Paisagem de outono

Paisagem de outono Leonardo Padura




Resenhas - Paisagem de outono


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Antonio 27/12/2022

Um romance policial com muito sobre a realidade cubana
Um ótimo livro policial, de investigação, mas que traz muito sobre o contexto e realidade da vida em Cuba no final dos anos 80, mais especificamente em 1989, ano em que está ambientado o romance. Uma ótima história, com enredo bem amarrado e realista, sem aqueles exageros pirotécnicos que uma parte desse tipo de livro possui. Ótima literatura.
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Elizabeth Cabanez 16/01/2022

Mais que mistério.
Não é só de mistério que vive um romance policial!

O protagonista do romance, o policial Mario Conde, apesar do seu brilhantismo para resolver crimes, detesta ser policial, ama mesmo literatura e quer ser escritor.

Em "paisagem de outono", o controverso personagem, que é protagonista em outros 7 livros do cubano Leonardo Padura, resolve deixar a polícia. Para ser liberado pelo novo chefe, precisará desvendar o último caso em três dias apenas.

Um desertor, ex-funcionário do governo cubano, foi assassinado por um golpe na cabeça, castrado e jogado ao mar.

Para chegar ao assassino, Conde precisará conhecer o passado nebuloso do homem que foi responsável pelo destino de inúmeras obras de artes, deixadas pela burguesia que fugiu de Cuba após a Revolução.

O mistério é só o fio condutor da narrativa que gira em torno do investigador, suas crises existenciais, frustrações, laços de amizade e amores fracassados.

Conhecer Havana através do olhar de Mario Conde é a melhor experiência que o livro proporciona.

Recomendo que os amantes do gênero policial deem uma chance ao cubano, garanto que será uma experiência surpreendentemente encantadora.
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Daniel263 18/12/2020

A conclusão da maravilhosa tetralogia de Padura!
Publicado em: @curadorliterario

78º lido lido em 2020!
(E último da série “Quatro estações de Havana”, do Leonardo Padura)

Que final! Mas também, que desenvolvimento!

A tetralogia tem um saboroso ar de imprevisibilidade (provavelmente por o autor deu certa “independência” a protagonista e narrador, tenente Conde), e é muito gostoso esse ciclo sazonal do ano de 1989 em Cuba!

Conde é um detetive genial, mas extremamente niilista. Sua luta e revolta contra o(s) destino(s) é muito envolvente.

Sua língua afiada e pensamento nostálgico garante diálogos excelentes e digressões magníficas!

Ao mesmo tempo, apesar da atmosfera machista, suas paixões avassaladoras e amizades fraternais são sempre cativantes.

O ar de despedida da série e o desfecho do livro conquistam o leitor, e podem provocar saudades...

... mas que bom que Padura já escreveu continuações! 😊

site: https://www.instagram.com/p/CGaJrMIDl_P/
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Carolina 03/05/2020

Conde e a arte
Nesse quarto e último livro da série Estações Havana, o detetive Mário Conde se vê envolvido em um mistério que envolve arte, corrupção e casos amorosos mal resolvidos.
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Bruna.Patti 17/12/2017

Paisagem de Outono
Resenha
Livro: Paisagem de Outono – Estações Havana
Autor: Leonardo Padura
No quarto livro da tetralogia Estações Havana, acompanhamos mais uma investigação criminal do detetive Mário Conde. Estações Havana é uma série literária, composta por quatro livros, cada um deles se passando em estação diferente do ano de 1989, ano da queda do Muro de Berlim: Passado Perfeito, que se passa no inverno; Ventos de Quaresma, na primavera; Máscaras, no verão, e finalmente Paisagem de Outono, que como o nome já diz, se passa no Outono.
Nesse último livro dessa série, acompanhamos Mário Conde tentando encontrar o assassino de Míguel Forcade, um homem que fora em vida, expropriador de bens. Ele pegava os bens das famílias que possuíam estátuas valiosas, quadros e entregava ao governo, não sem antes um pequeno desvio aqui e outro acolá. Por essa profissão, e por sua personalidade sórdida, era odiado por grande parte de seus conhecidos. Um dia, após uma viagem à URSS se exila na Espanha para depois ir viver em Miami, casa-se com Miriam, uma jovem, bem mais nova que ele, e retorna à Cuba com a desculpa de ver seu pai doente. Nesse ínterim, acaba sendo assassinado de maneira brutal e seu corpo é achado no mar.
Aliado à toda essa trama, temos um furacão chegando em Havana, que promete arrasar com a cidade, levando tudo que encontrar pelo caminho. Além disso, temos a continuação da investigação policial iniciada no livro anterior.
Nessa obra, recheada de metáforas e analogias, pode-se dizer que podemos encontrar o livro mais melancólico e nostálgico da tetralogia. Todos os volumes trazem um quê de nostalgia, porém nesse último volume, temos essa sensação exacerbada, combinando perfeitamente com a estação retratada: outono. No outono, temos a sensação de que todos os fins de tarde são um pouco tristes, o vento que sopra ao anoitecer, nos traz uma saudade do que ainda não vivemos. É esse sentimento que a leitura desse livro me proporcionou. Saudade do que podemos ainda viver.
A metáfora do furacão é a mais genial do livro: ele representa as mudanças que atingiram não somente Cuba, mas o mundo todo, com a culminância da queda do muro de Berlim, que representou o fim de uma era, o inicio do fim do socialismo na Europa. O furacão arrasta tudo, destrói a ilha, mas não traga o que Conde e todos os cubanos tem de mais forte: a memória. O muro de Berlim, não por acaso, teve sua queda ocorrida em 9 de novembro de 1989, um mês após a data em que o livro termina, que se deu em 9 de outubro de 1989, dia do aniversário de Conde e de Padura.
Ao longo de todos os volumes dessa série, acompanhamos o crescimento de Conde, um personagem cada mais vez intimista, que nos revela ser um policial deslocado, que não possui e nunca possuirá o ethos policial.
Fico imensamente feliz e contemplada por ter conhecido um autor tão completo como o Padura,- fato este que se deu meramente por acaso - e poder acompanhar as histórias escritas por ele. Recomendo a leitura de todos os volumes da tetralogia, se possível, na ordem, para que haja um acompanhamento eficiente do sentimento que Padura tenta nos traduzir em palavras.

LINK DO MEU BLOG ABAIXO:

site: http://abiologaqueamavalivros.blogspot.com.br/2017/12/paisagem-de-outono.html
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Bruno T. 12/08/2017

Outono : a melhor das estações
Em 2015, li o excelente "O homem que amava os cachorros" e me tornei fã incondicional de Leonardo Padura. Em seguida, li "Hereges" e "Neblina do passado", os três relativamente recentes. No mês passado, comprei os quatro livros que formam a série "Estações Havana", do tenente Mário Conde, todos escritos antes dos demais que eu já havia lido. Ou seja: segui, praticamente, uma ordem cronológica inversa. Mas isso não diminuiu o prazer de ler este "Paisagem de outono", o último e para mim o melhor da série. Padura (que, em 2015, quando esteve no Brasil, concedeu uma ótima entrevista ao Roda Viva, que recomendo a todos) não escreveu apenas quatro livros policiais, mas retratou muito bem a Cuba de 1989, já em plena decadência, representada pela trajetória pessoal do tenente Mario Conde e de seus inseparáveis amigos, todos vítimas de uma mentira socialista que lhes foi imposta por Fidel e companhia.
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Literatura Policial 10/01/2017

A quarta estação
Você pode até não concordar, mas o outono é a estação mais triste do ano. As folhas caem, as árvores ficam esqueléticas e o vento insiste em arrastar nossos pensamentos para longe. O cenário é melancólico e a vida parece simplesmente ser sugada pela terra. Claro, é passageiro, afinal se trata de um período do ano, transitório e relativo. Leonardo Padura sabe disso e não foi à toa que planejou concluir sua tetralogia em “Paisagem de Outono” nessa época do ano. Era necessário conduzir seu personagem mais famoso a um ponto em que não fosse mais possível voltar, uma espécie de ápice, de ponto de mutação definitivo. O tenente investigador Mario Conde chega onde sempre quis, mas isso não é necessariamente uma boa notícia.

Recém-lançado pela Boitempo, o livro era inédito até então no Brasil, e lá se vão vinte anos desde que surgiu nas livrarias cubanas. Antes dele, vieram “Passado Perfeito”, Ventos de Quaresma e “Máscaras”. Juntos, os quatro volumes compõem a série “Estações Havana” e pela primeira vez desembarcam em nossas prateleiras apresentando o ciclo completo do melancólico detetive que desfila pelas desgastadas ruas da capital cubana.

O leitor tem nas mãos um romance policial, e uma artimanha vai colocar o policial demissionário de novo nas ruas, pronto para solucionar um último caso. Esta edição da Boitempo tem ainda dois trunfos memoráveis: a caprichosa tradução de Ivone Benedetti (autora do ótimo Cabo de Guerra) e um texto do próprio Padura contando a gênese de seu personagem mais amado. É confessional e quase mediúnico. Uma fresta da intimidade de Conde e seu criador, nascidos no mesmo dia (!) e testemunhas/cúmplices de tantas ilusões, incertezas e temores.

site: https://literaturapolicial.com/2017/01/10/paisagem-de-outono-de-leonardo-padura/
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