos ao seu lado entrevistando aqueles que deram origem às tantas histórias do livro.

É o tipo de livro que tira o sono, não pelo suspense ou pelo terror, mas pela humanidade dos relatos. Nos poucos momentos em que duvidei da veracidade de um ou outro capítulo, lembrei da nossa história como raça humana, e como fomos capazes de fazer absolutamente tudo por algum motivo que nem sequer compreendemos. Com a autora, conhecemos um pouco sobre o fim de um império - a bem da verdade, o fim de uma utopia. Sentimos o peso de um sonho devastado, a decepção e a nostalgia de uns e o alívio de outros.

Não terminei o livro com uma opinião formada sobre o comunismo, o capitalismo ou a URSS; na verdade, sinto que terminei a leitura conhecendo um pouco mais da falta de escrúpulos daqueles que estão numa posição de poder, seja a frente de qualquer estado ou partido. Svetlana nos deixa com um gosto ruim na boca e lágrimas contidas por soviéticos que sequer conhecemos... mas talvez nos deixe uma lição, a exemplo de Kurt Vonnegut em Matadouro Cinco: a guerra nunca é a resposta.
Alê | @alexandrejjr 04/07/2019minha estante
Excelente resenha, Tarsila!




Gerônimo 07/06/2019

Leia!
Esse livro é maravilhoso, do jeito que eu gosto... histórias que contam História.
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Lucas P. Gomes 22/03/2023

Sobre Vítima e Carrascos
O Fim do Homem Soviético, é muito mais que um compilado de relatos curados pela autora, uma vez que fica explícito os desafios inimagináveis que foi coletar cada um deles e o quanto isso afetou a própria Svetlana, que também se apresenta como uma personagem ao fazer questão de expor as vezes em que chorou e riu junto ou em que foi obrigada a desligar o gravador.

Os relatos contidos aqui são sobre depressão, devoção, fanatismo, violência extrema, traição, apatia, perseguição.
É o microcosmo da Perestroika, onde pessoas passaram pelas situações mais absurdas que alguém poderia passar, vítimas de tudo que esse momento histórico conseguiu proporcionar de pior, resultando na chegada do capitalismo, que fez com que ex presos quisessem voltar para os Gulags
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Bianca 24/04/2021

Excelente leitura
O tipo de livro que me dá vontade de estudar história soviética. A escritora entrevista dezenas de pessoas sobre a abertura soviética. O antes, o durante e o depois. Fiquei na dúvida se era uma realidade com diversas histórias ou uma história com diversas realidades. Perfeito. Contra-indicado para almas muito sensíveis.
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Sebastian 03/03/2021

Múltiplas visões de desencanto
O estilo de Svetlana Aleksievitch é de colher relatos de pessoas comuns, algumas que faziam parte do Partido Comunista, outras que são familiares de presos políticos, alguns cidadãos armênios, bielorussos, e mostram o antes e o depois de uma nacionalidade e uma própria cultura. Há aqueles que dizem que os soviéticos trocaram o império por uma calça jeans. Outros refletem a esperança do povo nas ruas em 1991. Há quem se orgulhe da vitória na Segunda Guerra. Outros são povos que eram soviéticos e depois viraram estrangeiros. Conflitos étnicos. Relatam conflitos étnicos, e um pouco da cultura, do jeito de viver e pensar de 75 anos de comunismo, e um pouco do desencanto que veio depois. Vários relatos pungentes. Uma forma de conhecer um povo....
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Jan 18/02/2019

Uma viagem dura e sentimental
A escritora, entre os anos 1991 e 2012, coletou?centenas de entrevistas?com a proposta de investigar a existência de um tipo peculiar de Ser (com S maiúsculo mesmo) - o homo sovieticus, passando pela?destruição gradual desse estado espiritual e a promessa de reconstrução - substituição diria - desse Ser por outro no contexto de abertura. Depoimentos de?diferentes naturezas demonstram as disparidades das opiniões relativas à época. A?riqueza da leitura está em captar a humanidade nesses depoimentos, o que cobra do leitor?diferentes posturas.

O livro não trata de uma nostalgia perigosa ou funciona como um manifesto em defesa de um período. É preciso mais sanidade que isso. Dai talvez se perceba que Aleksiévitch,?apesar de preocupada em apontar as peculiaridades do imaginário soviético,?acaba por demonstrar como os seres?humanos, em geral, estão sujeitos a diversas forças que objetivam a?subversão do lugar da alma. Mas também nos mostra como sobrevivemos a elas.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 04/02/2017

Svetlana Aleksiévitch - O fim do homem soviético
Editora Companhia das Letras - 600 Páginas - Tradução direta do russo de Lucas Simone - Lançamento no Brasil: 10/11/2016.

Assim como nos dois livros anteriores da escritora e jornalista bielorussa Svetlana Aleksiévitch, prêmio Nobel de Literatura 2015, já publicados no Brasil pela Editora Companhia das Letras: Vozes de Tchernóbil e A guerra não tem rosto de mulher, aqui também a história deixa de ser uma ciência fria, que apenas reconstitui cronologicamente os fatos do passado, passando a assumir uma abordagem humanista, através de centenas de depoimentos de pessoas simples que foram, ao mesmo tempo, as vítimas e os carrascos das transformações políticas que vivenciaram na Rússia durante o longo e violento século XX, um povo que se acostumou a sobreviver (e não viver) à sombra de um ideal grandioso, sempre em períodos de guerra ou de preparação para a guerra. "Mesmo durante a paz, tudo na vida era próprio da guerra. O tambor batia, a bandeira esvoaçava... o coração saltava do peito... A pessoa não percebia sua escravidão, até amava sua escravidão."

A autora se concentra nas gerações de Stálin, Khruschóv, Brêjniev e Gorbatchóv, compondo, desta forma, um painel da ascensão e queda do império soviético: o regime de mão de ferro stalinista após a Segunda Grande Guerra, o período de Guerra Fria com as ameaças de uso de armas nucleares e o fim da ideologia comunista criada pelo Partido Bolchevique de Lênin, concluindo com o súbito epílogo representado pela dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a condução dos processos de abertura política, conhecidos no ocidente como Perestroika e Glasnost, processos mal conduzidos que acabaram levando à formação de um capitalismo selvagem e ainda mais sofrimento para o povo russo. Uma trajetória que a própria Sevetlana Aleksiévitch vivenciou e resume muito bem com esta afirmação: "ninguém nos ensinou o que era a liberdade. Só nos ensinaram a morrer pela liberdade."

"Eu nasci soviética... Nossa avó não acreditava em Deus, mas acreditava no comunismo. Nosso pai esperou até o fim da vida a volta do socialismo. Já tinha caído o muro de Berlim, a União Soviética tinha desmoronado, e ele mesmo assim continuou esperando. Brigava constantemente com o melhor amigo, quando ele chamava a bandeira de trapo vermelho. Nossa bandeira vermelha! Escarlate! Meu pai lutou na guerra da Finlândia; ele nunca entendeu por que estavam lutando, mas era preciso ir, e ele foi (...) Em 1940 terminou a campanha da Finlândia. Os prisioneiros de guerra soviéticos foram trocados por finlandeses, que estavam sobre a nossa custódia. Foram ao encontro uns dos outros em colunas. Os finlandeses, quando chegaram ao lado deles, começaram a se abraçar, a apertar as mãos... Os nossos não foram recebidos assim, foram recebidos como inimigos. 'Irmãos! Meus queridos!', e correndo na direção de seus companheiros. 'Alto! Um passo para fora da formação, e nós atiraremos!' A coluna foi cercada por soldados com cães policiais, e eles foram levados para barracões preparados especialmente para aquilo. Ao redor dos barracões, havia arame farpado. Começaram os interrogatórios... 'Como você foi feito prisioneiro?', perguntou o investigador ao meu pai. 'Fui tirado de um lago pelos finlandeses.' 'Você é um traidor! Salvou a sua própria pele, não a pátria.' Meu pai também se sentia culpado. Tinham sido ensinados assim... Não houve nenhum julgamento Todos foram levados para a praça de armas, onde leram diante da formação a ordem: seis anos no campo de trabalhos por traição à pátria." - Parte da entrevista com Ielena Iúrievna S., terceira secretária do comitê distrital do Partido, 49 anos (Págs. 63 - 65)

Assim, entre os defensores e opositores do ideal comunista, a visão humana da escritora sobre a história do povo soviético, tantas vezes absurda e violenta, acaba transformando o texto em uma espécie de obra de ficção. Talvez porque as perguntas de Svetlana não se concentrem unicamente na história do socialismo, mas sim "sobre a infinita quantidade de verdades humanas (...) sobre o amor, o ciúme, a infância, a velhice", fazendo com que os depoimentos transbordem de emoção e ganhem uma perspectiva universal. Na verdade, em um país de dimensões continentais e com uma natureza hostil em muitas regiões, que transforma a vida diária em um desafio, nem sempre o povo russo do interior se dá conta das reviravoltas políticas em Moscou, constantemente ocupados com a própria sobrevivência, como podemos constatar no trecho da entrevista abaixo com uma cidadã soviética não identificada.

"O que eu posso lembrar? Vivo como todo mundo. Teve a perestroika... O Gorbatchóv... A carteira abriu a cancela: 'Você ouviu, não tem mais comunistas'. 'Como não?' 'Fecharam o Partido.' Ninguém atirou, nada. Agora dizem que foi uma grande potência e que perdemos tudo. Mas o que foi que eu perdi? Do mesmo jeito que eu vivia na minha casinha sem qualquer comodidade — sem água, sem esgoto, sem gás — eu, continuo vivendo. Trabalhei honestamente a vida inteira. Dei duro, me acostumei a dar duro. E sempre recebi meu dinheiro. Eu antes comia macarrão e batata, e agora continuo comendo. Uso o meu casaco soviético surrado. E temos cada neve aqui! (...) No inverno, ficamos cobertos de neve, o vilarejo inteiro fica debaixo de neve: as casas, o carros. Às vezes os ônibus ficam semanas sem passar. E lá na capital? Daqui até Moscou são mil quilômetros. Vemos a vida moscovita pela televisão, como se fosse um filme. Conheço o Pútin e a Alla Pugatchova... de resto, ninguém... Os protestos, as manifestações... Mas aqui nós continuamos a viver como antes. Tanto no socialismo como no capitalismo. Para nós, 'brancos' e 'vermelhos' são a mesma coisa. Temos que esperar a primavera. Plantar as batatas... (Longo silêncio) Tenho sessenta anos... Não vou à igreja, mas preciso conversar um pouco com alguém. Conversar sobre outras coisas... De como não tenho vontade de envelhecer, não quero de jeito nenhum envelhecer. E que pena é ter que morrer. Você viu o meu lilás? Eu saio de madrugada, ele brilha. Eu fico parada olhando. Vou só ali pegar algumas e fazer um buquê para você..." - Observações de uma cidadã (Págs. 593 - 594)
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