O Último dos Guardiões

O Último dos Guardiões João Paulo




Resenhas -


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Renato.Vasconcellos 26/02/2018

Um avanço em todos os sentidos
No segundo livro que narra a história do último guardião podemos ver um avanço significativo da técnica literária do escritor. A continuação, apesar de apresentar uma história pregressa, é muito melhor amarrada. A leitura é muito mais agradável e divertida. Aqui todos os personagem coadjuvantes são mais delineados e possuem um espaço maior na trama. Nosso protagonista também ganha uma nossa dimensão de desenvolvimento. João Paulo nesse livro demonstra a capacidade de despontar como um dos melhores escritores de literatura fantástica do Brasil.
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Paulo 20/11/2017

Assim como um navegante, um escritor é uma pessoa tentando encontrar o seu rumo, a corrente perfeita para que possa alcançar o seu destino em segurança. Mas, nem sempre esse trajeto é dos mais fáceis: é preciso levar em conta os ventos, a existência ou não de recifes ou de bancos de areia e uma tripulação adequada para fazer o percurso. Dominar as bases da navegação pode ser a diferença entre uma viagem bem-sucedida ou um naufrágio. Um marinheiro que sabe direcionar bem o leme, aprumar as velas ou controlar o barco é alguém preparado mesmo para as piores condições. Eu entendo a escrita criativa dessa forma: como as bases fundamentais para um bom livro. Com todas as qualidades deste segundo volume de O Último dos Guardiões, eu fiquei preocupado com algumas coisas que eu vi na leitura. Entretanto, me parece que o autor encontrou exatamente o lugar no qual ele deseja escrever suas histórias, o destino final de suas viagens. E isso me fez respirar um pouco aliviado quando eu fechei o livro.

A narrativa é criada como se realmente fosse um diário de guerra apresentando os feitos dos Oito no intenso combate entre humanos e demônios. Ou seja, a narrativa é em terceira pessoa apesar de o foco estar ainda em Galaniel. O que eu gostei foi que o autor conseguiu se espraiar mais e se permitir algumas experiências. No terço final do livro, ele cria uma sequência de capítulos em que uma série de acontecimentos é vista por cada um dos personagens dos Oito, exceto Galaniel. Isso permite com que nós visualizemos mais o que cada um dos personagens pensa e como se relacionam entre si. Vou falar mais dos personagens que é um dos pontos altos deste livro mais a seguir. Novamente temos um livro bem revisado, ou seja, redondinho e não vai apresentar qualquer problema nesse sentido para o leitor. Os capítulos são bem espaçados tendo entre oito e doze páginas cada um, não sendo cansativos. Como eu já estava acostumado com a escrita do João Paulo, não encontrei dificuldades e tenho certeza que eu poderia ter finalizado a leitura em menos dias.

Uma das minhas preocupações em relação à escrita são os diálogos. Tenho buscado estudar um pouco de escrita criativa nos últimos tempos, e um dos livros que me chamou a atenção aqui foi o de Francine Prose. Ela destaca a importância dos diálogos e como eles contribuem para o dinamismo ou para a lentidão de uma história (para os interessados, é o capítulo sete do livro Para Ler como um Escritor). E uma das coisas que ela destaca é a necessidade de que não não existam diálogos em demasia. Muitos diálogos atrapalham a fluência da história. Mas, se temos um livro em que os personagens conversam uns com os outros, como solucionar? Utilizando de aspectos mais gestuais ou do discurso indireto. Aí fica por conta do autor encontrar a melhor solução dentro da maleta de ferramentas dele. Outra coisa que ajuda a tornar os diálogos mais fluidos é eliminar o uso de expressões "disse fulano", "exclamou ciclano", "respondeu beltrano". Quanto mais recorremos a usar essas expressões, mais incorremos em aliterações (repetições de palavras). Para reduzir as aliterações, a melhor solução é fazer com que o leitor seja capaz de reconhecer o personagem apenas pela sua fala. Onde a fala é tão característica de um personagem, que não há necessidade de citar que algo foi dito por alguém. E eu estranhei o autor precisar usar expressões de referência de fala já que a construção dos personagens estava excelente. E no caso de haver muitos personagens falando na mesma cena? Mesma coisa. É preciso trabalhar a escrita para não ser necessário usar isso... não tenho a solução ideal porque aí eu estaria entrando na seara de escrever o livro incorporando o autor, o que eu não sou capaz.

A construção de personagens nesse segundo volume está ótima. O autor estabeleceu que ele precisava contar a história dos Oito antes de seguir com a história adiante. E ele fez isso muito bem. Apesar do foco estar em Galaniel, pudemos conhecer um pouco mais de Inara, Rion, Pelokir, Codaíno, Meneol, Hrothgar e um pouquinho do Relfer no final. Essa é uma história com várias associações ao estilo de fantasia militar e isso fica bem claro desde o primeiro minuto. Por exemplo, o tema principal da história é o espírito de corpo entre os Oito. A guerra é tão longa e árdua que eles acabam desenvolvendo um grau profundo de irmandade. Mesmo com suas diferenças de origem e ideias, eles se tornam um só. O autor percebeu nos Oito a mina de ouro de sua história e investiu bem ali. E foi bem sucedido.

Gostei de ter visto mais da Inara nesse volume. A gente conseguiu ver um pouco mais de sua personalidade e sua relação com Galaniel. Ela não é só "a irmã do Galaniel", ela é uma pessoa com uma personalidade forte e decidida, que tem seus momentos de fragilidade frente à pessoa que ama. O autor aprofundou um pouco a raiva e o ressentimento de Meneol pelo protagonista mostrando aonde isso se intensificou. Na verdade, eu sempre achei que o Meneol tinha aprontado mais, mas só de ver os pequenos comentários e gestuais do personagem, o leitor percebia que isso acabaria acarretando problemas futuros. Quanto ao Pelokir, ele daria um excelente personagem para um spin-off. Os estudos e pesquisas dele das línguas antigas permitem gerar ótimas ideias. Os capítulos individuais de cada um foi uma ótima sacada e mostra que o autor está buscando trabalhar em outras habilidades de construção e desenvolvimento de personagens.

Como um prequel havia a necessidade de se preocupar com o bom equilíbrio da história e explicar algumas coisas que aconteceram no primeiro volume, sem dar muitas informações que possam atrapalhar o terceiro. Achei uma tarefa árdua, mas João Paulo se saiu bem. Senti que ele poderia ter trabalhado mais a presença de Balkatar nos bastidores, mas okay, ele estava ali. O leitor mais atento vai perceber algumas leves pistas aqui e ali de coisas que aconteceram no primeiro volume e que são melhor explicadas aqui: a batalha campal em Saupor e o motivo por ela estar tão destroçada, o ataque a Yelbir, os pergaminhos retirados pelos demônios e outras coisinhas mais. Só aviso aos leitores para serem atentos e não lerem rapidamente ou correm o risco de perder algum detalhe.

Os apêndices ao final do livro dão uma riqueza toda especial ao livro. Mostram a preocupação que o autor teve em tornar o seu mundo especial. E ele utiliza isso muito bem ao longo da história citando os horários, as patentes e localidades específicas que estão bem explicadas caso o leitor deseje consultar ao final. Eu só acho que o autor criou uma sinuca de bico para ele mesmo. Porque se ele criou toda essa riqueza adicional, ele vai sempre precisar estar ligado para usar essas informações em todas as suas histórias. A falta de atenção não vai ser perdoada por um leitor mais cricri. Informação não pode ser apenas informação. Se eu crio um sistema que diz que o meu mundo tem um dia que dura 36 horas e 15 minutos isso precisa ser relevante o suficiente para interferir em sua tomada de decisões. Não pode ser apenas uma degustação para o leitor no começo ou no final da história. Por enquanto tudo tem corrido bem na história. Só chamei a atenção porque o próprio autor subiu a barra de dificuldade para ele mesmo. O que faz com que eu elogie ainda mais o trabalho dele! Ousado!

Para mim, o João Paulo se encontrou nesse livro. O negócio dele é fantasia militar. Percebemos rapidamente o quanto ele estudou táticas militares, composição de cerco, armas utilizadas. Tem um manancial de ideias geniais sobre combates nesse livro. Aliás, a história começa bem agitada. Somos jogados no meio de um combate que Galaniel está envolvido e precisa coordenar a sua tropa para se safar de uma situação de risco. Vemos também a importância da tomada de decisões e como estas interferem no desfecho de um combate. Mesmo as magias são usadas com bastante criatividade e critério e algumas das batalhas são incríveis. E vemos aqui todo tipo de combates: no mar, cercos, lutas na surdina, invasões, engodos. Até vou indicar um autor para o João: se você puder ler em inglês, leia o David Weber. É o mago da fantasia militar e é um cara ainda vivo e que produz muitos trabalhos. Diria até que estamos diante de um autor que pode revitalizar esse gênero aqui no Brasil. Esse segundo volume de O Último Guardião me fez ter certeza disso.

Porém, preciso chamar a atenção para o fato de que falta ainda uma boa construção de mundo. Entendo que o foco são os combates contra os demônios e a relação do grupo de personagens, mas é preciso trazer também à tona a sociedade do mundo, as relações econômicas, o que diferencia uma cidade da outra, qual é a religião praticada, se existem ou não diferenças sociais. A gente até vê lampejos disso na história, mas senti que ou faltou espaço ou o autor não conseguiu encaixar esses detalhes na trama. Por exemplo, fala-se muito em pedir a Deus, ou oras a Deus na história. Mas que Deus é esse? É o deus das nossas religiões monoteístas? É uma entidade superior? É um deus da cidade diante de um panteão de outros deuses? As cidades no livro parecem todas muito parecidas, salvo Kolpor que é onde o grosso da história se passa. O que faz das cidades diferentes? Yelbir é uma vila agrícola ou uma cidade comercial? Saupor usa mão-de-obra livre ou escrava? O que acontece com os prisioneiros nas masmorras em Kolpor? São detalhes como esse que acabam fazendo a diferença. Como a narrativa é um pouco mais direta e in-your-face a gente não consegue tirar tantas conclusões neste sentido e fica parecendo mais uma lacuna.

Diários de Guerra é um livro de fantasia com muita, mas muita ação. Mesmo eu tendo ficado preocupado com algumas coisas na escrita do João Paulo, preciso ressaltar a qualidade e individualidade daquilo que ele está fazendo. Vocês não fazem ideia de quanta pesquisa o autor deve ter feito para conseguir ser tão detalhistas em seus combates e momentos de ação. Fora que estamos nos referindo a um mundo de fantasia, então ele precisou adaptar táticas de guerra medievais com armas comuns para um lugar onde ouriços de energia e serpentes de fogo podem ser invocadas. Fora a temática militar profundamente enraizada na história e que a coloca em um estilo único de livro. Se você tem dúvidas se deve ou não continuar a acompanhar o trabalho do autor, nem pense muito: compre o livro e curta as aventuras de Galaniel e seus companheiros.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Bruno1041 13/08/2017

[Resenha] O Último dos Guardiões - Diário de Guerra
DIÁRIO DE GUERRA conta a história por completa da criação do grupo intitulado Os Oito. Todas as questões que ficaram em aberto envolvendo o passado dos personagens lá em INSURREIÇÃO são nessa obra apresentados com riqueza de detalhes. É possível finalmente definir quais deles você sente empatia e se está disposto a torcer por eles daqui para a frente.
É encantador ver um Galaniel mais novo e como esse protagonista cresceu a cada trauma sofrido.
Balkatar ainda não fez nenhum pacto como os humanos. Ou seja, vemos o quanto o demônio é diabólico ao criar carnificinas que despertam em nossos corações o lamento e tremendo ódio. O autor soube muito bem criar um vilão que não desperta empatia, que desperta somente asco e sede de vingança.
Fiquei bastante chocado com o significado dos Oito e o quanto tal aliança era forte no passado.
Adoro cenas de ação, mas senti que o autor exagerou ao retratar inúmeros combates com vitórias na maioria sendo dos humanos e tendo uma testemunha do mal para mostrar a Balkatar o fracasso da legião de demônios. Foi um jogo de gato e rato que me cansou, devo confessar.
Entretanto, foi animador ver o cuidado do João Paulo Silveira ao interligar os acontecimentos que antecedem o início da obra INSURREIÇÃO. Para um livro de origens DIÁRIO DE GUERRA cumpriu muito bem com o seu papel.
Ainda é um mistério a origem de Balkatar, mas uma parte do quebra-cabeça dos demônios foi revelada tendo a morte de um personagem querido como testemunha.
Sinto que o autor evoluiu bastante do primeiro livro para cá. Claro que tem alguns detalhes que ainda me incomodam, mas que isso vária na visão de cada leitor. É a minha opinião pessoal.
Só posso expressar o meu desejo para que o terceiro volume da série chegue logo e que Balkatar finalmente pereça de forma bastante cruel!
Recomendo a obra para todo aquele leitor que acredita na fantasia medieval nacional e que curte uma boa cena de luta contendo magia.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/07/resenha-o-ultimo-dos-guardioes-diario.html
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Carol 11/08/2017

Como tudo começou
Nesta continuação de O Último dos Guardiões, conhecemos a origem dos "Oito" e sofremos com mais algumas batalhas infernais. O autor sabe muito bem como desenvolver o enredo, não deixando o leitor parar enquanto não finaliza a batalha. Posso dizer que cada batalha me prendeu e surpreendeu.
A história dos "Oito", de como foram formados, suas perdas e vitórias, faz com que o livro dois valha muito a pena ser lido.
Magia, guerra e inimigos malditos não irão faltar para nosso heroi Galaniel.
Super recomendo a leitura dos dois volumes.
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Amante dos Livros 26/03/2017

Fantasia incrível!
Em O Último dos Guardiões - Diário de guerra, o João Paulo trás para nós leitores, os relatos do grande guerreiro e guardião, Galaniel, que nos leva a conhecer mais profundamente o Reino de Kor e todos os personagens que já tivemos oportunidade de conhecer no Livro 1, bem como outros que foram surgindo nas páginas do Diário de Guerra.
Para ler resenha do livro anterior é só clicar - O Último dos Guardiões - Livro 1 -
De início eu cheguei a pensar que alguns fatos poderiam se tornar repetitivos, já que a proposta do autor seria de apresentar nesse segundo livro, um diário de relatos do livro anterior... Ledo engano o meu... o João Paulo conseguiu abordar todos os detalhes, tornando-os novas histórias e em nenhum momento a leitura se torna repetitiva ou enfadonha.
As emoções, decepções, angustias, perdas, dores, os grandes amores e as alegrias a cada conquista, são extremamente marcantes e nos levam a adentrar nesse mundo tão bem criado pelo autor.

O início dos "8" - um grupo de jovens guerreiros, capazes de dar suas próprias vidas pelo seu povo.
As primeiras batalhas...
As primeiras perdas...
Os exércitos do Reino de Kor, contra as hordas de demônios do poderoso Balkatar.
Muitos morreram...
Sangue de guerreiros corajosos...
Fumaças fétidas dos demônios infernais...

"Escudos quebrados, garras decepadas, gritos de dor, urros de ódio, sangue, fumaça e poeira tomaram conta do campo de batalha." (Quote)

Eu confesso que já tinha me tornado fã da escrita do João Paulo ao ler o primeiro romance dele - O Último dos Guardiões - Livro 1- e após terminar a leitura do Diário de Guerra, só acrescentou ainda mais a minha admiração por esse dom incrível que ele tem de tornar ficção, história, fantasia e romance... em algo tão unificado e extremamente surpreendente.
E já estou ansiosa para ler o próximo - O João Paulo antecipou a informação de que o lançamento do livro 3, será em dezembro desse ano- .
A diagramação e revisão do livro são ótimas, não encontrei erros ortográficos, as páginas são amarelas.
O autor ainda se preocupou em acrescentar cinco apêndices, para ajudar o leitor a compreender melhor a história, que são eles...

Apêndice 1 - Patentes
Apêndice 2 - Escalão das Unidades Guerreiras
Apêndice 3 - Unidades de Medida de Tempo
Apêndice 4 - Cronologia
Apêndice 5 - Glossário

E no início do livro já podemos observar o mapa do Reino de Kor, o que eu considero um fato importantíssimo, pois nos ajuda a visualizar o lugar que estamos, durante a leitura.
Eu ganhei o meu mapa em tamanho A3, autografado pelo autor, e ficava sempre de olho nele enquanto lia o livro hahaha - Obrigada João, eu amei esse mimo -, e claro, pretendo emoldurar e colocar na parede.

Resenha completa com imagens no blog

site: http://amantedoslivrosmercia.blogspot.com.br/2017/03/o-ultimo-dos-guardioes-diario-de-guerra.html
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Alex.Godoi 08/02/2017

Todo leitor de fantasia deve ler
Na continuação da trilogia o último dos Guardiões, João Paulo oferece o leitor maiores detalhes sobre os personagens, como por exemplo, como se formou o grupo dos oitos e sua fama. No decorrer da aventura outros detalhes são revelados e a história, como a do primeiro livro é muito empolgante. Indico a todos os leitores de fantasia e amantes de RPG.

Aproveitando o ensejo, gostaria de fazer-lhe um convite para também conhecer minha obra literária fantástica "Os lendários heróis de Green Wood" volume 01 (Os guardiões do cálice de fogo).
Acesse:
https://www.skoob.com.br/livro/561286ED563010 ou www.portalgreenwood.blogspot.com

Saudações Literárias e boa leitura!


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Khrys Anjos 17/01/2017

Indo mais fundo na história e lapidando o talento do autor com ferro e fogo:
Neste segundo livro da série somos sugados por uma fenda e jogados no meio de uma guerra violentamente brutal.

O autor nos mostra através deste diário as histórias por trás da história do primeiro livro. Nos leva até o âmago da questão. Trás a tona a sua verdadeira essência.

Conhecemos melhor cada um dos personagens mencionados no livro 1 e os que ainda não tinham sido apresentados, como alguns familiares dos guerreiros.

O grupo inicial teve três baixas, o que abriu espaço para que novos amigos fossem convocados a se unirem a esquadra 23. Infelizmente mais uma baixa acontece e um último integrante é convidado a participar da formação dos 8.

A guerra em Kor já dura décadas e o surgimento deste grupo de elite obriga o demônio Balkatar a mudar os seus planos. As batalhas que ocorrem por todo o reino causam destruições de casas, fortes e cidades. Além de ceifar milhares de vidas humanas e eliminar quase a mesma quantidade de seres trevosos.

Este diário não é como o que nós estamos acostumados a escrever. Ele é como se tivesse sido escrito por um observador. Alguém que estava nas Sombras e na Luz lendo a alma de cada personagem e transmitindo suas impressões para o papel.

As emoções vividas com as perdas e os ganhos dos amigos e parentes. A trajetória militar de cada integrante do grupo de elite.

Acompanhamos todos os acontecimentos que desencadearam a história, mas sem ser algo repetitivo. Não é uma mesma trama contada sobre outro ângulo. É um conjunto das histórias que serviram para fundamentar não um grupo de guerreiros, mas um grupo de irmãos de coração.

Também mostra como o veneno do ciúme, do ódio e da inveja é capaz de levar um homem a se tornar um monstro. Quando a pessoa se deixa cegar e não admite os próprios erros joga a culpa no outro e transmite para ele toda a frustração que sente de si mesmo.

Em muitos casos ajudar uma pessoa pode ser interpretado por ela como uma agressão. A falta de humildade impede quem está sendo ajudado a ser grato e ele vê a outra pessoa como seu inimigo não declarado. Ao alimentar tais sentimentos negativos a alma da pessoa vai se tornando negra e a escuridão total logo a consome.

O Galaniel não conquistou a admiração da população por sua simpatia, mas por sua competência em ser um líder de verdade. E os homens e mulheres do exército tinham orgulho de ser comandados por ele devido a sua capacidade de unir um grupo e reconhecer que sozinho ele não é forte o suficiente.

E no meio desta guerra sangrenta um novo casal é formado mostrando que o amor não é uma escolha apenas nossa. O destino as vezes encontra formas de nos ensinar que mesmo diante da destruição algo puro pode surgir (pena que o desfecho foi terrível).

Uma personagem que roubou literalmente os holofotes para si foi a sogra do Gala. A senhora Kahundra. Adorei conhecê-la.

Algumas questões foram levantadas com a leitura deste diário: por que os 8 sobreviveram a batalha onde 9.992 homens e mulheres sucumbiram? O que o demônio Balkatar pretende fazer com os artefatos que vem buscando e encontrando no reino de Kor? O último dos Guardiões será realmente o Galaniel ou um novo irá nascer em meio ao caos da batalha?

Com o aprofundamento na história e podendo conhecer melhor os guerreiros acabei sendo seduzida pelo Rion. Espero que no próximo livro ele permaneça vivo e que aconteça um milagre para trazer de volta o meu outro guerreiro preferido.

Já tinha me tornado fã do João com a leitura do livro 1 e com este segundo volume da série minha admiração por ele só aumentou. A maneira como ele escreve é viciante (como é difícil largar o livro para ir dormir) e o que mais me encantou desta vez foi a capacidade dele em criar uma nova forma de narrar. Contar as histórias que serviram para dar o enredo da série com a retirada de todas as camadas até chegar ao centro de tudo foi incrível. Fiquei completamente extasiada e louca para ter logo o livro 3 nas minhas mãos. Minha ansiedade já chegou na estratosfera. Torcendo para que o milagre aconteça e que este demônio Balkatar receba exatamente aquilo que merece (com um pequeno acréscimo no seu débito para que a dor seja mais intensa).

Esta leitura é para quem tem um estômago forte. Nunca vi tantas partes humanas e demoníacas voando ou rolando pelo chão. Sangue jorrando e fumaça verde fedendo. Preparem o balde e as toalhas...

Se as pessoas reclamam de sentir dor ao serem tatuadas hoje em dia com toda a tecnologia que temos imagine como foi para estes guerreiros terem o 8 marcado a ferro e fogo no antebraço. Só quem possui Coragem e Honra correndo nas veias é capaz de entender este gesto.


Quem está querendo conhecer este reino criado com perfeição e destruído com mais perfeição ainda pelo João, deve fazer isso o mais rápido possível ou correrá o risco de ser levado como oferenda para os seres trevosos.


Recomendo este livro para quem quer aprender a escrever. O talento do João o qualifica como mestre na arte da escrita. Ele não escreve uma história. Ele narra uma obra prima da fantasia fantástica.

site: https://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2017/01/resenha-o-ultimo-dos-guardioes-diario.html
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