A estrada

A estrada Cormac McCarthy




Resenhas - A Estrada


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henri18 23/03/2024

Não prometeu nada e entregou o que prometeu
Meio que me decepcionei. Estava esperando algo completamente diferente e foi bem frustrante. Não acontece absolutamente nada o livro inteiro, é um ciclo de eventos iguais. Pai e filho caminhando, encontrando comida e abrigo, às vezes algumas pessoas, há a descrição do mundo pós-apocalíptico e continua assim.

Apesar de gostar de como o autor foca na relação linda entre o pai e seu filho, achei os diálogos entre eles, e no geral, fraquíssimos. Gosto também de toda a ambientação do livro, um mundo triste, melancólico, sem muitas esperanças e a escrita do autor sobre isso foi interessante.

Final corrido, pouco aprofundamento real nos personagens e falta de detalhes importantes como a causa do apocalipse (eu, pelo menos, não consegui entender).
Enfim, devo ter lido errado já que as notas pra ele são altíssimas, mas é isso, um beijo ?
davi_bsiqueira 23/03/2024minha estante
paia ???




JM_ 20/03/2024

É
Esse livro é a melancolia própria, um ciclo constante de felicidade e desespero, mas que se torna previsível no meio. Ele me ganha pelo significado, que é com certeza seu ponto alto. Ele está cheio de significado, de símbolo. A mistura entre os personagens, a aspereza do mundo, o sentimento do pai pelo seu filho, essas coisas, que são a coluna vertebral do livro, são muito bem feitas. Porém é o que eu disse, depois do segundo ciclo de felicidade e tristeza é possível entender que se repete.
Além disso não acontece muita coisa durante a história, não temos muita luz sobre o ambiente e também não conhecemos exatamente os personagens se não por abstrações.
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Mari Mirandinha 18/03/2024

Poético
Me interessei por esse livro pelo tema "sobrevivência", mas não esperava uma narrativa tão forte e triste e ao mesmo tempo com uma linguagem tão poética. Excelente. Não à toa, premiado.
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Uhtred of Piracaia 10/03/2024

Sobre solidão, esperança e paternidade
Um livro pesado, porém belo em sua maneira. O ambiente é cinzento, pós-apocalíptico. Mas a narrativa se concentra na relação entre pai e filho rumando ao sul, na esperança de encontrar algo melhor, apesar dos percauços inevitáveis pelo caminho.
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Amanda Vaz 09/03/2024

Sobreviver a qualquer custo
Um mundo pós apocalíptico, completamente sombrio, gélido e a ausência total de esperança, onde o mais vil da humanidade impera. Mas seguir. Agarrar-se a algo. Alguém. E seguir. Pai e filho em uma jornada carregada de reflexões. 

Cada diálogo e circunstâncias repletos de tanto pesar, de desesperança e apreensão, que inúmeras vezes me peguei em lágrimas. Parece tudo muito repetitivo, descrições de cenários arrasados, de situações absurdas, cruéis. Mas o que se espera de um livro que narra um mundo onde praticamente nada sobrevive? Um mundo coberto de cinzas, que desafia constantemente aqueles que restaram, onde não se pode confiar em nada e em ninguém?

E o que o McCarthy faz aqui é transpor esse mundo arruinado de modo dolorosamente realístico, porque se parece com uma realidade muito possível quando se pensa em um cenário pós apocalíptico, no entanto, ao mesmo tempo, o autor escreve sobre o afeto, o cuidado, as preocupações entre pai e filho de forma tão sensível, com diálogos que carregam um mundo inteiro dentro de si, que tornam impossível não se apegar a eles. E o final desse livro? que final! Ficará comigo por um longo, longo tempo.


"Você é corajoso de verdade?

Mais ou menos.

Qual foi a coisa mais corajosa que você já fez?

Ele cuspiu na estrada um catarro ensanguentado.

Levantar hoje de manhã, falou."
Bernardo.Lameira 10/03/2024minha estante
Sua resenha me fez querer ler esse livro kkkk


Amanda Vaz 21/03/2024minha estante
Vale demais a leitura, Bernardo.




Leonardo1263 07/03/2024

Nesta longa estrada da vida!
“A Estrada”, escrita por Cormac McCarthy em 2007, é uma obra que mergulha nas profundezas da desolação humana em um mundo pós apocalíptico implacável. A narrativa acompanha a jornada angustiante de um pai e seu filho em meio a um cenário terrível, onde a natureza está morta, recursos são escassos e a esperança quase nada.

O autor não explica a causa dessa destruição, deixando-a envolta em mistério, mas sugere indiretamente a possibilidade de uma explosão nuclear, por vezes referenciada como o “clarão”. Nesse mundo desolado, a mãe da criança, antecipando o sofrimento que aguarda as mulheres nesse ambiente brutal, decide abandonar a família, deixando ao pai a responsabilidade de proteger o filho.

Com recursos escassos e a ameaça constante de violência, o pai e o filho seguem em direção à costa, na esperança de encontrar um transporte possível para outra realidade em meio ao desespero. Ao longo da jornada, eles encontram outros sobreviventes, muitos dos quais perderam a humanidade em sua luta pela sobrevivência.

A ausência de esperança é uma constante na narrativa, refletida na paisagem monocromática e no frio constante. No entanto, mesmo diante de tanta desolação, a relação entre pai e filho representa um ponto de luz em meio às trevas, uma fonte de esperança e humanidade em um mundo que parece ter perdido ambos. A decisão da mãe de deixar a família ilustra a dura realidade desse mundo distópico, onde as escolhas muitas vezes se reduzem a sobreviver a qualquer custo. A ameaça constante de violência paira sobre os personagens, tornando cada decisão uma questão de vida ou morte.

No entanto, apesar das adversidades, “A Estrada” também apresenta momentos de beleza e humanidade, lembrando-nos que, mesmo em meio ao desespero mais profundo, a vida continua a encontrar uma maneira de florescer. É essa dualidade entre desespero e esperança que torna a obra tão poderosa e comovente.

O menino que veio ao mundo já imerso nessa distopia pouco sabe sobre a realidade pré-catastrófica. Cresceu sem familiaridade com os conceitos sociais, privado de educação formal e da convivência com os de sua idade. No entanto, sua inocência resplandece em meio à escuridão, e seu universo se resume ao seu pai, fonte primordial de todo seu entendimento moral (na mente do menino). A pureza infantil o orienta para o bem, enquanto ele busca incessantemente confirmar que ambos, ele e seu pai, permanecem do lado correto, incapazes de conceber a maldade em um mundo já tão desolador.

Num ambiente de escassez extrema, onde a fome e a sede são constantes ameaças, alguns recorrem ao canibalismo em um impulso desesperado de sobrevivência. Nessa luta desumana pela vida, os códigos sociais se dissipam diante do instinto primordial de preservação, colocando a moralidade em segundo plano.

O autor habilmente insere elementos sutis no desenvolvimento dos personagens. Inicialmente, em diálogos com sua esposa, o pai se revela mais emotivo, imaturo e preocupado com o futuro. No entanto, ao longo da trama, ele amadurece aos poucos, enfrentando seus medos e se mostrando corajoso e determinado a ser o pilar de apoio que seu filho necessita.

Essa evolução é essencial em desventuras como essa, e encontramos exemplos semelhantes em outras obras com o mesmo contexto, como o filme “Logan”, o jogo “God of War” de 2018 e a série/jogo “The Last of Us”. Todos esses apresentam um cenário onde um pai e seu filho(a) enfrentam desafios, com o pai inicialmente sendo uma figura distante e brutalizada, que pouco conhece a criança. Porém, ao longo da jornada, eles se adaptam um ao outro e a relação amadurece. Os filhos crescem e os pais começam a enxergar o mundo através dos olhos deles.

Portanto, “A Estrada” se apresenta como uma poderosa metáfora da vida, uma jornada pela sobrevivência, um movimento do ponto A ao ponto B. O pai, dedicando-se intensamente, busca ser um modelo, ensinando a superar os maiores desafios. Cada palavra e ação são ponderadas, cientes de seu impacto na mente da criança. Ele compreende profundamente que cada passo moldará o futuro de seu filho.

Não me recordo da última vez que me deparei com algo tão pessimista, porém tão real e plausível. O livro é excepcional, embora exija uma atenção especial aos detalhes devido à sua lentidão. Em 2009, foi adaptado para o cinema, com o talentoso ator Viggo Mortensen (Senhor dos Anéis) no papel principal. A adaptação se mantém fiel ao livro, oferecendo uma experiência repleta de simbolismo, embora eu tenha observado uma redução nas referências ao canibalismo presente na obra original.

A editora de quadrinhos Pipoca & Nanquim já anunciou que também lançará uma adaptação em quadrinhos por Manu Larcenet (prestigiado por sua também adaptação para os quadrinhos “O Relatório de Brodeck” lançado no Brasil pela editora PN em 2018). Agora teremos mais uma opção de experimentar essa desesperança gélida e canibalista.

site: https://espacols.com.br/livro/a-estrada/
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Bird 03/03/2024

Um mundo esquecido por Deus...
Minha segunda empreitada em um livro do Cormac McCarthy e devo admitir que me pegou de surpresa. Este livro possui um plot bem simples e direto. Um pai e um filho devem atravessar o país em um cenário pós apocalíptico. É literalmente uma sequência de eventos de sobrevivência em um mundo esquecido por Deus. Infelizmente pra mim isso acabou me decepcionando de certa forma. O livro teve poucas surpresas nesse sentido, apenas a mesma repetição de elementos, tornando o ato da leitura em si um pouco maçante.

Mesmo a leitura sendo penosa, eu me peguei refletindo muito sobre alguns elementos do livro. Alguns eventos ficaram presos em minha mente, principalmente a cena do bebê (que vou me poupar de escrever sobre, aqui). A narrativa e prosa do McCarthy é poética e encanta pela sutileza. As partes mais perturbadoras do livros são apenas sugeridas pelo autor, mas mesmo assim ficam presas em nossa mente. E acima de tudo, o que mais me prendeu neste livro foi a relação entre o homem e seu filho.

Não existe esperança neste mundo. O que resta é apenas um universo predatório análogo ao inferno. Este cenário apocalíptico é a representação da depressão e a cura pra isso é o sentimento mais puro possível, o amor de um pai por um filho. A única coisa que os mantém de pé seguindo pela estrada é um ao outro. A frase que mais me pegou neste livro foi "(...) e cada qual era o mundo inteiro do outro.", ela resume o aspecto mais importante da obra. Mesmo no pior dos males, o amor de um pai por seu filho persiste, e é capaz de mover o mundo.

Uma obra impactante que infelizmente se tornou penosa durante a leitura, mas que se mostrou envolvente na construção dos personagens e nas relações humanas.
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m_mesquita 03/03/2024

Recomendo o filme ...
Quando um filme é melhor que o livro, tem algo errado no livro.
O tema é interessante, mas se arrasta demais. Algumas poucas cenas são significativas e suficientes pra mostrar a relação de medo e afeto que unia os personagens. E quase todas as cenas foram devidamente captadas pelo filme de Hillcoat de 2009.
Recomendo o filme.
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Vicky.Schneider 28/02/2024

Não sei explicar, mas eu esperava mais. É uma história interessante e talz, mas não entendi pq ganhou o prêmio Pulitzer.
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Natalia 18/02/2024

Decepção
Devo ter lido errado. Não consegui entender o pq de tantas avaliações positivas.
Não acontece nada. Sério.
O livro inteiro é uma descrição de pai e filho vagando pelo mundo: caminham, encontrando comida e um lugar pra dormir- e entre esses momentos, longas descrições repetidas do local pós apocalíptico destruído.
É isso.
Se quiser ler, boa sorte!
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RenanSantana1 18/02/2024

Não prometeu nada e entregou o que prometeu
A estrada é uma narrativa linear do início ao fim. O texto é bem escrito e, apesar de não ter muita ação, desperta a curiosidade do leitor. Embora me agrade este tipo de escrita, não funcionou para mim.
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Mona 09/02/2024

Crê em Deus, pai, que livro triste
Ótima leitura, com inúmeras camadas e interpretações menos ou mais metafóricas. Mas, chegue avisado ao livro: triste, triste até dizer chega.

Em especial, para quem já é pai ou mãe.
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BJekyll0 07/02/2024

Cada um o mundo inteiro do outro
Feche os olhos. Você será capaz de enxergar a pintura.
Que livro excepcional! A ambientação é pós-apocalíptica, a história de um pai e um filho contra o mundo, atrás do mundo.
Não posso entrar em detalhes para não dar spoiler mas é exatamente o que se espera do fim do mundo, do fim das espécies. Quando só resta o cinza das coisas. Eis que um pai luta para sobreviver com um filho e o leitor entra em uma jornada única e reflexiva.
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Najara 27/01/2024

"Se apenas meu coração fosse de pedra..."
Vencedor do prêmio Pulitzter de literatura em 2007

Nesse livro, num contexto pós apocalíptico, nós não sabemos o que houve com o mundo e nem para onde os sobreviventes (se é que podemos chamar assim) estão indo, mas a história não é sobre isso, não é sobre os fatos e sim, sobre o que resta de humanidade em cada alma restante por ali. A maior parte da narrativa envolve diálogos entre o pai e filho, ambos sem nomes pois nada sobrou para eles, e assim vamos observar a discrepância entre um homem desesperado para garantir que seu filho sobreviva, sendo capaz de roubar e matar se preciso, e um menino ainda não corrompido pela desumanidade, mas que essa inocência pode ser sua perdição.

Livro sofrido, reflexivo. O que é viver ou sobreviver, de fato? Qual é o limite que podemos alcançar para garantir nossa sobrevivência? A partir do momento que matamos, continuamos vivos ou parte de nós também morre?
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