Os Andarilhos Do Bem

Os Andarilhos Do Bem Carlo Ginzburg




Resenhas - Os Andarilhos Do Bem


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Layse20 27/01/2023

Eu já falei que sou apaixonada por micro-histótria?
Acabei de concluir esse livro mais apaixonada ainda pelas pesquisas de micro-história.
É muito interessante observar grupos como os banandanti, totalmente esquecidos no tempo, voltarem atona a partir da pesquisa de Ginzburg.
Confesso que esse livro me deu um pouco mais de trabalho na leitura do que o famoso Queijo e os Vermes. Acredito que, por ser uma de suas primeiras obras, o Ginzburg ainda não está no seu auge de escrita como em sua obra mais pupular, cujo título foi citado anteriormente.
É uma boa viagem através dos processos inquisitoriais, costumes, tradições e mitos populares.
Recomendo super a leitura.
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RICKDIAS7 05/10/2017

ESOTERISMO/CULTOS ANTIGOS
É interessante notar como autores que não acreditam no sobrenatural e esoterismo em geral costumam fazer obras que descrevem melhor esses assuntos do que alguns autores que são assumidamente ocultistas e fazem obras muito confusas e demasiadamente lúdicas e sem consistência. Esse foi feito por um autor que não acredita no esoterismo mas descreveu o assunto com muita competência. Carlo Ginzburg encontrou em processos da Inquisição de meados dos anos 1500 a 1600 da região de Friuli nordeste da Itália vários casos de julgamentos em que os acusados de heresia se diziam ser "benandanti" que significa "andarilhos do bem" e não feiticeiros. Os inquisidores tiveram dificuldade de entender o que esse termo significava e tentaram enquadrar os benandanti na mesma categoria das bruxas e seus atos como o "sabá" a reunião das bruxas. Esses julgamentos geraram mais enrolação do que conclusão e execução para a Inquisição. Torna-se benadanti pessoas que nascem com o "pelico" também chamada "coifa" uma membrana amniótica que em partos normais se rompe antes da criança nascer, mas no caso dos benandanti eles nascem revestidos dessa membrana ela não se rompe. Em certa idade, essa pessoa que nasceu empelicada é chamada durante a noite para participar de um encontro com outras bruxas e enfrentam elas com ramos de erva-doce. Caso as bruxam vençam as disputas as colheitas são ruins porque elas levam a fartura para o diabo e caso os benandanti vençam a colheita é farta. Além disso os benandanti podem identificar outras bruxas e desfazer os feitiços que elas fazem contra as pessoas. Pelo fato da maioria dos benandanti serem pessoas simples da área rural os juízes achavam que aquilo tudo era fruto da ignorância e superstição. Mas a explicação é que essas pessoas nascem com habilidades mediúnicas e por isso a viagem para fora do corpo á noite é uma "viagem astral". O autor escreveu tentando demonstrar que os relatos dos benandanti e a atitude dos juízes mudou com o passar do tempo e diz acreditar que isso tudo é apenas um resquício de um culto agrário antigo que era contado paras crianças da região e quando cresciam elas sonhavam com isso. A conclusão fica a critério dos leitores.
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Diana 07/10/2021

A história dos benandanti
Nessa obra Carlo Ginzburg nos conta a trajetória da cultura dos benandanti, os andarilhos do bem, que combatem as bruxas para proteger as plantações e os povos. É um texto construído a partir de processos da Inquisição sobre bruxas, feiticeiros e benandantes, mostrando como esse culto surgiu e foi se apagando. Não é uma leitura deleite para a maioria, mas é uma leitura interessante para quem gosta de história e microhistória.
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Conta o livro 22/01/2022

Uma pesquisa histórica
Esse livro é uma pesquisa histórica profunda com um recorte bem elaborado e delimitado. O autor não foge do tema em momento algum e o livro chega até a se tornar repetitivo.
Para os que se interessam pela área é interessante de ler para entender como essas pesquisas são feitas e elaboradas em textos finais.
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Lucas1429 08/07/2023

Leitura para a faculdade
Ginzburg é um dos meus historiadores favoritos de ler, apesar dele fazer parágrafos exageradamente longos, que devem ser o maior defeito de seus trabalhos, pois torna cansativo de ler.

Mas se a pessoa está buscando estudos científico voltados as ciências humanas, principalmente a história, que tratem do imaginário sobrenatural europeu, este é um livro fundamental para entender sobre bruxas, Inquisição, influência da cultura nas crenças e muitos outros temas.
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Gustavo.Henrique 13/07/2020

Um excelente ensaio sobre história das mentalidades e história cultural abordado através da micro história, interessante como ginzburg trata suas fontes com exímio cuidado, analisando, e investigando como se fosse um sherlock tentanto solucionar um enigma, e consegue isso com uma maestria, uma leitura gostosa e instigante , minha única critica e a constante reafirmação que tem no texto, mas deixando isso de lado e uma obra perfeita
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Thiago Suriel 12/12/2020

GINZBURG E A MICRO HISTÓRIA
Carlo Ginzburg nos presenteia com uma obra fantástica acerca da mentalidade de uma sociedade camponesa do Friul (região da Itália), detalhando elementos de um culto agrário local praticado pelos Benandanti (Andarilhos do Bem), em meados do final do século XVI e início do século XVII.

As circunstâncias que envolviam a caça às bruxas e a transformação em heresia de quaisquer cultos que não fossem cristãos, nos relatam toda uma vivência dos camponeses para com suas crenças em contraste com o momento em que viviam. São relatos riquíssimos, como o de Domenico Scandella (Menocchio) que servirá para a criação de outra obra de Ginzburg: O queijo e os vermes.

Os Andarilhos do Bem é uma obra que nos convida para entendermos melhor as mentalidades daquela região italiana e a forma de pensar daqueles camponeses. Sem dúvidas, os relatos que se encontram presentes nessa obra, suscitarão um interesse digno ao leitor para fazer com que termine a leitura e "viaje" no pequeno universo que Ginzburg nos mostrou.
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Volnei 02/05/2015

Os andarilhos do Bem
Nesta obra o autor reconstitui um fato até então o ignorado e que joga nova luz sobre a questão da feitiçaria. Os andarilhos do Bem ( benandanti)- como sao chamados no Friuli , entre o final do seculo XVI e a primeira metade do seculo XVII, os praticantes de um culto da fertilidade ? apresentam-se num primeiro momento, como defensores das colheitas contra as bruxas e feiticeiros, a quem, em sonho ou durante um del?rio, semionarico, combatem com ramos de erva-doce nas maos. Caso venciam, as colheitas de trigo ou de uva ser?o soberbas no ano seguinte, perdendo; o resultado ser? a fome.

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/ https://twitter.com/volneicampos
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Lescano Romão 22/12/2019

Bons feiticeiros italianos
O livro aborda uma pesquisa histórica e antropológica de um fenômeno ocorrido na Itália e Alemanha medievais de pretensos feiticeiros do bem que se opunham às bruxas, combatendo-as. Visto como igualmente heresia pela igreja foram perseguidos e punidos. Traz trechos de processos da época e apresentam como crenças em comum existiam entre os "benandanti" apesar da aparente não organização e comunicação entre as diversas comunidades. Ainda apresentam similitudes em suas batalhas de bem contra o mal com festas folclóricas do catolicismo popular, toleradas pela igreja mas não oficiais, como o caso das folias de Reis. Recomendado para entender o que de fato eram os benzedeiros e curadores, que apesar de alinhados com o catolicismo, preservavam tradições pagãs. Crítica fica para alguns momentos que os processos são pouco comentados e repetitivos em suas narrativas.
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