Dana Silva 07/02/2017
Laço Eterno Luz
Primeiro eu gostaria de dizer que esse livro foi muito especial pra mim porque eu fui beta reader dele. Inclusive essa sinopse maravilhosa (haha!) fui eu quem escreveu. 💕😍 Sim, minha sinopse! la la la!
Pude acompanhar o nascimento e desenvolvimento da história, da capa, dei meus pitacos na história, em algo que poderia melhorar, etc. Isso é muito legal e gratificante e por isso eu agradeço à Renata Melo por ter me proporcionado essa experiência incrível. Quando recebi o exemplar finalizado em casa, com a sinopse que eu escrevi, os agradecimentos (aaaa! emocionante), etc, foi muito empolgante!
Bem, como vocês já sabem, por essa sinopse MARAVILHOSA, a Bruna é uma enóloga, para quem não sabe o que é isso, Enologia é a ciência que estuda tudo o que está relacionado com a produção e conservação de vinho, desde o plantio, escolha do solo, vindima, produção, envelhecimento, engarrafamento e venda.* A moça aceita uma oferta de emprego no Brasil em busca de recomeçar após sobreviver a um trágico acidente que vitimou fatalmente uma pessoa muito importante para ela. Bruna nunca conseguiu superar o acontecido e isso faz com que ela tenha sonhos horríveis onde uma mesma cena se repete sempre.
Logo que chega ao aeroporto, é recepcionada por Joaquim, primo do dono da vinícola em que Bruna irá trabalhar. Ele recebeu a incumbência de transportá-la em segurança até a casa de seu primo, para que ela possa conhecer o futuro patrão. Joaquim é um rapaz sereno, muito inteligente, desenrolado e fofo! Assim que ele aparece no final de Laço Eterno, eu soube que iria amá-lo, não tem como o leitor não gostar dele, ele é o carisma em pessoa. Joaquim tem um dom peculiar, ele consegue saber o que se passa com as pessoas com um simples toque.
Bom, daí vocês já podem imaginar que um romance vai nascer entre eles. Certo, isso não é nenhuma novidade e nem spoiler, é o óbvio. O que vocês não sabem é como as experiências de vida e bagagem emocional dos personagens vai impactar na construção e amadurecimento desse sentimento. Bruna, apesar de gostar de Joaquim, não consegue se entregar de corpo e alma a esse amor e é muito "travada", mas ao passar das páginas você consegue ver como essa menina é especial e como ela é uma lutadora. Joaquim vai tentar quebrar esse bloqueio de Bruna e já alerto ao leitor que não vai ser nada fácil e que muitos percalços esse casal vai ter que enfrentar.
Sobre a história, diferente do primeiro livro (Laço Eterno) - onde se conheceram como Alan e Grenda - agora Bruna e Joaquim se reencontram nesta vida, bem mais evoluídos do que no passado, onde eram um casal imediatista, intenso e de certa forma inconsequente. Agora os dois estão mais maduros, conseguem se colocar no lugar um do outro e conversar para tentar resolver os problemas. E acima de tudo, aprendem que nem tudo vai sair como planejaram, mas aprendem a confiar na força do sentimento e entender que nem todos os finais felizes são iguais.
Não quero contar muito sobre o enredo porque pode ser muito spoiler, o que vocês precisam saber antes de ler já está nesta sinopse genial! (Ok, já chega, sei que vocês já entenderam hahaha). Vou falar um pouco sobre a construção da história. Renata fez mesmo uma pesquisa bem legal sobre vinhos, o processo de plantio da uva, tempo de envelhecimento e inclusive ela cita uma passagem onde os turistas poderão fazer eles próprios a colheita de uma safra, e ela explica passo a passo como o processo se dá. Achei muito bacana, pois além de agregar conhecimento ao leitor, desperta neste a vontade de realizar aquela atividade.
Ao mesmo passo que ela faz uma ótima pesquisa sobre os vinhos, deixa um pouco a desejar nos momentos em que os personagens vão tomar vinhos nos restaurantes, na maioria das vezes ela só diz: "E fulano olhou para o cardápio, apontou o vinho... e o garçom fala: excelente escolha senhor..." eu acho que ela poderia ter aproveitado a pesquisa para dar aos leitores várias dicas de vinhos, podendo até citar suas características em algum diálogo, acho que seria uma forma interessante de introduzir um pouco de seu conhecimento sobre a bebida, ao leitor.
Uma coisa que me incomodou muito na leitura do primeiro livro foram as descrições exageradas sobre como os personagens estavam vestidos. Neste volume isso ainda acontece, embora menos do que no primeiro, mas ainda acontece. Eu vou conseguir fazer a Renata desapegar dessa mania, tenho fé! hahaha Não que não seja legal saber o que eles estão vestindo, em alguns momentos é muito legal, mas em ocasiões especiais. Às vezes ela quebrava o clima de um trecho ou diálogo para descrever as vestimentas, aí era meio chato. Mas sim, está bem menos que no primeiro livro.
Ainda sobre as descrições, algumas descrições de cenas são praticamente iguais às do primeiro livro. Não lembro se comentei sobre isso com a Renata, mas me deu a impressão de ser proposital, para deixar claro que eles são o mesmo casal do primeiro livro, porém em vidas diferentes, e passando por situações parecidas. Se não foi proposital, foi um tiro certeiro, porque quem leu o primeiro certamente irá lembrar. Já no tocante às descrições de locais, a autora é impecável, pois ela descreve tão bem o ambiente que é possível você se imaginar no lugar, é muito legal!
"Foram a um charmoso e aconchegante restaurante de estrutura e paredes em pedra e com molduras de madeira, pintadas de vermelho, na grande porta de entrada e nas várias janelas. Com mesas ao ar livre e mesas no interior. No interior um ambiente rustico, iluminação em lamparinas, decoração regional destacando cuias de chimarrão, bebida típica do gaúcho, e teto com grandes vigas em madeira. A comida era tradicional da região, com saladas, massas, galeto, polenta e outros quitutes."
Este livro é bem mais emocionante que o primeiro, há cenas muito fortes e que são capazes de fazer o leitor derramar algumas lágrimas, e há cenas em que o coração da gente se enche de amor e esperança. Quero muito que quem tiver a oportunidade de ler, leia, pois é um romance mais maduro e reflexivo, onde os personagens não estão preocupados somente consigo e com o agora, onde eles se perdoam e vislumbram mais uma etapa na evolução de seus espíritos. E a recomendação é para quem gosta de romances contemporâneos e apaixonantes. A escrita da Renata, como já citei na resenha anterior, é fluída e você consegue terminar a leitura em um dia ou dois. A autora conseguiu atingir o seu objetivo, que era de transmitir aos leitores a mensagem de esperança e perdão que os personagens almejam e nos proporciona vários momentos de reflexão e mais importante, autoavaliação.
Sobre a edição física, mantém o mesmo padrão de capa, papel e diagramação do primeiro. Não conseguirei falar da revisão do livro pois eu li em versão digital, ainda não revisada, mas a autora me garantiu que ele passou por várias revisões antes de chegar às prateleiras. Oba! Nada como um livro bem revisado para a leitura fluir ainda mais, não é?! Eu sou bem chata no quesito revisão, nossa, eu presto atenção em tudo! HaHaHa
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