spoiler visualizaranajuliamanfroi 04/08/2017
#gratidão
Para mim, foi um livro que (se eu tivesse coragem de riscar) eu teria sublinhado praticamente inteiro. Por isso resolvi compartilhar algumas citações da última parte do livro.
“A questão é que até o momento pré-vestibular não fomos encorajados a tomar decisões, ser livres ou olhar para dentro.
Somos treinados a controlar a dor e o sorriso, a nos comportar. Não estamos acostumados a nos individualizar. Na escola, aprendemos receitas prontas, através da repetição, da imitação e de esquemas estereotipados. Não é à toa que, quando as pessoas e as marcas crescem, tentem tanto ser outra coisa, diferente do que verdadeiramente são. Ou que existem tantos seres humanos e marcas seguidores. Para escrevermos o futuro, vamos precisar de liberdade.
Vivemos numa sociedade que nos impõe o tempo todo como devemos pensar, viver e ganhar dinheiro. O sistema educacional tradicional olha todos os alunos da mesma forma, padroniza e espera respostas “prontas”, “certas”. Ele não considera as forças e as fraquezas de cada um, não trata nossas especificidades de forma especial. Não estimula a criatividade. Apenas tira a nossa luz. Enquadra todos numa média, independentemente das habilidades e das vontades. Uniformiza.
O guru Prem Baba diz que uma completa renovação na educação se faz necessário hoje, pois é através dela que o novo ser humano mais consciente e responsável, surgirá. “A criança é sábia e traz com ela dons e talentos a serem compartilhados como o mundo”, está escrito em seu site. É preciso criar espaços para que isso aconteça, incentivando seu empoderamento. Com uma criação baseada em valores mais humanos e fraternos. Arrisco dizer que, bem antes dos 18 anos, já tivemos contato com o que gostaríamos de ser (ou seja, já tivemos contato com quem realmente somos) e criar, quando estávamos puros, entregues à liberdade sem fim da infância.
[...] Este é o momento de lembrar que todos nós nascemos livres, com poder de escolha, ideias e características próprias. Sem nenhuma informação e com tudo de novo pela frente a descobrir, originais e autênticos. Quando pequenos, nosso fazer é bem próximo do ser, pois somos movidos pelo que realmente nos deixa felizes e nos dá prazer, sem nenhum compromisso.
A passagem da criança para o adulto deve ser um processo de ganho de autonomia e responsabilidade. Mas acontece o inverso. Crescemos e ficamos mais dependentes. Enquanto continuarmos assim, não conseguiremos promover a transformação que precisa acontecer no mundo, que é semelhante ao que deve acontecer conosco. A passagem do velho para o novo mundo deve significar libertação das tutelas das instituições que inventamos, assumindo a autonomia pela nossa vida e a responsabilidade pela vida do outro.
Pais e educadores deveriam nos lembrar disso. Prem Baba diz que é deles a responsabilidade de interromper o ciclo da ignorância do planeta, interrompendo a destruição e realmente mudando o mundo. O caminho deve ser ajudar as crianças encontrar seus dons e talentos, e se alinhar em sua verdadeira missão. Não basta largar a criança na escola; é preciso se responsabilizar e se comprometer com seu despertar. Estimulá-la a perguntar: “Como posso servir?”.
Infelizmente parece que nem todos os pais tem a noção de quanto a criação determina e marca para sempre a vida de uma criança pessoa. O que mais vemos por aí são criações a base de ameaça, medo e repressão, o que no longo prazo contribui para que sejamos mais inseguros e menos livres. Assim deixamos de acreditar em nossos sonhos e fantasias, deixamos de imaginar. Aposto que, quando você era criança, tinha um sonho também, ou muitos. Reserve um tempo para se lembrar dele(s).”
“Se você quer alguma coisa, primeiro precisa sonhar. Sem medo. Imagine e a vida vai lhe levar lá. De alguma forma vai. Se você não imaginar, não vai acontecer. O homem sonhou em ir à Lua antes mesmo de aprender a voar. É o poder da Imaginação que muda o mundo.”
“Mas, em vez disso, vamos aceitando o que nos é colocado como verdade. Sem imaginar, sonhar ou questionar o porquê das coisas. Acabamos perdendo o instinto investigatório[...] e nos acostumando a olhar demais ao redor e muito pouco para dentro. Assim, ideias que poderiam fazer a diferença se perdem, pois “entendemos” que o normal é ser/fazer igual ao outro. Sem questionar.”
“Erich fromm,[...] disse que num nível psicológico mais profundo, desde que o cordão umbilical é cortado e somos lançados na (solidão de) nossa individualidade, nos colocamos em busca de segurança emocional e material. E o medo de não ter essa segurança muitas vezes é o que nos trava. Medo de não ser reconhecido, não ser aceito, não dar estar certo, medo de que o outro vai pensar... Assim ele vai nos limitando. E vamos nos padronizando. Mas lembre-se de que todo este medo não estava em você quando era criança. Jung dizia que nascemos originais, mas morremos cópias. É só olhar e perceber.”
“Confiar tem a ver com se entregar. Deixar a vida levar. Mesmo nos momentos mais difíceis. Acreditar que até mesmo as dificuldades são boas em certo ponto. São matérias que precisamos aprender antes de passar para a próxima etapa. Temos que acreditar que há um significado oculto por trás de todos os fatos, a serviço da nossa evolução. E até mesmo agradecer pelas dificuldades.”
“Todos os problemas contém em si as sementes da oportunidade. A consciência disso permite transformar esses momentos numa situação ou numa coisa melhor. Quando você faz isso, todas as situações inoportunas conter em si uma oportunidade para criação de algo novo e belo.” – Deepak Chopra
“Algumas pessoas ainda conseguem sonhar. Mas há aquelas que têm medo dos próprios sonhos.”
“Freud diz que todos nós temos medo ou ficamos perturbados, em algum nível, quando nossos desejos são atendidos (por isso tem gente que bate carro novo na semana que comprou; que estraga o namoro de bobeira logo no início; que faz besteira no trabalho que sempre quis... como se acreditasse que não é digna dessa felicidade, não a merece).
Por conta disso tudo, vamos entrando numa zona de conforto, achando que estamos aqui para seguir regras e padrões. Fazer igual ao outro. Achando que é mais seguro. É muito comum e isso acontecer.”
“Os outros seguem, pois a liberdade inspira. Repare como, ao longo da sua vida, você sempre quis ir atrás daqueles que eram mais livres, que faziam mais diferente. Eles são os que alcançam mais poder. Mas porque não se inspirar em sua própria liberdade? É nela que nasce o sucesso. A mesma energia que gasta para olhar ao redor, você gasta olhando para dentro, acredite.”
“Cada ser humano é movido por alguma coisa (interna ou externa) diferente, por isso somos únicos. Não há equação mágica, técnica ou regra. Cada um deve encontrar seus “como”, “o que” e “por que”. Vivemos uma era bem fértil a mudanças de padrões. Vemos por todos os lados surgir “o novo preto”, “a nova comida”, “o novo relacionamento”... Hoje cada um pode ter a chance de inventar seu jeito de fazer. E de ser. É disso que precisamos.”
“Por isso, siga também em frente do jeito que você é. Acredite, é muito provável que você esteja bem mais forte do que imagina. A maioria das coisas que lhe pertencem precisa ser buscada por você mesmo, e por mais ninguém. Só assim será possível criar um trabalho de vida que seja uma declaração de sua autenticidade.”
“Tanta gente lutou para escapar da opressão e Usufruir da liberdade, e agora que a temos muitas vezes nos sentimos atraídos a nos aprisionar em padrões e fórmulas pré-estabelecidos. Ou nos sentimos pressionados a agradar o outro. É preciso quebrar esse padrão. Temos nas mãos a oportunidade de modelar uma nova era para o mundo, ajustada com nossos valores e a maneira como vivemos. Seríamos loucos se perdêssemos essa chance.”
"Somos co-criadores dotados de livre arbítrio e nos tornamos fonte de tudo o que decidimos experimentar na vida. Somos responsáveis por nossas alegrias e tristezas e pelo mundo em que vivemos. Em nossa essência mora a possibilidade da escolha. Nós criamos nossa realidade. Tudo o que vai volta, isso já está comprovado ( se você não gosta do que está vindo, experimente mudar o que está dando.) Nosso estilo de vida determina a vida das gerações futuras."
"Temos visto muitas coisas, mas deixando de olhar... para onde você tem olhado?"