Maria 29/09/2020Piada de mal gostoNão vou fazer resenha bonitinha, mas eu PRECISO expressar o quanto esse livro é uma porcaria além do razoável.
Verônica é uma escrivã da polícia civil com complexo de superioridade: incompetente pra cacete com trauma infantil, achando que está destinada pra "brilhar" na polícia que nem o pai corrupto que ela tanto admira.
O título do livro, que você pensa que vai ser incrível quando fizer sentido, é jogado nas primeiras páginas pra você saber de cara que é só isso mesmo: Verônica é patética e ponto final.
Primeiro vem o caso da Marta envolvendo necrofilia (você jurando que vai ser um suspense legal, alerta spoiler: não é), depois tem Janete com a parada da caixa que você também jura que vai ser perturbador (alerta spoiler: TAMBÉM NÃO É!!). Porque isso tudo é história meia boca pra alimentar o complexo de Verônica, a única protagonista.
Aí você para e pensa: temos aqui suspense e crime com uma pessoa sem direitos legais de fazer investigação. Então Verônica vai ser aquela personagem complexa, cheia de pensamentos fora do moralismo, pronta pra ser nossa catarse com nossos pensamentos obscuros, tendo nossa empatia. A receita é essa.
A partir daqui vai ter spoiler? Sim, pra sanar suas dúvidas e te livrar de qualquer curiosidade sobre essa leitura deprimente que é o livro.
Já fica óbvio que Verônica sendo essa pamonha sem graça vai partir pra vida de justiceira e que muita gente ainda vai morrer no meio disso.
Verônica tenta resolver o caso de Janete na base da chantagem e ameaça, tudo pra conseguir seu sucesso único. Janete e as duas últimas vítimas morrem às custas da arrogância dela.
O Gregório necrófilo (extremamente mal construído, como tudo mundo nesse universo tenebroso) vira a caça, Verônica quem enrola o cara e dá o mesmo golpe que ele dava e pega todo o dinheiro dele pra ela, vingou Marta e as outras vítimas, vejam só.
No meio disso, vem o momento de quebra da protagonista quando descobre o marido, que ela traía, também traía ela. O que faz dele pior que Brandão, um maldito serial killer. O chororô vem e ela percebe que é uma péssima esposa, uma péssima mãe e uma péssima escrivã, surpreendo um total de zero pessoas com o plot twist pra justiceira.
Nisso ela finalmente mata os "bandidos" e segue como misteriosa com a nova vida de assassina. Uma personagem sexista, gordofóbica, "machista" e racista sendo o centro de uma história como alguém fora da caixa. É UMA PIADA DE MAL GOSTO.
Isso tudo numa mistura NOJENTA de narrativa pra falar de violência doméstica e feminismo. NOJO.
Raphael Montes e Ilana Casoy deveriam ter vergonha de ter escrito um lixo desses.
Da Darkside eu já cansei de esperar qualidade, só publica conteúdo ficcional de quinta, não poderia ficar surpresa.