Jed Had to Die

Jed Had to Die Tara Sivec




Resenhas - Jed Had to Die


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Andrea 27/10/2020

Eu não tenho palavras pra descrever o quão sensacional foi essa leitura. Livros, pra mim, além de conhecimento, realmente são uma fuga da realidade (se bem que eu consigo fugir até com livros mais técnicos e quem não quer escapar do Brasil nesse momento, não é mesmo??? Nem tá importando muito como) e assim eu quero histórias com ROMANCE! DIVERSÃO! MISTÉRIO! Até um terrorzinho eu aceito, mas tem que ser fantasioso, tipo VAMPIROS! LOBISOMENS! FANTASMAS!! HOMENS-- não pera. XD

Achei esse livro sem querer, ele estava sob a categoria "humor" que eu estava pesquisando e, depois de ter terminado Halfway to the Grave e notado o quanto eu sentia falta de livros divertidos e engraçados, resolvi arriscar um de uma autora que eu nunca tinha visto na vida: Tara Sivec. O pior que poderia acontecer era eu não gostar ao ponto de ficar puta, mas puta eu estou atualmente com qualquer coisa, então não faria muita diferença, no final das contas.

Comecei a ler, sem expectativas, e só parei porque realmente tinha que fazer pausas. Li antes de dormir, li na cama, li quando acordei e, puff, quando dei conta, o livro acabou!!

Basicamente, a história é sobre a Payton, que deixou sua cidadezinha natal pra trás assim que pôde e nunca mais voltou. Ela se realizou profissionalmente em uma cidade grande (ia lançar uma franquia da sua "cafeteria") e a vida estava boa (mais ou menos né, porque apesar de ter recusado o pedido de casamento do namorado de anos, o ser não acreditou na resposta dela e prosseguiu com os planos mesmo assim - mas isso não é tão relevante pra história). Como nem tudo são flores, a Payton recebe a ligação de uma amiga antiiiga e precisa retornar a sua cidadezinha, Bald Knob (hahaha, pois é), e é aí que as coisas ficam bizarras.

[Aqui, caberia direitinho a narração do locutor para os filmes da Sessão da Tarde: essa turminha do barulho vai arranjar muita confusão, aprontar poucas e boas num clima de muita azaração!! XD]

Primeiro, os moradores de Bald Knob são doidos, enxeridos e fofoqueiros - eis um dos motivos porque a Payton fugiu. A amiga que a faz voltar, a Emma Jo, sofre violência doméstica e o mistério da história é quando o marido dela morre em circunstâncias misteriosas logo depois da Payton chegar à cidade. Ela já não é bem vista pelos moradores porque desde criança é rebelde e apronta, e a morte do Jed vira uma grande confusão, passando por torta de mirtilo envenenada, depoimentos bizarros e o romance dela com o xerife Leo Hudson.

Normalmente, eu não gosto de cenas hot, meus olhos até reviram e eu fico entediada, mas a escrita da Tara é tão gostosinha, que nem nessas partes eu me estressei! Algumas cenas são bem gráficas, mas se encaixam tanto na história que é em livro assim que eu me convenço que o problema não sou eu, são esses livros pornôs mesmo. O relacionamento dos dois vai sendo construído com a estadia da Payton em Bald Knob, apesar de ele ter começado, ao menos para o Leo, beeeem antes.

Há uma passagem de tempo perceptível e, pra mim, o único "deslize" da história foi o epílogo, que se passa um ano depois. Foi ruim? Não foi. Foi até feliz, todo mundo se deu bem (menos o Jed, já que Jed tinha que morrer, né?), mas achei desnecessário. Terminasse no último capítulo, eu teria ficado mais alegrinha. Sem contar que ele meio que estraga o que poderia ter sido o livro da Emma Jo. Adoraria ler a história dela com o Lloyd!

Mas não vou tirar estrelinha por causa disso, porque num geral, é um livro maravilhoso, que me fez esquecer o Brasil por algumas horas e me deixou com um sorriso no rosto. Até já estou com o próximo da Tara pronto pra ler!!

Menções honrosas para:

- Leo Hudon, vulgo Cara Gostoso, vulgo Covinhas Fofas, vulgo Fazendeiro Nerd, vulgo Xerife de Bald Knob: mil estrelinhas pra você!!;

- Emma Jo, amiga da Payton desde a infância e que se casou ainda adolescente com Jed, prefeito de Bald Knob no começo da história e cadáver depois;

- Bettie, amiga e empregada da Liquid Crack (o nome da cafeteria meu deus XD) que é im-pa-gá-vel com seu visual rocker e tattoos e sem papas na língua;

- Bo Jangles, cãozinho do inferno, hahahaha (mentiiiiiiiiira XD);

- e Buddy Lloyd, delegado e "secretamente" apaixonado pela Emma Jo, é quem colhe os depoimentos dos moradores da cidade.

Aliás, essa é uma das melhores partes do livro: cada capítulo, acho, é intercalado com outro que contém a transcrição de um depoimento dado por alguém da cidade (ou pela Bettie) e o texto é hilário! Exemplifico com esse trecho da transcrição do depoimento de Starla Godfrey, uma jovem senhora de 80 anos (XD):

Delegado Lloyd: Não estou tentando enganá-la, senhora, só preciso que responda à pergunta. O que você ouviu Payton Lambert gritar para a vítima na noite em que foi assassinada?

Starla Godfrey: Eu sou uma boa cristã, meu jovem, e nunca poderia repetir o que ela disse. Vamos apenas dizer que teve algo a ver com a remoção de uma parte do corpo de um homem e matá-lo com ela.

Delegado Lloyd: Você pode me dizer exatamente a que parte do corpo a Srta. Lambert se referiu?

Starla Godfrey: Posso dizer que os únicos que já vi foram os do Sr. Godfrey, que Deus o tenha, e eles não eram agradáveis aos olhos. Foi isso que aconteceu? Ele realmente engasgou com eles? Eu simplesmente não consigo imaginar que seja uma boa maneira de partir. Ele era um jovem tão bom também. Bem, rezarei por ele no domingo, para que tenha sido rápido e indolor. Você estará lá para se juntar a mim, não é, Buddy?
Cleide 27/10/2020minha estante
Já quero ler, com certeza vou gostar também ?




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