elemzinha 23/09/2014
O melhor livro-menininha de todos os tempos.
Eu li o best seller de Meg Cabot na adolescência e durante este período cultivei verdadeira paixão pela coleção. Este é o primeiro livro da serie que nos apresenta o diário de uma adolescente nova-iorquina que aos 14 anos se descobre herdeira do trono de um pequeno reino e a partir de então tem que lidar com as implicações disso (que chato, né?) em meio aos tradicionais dramas e experiências da idade.
O que mais me encantou no livro foi a escolha da autora pela bem-humorada narrativa em primeira pessoa, cheia de ironia, referências nerd/pop e, além disso, o ritmo que permite acompanhar o amadurecimento da protagonista que é sempre bem delineado pelo desenvolvimento dos fatos. Ao contrário do que pode parecer, a escrita em "modo diário" não deixa a leitura cansativa, mas consegue despertar interesse pela continuidade da série.
Os problemas e alegrias da princesa Mia são de fácil identificação para a maioria das adolescentes: o 1º beijo que parece não chegar nunca, o sentimento de inadequação em quase todos os contextos sociais, brigas com a melhor amiga e lamentos pelo decepcionante tamanho dos seios. Bom, pelo menos na minha época, e sou contemporânea da protagonista, isso era bem próximo do que passava pela minha cabecinha (acho que não se pode dizer o mesmo nem das meninas de 14 anos de hoje em dia).
Voltando ao que interessa... Lembro que o Orkut (ai que velha) era infestado de comunidades do tipo "Eu amo Michael Moscovitz" (quem não?), "Terapia da Lilly", "Morra lentamente, Lana" etc. Esse sucesso é justificado pelo mérito da autora na construção das personagens coadjuvantes cheias de personalidade, cultura e carisma próprio, onde pessoalmente destaco a minha favorita: a avó princesa-viúva, maravilhosamente misteriosa, surpreendente, quase insensível e adepta da maquiagem definitiva. Avó DIVA.
No mais, importante lembrar que O Diário da Princesa ganhou popularidade quando Anne Hathaway e Julie Andrews interpretaram a comédia romântica na adaptação para o cinema. Falando nisso, em comparação podemos até congratular o filme por ser bonitinho e divertido, mas ainda assim muito fuén, pois, como geralmente acontece, o livro supera o filme em praticamente todos os aspectos e difere em pontos essenciais para a história.