Alexandra.Helmer 28/05/2021Como sempre falo, é uma série de fantasia muito boa, por causa de ser sobre o País das Maravilhas ela tem aquela mistura de baixa fantasia com alta fantasia, e gosto bastante desse estilo de desenvolvimento. Acho que a autora acertou muito na escrita e enredo, me prendeu bem, você se via sendo levada pela leitura e personagens.
Esse último livro é uma coleção de três contos sobre acontecimentos após '' Qualquer Outro Lugar''. Sendo o primeiro focado na Alisson, o segundo no Morfeu e o terceiro na Alyssa.
Em “O Menino da Teia” visitamos as memórias da Alisson, desde quando ela vivia passando de um lar adotivo para outro, quando conheceu Morfeu, o teste para ser Rainha, quando resgatou o Thomas, como ela se culpa por isso mesmo amando ele, para depois ser a vez do Thomas mostrar as coisas positivas que ocorreu depois disso, como ele chegou a ser capturado pela Irmã Dois, e nesse ponto é um pouco chocante o que acontece com os sonhadores depois que terminam seus ‘estoques’ de sonhos.
No “A Mariposa no Espelho” as memórias são de Morfeu logo após o final do “O Lado Mais Sombrio” quando Jeb acabou de perder suas memórias. Na vontade de entender o humano, Morfeu decide experimentar essas memórias no Trem da Lembrança, as selecionadas são logo quando Jeb é levado pelas fadas para ser controlado e não atrapalhar Morfeu, a segunda é de quando a Alyssa abre as asas pela primeira vez no precipício e precisa deixá-lo lá, mostra como ele já suspeitava da verdade e sendo capturado novamente, o que nos leva a terceira lembrança, quando ele abre mão da própria vida para libertar a Marfim. Esse segundo conto foi bem melhor do que esperava, sem falar que gosto muito quando podemos ver a visão de outro personagem.
Por fim tem “Seis Coisas Impossíveis” e esse é o melhor dos três de disparada. Ele é focado na Alyssa, sendo dividido em duas partes principais, Mortalidade e Eternidade, ambas misturando presente com lembranças. É ele que cumpre o papel de mostrar um pouco de como foram a vida humana e depois a intraterrena dela. Em Mortalidade ela fala sobre como foi o processo de fingir a própria morte, as lembranças que ela vai carregar do mundo humano, como foram resolvidos os desaparecimentos dos quatro, Alyssa, Jeb, Alisson e Thomas. seu casamento com Jeb até a morte dele, seu luto e chegada ao País das Maravilhas.
Já em Eternidade, Alyssa apresenta o que estávamos esperando, o nascimento do filho dela e Morfeu, e para tal introduz três outras memórias, uma de quando ainda era criança e visitava o País das Maravilhas nos sonhos e duas de quando visitou todo o território nas promessa de 24 horas com Morfeu, uma no local que a Alice ficou presa e na outra quando ele ficou preso, ambos ao mesmo tempo, sem que ele pudesse libertar a garota.
O conto termina de uma forma até doce, afinal, finalmente não é mais preciso raptar humanos para alimentar o cemitério da Irmã Dois e ambos estão felizes, vemos como ela se desenvolveu como Rainha Vermelha, o amor incontrolável do Morfeu por ela e pelo País.
Acredito que esse livro pode ser lido durante a leitura dos outros, mas não seria a mesma coisa que ler depois de ter finalizado tudo, considero ele como um extra que não tem muita importância para a sequência e sim como algo que vem mostrar outras perspectivas e um pós término para alimentar a curiosidade dos leitores.