A Vadia

A Vadia Gislaine Oliveira




Resenhas - A Vadia


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Bru | @umoceanodehistorias 21/02/2017

A Vadia foi um livro que, desde quando começou a ser anunciado, chamou minha atenção. Afinal, quem nunca quis saber o que existia do lado de lá? O que a mocinha que tentava separar o casal perfeito sentia ou fazia? Eu sempre quis. E, de certa forma, a Gislaine conseguiu apresentar muito bem.

Nesse livro somos apresentados à Sammy, a vadia. Ela é uma garota normal, é linda e completamente apaixonada por seu melhor – e único – amigo, o Luiz Henrique, um garoto que ninguém gosta, pois é negro. Tudo ia muito bem – quer dizer nem tanto – mas as coisa pioram quando lançam uma mentira na escola e Sammy passa a ser conhecida como vadia.

“Hoje sei: uma ação de ódio gera outra e mais outra, formando um ciclo sem fim.”

Muitos, na situação de nossa protagonista, se descabelariam e sofreriam ao extremo com o que os outros falam, mas Sammy é diferente. Ela não se importa e acha que fazendo isso fará as fofocas pararem, mas elas só aumentam e tornam-se ainda pior.

“As pessoas adoram um boato. Acho que às vezes elas até sabem que aquilo não é verdade. Mas uma mentira, geralmente é mais interessante do que a realidade.”

Primeira coisa que você precisa saber, leitor, é que esse livro não é só mais uma história sobre uma menina que sofre bullying. Esse livro vai muito além disso. Ele tem uma personagem forte com uma personalidade bem construída que liga o foda-se para o que os outros pensam dela, pois, o que realmente lhe importa, é o que ela sabe que é de verdade. E isso é muito legal se não fosse muito idealizado. Sim, eu acho idealizado, pois, apesar de eu não me importar com o que falam ou pensam de mim, estou longe de ser como a Sammy e idealizo ser como ela um dia. Esse foi o motivo que me fez tirar um ponto da obra.

Conversei com a Gislaine sobre essa idealização e ela me explicou que a personalidade da Sammy, tão nova, é mais ou menos o que ela conseguiu depois de velha e aí percebi que esse sonho pode ser real para todos nós.

“Se você vê uma injustiça, mas não faz nada para mudar, então quem disse que você é melhor do que quem comete tal ato?”

Bem, vocês devem estar se perguntando: ok, mas e a parte de separar o casal perfeito? Lembra que eu disse que a Sammy é apaixonada pelo Luiz Henrique? Pois é, ele também achou que gostava dela, eles chegaram a namorar, mas chegou ao fim, não deu certo. Acho que porque, de certa forma, eles confundiram o que sentiram. Luiz Henrique começou a namorar e todas as fofocas que as pessoas da escola de Sammy faziam, parecia que ela queria separar seu amigo da namorada, o que não é verdade.

A Vadia é uma leitura muito boa e que faz o leitor refletir sobre todas as coisas que ouvimos por aí, sobre aquelas mulheres que falam de outras que tentaram roubar seus maridos ou namorados, sobre homens que falam que mulheres vadias porque foram para a cama com ele no primeiro emprego, sobre nós mesmas termos essa rixa com ex-namoradas dos nossos namorados, sobre não aceitarmos um negro na nossa sociedade, sobre a homossexualidade ser um tabu para muitos, sobre todas nós sermos vadias, pois é isso que somos.

“A gente sempre tem esse discurso pronto de que fulana é linda e nunca terá problemas amorosos. Como se isso fosse verdade. Esse discurso apenas serve para perpetuar a ideia de que somos apenas a aparência e nada mais importa.”

Foi uma leitura que, salvo alguns pontos, acrescentou muito e empoderou a mulher de uma forma que não seria capaz de ver, o que me deixou muito feliz, principalmente, por jovens terem a oportunidade de ler esse livro. Nem preciso dizer que a leitura é mais do que recomendada, não é?

Por fim, mas não menos importante, a Gislaine deu um depoimento e propôs o movimento #somostodasvadias. E, bem, pessoal, eu sou vadia porque uso decote, porque uso biquíni e não tenho medo de andar na frente dos homens e, principalmente, porque gosto de expor minha opinião seja para quem for.

“Como pude julgar sem conhecer alguém?”

site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2017/01/resenha-vadia-gislaine-oliveira.html
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Labtz 24/10/2017

A vadia
Admito que fui sem entusiasmo fazer essa leitura, mas me surpreendi muito, esse livro é maravilhoso ? estou lendo mais um livro da mesma autora!
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 16/12/2016

Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
Desde o primeiro momento que a Gi começou a divulgar esse livro, eu fiquei super curiosa. Achei um tanto diferente e não tinha ideia do que poderia acontecer.

Sammy é uma garota normal, com uma vida relativamente normal. Seu melhor amigo é o Luiz Henrique, que também é o amor da sua vida (até aquele presente momento porque né.. adolescentes..). Tudo estava indo tão bem até que, um dia, contam uma mentira sobre Sammy e ela passa a ser A Vadia.

Durante a leitura, eu me lembrei bastante de um filme chamado A Mentira (Easy A). Por conta de uma mentira, a protagonista do filme é tachada de vadia e afins. O mesmo aconteceu com Sammy. Sammy e Olive - protagonista do filme, interpretada pela Emma Stone - tomam a mesma decisão: decidem não ligar para as fofocas e seguir em frente. Enquanto Olive se utiliza de todo esse falatório para ajudar algumas pessoas (assistam o filme e descubram como), quanto mais Sammy ignora, piores continuam os boatos e isso começa a afetar sua vida.

A Vadia não trata somente sobre fofocas e difamação da mulher. Apesar de pequeno, o livro aborda de forma delicada assuntos como racismo, opção sexual, negligência escolar e familiar, entre outros.

Como vários personagens falaram, Sammy foi bem forte em ter aguentado todo esse falatório. Se fosse comigo, me conhecendo muito bem, em algum momento o buraco ia ser mais embaixo e eu ia chutar o pau da barraca. Como Sammy ressalta várias vezes: ninguém quer ouvir a verdade quando uma mentira é mais interessante. Mas como sempre devemos tentar ver o lado bom dos acontecimentos, todo essa fama de vadia de Sammy fez ela conhecer novas pessoas e ter novas amizades sinceras.

Eu gostei de todos os personagens que se importavam com Sammy: seus pais liberais, comunicativos e presentes, seus novos amigos Melinda e Marcos. Eles foram a âncora para que Sammy não se deixasse consumir por toda essa fofocaiada.

No final do livro, a Gi dá um depoimento e propõe o movimento #somostodasvadias. Então, sim, sou vadia por a maioria das minhas amizades serem homens e estar sempre rodeada deles; sou vadia porque saio na porta de pijama; sou vadia porque uso decote; sou vadia porque deixo aparecer a alça do sutiã; sou vadia por não me importar com o que o vizinho fofoqueiro vai dizer; e, acima de tudo, sou vadia por sempre expressar o que penso.

Resenha curta sim porque eu quero deixar plantada a sementinha da curiosidade. A Vadia é um livro que deve ser lido por homens e mulheres, para percebemos como uma simples mentira transforma toda a vida de uma pessoa.


PS: o filme que comentei na resenha - A Mentira - está disponível na Netflix. Também recomendo que assistam

Leiam mais resenhas em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/

site: https://balaiodebabados.blogspot.com.br/2016/12/resenha-121-a-vadia.html
Nicolle 16/12/2016minha estante
Uau! Eu estava com muitas dúvidas sobre esse livro e essa resenha esclareceu tudo! Resenha muito bem escrita :)


Luiza Helena (@balaiodebabados) 16/12/2016minha estante
Que bom que gostou!
Leia! É um ótimo livro.




Maria Ferreira / @impressoesdemaria 24/01/2017

A história pela ótica da "vilã"
O livro "A Vadia", é uma publicação independente da autora Gislaine Oliveira. Atualmente está sendo vendido na Amazon, mas é provável que em breve também tenha a versão impressa.
O que chama atenção logo de cara, certamente é o título, porque a palavra que dá nome ao título, muitas vezes é usada de forma ofensiva contra mulheres, mas nesse livro a autora mostra que ser vadia, de repente, pode não ser algo negativo, dependendo do ponto de vista.

O grande diferencial do livro é justamente a história ser contada por aquela que normalmente é considerada a vilã.
Em uma narrativa em primeira pessoa, conhecemos Samantha, ou Sammy, a protagonista. Ela tem um grande amigo que se chama Luiz Henrique, são amigos desde o nascimento, vizinhos e estudam na mesma escola. E claro, muito natural que os dois, sendo tão amigos, desenvolvessem um sentimento maior, como o amor e então começassem a namorar. É o que acontece, mas nem tudo são flores, um dia eles terminam e é por causa desse término que surge o apelido de Sammy.

Luiz Henrique é negro e a autora expõe todo incômodo que ele e sua mãe causam no bairro onde vivem, pelo simples fato de serem negros. De forma bem realista, o leitor pode ver como as pessoas se comportam em relação aos negros ou falam deles, principalmente na juventude, um período crítico.
Dito isso, voltemos ao que levou Sammy ser apelidada. Quando um garoto da escola, Lucas, percebeu que o namoro dela com Luiz Henrique havia terminado, ele resolveu investir, mas fez isso da forma mais escrota possível, além de ofender o ex-namorado dela, se mostrou um grande machista. A Sammy, claro, recusou a investida, negou o convite para sair com ele e o que Lucas fez? O que muitos homens que não sabem ouvir um não e aceitar, costumam fazer: xingou a garota e saiu espalhando boatos falsos sobre ela. O que a Sammy fez foi simplesmente ignorar e agir como se isso não a afetasse. Mas chega um momento que as coisas tomam proporções gigatescas, principalmente levando em conta que adolescentes costumam ser bastante criativos quando querem atingir uma pessoa.

O que mais gostei nesse livro foi justamente a autora trabalhar desconstruindo estereótipos impostos pela sociedade. Ela nos faz refletir sobre coisas que já estão tão naturalizadas que nós nem paramos mais para pensar criticamente a respeito.
É um livro que suscita muitas reflexões. Tenho certeza que todas as mulheres que o lerem vão se identificar de alguma forma, porque vão perceber que temos alguma semelhança com a Sammy, seja sermos condicionadas a vermos as outras como "concorrentes" ou os homens nos julgarem simplesmente pelo fato de sermos mulheres e o que isso significa na sociedade em que vivemos.


site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2017/01/a-vadia-gislaine-oliveira.html
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Amanda.Maia 31/01/2017

O lado B
Nunca pensei que conheceria o lado B de ser Vadia. Confesso, precisava disso e me dei conta de que com certeza já fui vadia na boca de alguém, ou de muitos alguéns, sei lá… Dane-se! Ao conhecer a história da Samantha, aprendi e refleti sobre muita coisa. Nossos preconceitos e crueldades não tem limites, pensamos assim: “Ah, é só uma zoeira…” “Que isso! É só uma fofoca, nada demais…” A verdade, é que não temos ou não queremos ter consciência dos danos que causamos aos outros. No livro, A Vadia, além de se divertir muito, você verá o lado B, não só de ser Vadia, mas de aspectos da vida que geralmente não damos importância.
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Mari 08/02/2017

[Resenha] A Vadia, Gislaine Oliveira.

"A Vadia" foi mais um dos títulos que tive oportunidade de conhecer graças ao KindleUnlimited. Nele, finalmente, conhecemos a história da vilã, no caso, a vadia. Que atire a primeira pedra quem nunca quis saber a sua versão! Quem nunca teve curiosidade em saber o lado da história da vadia que dá em cima do menino compromissado. Da menina que teve fotos íntimas vazadas. Ou até mesmo da menina que usa roupa extremamente justas ou decotadas.

Sendo narrado em primeira pessoa, conhecemos a Samantha - para os mais íntimos Sammy -, mais conhecida pelos seus colegas de classe como a vadia. Sammy é jovem, inteligente e engraçada. Apesar disso, na escola sempre esteve isolada, tudo por ser amiga de um garoto negro - no caso, o seu melhor amigo. Ela nunca passou despercebida pelos colegas de classe, porém as coisas pioraram quando um colega de classe resolveu espalhar boatos falsos ao seu respeito, fazendo com que ela ficasse conhecida como a vadia da escola.

O que mais me intrigou a respeito de Sammy é a forma com que ela lida com os boatos ao seu respeito: não dando a mínima. E não, não é só da boca pra fora! A jovem realmente não liga para os burburinhos cada vez mais frequentes. E é aí que me peguei a invejando. Aliás, quem nunca desejou dar menor importância a opinião alheia a respeito de si?

[CONTINUAÇÃO DA RESENHA NO BLOG]

site: http://anneandcia.blogspot.com.br/2017/01/resenha-145-vadia-gislaine-oliveira.html
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Marcia Lopes 10/02/2017

Antes de começar falar de A Vadia, devo dizer que foi muito difícil fazer essa resenha, pois gostei demais e nada que eu fale faz jus ao que realmente é fazer a leitura desse livro. Eu o comprei em pré venda e assim que me foi enviado pela Amazon, li no mesmo dia. Avaliei A Vadia de Gislaine Oliveira com 5 estrelas na Amazon com a seguinte frase: Esse livro deveria ser lido por todos pais e educadores, não só pelo jovens. Não que o livro seja de cunho pedagógico ou coisa parecida, mas por apresentar novos conceitos, colocando em decadência conceitos pré concebidos erroneamente.
Se por um lado ensina aos jovens novos conceitos, por outro faz com que os adultos revejam os seus. Foi o que aconteceu comigo.
Sammy já era apaixonada por Hique ainda no ventre de sua mãe, tanto que no dia que a mãe de Hique foi dar a luz ela resolveu nascer também (mesmo não sendo a sua hora) sabe aquelas pessoas predestinada à outra? Assim ela gostava de pensar.
Faziam tudo juntos, comemoram aniversários juntos, brincadeiras, tarefas escolares e nunca se importaram por serem ignorados, se não os queria por perto e os tratavam com desprezo, não era problemas para os dois , eles se bastavam. E foi assim por um bom tempo, até que um sentimento além da amizade desabrochou.
E tudo mudou. A vida de Sammy virou uma tortura. Se ela não tivesse apoio de pais amorosos, sensatos e compreensíveis, tudo poderia ter tomado outro rumo.
Se antes ela era desprezada por conta de preconceito, discriminação racial. Agora era a vadia da escola, não tinha sequer um amigo, já que as coisas entre Hique e ela não estava bem. Passou a ser vadia porque disse NÃO para o garanhão da escola.Ninguém se importou de perguntar se os boatos eram verdadeiros e mesmo que fossem, quem tinha o direito de julgar? Foram tantas mentiras que acabou chegando a um ponto mais grave e precisou de intervenção.
Bem, Sammy não é de ficar choramingando pelos cantos e também não se dava o trabalho de desmentir os boatos.
O seu jeito sincero, aberto e despreocupado de ser, acabou chamando a atenção de Melinda que resolveu se aproximar, o que resultou em uma linda amizade, Sammy não tinha se dado conta de como era bom ter uma amiga, principalmente para falar sobre garotos, ela precisava falar sobre Hique. ( Não dava pra falar do amor de sua vida, pro próprio né)? Depois surgiu Marcos, um garoto super fofo, muito bacana. Eles tornaram -se um trio inseparável.
A única coisa que chateava Sammy era não poder estar com Hique (seu melhor amigo, seu amor) que desde que começou a namorar a menina nova da escola, tinha se afastado. Diane mal a conhecia e já a odiava.

“Não existe mentira mais perversa do que meia verdade. Todos veem a metade verdadeira e deduzem o resto”

É nesse contexto que autora aborda vários temas a exemplo: Preconceito, machismo, bullying, discriminação, bissexualidade, mas também de amizade. E mesmo que alguns superficialmente (o livro é curto, não tinha como se aprofundar) faz com que o leitor reflita.
Eu gostaria muito que esse livro fosse impresso, pois gostaria de tê-lo na minha estante física e de presentear.
Recomendo sem dúvida nenhuma.
No final a autora Gislaine Oliveira propõe com base na hastag #somostodasvadias, um depoimento. Deixo o meu lá no blog. (Claro, já estive dos dois lados apontados no livro e me arrependo imensamente de ter feito parte de um deles).

site: https://www.mundoliterando.com.br/
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@livrosmundofantastico 23/10/2018

Conhecendo o outro lado!
Samantha e Henrique nasceram no mesmo dia e mantiveram a amizade que depois foi se tornando algo mais e eles acabaram namorando, mas de uma hora para outra Henrique termina com ela e depois disso Sam acaba despertando o olhar de Lucas que é um cara super preconceituoso que vivia provocando o Henrique por ele ser negro. Quando a Samantha lhe dá um fora ele começa a espalhar que ela é uma vadia e a fofoca começa a correr na escola, para piorar o Henrique começa a namorar uma garota nova da escola e acaba de distanciando da amiga.

Nesse meio termo Samantha acaba conquistando dois amigos que depois descobriram que as fofocas não passavam de mentiras.

A história da Sam é igual a de tantas garotas que devem passar por isso caladas, a autora soube trabalhar bem o tema bullying e deixou uma mensagem muito importante no final "que não devemos julgar os outros sem ao menos lhe dá o direito de se defender".
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