A bagagem do viajante

A bagagem do viajante José Saramago




Resenhas - A Bagagem do Viajante


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Odivany 10/04/2024

José Saramago
Em um livro de pequenas histórias feitas provavelmente para jornal na década de 70, José Saramago conta pequenas histórias onde de alguma forma teve uma participação.
Histórias reais, mas dessa vez achei as histórias muito datadas e que não prendiam o leitor.
Desta vez nao gostei.
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Gabyfranhan 20/01/2024

Saramago, amor eterno?
Eu sou muito suspeita para falar deste autor, que é meu favorito, mas este livro me trouxe umas memoráveis lembranças de minha infância. Curiosamente, este livro é de crônicas, que acredito ser histórias dele mesmo, e achei muito graciosa a leitura. Recomendo!
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milton_rocha 07/09/2023

Roupagem diferente em Saramago
Este livro mostra uma roupagem diferente da construção literária de Saramago. Nessas aventuras por diversas crônicas, Saramago consegue apresentar suas opiniões sobre viagens, consumo de vinho e de comida, construção do Eu na vida, peso do que importa e pelo que se vale a pena viver e, também, críticas ácidas e elegantíssimas ao que vivemos enquanto sociedade, demonstrando possíveis caminhos mais plausíveis através de crônicas sucintas.

É um modelo diferente que recomendo ao leitor de Saramago que já tenha passado por outras obras, visto que aqui encontrará o autor em forma mais simples e basicamente brincará com ele, conversará com ele aos poucos e entenderá quais são as opiniões desse gênio sobre os mais diversos temas da nossa existência.
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"Aonde você vai Sam?" 13/05/2022

Antes do Convento, do Evangelho e da Cegueira...
A literatura, claro está, há que começar de algum modo. Aparentemente aos escritores debutantes a crônica serve bem.

Não seria diferente com esse gigante, que então ainda não era gigante, mas já era o cínico irreverente que viemos a conhecer depois.

Conhecer e amar.

Este livro não é para fãs, é para fiéis.
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Veri 31/10/2021

Crônicas do começo dos anos 70
O segundo da minha saga do Saramago, a Bagagem do Viajante é uma coleção de crônicas escritas para jornais entre 1969 e 1972.

Gostei, mas não amei. Acho que tem a ver com três fatos: o primeiro que é difícil ler um livro de crônicas numa tacada só. Os textos são curtos e não engajam em uma leitura fluída, contínua.

O segundo é que eles foram escritos com outro propósito, em outro contexto, no caderno de um jornal. Perdi muitas referências, provavelmente coisas que todo mundo conhecia na época, e acho que isso de certa forma prejudica a leitura.

E por último é um texto que acaba expondo muito o autor como pessoa, e em alguns momentos me decepcionei: o cinismo e a ironia que eu tanto amo nele se apresentaram mais como mesquinharia. Mas isso aconteceu em duas passagens pontuais, eu virei a página rápido e fingi que não li kkk.
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Julio.Argibay 27/01/2021

Crônicas
A bagagem do viajante,

 

Essa obra de Saramago, autor de O evangelho segundo Jesus Cristo, se caracteriza por nos apresentar diversas crônicos do escritor. Algumas exigem uma certa atenção para compreensão do texto. Nesses curtos relatos do cotidiano são abordados diversos assuntos. São coisas simples do dia a da. Dentre eles vou citar alguns temas: a genealogia da família dele, algumas sensações, muitas recordações e fatos ocorridos na infância, o espírito de Lisboa, a lembrança dos doces quando era criança, a figura da mãe, a poesia do canto dos pássaros e da natureza, suas idas ao café, as viagens a algumas cidades históricas da Itália, dentre outras crónicas.
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Nalu 18/12/2020

Para fãs
Para os fãs de José Saramago, a leitura de A bagagem do viajante vai cair bem, mas não é o melhor livro para se conhecer o autor.
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Everton Vidal 17/09/2020

Segundo livro de crônicas de Saramago, publicado em 1973, composto por textos escritos para jornais entre 1969 e 1972. Muita coisa do que o autor vai desenvolver nos seus romances já está presente de alguma maneira em suas crônicas, sobretudo na questão temática (alguns textos te transportam imediatamente a um livro, como é o caso de "E agora, José?" que te leva ao romance "Todos os Nomes").

Enfim, são 59 crônicas, é um livro para ler sem pressa, refletindo em cada bocado.
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Claudia 05/06/2020

Livro de Crônicas
Como sempre Saramago é uma leitura fluida. São crônicas curtas da época em que escrevia crônicas para um jornal. Muito leve e agradável.
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Ernani.Maciel 13/06/2019

Do profundo ao trivial.
Saboreei aos poucos, li uma crônica por dia. Saramago abordou vários temas daquele seu jeito peculiar ao utilizar-se de sua sagacidade.
Aqui, expõe seus pensamentos mais profundos por meio de metáforas, aborda temas triviais e discute/critica reportagens que se destacaram no período em que as crônicas foram escritas.
Ler todas as suas obras tornou-se uma obsessão para mim, é certo que lerei todas ainda que paulatinamente.

Boa leitura!
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Ricardo 25/02/2012

Um livro ruim do Saramago é melhor que muiti livro "bom" por aí. Livro de crônicas, não me pegou de paixão como seus outros livros
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Raquel Lima 24/01/2012

Adorável!
Este livro é uma coletânea de crônicas do Saramago publicada em um Jornal Português. É muito bom, "ouvi-lo" por vários dias ... Engraçado, irônico...inteligente...
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Duanne 06/11/2009

Citações
Não é resenha, são trechos do livro.

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"O empregado estende-me o pires com a conta hipocritamente dobrada. Por que será que se dobram as contas? Por que será que falsificamos tudo? Hã? Ah, as onomatopéias. Pago e levanto-me, deixo umas moedas adicionais, também hipócritas, passo ao lado das mulheres, três parcas maléficas, três vezes três vezes três, noves fora, coisa nenhuma. Por que dobram as contas? Por que dobram? Por que se dobram as pessoas? Por que se dobram? Porquê?"

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"E mostrou. As unhas, amarelas, encurvavam-se para baixo, contornavam a cabeça dos dedos e prolongavam-se para dentro, como biqueiras ou dedais córneos. O espectáculo metia nojo, revolvia o estômago. E quando perguntaram a este homem adulto por que não cortava ele as unhas, que o mal era só esse, respondeu: 'Não sabia que era preciso'.

As unhas foram cortadas. Cortadas a alicate. Entre elas e cascos de animais a diferença não era grande. No fim de contas (pois não é verdade?), é preciso muito trabalho para manter as diferenças todas, para alargá-las aos poucos, a ver se a gente atinge enfim a humanidade.

Mas de repente acontece uma coisa destas, e vemo-nos diante de um nosso semelhante que não sabe que é preciso defendermo-nos todos os dias da degradação. E neste momento não é em unhas que estou a pensar."

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"Demasiado esquecemos que os homens são de carne facilmente sofredora. Desde a infância que os educadores nos falam de mártires, dão-nos exemplos de civismo e moral à custa deles, mas não dizem quanto foi doloroso o martírio, a tortura. Tudo fica no abstracto, filtrado, como se olhássemos a cena, em Roma, através de grossas paredes de vidro que abafassem os sons, e as imagens perdessem a violência do gesto por obra, graça e virtude da refracção. E então podemos dizer, tranquilamente, uns aos outros, que Giordano Bruno foi queimado. Se gritou, não ouvimos. E se não ouvimos, onde está a dor?
Mas gritou, meus amigos. E continua a gritar."

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"A história que eu decidira contar e que o título resume, levou muito mais tempo. Foram doze dias e doze noites nuns montes da Galiza, com frio, e chuva, e gelo, e lama, e pedras como navalhas, e mato como unhas, e breves intervalos de descanso, e mais combates e investidas, e uivos, e mugidos. É a história de uma vaca que se perdeu nos campos com a sua cria de leite, e se viu rodeada de lobos durante doze dias e doze noites, e foi obrigada a defender-se e a defender o filho. Poderemos imaginar esta longuíssima batalha, esta agonia de viver no limiar da morte, de ter de lutar por si mesma e por um animalzinho débil que não sabe ainda valer-se? Um círculo de dentes, de goelas abertas, as arremetidas bruscas, as cornadas que não podem falhar. E também aqueles momentos em que o vitelo procurava as tetas da mãe, e sugava lentamente, enquanto os lobos se aproximavam, de espinhaço raso e orelhas aguçadas.

Não imaginemos mais, que não podemos. Digamos agora que ao fim dos doze dias a vaca foi encontrada e salva, mais o vitelo, e levados em glória para a aldeia, como heróis atrasados daquelas antigas histórias que se diziam ás crianças para que aprendessem lições de coragem e sacrifício. Mas este conto é de tal maneira exemplar, que não acaba aqui: vai continuar por mais dois dias, ao fim dos quais, porque se tornara brava, porque aprendera a defender-se, porque ninguém podia já dominá-la ou sequer aproximar-se dela, a vaca foi morta. Mataram-na, não os lobos que em doze dias vencera, mas os mesmos homens que a haviam salvo, talvez o próprio dono, incapaz de perceber que, tendo aprendido a lutar, aquele inconformado e pacífico animal não poderia parar nunca mais."

(trechos das crônicas, na ordem: "As Personagens Erradas", "Não sabia que era preciso", "Os Gritos de Giordano Bruno" e "Apólogo da Vaca Lutadora". Mais aqui: http://bit.ly/1Hsu2I)
SLIK2 06/08/2010minha estante
Muito bom, simplesmente, muito bom!!




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