AnaLú 11/08/2014
Resenha O Arcano Nove - Vol 02 da A Mediadora. [Livre de Spoilers]. Requer leitura do volume 01.
CABOT, Meg. A Mediadora: O Arcano Nove. Volume 02. Rio de Janeiro: Galera Record, 2011.
O Arcano Nove é o segundo livro da série A Mediadora da autora Meg Cabot, onde continuamos a acompanhar as aventuras de Suzannah e a sua luta para manter a vida que conquistou em tão pouco tempo na Califórnia, enquanto esconde fantasma em seu quarto, tentado realizar o seu trabalho de mediadora.
O livro mantém a mesma estrutura do anterior, é narrado em primeira pessoa, pela própria Suze (a mediadora) com capítulos curtos e linguagem simples, facilitando a agilidade da leitura. Meg Cabot apesar de realizar algumas descrições em sua narrativa, não as faz de forma enfadonha, tornando o texto agradável enquanto acompanhamos Suzannah em seu trabalho como mediadora.
Nesse segundo volume, encontramos uma Suze menos durona, que está, milagrosamente, estabelecida como popular na Escola da Missão, recebendo convites para festas. Coisas que não aconteciam na sua vida anterior em Nova York. Contudo, como vida de adolescente em fase de adequação de cidade não é fácil, ao ser convidada para a badala festa, da piscina, de Kelly, Suze se veste ao estilo praiano, cometendo uma gafe social, pois ao que tudo indica, festa da piscina na Califórnia significa festa ao redor da piscina sem o uso da mesma, coisa que ninguém se deu ao trabalho de informar a Suze.
Entre mortos e feridos, todos se salvam, pois a gaze social que a deixou desconfortável, na verdade serviu de motivo para que o garoto mais gato do vale, depois de Bryce, a chamasse para dançar, deixando Kelly nervosa e um fantasma enfurecido. E, como fofoca de festa nunca é pouca, Suze descobre que o seu meio-irmão Dunga, que estava de castigo, estava na festa muito bem acompanhando, ao mesmo tempo que descobre o sumagre venenoso...
Se só fosse o sumagre venenoso, o que Suzannah teria que enfrentar estava ótimo, porém vida de mediador não é fácil não, e o Padre Dominic resolve esclarecer a função de mediador, ao passo que consegue da nossa protagonista uma promessa, de que a mesma iria ser mais gentil com as almas perdidas. Para a surpresa de Jesse, o fantasma com quem ela divide o quarto.
Em pouco tempo, Suze se viu obrigada a aplicar as técnicas do Padre Dom, afinal fantasma não dá férias. O que ela não havia percebido, até então, era que este fantasma a iria trazer alegrias, revelações e caos. Fazendo com que Suzannah abaixe um pouco a sua guarda e aceite a ajuda dos amigos vivos e mortos.
Apesar de Meg Cabot possuir uma grande capacidade para criar histórias intrigantes e bons diálogos, continuo com a opinião, que suas introduções poderiam ser melhores. Somente com o desenrolar do enredo, logos nas primeiras páginas, o leitor é capaz de se situar. Já, os personagens continuam carentes de descrição física o que torna difícil a visualização dos mesmos, pelo leitor.
A história de Suzannah é fascinante, a destacando-a das demais, sem pretensão de ser terror e sim uma história de aventura, suspense e romance. É uma ótima pedida, para aqueles que como eu, amam esse gênero.
Meg Cabot é uma autora americana de livros de romances de amor de paranormalidade para adolescentes e adultos. Trabalhou como ilustradora e usou o pseudônimo Jenny Carroll, para escrever a série A Mediadora.