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Resenhas - Filósofos Futebol Clube


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Virginia 12/06/2012

Chuta que é tua!
O livro é uma brincadeira intelecto-futebolística, um tanto permissiva quanto a classificação de filósofo; aparentemente os critérios do autor para escalar esse time são bem ecléticos. Sendo assim, Oscar Wilde e Bob Marley fazem parte da seleção dos filósofos bons de bola.
Do ponto de vista da filosofia o livro é superficial e não acrescenta nada. A diversão fica por conta da ginástica feita para encaixar doutrinas filosóficas, obras célebres e frases famosas em uma espécie de crônica esportiva para cada pensador. Começando com o camisa 1, Albert Camus, através do qual as angústias do existencialismo são comparadas às desproporcionais responsabilidades dos goleiros e passando por Simone de Beauvoir, única mulher do escrete, e que ilustra a luta feminista em um universo caracteristicamente masculino, chega-se a Shakespeare, sem dúvida o mais divertido capítulo e que melhor se presta à proposta de misturar a obra dos intelectuais com episódios esportivos; os personagens do bardo são transformados em técnicos, companheiros de campo, torcedores e cartolas numa carreira que inclui uma passagem pela Dinamarca (de Hamlet) e outras paragens mencionadas nas peças shakesperianas. Nietzsche representa o jogador voluntarioso e raivoso, sempre vítima dos preconceituosos cartões vermelhos. O time conta ainda com: Jean Baudrillard (o polêmico), Wittgenstein (o estruturador), Oscar Wilde (o espirituoso), Sun Tzu (o estrategista), Umberto Eco (o polivalente), Antonio Gramsci (o tático) e encerra com Bob Marley (o lendário.)
Mesmo com alguns usos sem noção na tradução, é garantia de uma leitura despretenciosa e que distrai.
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