Água do meu coração

Água do meu coração Charles Martin




Resenhas - Água do meu coração


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Valdirene.Perez 14/05/2018

Minha primeira experiência com esse autor foi Depois daquela Montanha. Amei o livro, muito bem escrito, personagens fortes, enredo envolvente, tipo de leitura que demora alguns dias pra sair da cabeça. Com esse não foi diferente. Uma história forte, onde no início, confesso, não gostei nem um pouco dos personagens. Mas quando a trama começa a desenvolver fica impossível não se envolver. Com certeza, esse autor para mim, está classificado entre os melhores.
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Zana 06/12/2019

Anti-herói.
Hobbes (1651): O homem é essencialmente mau, perverso e egoísta.
Rousseau (1762): O homem nasce essencialmente bom, mas a sociedade o corrompe.


Charles Martin trás como protagonista em Água do meu coração um Anti-herói, ou seja, seu personagem principal não possui as virtudes tradicionalmente atribuídas aos heróis. Charlie Finn teve uma infância difícil, entretanto com sua inteligência e sagacidade conseguiu adquirir oportunidades de formação e trajetória de vida que lhe permitiria seguir pelos 'caminhos do bem', contudo, assim como os anti-heróis que são personagens não inerentemente maus, mas carecendo de atributos morais, ele preferiu (digo preferiu porque tudo em essência passa pelo crivo das escolhas) seguir praticando atos moralmente questionáveis e criminosos indiferente a destruição e dor provocada ao próximo.

No entanto, no decorrer da história ao se deparar com as contas a pagar que a vida inflexivelmente apresenta, Charlie Finn termina por tentar se redimir e ir em busca de redenção.

“A minha vida era um deserto do tamanho do Saara mas, naquele momento, na parte de trás daquela carrinha no sovaco da Nicarágua perguntei-me – pela primeira vez – se não haveria um rio a correr bem dentro de mim.
Se assim era, a água que havia de me lavar não viria da cabeça, onde aprendera a justificar a minha indiferença.
Seria, isso sim… Água do meu coração”.

Particularmente não gosto de anti-heróis, sou mais afeita a mocinhos idealistas de preferência de capa e espada porque de real já basta a vida. Coaduno perfeitamente com o entendimento de Bernardo Soares quando diz que “a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida”, e dentro desse conceito prefiro ignorá-la, redundantemente, de modo agradável me encantando com os personagens de um livro, em Água do meu coração isso não foi possível. Aqui os personagens são baseados e fincados na vida real. Entretanto Charles Martin possui uma escrita envolvente e conduziu a trama razoavelmente bem e ao final terminou sendo um bom livro. Leia.
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