Annete.Chavez 25/10/2019
Tudo o que precisamos é de amor...
Que livro mais fofo, iti malia, liiiiiindoooo! E olha que eu não estava com tantas expectativas quando o peguei pra ler.
Nele conta a estória de Anna Snow, que por uma grande surpresa, de órfã e professora de um orfanato se vê como a única herdeira do (agora morto) Conde de Riverdale. Sendo rejeitada pelos seus meios-irmãos em meio ao escândalo de bigamia e outras confusões da nobreza londrina, ela cria um grande laço com seu nominalmente "primo" Avery Archer, Duque de Netherby.
Tem tantos pontos que me chamaram a atenção nessa obra, que os diferencia de outros livros de época:
Em primeiro lugar, as características dos personagens. Anna é uma mulher magra, sem muitos atributos físicos e muito rígida (em função de sua criação no orfanato). E mesmo quando ficou rica, nunca se deixou mudar em caráter e aparência, assim criando um meio termo entre a Anna professora e a Anastacia herdeira e rica. Ela não mudou sua essência, o que foi algo lindo a se aprender. E nem o Duque, Avery para os mais íntimos, era um galã convencional. Diferente dos vários protagonistas altos, morenos e extremante masculinos, ele é franzino, magro, baixo e de uma aparência loira angelical, quase feminina. Além de gostar se vestir exuberantemente e usar seu monóculo para assustar os desavisados. Mas apesar de todas essas "desvantagens" (como alguns poderiam encarar), ele aprendeu que uma personalidade forte e alto estima podem engrandecer um homem.
O segundo ponto que me chamou a atenção, foi que em nenhum momento enquanto o romance entre Avery e Anna se desenvolvia, ele quis que ela deixasse de ser ela mesma. E apesar de parecerem ao princípio tão diferente, os dois puderam achar um lindo equilíbrio em seu relacionamento. Tinha momentos tão emocionantes durante os quais Anna só quer uma família e ter pessoas que a ame, que ela trocaria qualquer riqueza só para ter afeto, que me fizeram ter os olhos marejados e meu coração doído.
Foi muito legal também ver todos os esforços da sua grande família de avó, tios, tias e primos em primeiro e segundo grau, em aceitá-la e torná-la uma dama. Deu para dar algumas risadas com todos os sais e lenços levantados ao nariz durante esse percurso.
Outra coisa interessante foi mostrar como os colégios internos podem ser ambientes propícios para intimidações e assédios (algumas vezes até sexuais) que na época eram aceitos, e até incentivados, para fazer os garotos endurecerem, o que é algo triste e horrível.
Bom, vou parar aqui para não falar muito mais sobre o livro. Mas tem tanta coisa linda a se aprender com esse romance. Eu indico a todos que quiserem ler algo leve e bem água com açúcar.