Cela sem portas

Cela sem portas Marcel Trigueiro




Resenhas - Cela sem portas


16 encontrados | exibindo 1 a 16
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Yara Santos - @universodeutopia 30/03/2018

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Universo de Utopia
31/03/17
Cela sem portas - Marcel Trigueiro

Quando é resenha de parceria, chega dá aquela alegria de saber que um autor (a) confiou em nós para ler, avaliar e divulgar suas obras, é extremamente cativante nossa relação com os parceiros e parceiras e esse ano está sendo bem melhor que o esperado, nos mostrando que cada vez mais nosso trabalho está sendo reconhecido e principalmente aprovado,o que é simplesmente maravilhoso.

Cela sem Portas é o tipo de livro que os capítulos vão mudando de local, ação e personagem, não há apenas um protagonista, e sim vários, e o autor colocou todos os pensamentos, reflexões e ações de cada um deles tão bem que mesmo sendo a história repartida em diversos contextos, o leitor não fica perdido na leitura, sem saber o que está acontecendo, e eu fiquei maravilhada com isso, pois particularmente sou muito fácil de me perder numa leitura assim, tendo que voltar algumas vezes para poder compreender os capítulos.

A ação principal é um sequestro em pleno manhã na cidade do Rio de Janeiro, quando dois homens armados sequestram um ônibus com quinze passageiros, e exigem que a polícia solte o Cartola, o chefão do Quarto Comando, uma das facções que controla o tráfico de drogas na cidade. A maior preocupação dos policiais, era que esse crime não tivesse o mesmo fim trágico que o de 2000, do ônibus 174 (virou até filme) os bandidos ainda fazem ameaças, dando um prazo para cumprirem, e a cada hora do não cumprimento uma pessoa morreria.

A história gira em torno de Ângela, professora de física de uma escola para deficientes especiais, que naquele fatídico dia, estava no ônibus sequestrado. e Miguel, um menino que sofre de paralisia por uma esclerose, aluno da professora.

Acompanhamos toda a aflição dele e de seus pais que apenas podem acompanhar o caso pela TV e internet, e torcer para a querida professora sair sã e salva da violência que paira na cidade. Adorei o jeito que Marcel colocou os pensamentos do aluno, nunca poderia imaginar o quanto um menino como ele sofre, e pensar nesse sofrimento constantemente, é inspirador conhecer histórias como essa e compreender que existem pessoas como ele, que preso a um corpo não se deixa ficar preso mentalmente, se dedicando sempre aos estudos e a leitura.

Cristina, supervisora da superintendência, foi a intermediadora entre os bandidos e a polícia, e fiquei muita admirada com sua personalidade, lutando pela segurança e tão dedicada ao seu trabalho. Matheus, agente federal de Inteligência, também assiste pela televisão o desenrolar do sequestro, e cansado de não poder fazer nada vai para a intendência ajudar no desenrolar do sequestro.

Logo no início fiquei me perguntando, qual o real motivo desse sequestro? Quem teria sido o mandante? Quantas pessoas morreria até tudo ser resolvido?

Cela sem portas é um livro maravilhoso, juro que fiquei me perguntando se Marcel Trigueiro já foi detetive, superintendente, policial ou alguma profissão envolvida com casos criminosos, posso dizer que sua escrita é muito genial, perdi-me naqueles detalhes tão significantes da investigação, me senti Matheus Erming kkkkkkk; isso que o autor faz conosco é intenso, nos insere no livro de um jeito que sentimos a tensão dos personagens assim como as maquinarias daquele caso.

Tipico trabalho que nos faz refletir e questionar, não apenas pela sua capa irreverente, mas também pelo seu título provocativo. Vivemos trancafiados em celas sem portas, porque não importa para qual direção seguimos, estamos a mercê da própria sorte num mundo de tanta violência que cada dia mata pessoas, destrói sonhos e arrasam famílias.
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Elida.Marinho 30/06/2017

Resenha- Celas sem portas
Miguel é um adorável garoto, que sofre com um tipo de esclerose rara, comprometendo os movimentos do seu corpo, exceto o movimento dos olhos, pálpebras e sua mão direita. Apesar das limitações que enfrenta, ele consegue ter acesso ao mundo virtual, por meio das novas tecnologias, por meio delas ele consegue se comunicar pelo world. ⠀

Uma das grandes motivações de Miguel a ir a escola é sua professora Ângela, o carinho que ele sente por ela é grande, os pais do garoto, também tem uma grande afeição por ela, que sempre demonstrou carinho e cuidado com Miguel.


Miguel escreve uma carta para Ângela no dia dos professores, que seria no seguinte dia, um agradecimento a ela, por ser sempre tão boa professora. No entanto, ela não aparece na escola, o que deixa Miguel e sua mãe Giulia preocupados, pois Ângela, nunca foi de faltar.


Seria mais um dia para Ângela, onde ela cumpriria seus deveres de sua profissão, era dia de ir para escola que Miguel freqüenta, ela tinha um carinho especial por aquela criança, adorava dar aula a ele e a turma dele. ⠀

Infelizmente os compromissos foram interrompidos. Dois homens pararam o ônibus que a professora estava, e anunciaram ser um seqüestro, logo o desespero tomou de conta naquelas vidas que estavam dentro do ônibus.


A abordagem do ônibus pelos seqüestradores foi para manter as vitimas como reféns, em troca da vida delas, a policia deveria libertar Cartola da prisão. Cartola é o líder da facção quarto comando, que controla o tráfico de drogas na cidade. O tempo para a soltura seria curto, e a policia teria que agir, senão alguém morreria dentro daquele ônibus.


Muitos policiais trabalham nesse seqüestro, fazendo o possível para manter aquelas vidas a salvo, Cristina é umas delas, que se prontificou a tentar uma comunicação com os bandidos. Juarez também é outro que está envolvido para ajudar nesse mistério, o mesmo, tenta ir falar com Cartola, para entender os motivos daquele seqüestro.

As pessoas estão acompanhando por várias partes da cidade o desenrolar do seqüestro, dentre essas pessoas está Matheus Erning, um Agente Federal de Inteligência. Uma hora se passa depois do seqüestro e logo a noticia de uma morte surge na televisão, mas não foi de ninguém dentro do ônibus, a morte ocorrida foi do ex-chefe de Matheus,o Kutatek, Matheus fica em choque com a notícia. Porque mataram seu ex-chefe? Um ex-agente da lei, que aparentava ser uma boa pessoa. Matheus começa achar estranho, desconfiando que tem muito mais coisa envolvida por trás desse seqüestro, e começa a investigar.


Todos unidos com o objetivo do seqüestro acabar sem causar nenhum dano, a negociação entre Cristina e os seqüestradores continua em andamento, Juarez, continua tentando descobrir o que causou aquele seqüestro, e Mateus começa a investigação da morte do seu ex-chefe, tentando desenrolar os reais motivos.


No começo, tive um pouco de dificuldade em aprender os nomes dos personagens, que por sinal são muitos. Vários personagens, com histórias diferentes, mas, que se encaixaram uns com uns outros de uma forma incrível. ⠀

Que livro é esse??? Não tenho muito contato com livros policiais, e o contato que tive com Cela sem portas, foi incrivelmente maravilhoso, sério mesmo! É um livro bem escrito, uma história muito bem elaborada. Trouxe-me um misto de sentimentos, como tristeza, tensão, medo e também alegria. Muito obrigada Marcel, por me proporcionar uma leitura incrível, e por me da à chance de mergulhar nesse mundo policial.
Recomendo demais esse livro, vocês precisam ler!!
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Nilton Alves 04/06/2017

Maravilhoso
Cela sem Portas é um livro de Ficção Policial do autor Marcel Trigueiro publicado de maneira independente.
Com uma narrativa bastante técnica o autor dar vida a vários personagens. Esse é um livro que não tem um protagonista principal.
A leitura é fluída e o enredo se desenvolve de maneira rápida. Dar para ver que o autor pesquisou bastante para desenvolver todo esse enredo.
Ao longo do enredo o autor explora temas como corrupção e lavagem de dinheiro. O livro me fez lembrar ao sequestro daquele ônibus em 2000.
O livro é dividido em 35 capítulos, tem 323 páginas amarelas. A diagramação está perfeita.
Dou 5 estrelas.
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Isabela | @readingwithbells 20/04/2017

Muito bom!
Quando pega um ônibus para ir ao trabalho, Ângela mal sabe seu destino.
Dois bandidos fazem o ônibus todo de refém com um único pedido: soltar o Cartola da cadeia ou pessoas vão ser mortas.
Cristina comanda a negociação com os bandidos e faz de tudo para poder libertar os reféns o mais rápido possível.
Matheus, o agente federal de inteligência, ajuda de uma maneira indispensável nessa situação, tentando encontrar formas e ligações entre os envolvidos para que tudo termine bem nessa operação.
Miguel, que é um dos alunos de Ângela, gosta muito de sua professora e lhe escreveu uma carta, porém ao descobrir que ela está dentro do ônibus como uma refém, ele se sente inquieto com a situação. Mesmo sendo portador de esclerose, ele possui muita inteligência, e entra na história para ajudar.
Será que Ângela vai conseguir se salvar? Cartola vai ser solto? A máfia vai continuar impune? E a melhor das perguntas: será que Miguel vai conseguir entregar a carta pra sua professora?
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O livro se passa no Rio de Janeiro em uma manhã de primavera. Com muita ação e suspense, é impossível não acompanhar os minutos (que são os títulos dos capítulos) para saber o que acontece. Ele é rico em detalhes em cima do desenvolvimento dos personagens junto com o que a polícia faz para resolver o caso.
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Nádia 13/04/2017

#resenhapomarliterario Cela sem portas
Cela sem portas, 321 pág, autor @marceltrigueiro , é uma obra de ficção policial brasileira. Quem acompanhou minha leitura pelos snaps sabe q o livro me deixou numa ressaca enorme.
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Mais uma manhã normal e quente no Rio de Janeiro. Ângela a professora de física da escola Municipal Silas Gomes se acomoda no ônibus pra encarar seu trajeto diário. Checa suas redes sociais e observa as coisas ao seu redor. Seria só mais uma viagem no coletivo se dois homens armados não entrassem no ônibus e anunciassem o sequestro daquele veículo. Os bandidos só tem um pedido: Libertem o Cartola de Bangu. Senão alguém morre.
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Concomitante, os alunos especiais aguardam pela chegada da professora q nunca se atrasa. Até q as notícias começam a aparecer nos telejornais.
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Miguel, um dos alunos, tem uma rara forma de esclerose, podendo mover apenas os olhos e parte da mão direita. Porém, com capacidade intelectual plenamente em funcionamento. Ele não consegue assistir a toda situação sem fazer nada. Mas o q poderia um garoto preso a uma cadeira de rodas fazer para ajudar? Vc irá se surpreender do que esse garoto é capaz! Ele me conquistou e emocionou.
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Msmo a situação sendo responsabilidade da PM, nosso antigo perito agora promovido a Agente de Inteligência da PF, vai dar o ar da sua graça na história. Destemido, dedicado e extremamente sagaz, Matheus irá contribuir enormemente com o trabalho da PM.
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E será que a polícia atende o pedido dos bandidos? Será que algum refém irá morrer? Será q Ângela sai dessa com vida? Onde é que o Matheus vai se meter dessa vez?
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Pontos fortes: além do enredo policial rememorar o epsódio real ocorrido no Rio no ano 2000, o autor explora temas contemporâneos de corrupção, e lavagem de dinheiro. Além de sua super habilidade em dar vida a personagens extremamente envolventes e cativantes; além de sua perspicácia em desenvolver seus aspectos psicológicos. E sua escrita ser permeada por um humor inteligente.
Pontos fracos: Não consegui localizar nenhum. A leitura fluiu deliciosa. As habilidades do autor pra brincar com o tempo, indo no passado e no futuro e retornando pro presente exige um pouco mais de atenção mas nada que torne a leitura cansativa. 5/5 Favoritado P.S. O autor contou pra gente que já está escrevendo o próximo livro da série e que a previsão pra lançamento é 2018. Pergunta se eu tô ansiosa? Ainda mais depois de saber alguns pequenos detalhes que podem vir a acontecer nos próximos livros .Mto amor pela escrita do @marceltrigueiro

site: https://www.instagram.com/p/BSrsD83jnxZ/?taken-by=pomarliterario
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Universo de utopia 10/04/2017

Cela sem portas, Universo de utopia
Quando é resenha de parceria, chega dá aquela alegria de saber que um autor (a) confiou em nós para ler, avaliar e divulgar suas obras, é extremamente cativante nossa relação com os parceiros e parceiras e esse ano está sendo bem melhor que o esperado, nos mostrando que cada vez mais nosso trabalho está sendo reconhecido e principalmente aprovado,o que é simplesmente maravilhoso.

Cela sem Portas é o tipo de livro que os capítulos vão mudando de local, ação e personagem, não há apenas um protagonista, e sim vários, e o autor colocou todos os pensamentos, reflexões e ações de cada um deles tão bem que mesmo sendo a história repartida em diversos contextos, o leitor não fica perdido na leitura, sem saber o que está acontecendo, e eu fiquei maravilhada com isso, pois particularmente sou muito fácil de me perder numa leitura assim, tendo que voltar algumas vezes para poder compreender os capítulos.

A ação principal é um sequestro em pleno manhã na cidade do Rio de Janeiro, quando dois homens armados sequestram um ônibus com quinze passageiros, e exigem que a polícia solte o Cartola, o chefão do Quarto Comando, uma das facções que controla o tráfico de drogas na cidade. A maior preocupação dos policiais, era que esse crime não tivesse o mesmo fim trágico que o de 2000, do ônibus 174 (virou até filme) os bandidos ainda fazem ameaças, dando um prazo para cumprirem, e a cada hora do não cumprimento uma pessoa morreria.

A história gira em torno de Ângela, professora de física de uma escola para deficientes especiais, que naquele fatídico dia, estava no ônibus sequestrado. e Miguel, um menino que sofre de paralisia por uma esclerose, aluno da professora.

Acompanhamos toda a aflição dele e de seus pais que apenas podem acompanhar o caso pela TV e internet, e torcer para a querida professora sair sã e salva da violência que paira na cidade. Adorei o jeito que Marcel colocou os pensamentos do aluno, nunca poderia imaginar o quanto um menino como ele sofre, e pensar nesse sofrimento constantemente, é inspirador conhecer histórias como essa e compreender que existem pessoas como ele, que preso a um corpo não se deixa ficar preso mentalmente, se dedicando sempre aos estudos e a leitura.

Cristina, supervisora da superintendência, foi a intermediadora entre os bandidos e a polícia, e fiquei muita admirada com sua personalidade, lutando pela segurança e tão dedicada ao seu trabalho. Matheus, agente federal de Inteligência, também assiste pela televisão o desenrolar do sequestro, e cansado de não poder fazer nada vai para a intendência ajudar no desenrolar do sequestro.

Logo no início fiquei me perguntando, qual o real motivo desse sequestro? Quem teria sido o mandante? Quantas pessoas morreria até tudo ser resolvido?

Cela sem portas é um livro maravilhoso, juro que fiquei me perguntando se Marcel Trigueiro já foi detetive, superintendente, policial ou alguma profissão envolvida com casos criminosos, posso dizer que sua escrita é muito genial, perdi-me naqueles detalhes tão significantes da investigação, me senti Matheus Erming kkkkkkk; isso que o autor faz conosco é intenso, nos insere no livro de um jeito que sentimos a tensão dos personagens assim como as maquinarias daquele caso.

Tipico trabalho que nos faz refletir e questionar, não apenas pela sua capa irreverente, mas também pelo seu título provocativo. Vivemos trancafiados em celas sem portas, porque não importa para qual direção seguimos, estamos a mercê da própria sorte num mundo de tanta violência que cada dia mata pessoas, destrói sonhos e arrasam famílias.
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Fábbio (@omeninoquele) 13/03/2017

Ficção policial
"Deus nunca lhe dá uma cruz que você não possa carregar."

Numa certa manhã quente de primavera, o jovem Miguel ao sair de casa tem como objetivo na aula do dia, entregar uma carta em homenagem ao dia dos professores, para sua professora querida, Ângela, mais sem saber, os planos para aquele dia seriam completamentes diferentes do que ele imaginara.

Na ida para a escola, pouco mais de quinze pessoas sofreriam um assalto, e nesse mesmo ônibus estaria Ângela, a professora de Miguel que passaria horas de muita tensão e pavor. Os bandidos entraram e abordaram os passageiros, que segundos achavam que era apenas mais um assalto.

Pouco tempo depois, a notícia correria e chegaria à policia, que logo se envolveria pra resolver aquela pendência. Quando chegam ao local, os sequestradores deixam claro ao policiais o motivo daquele sequestro e impõem que liberem um bandido poderoso, que controla uma máfia no Rio de Janeiro, chamado Cartola, e que se não cumprissem o que estavam pedindo passariam a matar um por um os reféns.

Até aí é um caso comum, que a policia do mundo inteiro está acostumada a resolver. Mais garanto que estamos frente a uma organização bastante forte e caberá a Matheus, um policial federal perito em informática resolver aquele caso.

É um livro denso e que tem que ser lido com muita atenção. O autor escreve magnificamente e amarra bem as histórias de Ângela, Miguel, o garoto especial e o policial Matheus.

A história se passa no Rio de Janeiro durante um dia, mais acontece flash backs com acontecimentos, antes e depois do sequestro do ônibus.

Os capítulos são curtos e a escrita é simples, fazendo com que a leitura flua muito bem. Fiquei tenso à medida que as horas se passavam (pois isso é registrado acima dos capítulos), porque eu achava que a qualquer momento, os assaltantes iriam matar todos ali.

A história gira em torno de uma máfia e logo que a pessoa apareceu na narrativa eu matei que seria o "chefão." Miguel tem muita importância na narrativa, pois apesar de ter limitações, o jovem é muito inteligente.

Não sou acostumado a ler ficção policial, mais tenho que concordar que esse livro me surpreendeu bastante e me desafiou também que é o que eu procuro em uma leitura. Certamente eu vou querer algo mais desse gênero. Agradeço o autor pela oportunidade de leitura e desde já deixo minha recomendação de leitura.
⭐⭐⭐⭐

site: https://www.instagram.com/p/BRmI0CoAMbg/?taken-by=omeninoquele
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Julia G 10/03/2017

Cela sem portas
Em 2013, quando li O próximo alvo, primeiro livro do autor Marcel Trigueiro, comentei sobre o potencial de torná-lo uma daquelas séries policiais com romances independentes, utilizando-se dos mesmos personagens, e destaquei o fato de que eu adoraria ler se algo assim fosse publicado. Coincidência ou não, foi isso que o autor fez: em Cela sem portas temos uma história completamente nova, ainda mais instigante que a primeira, mas com a participação de personagens já conhecidos do livro anterior. Se eu gostei? Eu adorei, e vou tentar colocar em palavras para vocês o porquê.

Uma das coisas que eu apreciei em ambos os livros do Marcel é que ele se arrisca em gêneros e estilos literários que eu quase não vejo de autores nacionais. O romance policial criado por ele se embrenha em tramas complexas, com uma quantidade enorme de personagens, sem se perder nos detalhes ou na construção do todo. Cada acontecimento é importante, cada cena refletirá no desfecho, e conseguir montar todo esse quebra-cabeças de forma consistente mostra um domínio do texto que eu só tinha visto antes em poucas obras. Algo parecido com o que é feito por Dan Brown, com a diferença de que as tramas são cem por cento nacionais nesse caso.

Cela sem portas se destacou para mim ainda por outros elementos. Entre eles posso citar a dinâmica do texto, de capítulos curtos, divididos por minutos do relógio, que demarcavam a corrida contra o tempo para libertar os reféns do ônibus e evitar novas mortes. Essa esquematização disparava a ansiedade, daquelas que levam a ler incessantemente, até chegar ao desenlace.

Os diversos pontos de vista das pessoas envolvidas naquele tormento contribuíram também para visualizar a real proporção daquele acontecimento. Não se tratava apenas de bandidos versus polícia, mas de toda a estrutura de segurança pública, dos representantes políticos e dos inocentes afetados direta ou indiretamente por aquele ato, e Marcel conseguiu demonstrar magnificamente o quanto todos, de alguma forma, eram afetados por ele. Aliás, acho até que o livro se tornou mais interessante, no meu ponto de vista, por sua trama política e social, tão mais presente na nossa realidade que as minúcias da tecnologia, que havia sido foco do livro anterior.

Outro aspecto que me agradou foi a abordagem sobre pessoas com deficiência. O assunto já tinha sido inserido no livro anterior, mas não com tanto destaque quanto agora, já que os personagens levavam uma vida tão normal que a deficiência era apenas uma das partes deles. Em Cela sem portas, destacou-se a existência de deficiências graves a ponto de impedir atos básicos da vida, como falar e comer, mas, o mais interessante, foi a forma como o autor demonstrou que, apesar da aparência inanimada, também essas deficiências podem ser apenas mais uma parte das pessoas que as têm. Miguel, por exemplo, só tinha controle sobre seus olhos e algum movimento nos dedos, porém, ao seu modo, manifestava-se como qualquer outro e e não perdia nada em inteligência. O personagem me despertou um carinho especial e terminei o livro com lágrimas nos olhos por causa dele.

Marcel Trigueiro já tinha demonstrado um trabalho ótimo em O próximo alvo, mas é visível seu crescimento como autor em Cela sem portas. O livro tem uma trama bem amarrada, envolvente e extremamente ágil, além de ter deixado para trás os poucos pontos negativos que eu havia citado quanto à primeira obra. Para quem procura um livro nacional intenso e rico em detalhes, que conta ainda com intrigas políticas e reflexões sociais, vale a pena apostar nesse. O livro está à venda na Amazon.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2017/03/cela-sem-portas-marcel-trigueiro.html
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Lina DC 14/02/2017

Em um dia quente de primavera no Rio de Janeiro, dois homens armados sequestram um ônibus e fazem várias pessoas como reféns. O pedido dos sequestradores? Que a polícia liberte Cartola, o líder do Quarto Comando, facção que controla o tráfico de drogas na cidade. E se a polícia não cumprir o pedido, uma pessoa morrerá a cada uma hora.

Ângela é uma professora de física em uma escola para alunos especiais. Uma mulher dedicada que se empenha diariamente em fornecer as ferramentas certas para seus estudantes e é recompensada pelo carinho deles e de seus pais, como seu aluno Miguel e sua mãe Giulia. Miguel é portador de uma forma rara de esclerose e tem seus movimentos bem limitados, mas possui certa independência com sua cadeira especial e aparelhos de comunicação.

"Todo professor sabe que mesmo que de cada mil alunos só um demonstre aquele interesse genuíno por aprender, aquela vontade de crescer, esse único aluno faz tudo valer a pena. Ângela não duvidava que Miguel tinha um futuro brilhante pela frente". (p. 15)

O que a professora não esperava é que em uma manhã ao pegar o ônibus para o trabalho, sua vida ganharia um novo rumo. O sequestro logo se torna a notícia do momento e em está em todas as redes sociais ao vivo. É quando Miguel e sua mãe Giulia descobrem que Ângela está no ônibus.

Após uma hora de espera, os sequestradores realizam a ameaça de forma inesperada. E é por conta disso que o agente federal Matheus Erming se envolve no caso. Matheus é um homem inteligente e determinado, que se depara com uma situação inesperada. Para ele, o grande questionamento é o descobrir qual é o verdadeiro objetivo dos sequestradores.

A narrativa é feita em terceira pessoa e vai alternando as perspectivas entre os personagens. Em um momento o leitor se encontra dentro do ônibus, rezando e esperando sair dessa situação com vida; em seguida está seguindo uma pista, tentando entender o que está acontecendo ou está como observador, sendo atualizado através do noticiário.

A escrita de Marcel Trigueiro é envolvente e a construção de seu enredo é complexa e muito bem desenvolvida. A forma como as respostas vão surgindo cria o clima ideal para o leitor sentir-se preso a história e só largar o livro quando chegar ao final.

O texto ainda faz algumas críticas sociais, como a forma como a mídia explora as tragédias, a violência na sociedade e a corrupção. É um livro que permite ao leitor refletir sobre a sociedade em que vive.

"Alvo visível? Sim. Vítima fora da linha de disparo? Sim. Eliminado o risco de alguém ficar entre ele e o alvo? Sim. Ordem recebida? Sim." (p. 262)

Os personagens são carismáticos, complexos e bem construídos. Suas características os tornam fácil de associá-los ao nosso cotidiano, identificando cada um deles em nosso dia a dia.

Em relação à revisão, diagramação e layout foi realizado um ótimo trabalho.


"Nada daquilo importava mais. Era como se ele estivesse vendo os créditos de um longo filme que acabara de chegar ao fim, estando perto do merecido descanso." (p. 33)
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Ana Luiza 14/02/2017

Tenso, instigante e surpreendente
A HISTÓRIA
Uma manhã quente e comum no Rio de Janeiro se transforma completamente quando dois homens armados sequestram um ônibus. Com um pouco mais de quinze reféns sobre sua mira, os sequestradores exigem que Cartola, o líder do Quarto Comando, facção que controla o tráfico de drogas na cidade, seja libertado da prisão. E se a polícia não cumprir o pedido, uma pessoa morrerá a cada uma hora.

Para evitar uma tragédia como a de 2000, quando o sequestro do ônibus 174 terminou com a morte de uma professora, a polícia corre para atender as exigências dos sequestradores. Enquanto Cristina, uma jovem policial, tenta estabelecer uma linha direta de comunicação com os bandidos, o capitão Juarez vai até a prisão onde está Cartola para ver se é possível resolver a coisa toda sem realmente ter que soltar um dos criminosos mais perigosos do nosso tempo.

Enquanto isso, longe do lugar do sequestro, Miguel, um jovem paralisado pela esclerose, acompanha toda a tragédia pela televisão e pela internet, junto a sua mãe, seus colegas e funcionários da escola, que, como o resto da cidade, está paralisada acompanhando o caso. Miguel teme pela vida de Ângela, sua dedicada professora de física, que está presa no ônibus sequestrado. Em outra parte da cidade, Matheus Erming, agente federal de Inteligência, também assiste pela televisão o desenrolar do sequestro, mas sabe que não há muito o que ele possa fazer.

A primeira hora passa e o Cartola não é liberado, logo, uma pessoa morre. Contudo, a vítima estava bem longe do ônibus sequestrado e era um ex-agente da polícia federal. Matheus se assusta quando descobre que o ex-chefe morreu. Mas afinal, o que um cara tão certinho, e um ex-agente da lei, como o ex-chefe de Matheus, teria a ver com os sequestradores e o Quarto Comando? Logo fica claro para a polícia que o caso é mais complicado do que aparentava e que o sequestro está longe de acabar.

Assim, inicia-se uma corrida pela verdade: qual o real motivo desse sequestro? Quem teria organizado tudo? Quem está ajudando os sequestradores do lado de fora do ônibus? E será que tudo poderá ser resolvido sem que mais uma pessoa morra? O tempo está passando e o terror longe de acabar, mas logo revelações são feitas conforme Matheus se junta as investigações com a polícia e começa a fazer as perguntas certas, com ajuda virtual do jovem Miguel.

A “SÉRIE” E OS LIVROS DO AUTOR
Cela Sem Portas é o segundo livro do Marcel Trigueiro, autor de O Próximo Alvo. Ambos os livros se passam no Rio de Janeiro e trazem mistérios policiais desvendados com a ajuda de Matheus Erming, agente federal especialista em computação forense. Contudo, apesar de estarem obviamente conectados, e alguns fatos de O Próximo Alvo serem citados nesse livro, é possível ler Cela Sem Portas como um volume único sem qualquer complicações.

A LEITURA – NARRATIVA E TRAMA
Eu comecei a leitura de Cela Sem Portas bastante animada, gosto de suspenses policiais e esse prometia ser um bom livro do gênero – e, no fim, não fui decepcionada. A narrativa em terceira pessoa do autor é boa e cativante. Trigueiro conseguiu criar e me envolver logo de cara em um clima de tensão crescente que deixa a leitura tensa, mas instigante, como deve ser em um suspense. Contudo, confesso que fiquei incomodada, em certos momentos, com os termos violentos e de baixo calão que o autor usou nas falas dos personagens. Mesmo entendendo que a intenção de Trigueiro era imitar um pouco do falar cotidiano e que quem estava “falando” aquilo eram os personagens, não o autor, eu gosto quando a literatura se permite a ser mais politicamente correta, por assim dizer.

Quanto a trama, só tenho elogios. A história de Cela Sem Portas é bem amarrada e se desenvolve com rapidez, a leitura é tensa, mas instigante e emocionante. Gostei bastante das referências que o livro faz ao sequestro (real) do ônibus 174, claramente essa história foi inspirada no caso e citá-lo ajudou a tornar Cela Sem Portas mais verossímil. Na verdade, todo o livro soa bastante real, fica claro que o autor se deu ao trabalho de fazer uma extensa pesquisa, especialmente sobre o funcionamento de investigações criminais e das diferentes polícias (civil, militar, federal). Nesse ponto, Trigueiro pecou apenas um pouco no final, os últimos momentos do sequestro me soaram um pouco exagerados, com cenas de luta dignas de filmes de ação. Contudo, isso não desmerece o resto da obra, que foi bolada de forma bastante inteligente.

Cela Sem Portas guarda muitas surpresas e confesso que, apesar de ter previsto algumas coisas, outras me pegaram completamente desprevenida. Não esperava que, a partir do sequestro de um ônibus, o autor conseguisse desenvolver uma trama sobre facções criminosas, corrupção policial e crimes cibernéticos. Mas o autor conseguiu e acabou criando um excelente suspense policial.

(...)

CONCLUSÕES FINAIS
Apesar da previsibilidade e exageros de certos momentos da história, Cela Sem Portas foi uma excelente (e rápida) leitura. Tenso e instigante do início ao fim, esse suspense policial traz uma história inteligente sobre sequestro, facções criminosas, corrupção policial, ganância e mais. Com personagens e trama que soam, em muitos momentos, reais, Cela Sem Portas está mais que recomendado para aqueles que gostam de mistérios policiais com grandes doses de ação e aventura.

LEIA A RESENHA COMPLETA E VEJA FOTOS DO LIVRO NO BLOG:

site: http://www.mademoisellelovesbooks.com/2017/02/resenha-cela-sem-portas-marcel-trigueiro.html
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Arca Literária 13/02/2017

onfiram a resenha de Cela sem Portas, livro de Marcel Trigueiro
Por: Antonio Henrique Fernandes
http://www.arcaliteraria.com.br/cela-sem-portas-marcel-trigueiro-2/
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Samara 25/01/2017

Cela sem portas!!
Leitura de 5 estrelas!!
Para Ângela, professora de física, este dia seria igual a todos os outros dias.
Ela ensina alunos que sao portadores de deficiência física, um de seus alunos (Miguel) um menino meigo e amigável, e portador de uma doença rara, por causa dessa doença ele não tem o movimento praticamente de quase todo seu corpo, só tem movimento em seus olhos e dedos, e por ele ainda ter esses movimentos ele consegue se comunicar com amigos e famila através de um computador!
Por outro lado Ângela nao imaginava que ia ficar na mira de armas de dois assaltantes dentro do ônibus a caminho do colégio, e por vez esses bandidos queria a soltura de um traficante(cartola),chefe do quarto comando, uma das facções que controla o rio.
Ai fica a dúvida sera que existe algo mais por tras desse sequestro!?
O que acontecerá quando o cartola estive solto, e se ele vai se soltar?
E o que acontecera com Ângela ela sairá bem ou melhor viva desse sequestro?
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Mika 22/01/2017

Maravilhoso e cativante!
Seria mais um dia normal de trabalho para Ângela, a professora de Física de uma escola para alunos especiais. Dentre estes alunos, existe Miguel, um garoto adorável porém portador de uma doença rara que acabou fazendo com que todo o seu corpo se imobilizasse, exceto seus olhos e seus dedos, que através de um sistema de computador são os intermediários para que ele possa comunicar-se com sua família e outras pessoas.

Ângela porém não contava com o que iria acontecer assim que entrasse dentro do ônibus. Se ela tivesse saído de casa mais cedo ou segundos mais tarde, ou vindo de carona com seu marido Lucas, talvez ela nunca tivesse ficado sobre a arma de dois sequestradores naquela fatídica manhã de primavera. Eles fazem reféns os passageiros e exigem algo em troca: a soltura de Cartola, o maior chefe do Quarto Comando, uma das facções que controlam o tráfico de drogas no Rio.
Policiais militares, civis e até federais, incluindo agentes, inspetores de Inteligência, negociadores e todos os níveis de quarteis possíveis entram em cena para evitar que o pior aconteça. Porém, tudo leva a crer que existe muito mais por detrás desse simples sequestro. O que realmente iria acontecer assim que Cartola fosse solto? Será que esses reféns sairiam daquele ônibus com vida? E Ângela, a querida professa de Miguel, será que ela sobreviveria a tanto terror?

Não tenho palavras para expressar o quanto essa obra me surpreendeu do começo ao fim. Marcel construiu um romance policial digno de nota, realmente maravilhoso, onde vários personagens entram e saem de cena, todos juntos formando um curioso e gigante quebra-cabeça. Por falar nos personagens, há tantos que é impossível lembrar de todos. O mais legal é que mesmo tendo tantos assim, isso não dificulta a leitura e nem confunde o leitor. Assim que você se habitua as trocas de personagens, você começa a pensar e a entender a mente de quem está narrando no momento. Dentre estes, os mais importantes para mim foram Miguel, Matheus, Cristina, Ângela e Juarez. Além disso, eu consegui criar uma empatia forte por todos eles, mesmo que o livro não se aprofunda em nenhum. Tudo o que sabemos realmente é quem são e em qual cargo trabalham, mas juntos, eles fazem a história valer um pouco mais a pena ser lida.

Quanto a narrativa, eu diria que ela foi bastante técnica. Fiquei impressionada por conter várias passagens de texto onde os personagens me explicavam alguma coisa em relação a tecnologia utilizada por hackers e crackers, ou até mesmo como é feito o trabalho de um legista. Acredito que o autor pesquisou muito os termos corretos para dar nos um banho de enciclopédia nessa história. Sem contar que são tantos departamentos da polícia envolvida que eu sequer sabia que existiam, que eu fiquei eufórica para conhecer mais sobre o que faziam cada um.
Acho que nunca poderia dizer que Cela sem portas fora maçante. Demorei para pegar o ritmo? Sim, mas isso deve-se ao fato do gênero não ser um dos meus preferidos, fora isso, a história deixa o leitor tenso a todo momento. É impossível saber o que os personagens vão fazer e cada descoberta deixa o nosso coração ansioso para desvendar quem é a mente criminosa por detrás daquilo tudo. Nem preciso dizer que o final foi de arrasar. Quando você cria um conclusão sobre a história, o autor muda tudo e quando você acha que enfim acabou, ele dá dois tapas na sua cara e mostra quem tem muito mais por vir. Simplesmente emocionante e cativante!

Eu amei a arte que usou vários elementos do livro para criar a capa, que convenhamos, ficou linda. A diagramação é simples e contém apenas uns errinhos de digitação, nada que incomode ou atrapalhe a leitura.

Cela sem portas foi um livro maravilhoso, que me prendeu de uma maneira impressionante. É notável o talento do autor ao escrever uma história cheia de plot twist, onde o leitor não sabe e não desconfia o que vai acontecer. Um livro indicado a todos os amantes do gênero e também a aqueles, que como eu, não gostava mas passou a adorar!

site: https://leitoraencantada.blogspot.com.br/2017/01/resenha-cela-sem-portas-marcel-trigueiro.html?showComment=1485135813756#c4179229672805730361
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