Eden: It

Eden: It's an Endless World! #9 Hiroki Endou




Resenhas - Eden: It's an Endless World! #9


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Jessé 03/06/2021

Fim.
E finalmente cheguei mais uma vez ao final de Éden. Essa releitura acabou sendo muita mais valiosa na questão de entendimento.

É aquele tipo de obra que você tem que ler duas vezes pra pescar tudo que ela quer passar. Não tem jeito.

E por mais que a obra tenha inúmeras cenas de ação, é um mangá que até mesmo essas cenas você não pode perder a atenção, pois muitas dessas cenas tem relevâncias fundamentais no desenvolvimento do do enredo e na construção dos personagens.

É uma obra feita para um público mais maduro, e principalmente pros ávidos por ficção científica. Dito isso, não indicaria Éden pra uma pessoa que está começando a ler mangá, e nem pra pessoas que estão acostumadas com mangás divertidões como Naruto por exemplo.

Não que pessoas que leem Naruto, não possam algum dia se interessar por Éden. Mas eu indicaria obras menos complexas, pra ir se acostumando com esse tipo de narrativa mais adulta.

Continuo achando o final abrupto, apesar de toda a explicação fazer sentido. Só acho que merecia algo mais detalhado. Mas mesmo assim é uma obra muito acima da média, com personagens incríveis, que trabalha temas recorrentes (morte, religião, ciência, eutanásia) de maneira muito original.

Sou daqueles que não julga uma obra apenas pelo final, e sim pela jornada. E o conjunto da obra não merece nada menos que nota máxima.
comentários(0)comente



Heider 25/12/2023

A jornada é mais importante que a chegada
Depois de 18 volumes, a obra se encerra um pouco abaixo da expectativa que ela cria nos primeiros capítulos.O mangá tem muitos momentos bons, alguns excelentes, mas no fim não conseguiu ser conciso e entregar um fechamento, um arco final, que ligasse todos os pontos e todos as personagens de forma objetiva.

De positivo eu destaco o esforço do autor levar a história para lugares diferentes e pouco explorados em histórias desse tipo: Peru, Índia, China, África, Austrália e América do Sul. Ainda que superficialmente, Hiroki Endou explora aspectos das culturas locais como religião, história e problemas socioeconômicos. As vezes percebemos em algum comentário de personagem, algo que faz total sentido ainda hoje: como a questão uiguri ou a questão palestina.

Outro ponto positivo é como o autor usa na história de modo natural a violência, o sexo e o alívio cômico. Algumas mortes chocam, mas ao mesmo tempo são muito bem construídas com uma tensão crescente até que finalmente chegam. As cenas de sexo seguem a mesma lógica, acontecem de forma natural e realista, com alguns momentos cômicos como as do Elijah com Helena ou com Miriam.

Acho que os elementos de ficção foram bem explorados, o cenário pós apocalíptico, as evoluções do vírus, os corpos cibernéticos, etc. Um elemento que data um pouco a obra é o otimismo do autor com os aviões de passageiros supersônicos, quem diria que daria tão errado (a publicação do mangá começou por volta dos anos 2000).

A parte negativa fica mesmo por conta do final. Em uma das suas cartas, Hiroki Endou admite que em dado momento não sabia o que pretendia contar com essa história, o que é normal, mas talvez por isso ele tenha focado tempo e esforço demais em personagens e arcos que acabaram não sendo tão relevantes para o plot macro dessa história.

Eden é um mangá que vale a pena ser lido. Recomendo que experimentem ler os volumes enquanto acompanham a série de podcast do site aoquadra.do (Re:En² ?Eden: it?s an Endless World).
comentários(0)comente



Giuliano.Behring 27/09/2021

Mangá sem propósito, mas não descartável
Nesse último volume da série: "Eden: It's an Endless World" eu não escrevo a resenha sobre o volume em si, mas sobre a série como um todo (9 volumes)

Éden é um mangá que começa muito promissor, a questão de 2 jovens em um apocalipse futurístico parecia muito legal e interessante. Porém não é sobre isso o mangá... Ai descobrimos vários personagens diferentes, com relevâncias diferentes pra história, mas mesmo assim, parece que falta uma conexão entre as coisas. Me pareceu que o autor ao escrever esse mangá só saiu empurrando com a barriga os muitos personagens que ele fez porque já tinha começado. Muito confuso.
A única coisa que o autor parece querer fazer são as cenas de sexo, sério?? Eu entendo a questão de isso existir, mas precisava mesmo ser um dos pontos principais da narrativa? Chega a ser conflitante em alguns momentos, os personagens as vezes são, as vezes não são algumas características, por nenhum motivo muito bem explicitado.
O foco da narrativa não para em nada, em um momento estamos com robôs, depois androides, depois grupos de resistência, depois narcotraficantes e no fim ficção científica de fato, isso foi uma experiência de fato única, mas muito confusa.
O ponto positivo principal de Éden é a ficção científica no final, ela me pareceu bem explicada, mesmo sendo uma resposta esfarrapada (palavras do autor) para o fim da série. Falando nas palavras do autor, algo que me incomoda é o que ele escreve no final de seus volumes, começa com um debate filosófico muito interessante (a ponto de ser a melhor parte do volume) à basicamente, sexo.
Minha última crítica vai para o modo de como ele aborda as minorias, por exemplo, trata da desigualdade na África, mas ele não fala NENHUM país da África, fica usando África como se fosse um lugar homogêneo, e isso me irritou muito durante o trabalho dele.
Se você gosta de ficção científica e não se importa de sair pulando de uma história pra outra do nada, vai gostar de Éden.
comentários(0)comente



Joao Felipe 10/01/2017

É um dos melhores mangás que já li, a construção da historia é muito bem desenvolvida pelo Hiroki Endou, os personagens são emblemáticos e inesquecíveis. A arte é muito nítida, tanto em batalha quanto normal.
O final não foi 100% agradável pra mim, mas o carinho que eu tenho pelos personagens e suas trajetórias superaram o termino brusco.
comentários(0)comente



Marieliton M. B. 01/05/2018

Chegou a hora do fim do mundo
Ennoia junta-se a seus velhos aliados para conseguir entrar na ilha onde Hannah se encontra. E o braço militar da Propater não facilitará essa investida. Por outros motivos, Kenji também vai para esta mesma ilha e tudo leva a crer que o futuro da Terra e do universo será decidido nesta ilha.

Último volume de Eden e posso dizer que a jornada até aqui teve seus altos e baixos. Mais altos do que baixos, é verdade, mas a sensação de que vários momentos da trama, ao londo dos 9 volumes foram meio forçados, se confirmou com o próprio autor afirmando que em dado momento da produção não fazia ideia pra onde que a história deveria ir.

É meio decepcionante saber isso, pois por que tenha construído uma ficção científica muito boa, abordando vários temas pertinentes dentro da história, muita coisa ficou jogada e sem o devido desenvolvimento. Um exemplo disso é a introdução de Meigus (o cara aparece na história e é considerado um fodão importantíssimo sem mais nem menos) e a forçada de barra em jogar uma informação nas últimas páginas justificando a presença de Sophia na conclusão do plano do Maya.

Esses entre outros deslizes, acabam por estragar um pouco a imersão na história. Apesar disso, Eden é uma boa ficção científica em que Hiroki Endou usou como base pra explorar temas diversos como prostituição, tráfico e dependência de drogas, milícias, enriquecimento de uns em detrimento da pobreza de outros, enfim, foram coisas pra dedéu.

Vale a leitura.
comentários(0)comente



Paulo 06/10/2018

Acho complicado fazer uma resenha de cada um dos volumes, quando o objetivo é instigar vocês a ler uma obra que só se completa em 9 Volumes. Portanto, o que vou fazer é falar um pouco da obra como um tudo, e se vale a pena ou não investir o seu dinheiro nessa coleção. Quem quiser discutir sobre os acontecimentos de algum volume em específico (eu pelo menos ficava com muita vontade de conversar sobre o que tinha lido ao final de cada um dos volumes), é só mandar uma mensagem.
Por conta de ser uma resenha de uma coleção inteira, ela vai ficar um pouquinho maior do que o de costume. Mas não desistam! Leiam até o final, vale a pena!

O ENREDO

A série começa no final do século 21, depois que uma estranha epidemia devastou a humanidade. Em um longo primeiro capítulo que serve como um prólogo, ficamos sabendo sobre duas crianças, Enoah Ballard e Hannah Mayall, que adquiriram uma imunidade ao vírus e que fazem parte da nova geração que vai ajudar a repovoar o planeta. O capítulo seguinte dá um salto de 20 anos, e aí que a história propriamente dita tem início, com Elijah Ballard, o filho de 15 anos de Enoah e Hannah. Elijah está vagando pela América do Sul, em um mundo marcado pelo conflito entre a Federação da Propater, uma organização supranacional que passou a controlar grande parte das nações, e os países ainda independentes. E é com este pano de fundo que a série se desenrolará.
Eden é uma história sobre o amadurecimento de Elijah como homem ao mesmo tempo que ele tenta sobreviver tanto física quanto moralmente em um mundo que é demasiado complexo para o mero "preto e branco". Ao longo de sua jornada, Elijah irá encontrar muitos outros personagens, tanto aliados quanto inimigos, todos compartilhando a mesma luta pela sobrevivência em um mundo distópico pós-apocalíptico que se parece mais com o nosso do que gostaríamos de admitir.
Algumas edições mais tarde, a história mais uma vez avança no tempo, saltando mais quatro anos à frente. O vírus Closer, a causa da pandemia original, sofre uma nova mutação. A história então reúne Elijah, agora com 19 anos, assim como muitos outros personagens antigos, e alguns novos, e o mundo começando a lidar com essa nova ameaça.
Ainda que possamos dizer que Elijah é o protagonista desta história, o roteiro o deixa de lado por diversas vezes para contar mais da história de luta e sobrevivência de alguns destes personagens que nos são introduzidos entre os capítulos principais.

PORQUE DAR UMA CHANCE À ÉDEN: IT’S AN ENDLESS WORLD?

Comecei a ler Éden porque a obra é citada por muitos leitores como uma das maiores obras nipônicas de ficção científica. Eu sou muito fã do gênero, e fui com muita sede ao pote. O primeiro volume me entregou bastante do que eu esperava: um mundo pós apocalíptico recém assolado por um vírus misterioso, personagens intrigantes, organizações secretas e teorias da conspiração, e diálogos densos. Porém, na medida que os capítulos foram avançando, Éden começou a transitar de gênero. Claro que o mundo distópico e futurístico sempre estiveram presentes como pano de fundo e cenário, mas o mangaká Hiroki Endo passou a focar a sua narrativa em elementos de ação visceral (Éden é um mangá bem violento), thriller policial e guerras de máfia. Endo criou um mundo pós apocalíptico tomado por carteis de drogas, guerras étnicas e de conquista no qual as pessoas vivem, morrem, se ferem, traem umas às outras e lutam com o que têm para sobreviver.
Admito que durante um tempo isso me decepcionou. Comecei a ler Éden atrás de um mangá de ficção científica, que focasse em questões existenciais, e o que estava diante de mim era um mangá de ação visceral, que sim, apresentava personagens cheios de camadas, num mundo cru, cheio de tons de cinza, muito parecido com o nosso. Mas bem, não era disso que eu estava atrás, quem me conhece sabe que não sou o maior fã do mundo de quadrinhos de ação. Mas Endo me apresentou um mundo tão selvagem, tão cruel, e ao mesmo tempo tão semelhante ao nosso, que aceitei a sua proposta e continuei lendo, me dando conta de que a trama a que fora introduzida no começo do mangá, sobre o vírus misterioso e uma organização secreta com objetivos escusos, tinha ficado pra trás e fora só uma desculpa para a criação deste mundo distópico. Mas eu estava enganado. Na medida que fui avançando no mangá, comecei a perceber que Endo não estava querendo entregar ação violenta gratuita. Endo desce fundo, explorando um mundo de drogas, tráfico e prostituição para jogar na cara do leitor o que está acontecendo hoje, na periferia do mundo “civilizado”. Pois se começamos imersos dentro deste mundo de drogas e prostituição, lá pro Volume 5 Endo expande as discussões iniciadas lá atrás, e começa a nos imergir num mundo de conflitos étnicos e raciais, nos introduzindo novos personagens que lutam pelas minorias muçulmanas na região de Xinjiang, na China, ou nos conflitos étnicos que assolam a África. É tudo muito cru, tudo muito real, arbitrário e perverso, e como dito por uma personagem em um dado momento da história: “Interessante, não é? E não é nem na Idade Média, ainda está acontecendo nos dias de hoje.”. Agora, mais do que isso, Endo faz um excelente trabalho humanizando todos os personagens que apresenta, e todos os lados dos conflitos, sejam os raciais, os religiosos, os étnicos, humanizando inclusive aqueles que podem ser considerados os antagonistas. E digo isso pois Éden não é uma história maniqueísta, todos os personagens são vilões e heróis de suas próprias histórias, dependendo do ponto de vista. E Endo não está necessariamente nos pedindo para perdoar os abusos de seus personagens, mas ele nos mostra como pessoas podem se tornar tão brutais, e como as mesmas pessoas capazes de amar, são capazes de matar a sangue frio.
Dito isso, lembra quando eu disse que o mangá parecia ter deixado um pouco de lado a questão da ficção científica? A partir do Volume 5 da versão da JBC, Endo retoma os assuntos do primeiro capítulo, e o vírus Closer, que havia sido deixado de lado, volta a ganhar destaque na trama. No Volume 6, Éden abraça de vez a ficção científica, e dou o braço a torcer dizendo que toda a ação e crueldade dos volumes anteriores ganharam um novo significado. Endo usou dos elementos de ação desenfreada e thriller policial e político para prender a ação do leitor, mas seu objetivo é muito mais do que a ação gratuita: Éden quer discutir como o nosso mundo é injusto, cruel e absurdo, e que mesmo nos dias de hoje, em pleno século XXI, as injustiças continuam a aparecer, nem que para isso ele tenha que dar uma de George R. R. Martin, matando personagens a torto e a direito, sem nenhum significado, apenas por estarem no lugar errado na hora errada. E para isso, o autor questiona o mundo civilizado, questiona instituições religiosas, e mais, incorpora nomes e conceitos gnósticos na história, transformando elementos da gnóstica (só dar uma olhadinha no OBS) em ficção científica do mais alto nível, para responder as perguntas: de onde viemos? Qual o objetivo da vida? Pra onde vamos? Porque este mundo é tão cruel e imperfeito?
Diante de tudo que vinha sendo desenvolvido nos primeiros capítulos, eu não esperava o que estava por vir. Éden: It’s an Endeless World foi de um bom mangá de ação e thriller policial para uma das melhores obras de ficção científica que já li. O final é para mim avassalador, cheio de mensagens e significado. Uma obra que deve ser lida e relida ao longo da vida (pelo menos os 4 últimos volumes), e que serve de fonte para ótimas discussões existenciais e sobre o potencial humano.
A arte de Endo é tremenda também, cheia de detalhes, principalmente quando ele desenha paisagens rurais ou urbanos, dedicando muita atenção aos cenários. Além disso, ele não evita de matar seus personagens de formas muito gráficas, mostrando como a violência é terrível.

OS PROBLEMAS

Apesar de, ao final da leitura, considerar Éden: It’s an Endeless World como uma das melhores obras de ficção que já li, ela também tem os seus problemas.
A mudança de foco da narrativa entre alguns volumes, e a constante troca de protagonistas ao longo da leitura, pode desagradar alguns leitores. Muita gente que estava gostando de pegada de ação e thriller policial do começo da coleção, não curtiu a mudança para uma trama de ficção científica mais hardcore, com mais diálogos e tramas políticas, as vezes pesadas e nem sempre fáceis de acompanhar – a história tem sim vários conceitos complexos que são melhor entendidos por um leitor acostumado com ficção científica e ciência em geral. De fato, as vezes precisei ler mais de uma vez algumas passagens para entender de fato tudo o que estava acontecendo. Agora, por outro lado, existem algumas pessoas, como eu, tiveram que superar as primeiras edições de pura ação desenfreada para se deleitar com a trama existencialista da segunda metade.
Além disso, o fato de Endo matar seus personagens a torto e a direito pode desagradar alguns. Em Éden literalmente ninguém está seguro: Endo não tem o menor pudor de matar seus protagonistas, e tem gente que acha que ele insiste em chocar por chocar. Eu não concordo com esse ponto de vista, tendo entendido que essas mortes são uma parte fundamental da história, que é a de gritar pro leitor que esse mundo é cru e sem sentido, e que nem todas as mortes tem um significado – que a maioria das mortes na verdade são aleatórias e injustas, e não é porque você é o protagonista da sua história, que você não está sujeito as arbitrariedades da vida. Dito isso, acredito que muitos leitores tenham se irritado mesmo é com o fato de Endo perder tempo desenvolvendo alguns personagens e relacionamentos, que são jogadas fora num estalar de dedos.
Vi também alguns leitores reclamando que a série não responde a todas as perguntas que se propõe a fazer. Não acho que seja esse o caso. Sim, o mangaká deixa várias perguntas sem resposta, mas acredito que o mais importante é respondido; ele não deixa nenhuma grande pergunta sem resposta. E o resto faz parte do que é a ficção científica, deixando para o espectador interpretar essas pontas soltas. Muitas delas, inclusive, eu gostei de terem sido deixadas em aberto, pois nos instigam a pensar mais sobre o assunto, e a nos aprofundar nas ideias do mangá.
Mas tudo isso que apontei, não chego a considerar como um defeito. São pontos de vista. Para mim, são parte do que Endo tenta passar para o leitor. O maior defeito da obra, pra mim, é no desenvolvimento inconsistente de alguns protagonistas. Como o próprio Elijah, que tem algumas transições de personalidade que ficaram meio inconsistentes nos primeiros volumes com o que vinha sendo apresentado (apesar da transformações soberbas após os acontecimentos dos últimos volumes), ou por exemplo o próprio Kenji, que começa a trama de um jeito, e termina de outro diametralmente oposto, a inserção abrupta de novos personagens nos capítulos finais, como solução para alguns dos problemas derradeiros da trama, e a forçada de barra em jogar uma informação nas últimas páginas justificando a presença de Sophia na conclusão do plano do Maya. Algumas dessas explicações estão nas entrelinhas, mas a transição abrupta na narrativa muitas vezes não nos dão tempo de pensar o suficiente sobre elas, dando essa impressão de inconsistência.
No fim, Éden: It’s an Endeless World pode, sim, entrar para o hall das obras-primas nipônicas.

ÉDEN: IT’S AN ENDLESS WORLD E O GNOSTICISMO

Recomendo que as pessoas pesquisem um pouco sobre a gnostica antes de lerem o mangá, pois isso vai ajudar muito na compreensão do final da história. Certamente você terminará a leitura interessada em ler mais sobre a filosofia gnóstica.
Mas como sei que é difícil encontrar material sobre, vou adiantar o essencial a se saber para a leitura da obra de Endo: No início da história cristã, o cristianismo não era apenas uma religião, mas várias. Na verdade existiam diversas crenças baseadas em Cristo e a maioria tinha grandes diferenças entre si com relação a alguns pontos. O gnosticismo se originou no primeiro e segundo século d.C., e as idéias e os sistemas gnósticos floresceram no mundo mediterrâneo no século II d.C, em conjunto e influenciados pelos primeiros movimentos cristãos e pelo médio platonismo (os gnósticos tomaram emprestado várias idéias e termos do platonismo). O Gnosticismo (da palavra grega gnose: conhecimento) postula duas forças divinas co-iguais. Os gnósticos pregavam que o mundo material não fora criado pelo deus bom, ser espiritual e supremo, mas por uma divindade imperfeita, um deus menor, e daí todas as tragédias, injustiças e arbitrariedades da vida terrena. O que não quer dizer necessariamente que essa divindade é má, como alguns interpretam. Segundo alguns gnósticos, sua criação de uma materialidade falha não é devido à falta de qualquer moral de sua parte, mas devido a sua imperfeição em contraste com as entidades superiores de que ele não tem conhecimento. E esta divindade trabalha para tornar o universo tão benevolente quanto possível dentro do que as limitações da matéria permitirão.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Anselmo 28/11/2023

A Humanidade ainda evoluí?
Eu nunca li 9 Mangás parrudos, em tão pouco tempo. Do começo ao fim essa história não perdeu ritmo e nao teve nada ou quase nada desperdiçado. Tudo que o autor colocou na história ele abordou e desenvolveu muito bem. Esse não é aquele mangá que começa bem no meio tem o ápice e final e ruim, não! Aqui tudo e perfeito dentro da proposta oferecida. Os personagens amadurecem, envelhecem e morrem como na vida real. Isso que deixa tudo mais empolgante a ponto de não querer parar de ler pra sabe o final. Se você pegar o primeiro número e tentar adivinhar onde ele vai parar... Duvido que consiga! Uma ficção científica, misturado com máfia, interesses mundias mesquinhos, muitas verdades jogado na sua cara pra acordar a pessoa e fazer refletir nosso papel num mundo tão desigual e predatório. Um mangá complexo e que merece um releitura não por que seja difícil de entender mais sim pra ser absorvido melhor, por tanto, esse mangá você vai querer ler novamente no futuro e ainda assim ele vai estar atual. Pois os temas são corriqueiro na vida humana. Ponto baixo seria os alívio cômicos misturado com sexo, nudez, envolvendo o Elijah. Eu acho que não tinha necessidade. Mas pode ter funcionando com outros leitores. Mesmo assim não ofuscou o brilho. Meu personagem favorito: Kenji. Personagem mais aterrorizante: os Aeons . Não vou nem falar da história em si, pois eu acho que será mais delicioso ir descobrindo tudo até esse final maravilhoso. Que inveja de quem vai ler isso pela primeira vez.
comentários(0)comente



8 encontrados | exibindo 1 a 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR