Fellside

Fellside M. R. Carey




Resenhas - Fellside


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Kirla 17/03/2022

O livro é ótimo, te carrega num suspense o tempo inteiro, mas achei o final previsível. Ao menos eu já tinha matado a charada bem antes do fim. Mas no geral é uma boa leitura, flui bem e tem um quê de Orange is the New Black.
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Fernando Lafaiete 11/05/2017

Fellside: Terror ou drama?

Fellside não é um livro ruim e M. R. Carey não escreve mal. Ele tem uma imaginação surpreende, mas muitas vezes sua narrativa chega a ser prolixa. A história se arrasta de maneira desnecessária e o autor se apega a coisas que me deixaram cansado durante a leitura.

"Uma história de terror moderna, perturbadora e emocionante"... é esta frase que inicia a sinopse deste livro e que foi inclusive martelada pela editora na divulgação do mesmo. Portanto... deixarei bem claro o seguinte: Este livro não é um livro de terror, não é perturbador e passa longe de ser emocionante. Sendo assim, qual o motivo de usar esta frase na divulgação do livro? A única resposta que me vem a mente é que a editora realizou um trabalho de divulgação desonesto que teve um objetivo bem claro; enganar os leitores para que o livro fosse vendido e não ficasse encalhado nas livrarias.

Não vamos ser hipócritas... as editoras são empresas e tudo que elas querem é lucrar. Mas eu não sei vocês, mas eu prezo e muito pela honestidade e editoras que fazem este desserviço para nós leitores caiem e muito no meu conceito. Esta sinopse não condiz com o que o leitor encontra quando resolve embarcar na leitura. Portanto eu peço encarecidamente... sejam sinceros em suas resenhas para que pelo nelas possamos confiar, já que em algumas editoras esta confiança passa a ser algo bem difícil de se criar.

Com a sinopse de Fellside eu espera me deparar com algo no mínimo parecido com o filme "Na companhia do Medo", protagonizado pela Halle Berry (indico bastante este filme). Em um primeiro momento as histórias parecem ser bem parecidas. Ambas as protagonistas acordam e descobrem que estão presas acusadas de terem assassinado alguém. O problema é que não conseguem se lembrar de nada e para piorar tudo, elas começam a ouvir vozes na prisão, aparentemente de um espírito pedindo ajuda. As comparações terminam aí... pois o livro vai para um caminho bem diferente do filme de suspense/terror que eu citei. Pois a história de M. R. Carey tem um lado sobrenatural que ao invés de ser assustador, chega a ser muitas vezes bobo, apesar do livro não ser ruim.

Falando no lado sobrenatural da narrativa, ele me fez lembrar vagamente do livro "Os Condenados"; o que me fez ficar em alguns momentos com uma leve implicância. Pois eu simplesmente detesto o livro de Andrew Pyper. O que salvou um pouco a minha experiência com o livro, foi que além dele me trazer essas comparações, ele também me lembrou e muito a série "Orange is the new black", a qual eu adoro. Por qual motivo eu lembrei da referida série? Simplesmente porque Fellside se passa em um presídio feminino, onde conhecemos algumas detentas, nos deparamos com o passado de algumas delas, acompanhamos as relações entre as mesmas, além de também nos depararmos com corrupção, personagens lésbicas e algumas cenas MUITO parecidas com situações da série.

Provavelmente Carey pode e eu realmente acredito que ele tenha se inspirado em tudo que eu citei; pois tais comparações são inevitáveis.

Os personagens são interessantes, o desenvolvimento deles também não deixa a desejar e o final do livro não deixa nenhuma ponta solta. Os finais são satisfatórios (menos o da protagonistas). O desfecho da personagem principal é muito ruim e chega a ser engraçado.

Esse livro é mais drama com um leve toque de história investigativa do que um livro de terror. Se eu disser que em nenhum momento fiquei preso na narrativa, estarei mentindo. Mas da mesma maneira que isso aconteceu, ele também me entediou na mesma proporção e quando eu não estava lendo, não sentia falta e nem vontade de pegá-lo para dar continuidade na leitura.

Esta história teria funcionado melhor se tivesse sido uma série de TV e não um livro. Como série teria ficado bem mais interessante.

É um livro bacaninha, bem escrito (na maioria das vezes), mas que eu nunca irei reler e nem tenho vontade de ler mais nada do autor. Fellside não é terror, mas pra quem deseja encarar este livro, embarque sabendo o que você irá encontrar e não se deixem levar pela desonestidade impregnada na sinopse.
Esdras 11/05/2017minha estante
Detesto essas propagandas que superestimam os livros.
Sua resenha está ótima e soa bastante coerente. Passarei longe desse livro. RS.


Fernando Lafaiete 11/05/2017minha estante
Valeu Esdras. Eu também detesto essas propagandas desonestas. Me tiram muito do sério!




Coisas de Mineira 07/02/2018

As pessoas que de fato convivem com o mundo das penitenciárias costumam dizer que ninguém sabe como é de verdade a realidade de um presídio até entrar em um. Eu concordo com essa afirmação e felizmente o dia a dia do sistema prisional passa longe do meu convívio. O que sei sobre a rotina de uma prisão é somente o que imagino com base no que ouço, no que vejo em filmes ou no que leio. Agora que li Fellside posso dizer que o livro deu um pouco mais de asas a minha imaginação a respeito do tema. Na historia conhecemos Jessica Moulson (Jess), uma mulher que acorda super confusa em um hospital, descobre que parte do seu rosto está desfigurado e que sairá dali direto para uma prisão quando tiver alta. Já imaginou que situação bizarra?! Jess era usuária de drogas e foi acusada de atear fogo em seu apartamento após uma briga com o namorado. Acontece que o fogo além de causar graves danos ao rosto de Jess, chegou ao apartamento vizinho e matou Alex Beech, um garoto de dez anos que no momento dormia em seu quarto.

Toda essa história deixa Jess atordoada, Ela não se lembra do que aconteceu, estava muito drogada, mas acaba acreditando no que todos dizem e passa a se culpar pelo assassinato. É assim que a protagonista vai parar em Fellside (uma mega prisão de segurança máxima). Acompanhando a vida de Jess na prisão, vamos mergulhando com ela neste ambiente ameaçador, cercado de mulheres com histórias de vida bem complexas, capazes de inúmeras brutalidades. “A verdade é que esse lugar pode ser horrível se você arranjar inimigos. E, na minha humilde opinião, o pior inimigo que você pode arranjar é você mesma” pag.155. Dá pra imaginar que em meio a tantas criminosas Jess vá presenciar e vivenciar momentos terríveis não é? E realmente um livro a é intenso, com bastante violência, tráfico de drogas, esquemas de corrupção... Não posso deixar de comentar a capa, cercada por arames farpados de textura áspera, tudo haver com a trama!

Dividido em quatro partes o livro Fellside é um suspense com uma pitada de sobrenatural. A narração é feita em terceira pessoa e entre a narração e os diálogos vamos conhecendo o ponto de vista de personagens como o advogado, enfermeiras, o médico, um agente penitenciário, outras detentas e principalmente Jess. Todos esses personagens estão de alguma forma ligados a Jess, e ao esquema de corrupção e tráfico de drogas liderado por uma detenta (chefona interna) . A princípio achei o texto um pouco confuso devido a quantidade de pessoas envolvidas na trama, mas com o tempo fui me familiarizando com os personagens e ligando os nomes (e sobrenomes) ás pessoas. Também achei a leitura um pouco arrastada por ser muito detalhada, mas do meio para o fim a história ganha ritmo e tive até a impressão de que tudo estava acontecendo rápido demais devido aos capítulos curtinhos e reveladores.

A essa altura da resenha você deve estar se perguntando onde está a tal pitada sobrenatural de que eu falei... Tô fazendo suspense uai! É que o grande mistério da trama está justamente aí. Ao chegar em Fellside Jess está tão imersa em sua culpa que deseja morrer e a partir de um momento de quase morte ela começa a ver e ter a companhia constante de uma criança morta. É por essa criança e pelo objetivo de ajudá-la que Jess decide viver e buscar em si mesma, forças para enfrentar os desafios de sua nova realidade. Mas quem será a tal criança, essa estranha visitante? Será o espírito de Alex que teria voltado dos mortos para encontrá-la? O que a criança morta realmente quer de Jess? O que muito me chamou atenção na história foi a forma como o autor deu poder ao pensamento. Há momentos na trama em que o pensamento transforma, cria e distorce a realidade.

E aí gostou da resenha? Beijo da Nat.

Por: Nathalia Reis
Site: http://www.coisasdemineira.com/2017/02/resenha-fellside-estranhos-visitantes.html
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Biblioteca Álvaro Guerra 15/03/2023

Fellside é uma terra desconhecida, com armadilhas e labirintos, e sobreviver nela é algo que muitos não conseguem. Porém, Jess pouco se importa com o que acontecerá quando chegar na prisão. A única coisa que deseja é desaparecer, amenizar a dor daqueles a quem fizera sofrer e, se for necessário, morrer. Sem poder confiar em ninguém ela tem a companhia de somente uma pessoa, uma criança morta que conversa com ela em sua mente.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788568432884
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Alê 19/04/2024

Suspense que te carrega até o final cheio de expectativas, e no fim o livro é muito ame ou odeie. Eu gostei, mas achei que poderia ter mais páginas.
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Lucas dos Reis @EstanteQuadrada 14/12/2016

PRISÃO
Em seu segundo livro publicado pela Fabrica 231, M. R. Carey apresenta mais uma historia envolvente e com ar de suspense. Dessa vez a trama envolve a Jessica Moulson, uma mulher que é condenada pela morte de um menino e é mandada para cumprir a pena em Fellside.

Com a mesma fórmula usada em A Menina que Tinha Dons, primeiro livro publicado por aqui, o livro segue morno no começo e em alta velocidade mais próximo do fim. De forma lenta e bem construída, a historia vai te envolvendo aos poucos e da metade para o final o livro da uma guinada e te prende e a vontade de descobrir o final aumenta a cada página.

O livro também é contado em pontos de vista alternados, mas sem explicação ou uma ordem certa para os personagens aparecerem, em grande maioria quem comandará o ponto de vista é a Jess, mas aparecem outros personagens como enfermeiros, guardas ou até mesmo outras prisioneiras.

Não era seu objetivo, mas ela matou o garoto com um incêndio proposital em seu apartamento. Ao começo do livro, Jess se sente culpada pela morte e prefere se entregar à morte, o que muda ao longo do livro de forma sensacional. A transformação da personagem é incrível, tão suave que não é fácil reconhecido.

Para melhorar ainda mais a situação, Jess também começa a presenciar a imagem de uma criança, o Alex, o menino que ela matou. E ela passa a conviver com ele sempre por perto.

O desfecho é surpreendente, de forma que o leitor não vai conseguir imaginar o que está por vir. Todos os mistérios que foram sendo desenvolvidos vão sendo concluídos e recebendo seu final, mas ao mesmo tempo alguns pontos ficam em aberto, de forma que é possível deduzir o que aconteceu a seguir.

É mais uma leitura atraente do autor, que no início pode não parecer interessante, mas ao entrar na história, você não vai querer sair.
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Fernanda 09/01/2017

Fellside
Resenha no blog:

site: http://www.segredosemlivros.com/2017/01/resenha-fellside-m-r-carey-fabrica-231.html
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livrosepixels 03/02/2017

Sempre temos escolhas, mesmo quando estamos no fundo do poço
MINHA OPINIÃO

Mesmo já conhecendo o autor por ‘A Menina Que Tinha Dons‘, este foi o primeiro livro que leio dele. E ao terminar a leitura, cheguei a duas conclusões: 1) o autor tem uma imaginação enorme, e consegue amarrar muito bem as pontas da história; e 2) porém, a leitura foi extremamente cansativa. Mas vamos começar pela parte boa.

Fellside tem uma lógica muito bem desenvolvida e por vários momentos eu me lembrei das séries Prison Break e Oz, já que a narrativa não se concentra apenas na detenta Jess Moulson, mas também em tudo o que ocorre à sua volta dentro da prisão. Assim, ao invés de a história ser monótona e só ver a cena do ponto de vista da personagem principal, podemos ver a mesma cena de vários ângulos, e obter diferentes conclusões sobre o que está acontecendo, além de entender como isso afeta o dia a dia das demais prisioneiras. Grande parte da trama ocorre no bloco G (Goodall), e algumas tramas em outros ambientes da prisão, como a enfermaria, o estacionamento, o pátio, ou mesmo fora da prisão, como por exemplo, o tribunal.

“Jess teve a consciência de cair. Mas o chão, ao ser atingido, recolheu-se como se ela fosse algo por demais desagradável ao toque.”

A cadeia é descrita como um dos piores lugares para se pagar pelos crimes em toda a Inglaterra. E Jess vai descobrir aos poucos o quão verdade é essa lenda. Porém, de começo, para ela pouco importa o que vai acontecer. Ela até se considera digna de sofrer na prisão, ou quem sabe morrer. Segundo as acusações, ela teria incendiado o próprio apartamento visando matar o namorado enquanto este dormia, e no fim das contas, além de matar acidentalmente o garoto Alex Beech, ela também quase morreu junto, ficando com grande parte do rosto deformado devido às queimaduras.

A vida de Jess sempre foi conturbada e uma das formas que ela encontrava de aliviar as suas ‘dores’ era se dopando com heroína. Sua família sempre foi desequilibrada, seu pai bebia tanto quanto podia. Logo Jess começa a se envolver com certos amigos que aos poucos vão lhe encaminhado ao mundo das drogas. Até que por fim ela começou a se dopar sempre que podia. Sua vida era um lixo, e para ela só importava o prazer que a droga lhe proporcionava naquele momento. Até tudo mudar.

Sua perspectiva e compreensão sobre as coisas vai mudar drasticamente depois que começa a ter contatos seguidos com o espírito de um garotinho. Antes, Jess acreditava que viver já não tinha mais sentido para alguém tão podre quanto ela. Porém, depois da mensagem do espírito, Jess repensa suas atitudes, suas conclusões sobre o que a cerca, e vê que muita das coisas que achou serem verdade não são. O espírito do garoto lhe proporcionou uma nova vida, um recomeço, uma nova chance de entender o que aconteceu na noite do incêndio, e agora fará o que estiver ao seu alcance para concertar as coisas. Ainda que por muitas vezes ela acredite que está ficando louca e que isso seja consequência do seu vício em heroína, a personagem, sairá do fundo do poço e amadurecerá bastante. Sua única certeza é que, seja lá o que for esse espírito – fruto de sua imaginação ou não -, ela precisa se manter viva e descobrir a verdade sobre o seu crime.

“A imaginação é uma energia plástica, srta. Moulson. Uma energia moldável. Nós criamos as coisas que precisamos. E quando não precisamos mais delas, colocamos de lado. Tudo o que você tem a fazer é deixar que isso aconteça.”

Ainda dentro da Fellside, também é interessante ver que, enquanto a Jess vai mudando sua visão sobre as coisas, em sua volta o mundo não parou. Grace é a detenta mais “poderosa” do bloco G, que comanda o tráfico de drogas dentro e fora da prisão, juntamente com alguns guardas corruptos. Porém, sua dominação vai ser afetada pela presença de Moulson, e algumas embates físicos ocorrerão. Além disso, há toda uma conspiração ocorrendo dentro da cadeia, bem abaixo dos olhos da direção e dos demais funcionários. Grace sabe que mesmo tendo domínio sobre o bloco e sobre quem ali permanece, uma hora ou outra Jess se tornará uma pedra no seu caminho, e das grandes.
Talvez esse tenha sido o ponto onde eu mais lembrei dos seriados que mencionei no começo. É uma trama complexa, cheia de veias, onde cada uma vai ter a sua própria trama, mas no fim, tudo vai se conectar de alguma forma. Nada do que acontece ao redor de Jess é por acaso; cada confusão, diálogo, briga, olhares, etc, tudo convergirá na personagem principal. E nem sempre de forma agradável.

“Era evidente que não havia nenhum Deus, nenhuma justiça, ninguém no controle. O universo era uma novela de quinta categoria em que cada reviravolta da história testava os limites da verossimilhança só mais um pouquinho.”

Mas então, qual o problema da história? Bom, não chega a ser um problema, mas foi algo que atrapalhou bastante o meu rendimento na leitura. Como são várias histórias acontecendo ao mesmo tempo, o autor precisou se alongar demais em detalhes sobre o passado e presente dos personagens. As primeiras 150 páginas do livro, por exemplo, são todas focadas na Jess, desde sua condenação, sua internação na enfermaria, recuperação, com alguns momentos voltando no passado e expondo a sua vida de viciada, contando como ela conheceu o garoto Alex e como o apartamento pegou fogo.

Depois disso o livro começa a apresentar o universo dentro da prisão, e novamente, para compreendermos os personagem que ali estão e também acreditar nas suas atitudes, o autor precisou se alongar em explicações sobre o passado, ações, decisões, tudo para justificar o que ele está fazendo. Ainda que tenha sido menos cansativo essa parte, somando-se a primeira, já chegamos a praticamente mais da metade do livro. Ou seja, a história só “pega no tranco” mesmo a partir daí, adquirindo um ritmo mais acelerado, com capítulos mais curtos e intercalados entre os personagens, até fechar o arco de todos eles.

O final surpreende, ainda que algumas coisas já fossem esperadas. Mas há reviravoltas enormes e quando terminou fiquei tipo “como é que é?”. Por isso achei digno dar quatro estrelas ao livro. Ainda que pela narrativa cansativa eu pensassem e dar uma nota menor, a forma como a história é encerrada é muito boa, e de certa forma emocionante. Como eu disse, o que prejudica a narrativa são as descrições demasiadas dos personagens e dos ambientes. Fora isso, tudo é muito bacana.

“Talvez as detentas de Goodall devessem se parecer com vespas. Definitivamente deveriam remeter a coisas tóxicas de modo que quem lidasse com elas se lembrasse de fazê-lo com certo cuidado.”

Acredito que o livro tem uma trama com grande potencial e se daria muito bem se adaptada para uma série de TV, já que um filme teria de deixar fora muitas coisas e certamente geraria uma trama sem o peso dramático que realmente possui. A mensagem que o livro tenta passar é que mesmo diante dos maiores obstáculos, sempre há algo que possamos fazer para melhorar a vida de alguém próximo ou, no caso, para redimir nossos erros.

Jess foi para Fellside para pagar pelo seu crime, mas lá ela não apenas consertou algumas de suas falhas como ajudou outras detentas a encontrarem o caminho para o perdão. A presença do espírito pode até funcionar como uma metáfora para a nossa razão, nos dizendo o que fazer nos momentos onde a emoção impera, mesmo que já estejamos no fundo do poço. Sem dúvida recomendo para quem já está familiarizado com filmes e séries que tem como tema prisões e, também, claro, para quem gosta de narrativas de suspense com pegadas dramáticas e sobrenaturais.

Acompanhe mais resenhas no blog Resenhando Sonhos.

site: http://resenhandosonhos.com/fellside-estranhos-visitantes-m-r-carey/
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Cheiro de Livro 15/02/2017

Fellside – estranhos visitantes
Comecei a ler Fellside acreditando ser uma narrativa de terror, mas é bom que estejam avisados logo de início que não há momentos muito aterrorizantes ou aquela tensão que precedo o ápice de um susto. Lançado pela Fábrica 231, o livro de M. R. Carey (roteirista de X-Men e Quarteto Fantástico, e autor do bestseller A menina que tinha dons) é, na verdade, um suspense bastante intenso e um tanto perturbador. É um thriller que mexe com você, como o seu psicológico, mas de uma forma diferente que um grande vilão do horror.

Começamos a história acompanhando o acordar de Jess Moulson, que não sabe onde está e não se recorda como foi parar ali. Aos poucos vai tendo alguns lampejos de memória e, assim, ficamos sabendo através dela e de outros personagens o que houve. Logo descobrimos que Jess é acusada de assassinar um menino de dez anos, seu vizinho de cima, depois de ter usado drogas e colocado fogo em seu apartamento, apesar de não ser lembrar quase nada do ocorrido. Jess é presa e levada a Fellside, uma prisão feminina de segurança máxima, onde um reencontro sombrio lhe aguarda.

O autor descreve com riqueza de detalhes os momentos e ambientes, um brinde aos leitores que curtem uma boa imersão na narrativa, e Jess é daqueles personagens complexos, mas com as quais você se identifica mesmo que parcialmente, ou mesmo conhece alguém que com ela seja parecido. Traumatizada com o alcoolismo do pai, a jovem larga a faculdade para cuidar da mãe doente e, depois de se envolver em um relacionamento ~~amoroso~~ baseado em violência doméstica, se envolve com heroína. A trama trata exatamente de onde isso tudo vai dar.

Consumida pela culpa do assassinato de seu vizinho, Jess começa uma greve de fome com a intenção real de morrer. À beira de conseguir concretizar esse objetivo, ela tem uma experiência sobrenatural e se depara com um menino, que tem uma mensagem para ela e a faz voltar a lutar por si e querer entender o que houve naquela noite de terror. Em conjunto a isso conhecemos as histórias dos outros integrantes de Fellside, tanto detentas, quanto policiais, parece muita informação a princípio, mas Carey consegue conduzir a narrativa de forma a tudo se amarrar.

Um livro realista e muito, muito tocante, que fala de violência e da complexidade da natureza humana, Fellside – Estranhos Visitantes é sombrio e denso, repleto de reviravoltas e reflexões, que te faz sair do seu lugar comum e repensar determinadas ações e posições na sociedade.

site: http://cheirodelivro.com/fellside-estranhos-visitantes/
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Heliene.Maia 17/03/2017

Fui atraída pelo: roteirista de X-men...
Esse livro é interessante. Não é uma trama inédita ou incrível, mas a forma que o autor escreve me prendeu do início ao fim. Decididamente não é uma história de terror, é um suspense que se aprofunda na psique humana e nas formas que ela se desenvolve num ambiente hostil seja ele dentro ou fora de um sistema prisional.
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Jeff.Rodrigues 03/05/2017

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Li diversas resenhas negativas sobre A Menina que Tinha Dons, primeira obra de M.R. Carey publicada no Brasil. Assim, decidi dar uma chance ao autor embarcando diretamente em seu segundo livro, Fellside – Estranhos Visitantes, o que resultou em algumas muitas e boas horas desperdiçadas de minha vida.

Antes de mais nada, chamo a atenção para a frase inicial da sinopse: “uma história de terror moderna, perturbadora e emocionante”. Bom, Fellside não tem nada de terror, ficando somente no campo do suspense ou suspense sobrenatural, como preferirem. Não é uma história perturbadora, e emocionante… Bem, depende do estado de espírito do leitor.

A trama se passa na prisão feminina de Fellside (talvez uma tentativa de criar identificação com a série Orange is the New Black). Jess Moulson, atormentada pela culpa, recebe a visita da criança assassinada e recebe dela uma mensagem e uma missão. Começa então a saga de redenção de Jess em busca de justiça. Para a criança, não para si mesma. Ao mesmo tempo, todo o universo da prisão é apresentado em todos os seus detalhes e tramas paralelas. Conhecemos diversas detentas e suas histórias, os dramas, o poder paralelo, a corrupção de guardas, a fraqueza do médico responsável pela enfermaria, a vaidade do diretor-geral, as prisioneiras barra-pesada… Todo o cenário é minuciosamente contado. E isso é um tédio.

A característica principal de Fellside é a falta de ação. A trama, de suspense, não consegue despertar curiosidade e mal se sustenta tamanha quantidade de histórias que vão se entrelaçando. Lá no final teremos alguns fios amarrando tudo? Sim, mas é um desfecho daqueles difíceis de convencer. A reviravolta, quando ocorre, soa mais para decepcionante do que surpreendente.

Ponto positivo? Sim, existe! A capacidade imaginativa do autor é que o mais surpreende. Apesar de ter achado a história ruim, não tenho como negar que todo o universo criado dentro dessa prisão é bastante criativo. O que me leva a divagar se Fellside não se sairia melhor como uma série de televisão. O lado roteirista de M.R. Carey é mais evidente nestas páginas do que o romancista, e diversas passagens tem uma clara pegada audiovisual.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2017/04/04/resenha-fellside-m-r-carey/
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Aline Ramos 13/05/2018

Nao é terror
Fiquei na duvida entre dar 3 e 4..No inicio ate o quase o meio seria 3, depois mudei pra 4 e no final fiquei no 3..5..rs.. Narrativa foi se arrastando e depois deu uma melhorada.. Tenso e bacana se passar num presidio feminino. Nao vi terror, foi mais suspense e drama, e sim, tem a parte sobrenatural, que pra mim foi dificil de imaginar devido a forma que o autor escreveu sobre isso, mas achei interessante. Ao mesmo tempo eu sentia compaixão de alguns personagens e raiva. De outros, só raiva. Vc ve como as pessoas podem ser tao sordidas e egoistas, o pior do ser humano. O final ate que é satisfatório, só que o da da protagonista deixou a desejar. Nao pelo ocorrido, mas por (QUASE SPOILER, de leve) por ter praticamente boa parte sido contado do ponto de vista dela e no finzinho ficou vago..Valeu a leitura.
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