Shirlei.Satiro 16/08/2013A dor da viúvaEdição lida: Editora Record, 1ª edição (2005)
Eu sempre falo que eu gosto mais da Zélia do que do Jorge Amado... Acredito que li Jorge Amado em um momento no qual não deveria ter lido nada dele, muito imatura (acredito eu) para ler o Jorge e, depois, nunca mais tive coragem para voltar a ele.
Já esta na hora, né?
Bom a questão é: Não gostei deste livro como gostei de outros de Zélia Gattai, este é um livro de uma viúva!
Assim como "Anarquistas, Graças a Deus" é um livro de memórias, mas diferente de "Anarquistas" que falava sobre a infância de Zélia, este livro fala sobre o processo de adoecimento e morte de Jorge Amado. Você percebe em todas as páginas uma mulher que amava e, ainda (durante a escrita), ama muito um homem com quem ela passou quase toda a sua vida. E que, ao passar pela perda desse homem, ela precisa, de alguma maneira, expurgar seus sentimentos com relação a isso.
Nunca li nenhum livro com essa "temática", então não posso comparar com nada conhecido. Posso comparar com "Anarquistas" e, digo que Zélia parecia muito mais alegre quando escreveu o primeiro livro.
Aqui, Zélia esta triste, melancólica e com raiva. Raiva dessas doenças que vão atacando seu amor, raiva da imobilidade de Jorge Amado perante as doenças que o atacam. E passa estes sentimentos ao leitor.
É um livro rápido, Graças à Deusa!, se ele fosse mais longo talvez eu entrasse em depressão...
Espero, do fundo do meu coração, que Zélia tenha conseguido superar todos esses sentimentos que ela expressa no livro.
Que ela tenha conseguido passar por todas as outras fases do luto e aceitado a morte como um fato da vida.
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http://leiturarosa.blogspot.com/2013/08/a-dor-da-viuva.html