Ratinha da Biblioteca 21/04/2024
#52semanasliterarias e #DLL24
Nesse livro, continuação do livro A Verdade sobre o Caso Harry Quebert, que eu não li, vamos conhecer a família do autor Marcus Goldman, principalmente sobre seus primos Hillel e Wood, e seus tios de Baltimore.
Algo acontece, algo que Marcus classifica como "O Dia do Drama" e levamos todo o livro para descobrir o que acontece nesse dia. Enquanto isso, a história entrelaça o passado, revelando os acontecimentos que levariam ao Dia do Drama e o presente, com Marcus refletindo sobre os dias de glória da família e escrevendo a história dela. Ao longo do livro, mergulhamos nas complexidades dos relacionamentos familiares, nas rivalidades entre irmãos e primos, e nas decisões que moldam o destino de cada personagem.
Joël intercala muito bem e apresenta os personagens de forma a nos deixar intrigados sobre o que aconteceu, mas confesso que em alguns momentos eu fiquei entediada e não acho que precisava daquilo tudo de páginas para contar a história.
Gostei da forma como a perspectiva vai mudando conforme Marcus, o narrador da história, vai crescendo. No início ele era deslumbrado com a riqueza e postura dos tios, mas conforme foi crescendo, via nuances e rachaduras naquela imagem, até descobrir toda a verdade sobre a família e como chegaram ao patamar de vida que tinham.
Um livro bem escrito, mas que poderia ser menor e mais sucinto, com nuances familiares e muita coisa para refletir. Gostei da experiência, mas não sei se repetirei lendo outro livro do autor, sai dessa história me sentindo cansada.
Quotes:
"Ninguém mais se surpreendia ao ver um estranho comboio com três meninos, sendo que um deles, franzino e pálido, porém transbordando alegria, acomodava-se dentro de um carrinho de mão."
"Só temos uma vida, Alexandra! Uma vidinha de nada! [...] Sonhe, sonhe alto! Só os maiores sonhos sobrevivem. Os outros são apagados pela chuva e levados pelo vento."
"Quanto ao culpado, se existir um, do caos de nossas vidas, somos apenas nós, Marcus. Apenas nós. Cada um é responsável pela própria vida. Somos responsáveis pelo que nos tornamos."