Flores azuis

Flores azuis Carola Saavedra




Resenhas - Flores Azuis


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Ricardo Rocha 23/09/2011

Li Flores Azuis, de Carola Saavedra, em dois dias. Seria em geral tipo: Adorei! Li em dois dias! Mas o que posso dizer é assim: Ela escreve muito bem, o final é ótimo, a trama interessante. Então adorei? Gostei. O que faltou? A página. Um livro ótimo não sobrevive da elegância de sua escrita apenas, de seu final, da história, nem seja lá o que se acompanhe da pressa do leitor. Para mim Virgínia Woolf é ótima porque tem todas essas qualidades ligadas à página – isto é, prende pelo que estamos lendo, não pela curiosidade quanto ao que virá. Virtude raríssima. Conto nos dedos: Dostoievski, Clarice, Faulkner, Nadine, alguma coisa de Amos Oz, de Jacobsen, Christa, alguma coisa de Duras, Guimarães Rosa, Katherine Mansfield. É como uma chama, a leitura – a pressa a apaga. Carola escreve muito bem, sua idéia é ótima e bem desenvolvida, seu final não é previsível – mas o livro sim. Por quê? Aí já não sei. Vamos ver: pode ser por causa da pressa da própria escrita no sentido da publicação? Priorizar a estrutura do romance a simplesmente escrevê-lo? ( O que mata o leitor que se entusiasmara justamente pelo inesperado). É como o bom romance (que poderia ter sido inesquecível), “Se ninguém falar de coisas interessantes”. Gira em torno de um evento cujo flash aparece logo no começo. Mantém o suspense quanto a esse evento – mas não sobre o demais. A narrativa na terceira pessoa se torna repetitiva (previsível), o monólogo da menina, idem. Aí, é irresistível para mim correr ao final. Mas apenas autores clássicos tem a página? Definitivamente, não. Um exemplo: “A many splendored thing” (origem do filme “Suplício de uma saudade”). A própria autora faz spoiler logo no início e nem precisava, todo mundo sabe hoje o que acontece. Ainda assim, sua escrita tem a página. Não dá aquela vontade de ir ao final, por exemplo, comparar livro e filme. Não dá de resto vontade de nada exceto... ler. É a página. Admirável virtude de poucos.
Natalie Lagedo 18/08/2016minha estante
Gostei da sua reflexão. Nunca tinha pensado assim e concordo contigo, a página é virtude de poucos.


Natalie Lagedo 18/08/2016minha estante
Gostei da tua reflexão. Nunca tinha pensado assim e concordo contigo, a página é virtude de poucos.


Ricardo Rocha 18/08/2016minha estante
=)


Maria Helena 26/09/2016minha estante
Idem. Ótima observação.


Pandora 12/06/2017minha estante
Nossa, já refleti muito sobre isso, mas a maneira como você colocou foi genial.




sleepyintgarden 16/04/2022

2° do ano
romance epistolar,esse livro foi uma grande surpresa pra mim.formado por cartas e recheados de grande elegância,a autora conseguiu,pelo menos pra mim,trazer a mais profunda complexidade em dois personagens aparentemente tão simples. uma mulher,que se submete à uma quase violência-porque a violência não está somente naquilo que pode ser entendido,mas também em tudo aquilo que subentende-se. uma mulher maltratada por um homem,mas que insistia em agradá-lo,em escrever-lhe cartas. um homem,que não era aquele a quem as cartas eram endereçadas. alguém que não entendia nada sobre nada. mas também nunca tentou entender.mas compreendeu toda a beleza da mulher que escreveu as cartas. que como ela queria,virou-se e viu nela uma beleza terrível. e eu também vi. perdi a conta de quantas vezes grifei frases desse texto. seja pelas suas construções,seja pela genialidade. um dos livros mais sensíveis que li e que traz a tona todos os lados de alguém. li muitas críticas negativas sobre ele mas pra mim ele funcionou muito bem.
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Thamiris60 13/11/2023

Um livro bem desconfortável. Não sei porque achei que esse livro poderia ser bom (risos), mas a real é que achei entediante e abusivo, parece que a cada capítulo era sempre a mesma coisa, mas com palavras diferentes.
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Paula 29/11/2009

Intrigante
Um homem acaba de se mudar para um novo apartamento. Lá, começa a receber cartas em envelopes azuis, provavelmente destinadas ao antigo morador do apartamento. Essas cartas, cada vez mais envolventes e apaixonantes vão desestabilizar esse homem, que fará de tudo para descobrir quem é a mulher que as escreveu.Enquanto tudo isso ocorre, ele se questiona sobre seus próprios sentimentos.

Achei a história do livro muito bem pensada, é um livro intrigante e que desperta o interesse e a curiosidade do leitor, mas fiquei um tanto decepcionada com o final de história, apesar que isso faz parte do que a autora propõe, a descontrução do romance.
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Zanucoli 12/02/2022

164 páginas, mas parece um calhamaço de tão chato.
Livro pequeno, mas foi difícil terminar. Os 2 personagens são absurdamente chatos.

De um lado, uma mulher que passa o livro inteiro romantizando um relacionamento e o ex namorado abusivo, violento e tóxico.

Do outro lado, um homem hétero, mimado, egoísta e babaca, que também passa o livro inteiro criticando todas as mulheres, até a filha, uma menina de 3 anos. Se diz incompreendido pelas mulheres. Cara chatooooo.

A escrita da autora é boa, fluída.

Livro era pra ser brilhante, mas a luz foi apagada no primeiro capítulo.
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Cris 28/01/2021

Flores Azuis
Em Flores Azuis uma mulher conta por meio de cartas de envelopes azuis, sua história de amor para um total desconhecido. A autora escreve bem, mas não foi um livro que me prendeu.
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Isabela.Martins 26/10/2023

A leitura mais tediosa que tive esse ano
Meu deus que livro chato! Leitura arrastada de uma mulher que romantiza os abusos que viveu e um cara sem noção, vitimista e extremamente entediante acaba lendo as cartas que ela escreve para o ex. Um livro que se resolve com uma boa terapia para ambos os personagens, tanto para a depende emocional quanto para o péssimo pai, namorado e marido que aquele homem é.
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monilycavaleiro0 25/07/2021

O que eu achei?
Uma leitura agradável, bom uso das palavras e da escrita. Me senti bem presa e conectada na história. Só o final que me deu uma leve decepcionada, pois me deixou um pouco confusa ? mas ainda assim, vale a leitura!
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André Vedder 03/02/2010

A autora constroi uma ótima narrativa, e o final achei sensacional...totalmente diferente do que já li.
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Nana 18/05/2010

Paixão e loucura!
O livro me prendeu desde a primeira página, onde inicia com uma carta de amor com um sentimento de urgência que seduz o leitor e desperta a curiosidade em saber o que acontecerá em seguida.
A estória narrada é sobre separação, sofrimento, um amor quase obsessivo, solidão e um pouco de loucura.
Os capítulos vão alternando entre as cartas escritas pela personagem feminina e o o recebimento delas pelo novo inquilino do apartamento para onde foram enviadas (sendo que quem lê as cartas não é o destinatário correto).
Um livro interessante, muito bem escrito e com um final diferente.
Eu adorei e com certeza vou procurar outros títulos desta escritora.
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Jessika 17/08/2022

Livro bem diferente, fora da minha zona de conforto, e literalmente, me deixou desconfortável a leitura toda. O relato de um relacionamento distorcido e os pensamentos e reflexões de um homem que causam estranheza formam uma história que deixa muitas perguntas e nenhuma resposta. A escritora tem a escrita fluida, poética, mas a história não me cativou.
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Tito 21/05/2011

Um relacionamento sórdido, um novelo epistolar de submissão voluntária e brutalidade consentida que se desenrola aos poucos, tudo parte de uma mesma e contínua ruptura íntima.
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kleris aqui, @amocadotexto no ig 27/04/2013

Uma resposta. 27 de abril, 2013
"Meu querido,

Se o livro é bom, ele é.
Não é um livro que normalmente eu leria, ele tem algo bem diferencial do que seria meus preferidos; há uma desenvoltura bem singular. Li de curiosidade, como toda boa leitura deve ser, de achar que algo intrigante vá sair das páginas. Sai. Principalmente se você é um estrangeiro que lê cartas dos outros destinadas a outros. Não é pra você, meu querido, você não é 'meu querido', você nem os conhece. Mas aí que está, existe um fascínio nisso, existe um mistério, entrelinhas. Não li repetidas vezes como o estrangeiro da história, mas fui estrangeira, senão forasteira. Estava de passagem e li, como quem não quer nada... assim, como se não tivesse compromisso, só por observar o desenrolar, sabe-se lá por quê. E fui testemunha, desenrolou as cartas, narrativas, intimidades, segredos, curtos e longos, confissões no papel.
Entende a ideia de forasteiro, então? Fiquei ali por ficar, pra saber o fim da novela, a gente gosta de saber os fins, né? Nem, às vezes, tão emocionantes como esperado, às vezes bom mesmo é a sacada que alguém diz e sentido mesmo se encontra depois. É estranho, mas é desse jeito.
Não exatamente ri, não é de esboçar muitas reações. Reação mesmo é essa, que de tanto ficar ouvindo 'A', ou Marcos, Fabiane ou as reclamações da ex, sei lá, achei que tava lendo pensamentos. Não sei se deles ou de Carola, quem deu espaço a muitos, fluídos e invasivos.
Flui, não rasga, não sai chutado, forçado, como qualquer outros que a gente empurra pra sair. Achei difícil que eu escreveria sobre, e, olhe cá, escrevi, continuo colocando letra pós letra, sentido a mais, pensamentos, efeito Carola, efeito 'A', achando que deve haver Marcos para ler essa correspondência.
Desculpe se chamei de 'meu querido' se não o é, foi, assim, um lapso, coisa de 'A'. Pra você ver como é, como corre tudo, a gente vai pegando, se apegando, vai num sopro só, algo aqui despertou, não sei se com você será. Não estarei à espera, e não, não vou falar de mim, se isso você ainda esperava, não, leia Carola. Quer dizer, leia 'A', leia Marcos, o narrador, as histórias paralelas, as flores azuis. Carola é só a cabeça do teatro, de muitos papeis, até mesmo de uma menina de 3 anos, garota interessante, bota medo no próprio pai.
Eis que ainda te dei um capítulo meu. Carola te dá mais, vá lá, vá ler, não estou aqui pra matar curiosidade de ninguém, só tô dizendo como é que se fica depois, você percebeu, imagino. Pois então, me diga depois, se possível, não esperarei, você já sabe.

P.S.: Confie nas orelhas do livro.

K."

E os pensamentos pareciam-lhe estranhos, já fazia alguns dias que os pensamentos lhe pareciam estranhos, como se não fossem seus e, ao mesmo tempo, tivessem sido seus desde sempre, pensou, cada vez mais surpreso. P. 125
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