O Ano da Lebre

O Ano da Lebre Arto Paasilinna




Resenhas - O Ano da Lebre


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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 09/08/2023

O ano da lebre
O ano da lebre, escrito pelo renomado autor finlandês Arto Paasilinna, é uma obra que nos leva a uma jornada inesquecível e divertida pelos caminhos tortuosos da vida.

Publicado pela primeira vez em 1975, este romance cativante continua a encantar leitores de todas as idades com seu humor peculiar e sua perspectiva única sobre as agruras da existência humana.

A história gira em torno de Kaarlo Vatanen, um jornalista cansado da vida urbana e do mundo da imprensa. Após um acidente de carro envolvendo uma lebre, Vatanen decide abandonar tudo e fugir para a floresta com o animal ferido.

Essa inesperada reviravolta desencadeia uma série de eventos surreais e inusitados que conduzem o protagonista a uma jornada cheia de encontros peculiares e situações hilárias.

Ao longo da narrativa, Paasilinna habilmente combina o humor satírico com uma reflexão mais profunda sobre os valores da sociedade moderna e as escolhas individuais.

O autor usa a lebre como uma metáfora sutil para representar os impulsos naturais e o desejo de liberdade que muitas vezes são reprimidos pelo cotidiano opressivo.

Através das aventuras e desventuras de Vatanen, somos confrontados com questões sobre a autenticidade, o sentido da vida e a busca por uma existência mais significativa.

O estilo de escrita de Paasilinna é leve e ágil, fluindo com facilidade entre momentos de comédia e introspecção.

Sua habilidade em criar personagens excêntricos e memoráveis é notável, com cada encontro de Vatanen na floresta trazendo uma nova camada de diversão e reflexão.

Os diálogos são afiados e repletos de ironia, contribuindo para o tom cômico da obra.

Além do humor, O ano da lebre também aborda temas como a relação entre seres humanos e natureza, a busca por uma vida mais autêntica e a crítica à sociedade de consumo. Paasilinna nos lembra da importância de nos reconectarmos com a natureza e de valorizarmos as coisas simples da vida, em contraposição ao ritmo acelerado e superficial da vida moderna.

Em suma, O ano da lebre é um livro que entretém e faz refletir. Arto Paasilinna nos presenteia com uma história única, que nos arranca risadas enquanto nos convida a questionar nossas próprias escolhas e prioridades.

É uma obra-prima do humor inteligente e da sátira social, que continua a ser relevante e agradável mesmo décadas após sua publicação original.

Recomendo fortemente a leitura deste livro para aqueles que buscam uma escapada divertida e uma oportunidade de pensar sobre o sentido da vida.


Resenha completa no blog Irmãos Livreiros:

site: https://irmaoslivreiros.com.br/o-ano-da-lebre/
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Patrick 25/10/2020

Um homem...uma lebre
Você já pensou em mudar tudo em sua vida? Abandonando o emprego que você nem gosta muito, o seu frio relacionamento, uma vida urbana enfadonha e viver cada dia uma nova experiência? Pois bem, se perguntassem como eu descreveria essa obra, eu diria que é um pouco de fábula, de utopia, de aventura...
Mas não esqueceria de dizer o seguinte: é uma obra que nos leva a refletir sobre o quanto realmente estamos felizes vivendo nossas vidas.
Eu indico. Principalmente para quem já está na casa dos 40.
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juliasstupid 15/12/2023

"A vida é assim."
"O Ano da Lebre" foi uma obra emocionante, porém, decididamente, muito aleatória. Ela traz consigo as histórias quase inacreditáveis de Vatanen e sua lebre, que se mostrou ser uma dupla inseparável. Juntos, muitas aventuras foram vivenciadas. E muito crimes.

Aprendi muito sobre a Finlândia nesse livro, cultura essa que eu não conhecia muito bem. As viagens de Vatanen também se mostraram uma grande fonte de conhecimento.

Apesar de ter uma boa escrita e trazer um bom entretenimento, não consigo entender como UMA LEBRE ATROPELADA fez com que Vatanen ficasse com um parafuso a menos e cometesse VINTE E DOIS CRIMES. Mas a vida é assim, né?
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romulorocha 04/05/2022

O ano da lebre, de Arto Paasilinna - 10/10
Um livro formidável! Considerado um clássico da literatura finlandesa.

O ano da lebre conta a história de Kaarlo Vatanen, um jornalista de meia idade, que ao se deparar com uma lebre machucada no meio da estrada, decide não só cuidar dela, como largar tudo da sua vida secular (casa, família, trabalho) e viver aventuras, das mais inusitadas já imaginadas ao lado de sua nova companheira.

A leitura envolve demais! Você nem sente as páginas passarem de tão agradável que a leitura é. Para mim, o livro deixou algumas reflexões, como o tempo que gastamos desconectados com a natureza, os animais e com o resto dos ecossistemas que nos rodeiam. A gente costuma dizer ?existe um mundo lá fora? e tal, mas poucas vezes lembramos que não se trata apenas de ?um mundo?, mas de ?mundos?, cheios de diversidade e muita vida. Abrir-se para estes mundos é um caminho sem volta, ou quem sabe, uma volta sem caminho? enfim, o livro me fez dar uma boa viajada rsrs.

#resenhasdoromulo #oanodalebre #literaturafinlandesa #artopaasilinna
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Lindenberg 12/05/2023

Um clássico fraco?
Por ser um clássico eu esperava algo que fosse bom e tivesse um aprendizado no fim, não tem nada disso, é muito bem escrito, mas as passagens do livro são entediantes, o fim é mais entediante, é livro que você lê e 5 minutos depois já não lembra de nada. ?
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Luísa @amochileiraliteraria 30/04/2020

O Ano da Lebre conta a história de Kaarlo Vatanen, um jornalista frustrado com sua vida na capital, que inclui um emprego que não gosta e uma esposa que despreza. Certo dia, em uma viagem a trabalho, ele e seu colega atropelam uma lebre. Vatanen entra na floresta que beira a estrada para socorrer o animal, que teve uma pata machucada, e de repente resolve nunca mais voltar para sua antiga vida na cidade.
A partir daí, esse homem passa a desfrutar de uma vida mais simples, viajando pela Finlândia com sua lebre, que adotou como animal de estimação, se envolvendo em situações inusitadas e aproveitando sua recém descoberta liberdade.

A narrativa desse livro se assemelha a de uma fábula moderna, com capítulos curtos e de certa forma episódicos, onde os acontecimentos tem um toque de irrealidade. Na minha opinião a escrita foi um pouco simplista demais. Com um cenário de pequenos vilarejos e vastas florestas da Finlândia, seria interessante que o livro apresentasse mais detalhes para que a experiência fosse mais imersiva. Também senti que em certos momentos essa simplicidade da escrita atrapalha o leitor a se conectar com o que está acontecendo e a entender certas motivações do protagonista.

No geral, é uma história bem interessante e bem humorada que aborda como uma vida afastada da "civilização" pode ser muito mais vasta. O herói da história se vê em situações que apenas seriam vividas por alguém que não tem medo de experimentar a liberdade. É muito bonito de acompanhar como a amizade da lebre e seu dono sobrevive a diversas adversidades, e como Vatanen considera que foi de certa forma salvo pelo pequeno láparo.

site: https://www.instagram.com/p/B_nEa3OjchR/?utm_source=ig_web_button_share_sheet
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Isis.Moreira 20/04/2017

Inesperado
o livro estava em destaque na livraria e logo minha atenção se voltou pra ele. Não tive dúvidas de comprá-lo mesmo sem saber sobre o autor ou a história.
Uma leitura fácil e fluida, lia com cuidado e devagar, quase aquele gostinho de não querer acabar.
Em uma história, aparentemente extraordinária, conta as aventuras de um jornalista que atropela acidentalmente uma lebre e decide cuidar dela. Em muitos momentos e passagens não se trata mais apenas de um conto, mas de uma fábula, com aqueles ensinamentos quase sutis por entre as linhas. Recomendo muito e principalmente para quem precisa daquele empurrão para fazer as mudanças na sua vida.
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Fer 22/06/2023

A vida é para ser vivida
Acompanhar a história de Vatanen me fez pensar em como ele foi parar nessas situações. A resposta é relativamente simples, ele estava só vivendo. A lebre era seu ponto de apoio e fora isso, ele fazia o necessário pra viver e viver bem.
Hoje é difícil ficarmos em contato com a natureza, e ele constantemente está imerso nela, podendo deixar de lado todos os exageros do mundo modernizado.
Eu gostei do livro, mas confesso que é um pouco diferente do que estou acostumada, não tem um plot principal na história nos quais as tensões apontam, mas várias histórias do que acontece na vida dele. E faz sentido né? É a vida
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Euflauzino 20/06/2017

Os valores estabelecidos pela sociedade postos em xeque

Ultimamente tenho me encantado com a literatura que vem do frio. Os países nórdicos têm nos dado tantos autores de qualidade nos romances policial e de horror que ao me deparar com “Clássico da Literatura Escandinava”, não tive dúvida em me aventurar. O ano da lebre (Bertrand Brasil, 208 páginas) seria uma leitura diferente, agora um clássico com letras garrafais.

De qualquer forma, procurei me informar um pouco mais sobre a literatura de Arto Paasilinna, um completo desconhecido para mim, assim como todos os outros escritores finlandeses. Não cheguei a lugar algum. Não há nada além das menções e elogios, seus prêmios para este livro e adaptações para o cinema. Continuei no escuro.

Algumas coincidências me deixaram atordoado: a) O ano em que o livro foi escrito é 1975 (ano da lebre ou coelho no horóscopo chinês); b) A personagem central do livro, Kaarlo Vatanen, nasceu em 1942 e era jornalista assim como o autor.

Teria ele escrito sobre si mesmo ou sobre a vontade de viver tudo aquilo? Haveria alguma ligação subliminar que eu deveria notar? Eram muitas perguntas sem resposta, assim como a literatura finlandesa. Tudo isso se mostrou pouco interessante diante da amplitude dos ensinamentos deste livro simples e objetivo, um libelo pela busca da liberdade e da felicidade.

Em 1975, o autor já refletia sobre a solidão e a tristeza impostas pelos grandes centros urbanos, a velocidade desenfreada da vida. Há certo viés político-social neste livro, mas não quis me ater a ele em minha leitura, por isso não entrarei em detalhes aqui. O que importa é a experiência da personagem e o impacto que ela me causou.

Poderíamos dividir este livro pelas mulheres que atravessaram a vida de Vatanen. No início temos a “esposa”. Representa a sua vida enfadonha, tudo o que ele quer de alguma forma apagar, mas falta-lhe coragem. Ele precisa romper com este passado, a questão aqui é a “desobediência”. É o momento da vida em que olhamos para trás e nos questionamos se valeu a pena o que fizemos para chegar aonde chegamos.

"Eles eram um jornalista e um fotógrafo que estavam na rua para realizar um serviço: dois seres humanos insatisfeitos, céticos, aproximando-se da meia-idade. As esperanças das suas respectivas juventudes não haviam se realizado, longe disso. Eram maridos, que traíam e eram traídos; ambos a caminho de úlceras estomacais, com muitas preocupações preenchendo os seus dias."

Durante a volta de um trabalho em que ele e o fotógrafo haviam terminado, atropelam acidentalmente uma lebre. Ela é o gatilho, o motor que enseja a ruptura, a transformação de Vatanen. Sua fidelidade ao animal, a entrega, o amor, tudo ali explícito e recíproco. É comovente a parceria homem-animal em contraste com a relação com seus pares.

"O jornalista pegou a lebre aterrorizada no colo. Quebrou um pedaço de graveto e fez uma tala para a pata quebrada, usando trapos rasgados do próprio lenço. O animal aninhou a cabeça entre as pequenas patas dianteiras, as orelhas tremendo com as batidas do seu coração."

A partir daí ele resolve dar um ponto final à vida que leva, larga a esposa, vende suas posses e parte para as selvas finlandesas em uma jornada de descobertas com sua única companhia – a lebre. Seu apego e relacionamento com o animal selvagem é de um humor frio, seco e irônico (seria esta a personalidade daqueles que nascem em países frios?). Ele não busca um sentido para viver, busca apenas viver, respirar. Uma viagem ao encontro de si mesmo.

Não há como se encarcerar um espírito que nasceu para ser livre, indomável. Ele se envolve em uma sucessão de aventuras que só fazem corroborar sua personalidade anárquica, subversiva e revolucionária.

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2017/06/o-ano-da-lebre-arto-paasilinna.html
Andrea 20/06/2017minha estante
Também curto essa literatura, mas acho que só me aventurei no romance policial, até hoje.


Euflauzino 20/06/2017minha estante
putz... eu havia lido policial e também livros de terror. gostei de ambos.




Refugios das Letras 25/04/2020

Um homem atropela uma lebre, tem uma epifania e muda completamente de vida, aprontando altas confusões. Esse é um resumo honesto da obra.
Escrito quando o autor tinha 33 anos, é um coming of age da meia-idade, onde o protagonista está maduro o suficiente para perceber que a vida conquistada não é exatamente a prometida, e as aventuras da liberdade são superiores à rotina do dia a dia.
Embora totalmente inverossímeis (o protagonista sobrevive a dois ataques de ursos), cada causo contado é cirurgicamente preciso na experiência masculina. O valor do companheirismo, da palavra e dos costumes mais ancestrais entre os homens é presente e imutável durante toda a leitura.
Alguns personagens cativantes até são apresentados, mas além do protagonista e sua lebre, certamente a Finlândia rouba a cena, com suas florestas, rios, vilarejos e campos nevados. São tantos os deslocamentos que dá vontade de ler acompanhado de um mapa. A vida selvagem também é bem representada, tanto dos homens que vivem da terra inóspita quanto dos animais nativos.
Infelizmente a qualidade das virtudes apresentadas não estão acompanhadas no mesmo nível pela qualidade da escrita, que é superficial e sem grandes desafios, fazendo que a obra se torne uma leitura rápida, possível de se terminar em duas sentadas. A única surpresa é, ao terminar o livro, ler um relato do autor que a história é baseada em fatos reais e entrevistas com o protagonista. Papo furado, mas me pegou, bem bolado.

site: https://refugiosdasletras.blogspot.com/2020/04/o-ano-da-lebre-arto-paasilinna_25.html
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Tana 17/05/2020

O livro nos apresenta um incidente que foi capaz de mudar toda uma vida. Depois do atropelamento de uma lebre, o protagonista muda toda a sua vida, larga emprego e esposa para viver uma vida mais simples, junto à natureza e tendo como companheira a pequena lebre.
O livro vai nos revelando diversas aventuras experenciadas por Vatanen em meio à floresta finlandesa, nos mais diversos cenários e climas. Fala da aproximação com o meio natural, da relação com os animais - algumas vezes de forma um pouco cruel - e das mudanças que podem acontecer com o indivíduo em função disso, como a inadequação ao convívio social e suas regras. Um livro diferente que provoca algumas reflexões.
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darklad212 03/03/2024minha estante
Além de ir atrás do urso, que não fez nada além de seu instinto - inclusive saiu barato para Vatanen - e já não era mais uma ameaça.




Alexandre 01/03/2017

Um livro curioso.
Eu comecei a ler este livro sem saber nada sobre o autor ou o texto, de fato, ele foi uma recomendação da vencedora. O texto é bom, gostoso de ler e tratá de uma narrativa bem mudança. Um homem decide abandonar sua vida civilizada e vai viver no norte selvagem da Finlândia, junto com uma inseparável amiga...uma lebre. Com situações que lembram Vidas Secas e realismo fantástico latino-americana, o texto encanta e é difícil largar o livro. Uma boa leitura de carnaval.
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Vales92 23/06/2023

O livro simplesmente eclodiu minha mente. Cada capítulo fez o despertar de sentimentos como largar tudo e viver de forma isolada e ao mesmo tempo ter novas experiências que a vida na cidade jamais irá proporcionar. É incrível como uma relação entre animal e ser humano transita entre o selvagem e a civilização. E o quanto custa nossa liberdade aos olhos do sistema social imposto atualmente.
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Mini Dory 12/07/2023

É...
O que possuio dizer? Bem, a escrita é boa, fluida, não é um livro carregado e você consegue ler mesmo sem muita vontade, contudo, ha certas situações em que os detalhes são demais e passam a ser desnecessários ate mesmo por acabarem se tornando meio nojentos.
Sobre a história em si, honestamente, "não fede nem cheia". Ela não é ruim e se você apenas ler vai ser só mais uma leitura, talvez até meio sem pé nem cabeça, entretanto, se você postar atenção, a história pode nos oferecer reflexões interessantes sobre a efemeridade da vida, por exemplo, ou sobre aquilo que damos prioridade em nossas vidas, essas coisas realmente nos fazem bem? Eu realmente deveria ter isso como prioridade? E se eu largasse tudo? Inclusive, sobre isso, o personagem nos mostra que talvez a melhor coisa que podemos fazer para nós mesmos seja nos desapegar dos bens materiais e ir viver a vida, não há nada que nos impeça de vivemos nossos sonhos além de nós mesmos. Não só essas como várias outras reflexões podem ser feitas, em relação a crueldade humana, nossa soberba, etc.
Não sendo só flores, achei o final corrido, principalmente o capítulo após a volta dele para ir cuidar da lebre, tirando isso, realmente recomendo a leitura.
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