Pagu

Pagu Augusto de Campos




Resenhas - Pagu, vida-obra


4 encontrados | exibindo 1 a 4


R4 14/12/2014

Pagu, além de musa.
Hoje vim falar do livro Pagu: vida-obra, a biografia de Patrícia Galvão feita pelo poeta Augusto de Campos. Mais conhecida como Pagu, ela foi a mais polêmica mulher do modernismo brasileiro e sofreu um repúdio muito grande da sociedade, por suas visões esquerdistas e sua postura moderna para a época em relação a comportamento, sexualidade e expressão de moda. Ela seria considerada moderna mesmo agora, quase cem anos depois!

Ela só possuía 11 anos quando a Semana de Arte Moderna (1922) aconteceu, mas aos 18 anos já estava envolvida com o grupo da primeira geração do modernismo e aproximou-se bastante de Tarsila do Amaral, quem admirava muito, e Oswald de Andrade. Ela viveu esse período de efervescência artística e chegou a participar da revista modernista do Movimento antropófago. Aos 19 anos, acabou se casando com Oswald de Andrade. Ambos realizaram o pasquim O homem do povo, jornal polêmico que foi fechado em poucas semanas.

Em seguida, Pagu envolveu-se com o Partido Comunista e é presa diversas vezes. No total, Patrícia é presa 22 vezes por motivos políticos. Também se desilude com a política e busca se tornar crítica literária a favor de uma literatura que dê liberdade ao artista, sem precisar se tornar propaganda partidária ou ideológica.

Revolucionária modernista, Pagu se revolta com o conformismo e o apaziguamento do fervor revolucionário da primeira geração modernista, que se acalmou mesmo nos poetas que participaram dessa geração e faz críticas rígidas a esses grandes poetas brasileiros em revistas da época.

A biografia feita pelo poeta Augusto de Campos é muito interessante e inovadora porque não contém apenas fatos de sua vida e fotografias, mas um “caleidoscópio bibliográfico”, ou seja, um compêndio de artigos a respeito da artista, críticas dela e sobre ela, além de trechos de toda a sua produção artística e literária, para que o leitor possa reviver a figura de Pagu e prestar mais atenção em sua obra tão apagada pela atenção dada à sua figura polêmica. Destaque para o trecho de seus dois romances: Parque Industrial (1932) e A Famosa Revista (1945). Além disso, é inovadora a biografia feita por um poeta, porque contém até um resumo de sua vida escrito poeticamente.

Pagu: vida-obra porque, afinal, a própria vida de Patrícia Galvão, chamada de “musa do modernismo brasileiro” foi vivida artisticamente. Sua vida se confunde com sua obra e sua obra, com a vida.

Campos, Augusto de. (1982) Pagu: vida-obra. Companhia das Letras: São Paulo, 2014. pp.472.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mitha 05/02/2021

Uma mulher incrível
Pagu: vida-obra, reedição da Companhia das Letras por Augusto de Campos, apresenta Pagu, Patrícia Galvão, em uma incrível biografia comentada.

O livro vai além da conhecida participante do movimento modernista em São Paulo, vai além da musa literária. Através de texto, publicações, livro, e rascunhos da Pagu, o autor desnuda sua vida, pouco publicada e estuda por nossa literatura.

Patrícia é apresentada em cada uma de suas facetas e seus pseudônimos.

As angústias das prisões, as interações e relações com os partidos políticos, o romance com Oswald de Andrade, a maternidade, a luta pelo espaço da mulher na política e na arte.

Tudo que ela escreveu e que nunca foi publicado por descaso, está nesse livro. Com todo o cuidado das notas e observações do autor.
comentários(0)comente



Delirium Nerd 29/01/2018

O retrato multifacetado de uma das mulheres mais importantes e desafiadoras do Brasil
É lugar-comum dizer que uma pessoa, geralmente um artista, é alguém à frente de seu tempo. No entanto, não há outro modo mais verdadeiro de definir Pagu. Se vivesse ainda, com certeza Pagu continuaria a desbravar a vanguarda política e artística, sem se prender a conceitos, ideologias ou modismos.

Mas quem foi Pagu, afinal? Nascida Patrícia Rehder Galvão, ao longo da vida usou muitos nomes: Pagu, Solange Sohl, Zazá, King Shelter, Mara Lobo, Irmã Paula, G. Léa, K. B. Luda, entre outros. Sua produção artística e jornalística é gigantesca e atravessa décadas. Além disso, é muito dispersa: escreveu para jornais, suplementos, panfletos e revistas. Portanto, é praticamente impossível encontrar algum volume que reúna significativamente pelo menos parte do que ela fez. Pagu foi escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista, cartunista, jornalista e militante política. Muita coisa, não?

Leia a resenha completa no link abaixo:

site: http://deliriumnerd.com/2018/01/19/livro-pagu-vida-obra-resenha/
comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR