Branco Como a Neve

Branco Como a Neve Salla Simukka




Resenhas - Branco Como a Neve


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aleitora 12/03/2018

O amontoado de mentiras fica cada vez maior e... melhor!
Olá skoobers, podem ler essa resenha sem medo, pois não possui spoiler do primeiro livro. E, só para lembrar, apesar de possuir referências tanto na história quanto no título, a trilogia não é uma releitura do conto dos irmãos Grimm, ao que parece, a autora é apenas uma fã dos contos de fadas.

Enquanto que no primeiro livro Lumikki caiu de paraquedas no meio de uma confusão envolvendo euros manchados de sangue e se tornou alvo de bandidos de uma grande organização criminosa, em Branco como a neve ela é pega de surpresa quando, meses após as confusões envolvendo a máfia russa, ela decide viajar para Praga e lá acaba sendo a única pessoa capaz de ligar um homicídio disfarçado de acidente a um possível assassinato.

Lembram que no primeiro livro a garota dizia que vinha de uma família de segredos? Pois então, ela diz isso devido a diversas lembranças em que os pais citam ter “perdido” alguém quando ela era ainda muito nova para entender o que eles estavam dizendo e recordações de tensos momentos de silêncio quando ela os flagrava em conversas sussurradas. Então, quando uma estranha chamada Zelenka a aborda nas ruas de Praga e se apresenta como sendo sua irmã, filha de seu pai e fruto de uma traição antes de Lumikki nascer, a garota acredita que finalmente descobriu o grande segredo dos pais.

Por isso quando um membro da família da suposta irmã é atropelado e morre em um acidente logo após ser visto num café na companhia de um jornalista e aparentando estar muito nervoso, o acidente no mesmo dia se torna muito suspeito. Lumikki poderia até ignorar suas desconfianças, afinal, tudo que ela menos precisa é se envolver em mais uma situação perigosa, mas preocupada com a segurança da irmã recém descoberta, Lumikki embarca em mais uma investigação que põe sua vida em risco.




Na primeira tentativa de desvendar o mistério, Lumikki coloca em risco toda uma conspiração que está sendo arquitetada há anos por uma seita secreta cujo propósito pode colocar em risco toda a nação. Mais uma vez Lumikki se vê lutando para sobreviver e sendo perseguida por um assassino treinado e pago para eliminá-la. Dessa vez a garota não conseguirá sozinha e procura ajuda em alguém que está conectado a conspiração de uma forma que eles sequer conseguem imaginar.

Desvendar as intenções da seita secreta pode ser um perigo ao qual a garota pode não ter forças para escapar ilesa mas encontrar as respostas para as perguntas que se formam em sua cabeça pode ajuda-la. Porque a família de Zelenka age tão estranhamente? Será que a garota é um peão inocente ou faz parte do plano maior? E a pergunta mais importante, seja lá o que for que eles planejam, Lumikki será capaz de impedi-los? Só lendo para descobrir meus amores.



A edição é tão bonita quanto a primeira, apresentado uma diagramação digna da excelente história e isso vocês podem conferir pelas fotos da resenha e para quem tem dificuldade com letras pequenas uma boa notícia, a fonte utilizada neste livro e no anterior é bem grandinha.

Branco como a neve apresentou uma narrativa bastante envolvente e bem desenvolvida, não via a hora de descobrir os propósitos da seita e de saber mais sobre Zelenka e sua estranha família e encontrar respostas para os obscuros segredos da família de Lumikki e não me decepcionei ao desvendá-los. O final foi bastante intenso, de tirar o fôlego mesmo, foi perceptível a melhora na narrativa do primeiro para o segundo livro e esse com certeza me deixou ansiosa para o desfecho, e que venha o terceiro livro, Preto como o ébano. Leitura recomendada.

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/07/resenha-branco-como-neve.html
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Núbia Esther 18/01/2018

Depois de se ver envolvida nos negócios da máfia e quase acabar perdendo a vida, Lumikki decide dar um tempo e escapar da Finlândia para aproveitar as férias. Com ela desembarcamos em Praga, mas longe de se ver livre do perigo ela acaba envolvida no misterioso passado de Zelenka, que alega ser sua irmã. Zelenka chega provocando as memórias de Lumikki e com uma vida repleta de restrições junto a pessoas cheias de reservas e com um ar de seita religiosa que não passa despercebido a Lumikki, que após ter um vislumbre da casa onde a pretensa irmã mora fica determinada a desvendar os segredos do lugar antes de ir embora.

“A história de Zelenka era coo uma pela de um quebra-cabeça, que cabia em um lugar que incomodava a vida de Lumikki há mais tempo do que podia se lembrar. Ela sempre soubera, sentira e pressentira que sua família escondia algo. Havia algo grande de que eles não falavam, mas que às vezes invadia os cômodos de tal maneira que se tornava difícil respirar. A tensão do pai. Os olhos tristes da mãe, até mesmo marejados. Discussões, que paravam quando Lumikki chegava.”

(Página 16)

Jiří Hašek é jornalista investigativo e está trabalhando no rastro de uma misteriosa seita. Não é uma grande surpresa que esta seita tenha relação com o lugar onde Zelenka mora e que Simukka dê um jeito de reunir Lumikki e Jiří e os lance em uma busca por uma verdade que transformará sua protagonista em um alvo ambulante. Pode não ser surpresa, mas a união dos dois adicionou uma boa dinâmica à trama. A história envolvendo a seita é bem intricada e cheia de interesses escusos de gente poderosa que orquestraram um final digno de capas de jornais. Isso realmente rendeu uma conclusão com um ritmo alucinante, mas resolvida de um jeito tão fácil que acabou revestindo Lumikki com ares de heroína que beiram o irreal.

Uma característica da trilogia de Simukka é que os livros são ligados apenas no que diz respeito à vida pessoal de Lumikki, a qual inclusive tem muito pouco enfoque no primeiro livro. A parte detetivesca tem histórias únicas, que se iniciam e se encerram no livro em que são tratadas. O envolvimento de Lumikki com a máfia ficou lá em Vermelho como Sangue, assim como a história da seita encontra seu fim aqui. No final das contas, relevando o background pessoal de Lumikki, os livros podem até mesmo ser lidos como livros únicos sem grandes perdas de informações. Por isso, foi um alívio que diferentemente do que fez no primeiro livro, neste Simukka tenha investido muito mais no background e no psicológico de sua protagonista. Todo o passado de Lumikki, revolvido pela alegação de Zelenka, ganha um grande enfoque ao longo da trama. Seu relacionamento (ou a falta dele) com os pais, as memórias de uma garotinha que ela não sabe quem é, o relacionamento amoroso (que pode até causar um estranhamento inicial, mas que foi tratado de forma bastante natural pela autora) que não terminou bem, mas que talvez ainda não tenha terminado realmente (assim espero). Sabiamente Simukka preparou um bom gancho utilizando o passado de Lumikki. Um capaz de prender o leitor até que a verdade finalmente seja revelada no próximo livro. Agora ela realmente conseguiu me deixar curiosa para descobrir como tudo isso será trabalhado no último volume da trilogia. Leitura despretensiosa, para passar o tempo.

[Blablabla Aleatório]

site: https://blablablaaleatorio.com/2018/01/06/branco-como-a-neve-salla-simukka/
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Kelly 05/01/2018

Branco Como a Neve
Depois de toda loucura em que esteve envolvida, Lumikki achou que era o momento certo para dar uma pausa e tirar as tão merecidas férias. Praga, enfim, acabou sendo o seu destino final. Mas é claro que o perigo a encontraria novamente, no entanto, agora na forma humana. Em um dia qualquer de descanso e histórias, a garota é surpreendida por uma jovem que se diz sua meia-irmã. Seria estranho e provavelmente uma coincidência muito bárbara, não? Mas Lumikki quer voltar a acreditar nas pessoas, então dá uma chance para que a mulher estranha conte à ela toda a sua angústia. Só que Lumikki não imaginava quantos segredos haviam escondidos pelas ruas de Praga.

Seria possível uma mulher sem contexto virar a vida de Lumikki de cabeça para baixo de um dia para o outro? Quando a jovem se rende a conhecer Zelenka de forma mais intensa, começa a se questionar sobre sua própria existência e sobre o relacionamento que tem com os pais. Ela se vê perdida e, ao mesmo tempo, curiosa sobre a situação. Dando um voto de confiança à mulher, Lumikki tenta associar as histórias contadas ao seu passado, mas a jovem sente que há algo errado em toda essa descoberta. Zelenka não é uma pessoa normal, com sentimentos comuns e expressões fáceis, ela exala medo e desconfiança. Ao ser convidada para conhecer a família de Zelenka, Lumikki se depara com o perigo, mas, desta vez, não é ela quem está correndo o risco.

Jiri Hasek é um jornalista investigativo que está juntando provas sobre uma seita secreta. A publicação correta de uma matéria como esta certamente o colocará no topo de sua carreira, mas ele precisa de testemunhas, de pessoas que realmente estejam dispostas a falar sobre o assunto, o que o leva até Lumikki. No entanto, isso também requer cuidado, pois sua identidade precisa ser mantida, e lidar com pessoas perigosas pode ser o fim de tudo que sonhou. Por isso, agora, os dois precisam correr contra o tempo para salvar suas próprias vidas e a de muitas outras pessoas.

Em Branco Como a Neve, pude perceber certo amadurecimento por parte da personagem principal com relação ao primeiro volume da trilogia. Ela está mais confiante, mais determinada e pronta para qualquer situação inesperada, mas, assim como no primeiro livro, a história narrada de forma rasa me incomodou muito. Eu levei dias para terminar a leitura desta continuação, sendo que a obra só tem 200 páginas. Isso atrasou todas as outras leituras que deveria fazer e, pior, não acrescentou nada na minha concepção como leitora. Eu precisei ler inúmeras resenhas já publicadas sobre o livro para conseguir me lembrar da história.

Admito que coloquei um pouco de expectativa nos novos personagens da trama, mas acabei me deparando com criaturas tão superficiais quanto as primeiras. Eles não possuem características descritas e os pontos citados são muito básicos, não construindo por completo a visão de cada um. Além disso, o desfecho de todo o caso envolvido é extremamente previsível, dando a entender até os detalhes do que só vai acontecer, de fato, no final.

site: http://www.caligrafando-te.com
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Jaque 12/11/2017

Uma boa leitura, e só.
Lumikki está em Praga, a fim de mudar de ares e esquecer um pouco tudo o que passou, ela coloca a mochila nas costas e o pé na estrada.

Durante essa viagem naquele lugar incrível, a garota é abordada por Zelenka, que ela nunca viu antes na vida, mas que jura ser irmã dela, fruto de um caso extraconjugal. Um pouco perturbada por esse fato inédito e pelo fato da misteriosa encontra-la justo ali, a garota demonstra resistência de inicio.
Com o tempo, Lumikki percebe que Zelenka esconde algo, e que também não parece estar bem. Curiosa ela começa a investigar para descobrir se, a história daquela garota e a ligação que ela diz ter com Lumikki são verdadeiras.

A partir desse ponto, Lumikki se vê envolvida numa teia de mistério entre uma seita e um tipo de conspiração corporativa. E mesmo que ela não saiba, Zelenka é uma vítima no meio de tudo isso.
Eu não tive a oportunidade de ler o primeiro livro, mas encarei esse como se fosse uma história a parte, e não foi ruim. Mas com isso, não posso comparar a evolução da personagem. Porém, posso dizer que gostei de Lumikki, se mostrou uma personagem forte, de personalidade marcante e bem esperta.

A relação entre Zelenka e Lumikki, surpreendentemente, se torna cativante ao longo do livro. Os demais personagens não tiveram tanto destaque, então, a meu ver, passaram batido.
A história é bem amarrada e o desfecho do livro não deixa pontas soltas. Embora haja uma continuação da série, esse livro pode ser livro de maneira independente como fiz. Claro, vai rolar curiosidade naqueles momentos em que Lumikki cita algo que viveu no livro anterior, mas fora isso, não atrapalha em nada a leitura.

É uma boa leitura, mas nada que nos surpreenda tanto.
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Fabi | @ps.leitura 15/08/2017

{resenha feita no blog PS Amo Leitura}
"Branco como a neve" é o segundo livro da trilogia Branca de Neve, sendo o primeiro livro "vermelho como o sangue" (resenha).

Falar sobre um segundo livro de trilogia/duologia/série é algo realmente difícil. Após todos os acontecimentos em "vermelho como sangue", Lumikki viaja para Praga. É a sua chance de se livrar de Finlândia e deixar para trás tudo o que aconteceu, tudo que presenciou. Tudo que Lumikki deseja é ser uma garota normal.

A vida de Lumikki começa novamente a mudar quando ela conhece Zelenka: uma jovem repleta de mistérios e que lhe diz coisas que a faz pensar que viveu uma mentira durante toda a sua vida. Ela revela um segredo à Lumikki: acredita ser sua irmã. Como seria possível? Então não demora muito para ela sentir-se envolvida com a garota e a fazer parte de seu mundo.

O que Lumikki não sabe é que ela irá enfrentar novos problemas em Praga. Fugir da máfia não foi o suficiente. Agora Lumikki enfrentará uma seita secreta e só terá uma chance para salvar vidas.

Quando finalizei "vermelho como o sangue" eu havia dito que caso não houvesse continuação, tudo bem, pois o final foi bem explicativo. Em "branco como a neve" não foi diferente. Todos os acontecimentos se desenvolveram e foram bem explicativos em todo o livro. Sei que ainda há mais um livro (Preto Como o Ébano - ainda nada sobre lançamento aqui no Brasil), e eu me pergunto o que Salla irá nos apresentar.

É possível perceber a diferença que a personagem apresentou no decorrer das estórias. No livro anterior, Lumikki era apenas uma garota inocente e que estava fugindo de problemas da máfia. Já nesse segundo livro da trilogia, Lumikki já sabia como lidar quando estava em uma situação de perigo fazendo com que fugisse com mais facilidade. Mostrou-se uma garota forte e capaz de enfrentar todos seus medos por aqueles que ela ama.

Como o cenário do livro é narrado em Praga, somos apresentados também a outros personagens e de grande importância na estória. Mas assim como em "vermelho como o sangue", não consegui me apegar totalmente à eles, porém consegui gostar mais de Lumikki nesse segundo desenrolar da estória.

Assim como o livro anterior, continuo buscando respostas. Como o livro não apresentou total explicações, espero ao menos que o último solucione alguns problemas em aberto e tudo tenha um final digno.

site: http://psamoleitura.blogspot.com.br/2017/03/resenha-branco-como-neve.html
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SahRosa 17/07/2017

Resenha exclusiva do blog Pobre Leitora (blog que sou colunista)
Quando finalizei Vermelho como o Sangue eu não tinha certeza se iria continuar a série, pois mesmo que o livro tenha me agradado um pouco, não tinha se sobressaído como o esperado. No entanto, com o anúncio de Branco como a Neve e constando essa linda capa, como resistir? Com pouco mais de 200 páginas, este segundo volume da série Branca de Neve pode ser lido rapidamente, a escrita de Salla Simukka é envolvente, porém até simples demais, a trama em si tem um fio do ótimo, mas faltou um aprofundamento e desenvolvimento melhor por assim dizer.

Todos os acontecimentos envolvendo Lumikki são intensos, mas a facilidade que ela escapa de tudo é surreal, ou ela é muito sortuda ou realmente habilidosa... Até dá para relevar estes e outros furos no enredo por conta de outros pontos interessantes da trama, como os segredos da família de Lumikki e as pessoas misteriosas que a personagem encontra ao longo do enredo. O mistério sem dúvidas é o ponto alto da trama, desde o surgimento de Zelenka como a irmã perdida da protagonista, como o próprio comportamento da mesma perante algo perturbador que passa a ligar as possíveis irmãs.

No entanto a ação, a investigação e até o desfecho acabam pecando, sendo pouco explorados e tendo a conclusão ou muito fácil ou rápida demais. Mas ainda assim, Branco como a Neve e seu antecessor são leituras boas, entretém e envolvem, este segundo volume consegue superar o primeiro livro, mas não é excepcional, é uma leitura “Ok!”. Mas independente disto, eu quero continuar a série principalmente para saber o desfecho de toda aventura de Lumikki. A narrativa é em terceira pessoa, sendo seu maior foco na protagonista e em outras situações nos demais personagens, os capítulos sempre possuem um gancho bom, fazendo com que a leitura se torne envolvente e mesmo com os pontos fracos, Branco como a Neve é um livro que te deixa grudado nas páginas, mas não passa disto, não há algo entre surpreendente ou que faça o leitor cair de amores, ou seja, é um enredo bom mas faltou tempero.

Quanto aos personagens, talvez só Lumikki tenha um aproveitamento legal, neste livro temos mais um vislumbre do passado da personagem, mostrando o motivo do porque ela é um pouco fria e com dificuldade de aceitar a aproximação de outras pessoas, foi um detalhe legal de conhecer e que preenche algumas lacunas de Vermelho como o Sangue. A respeito da edição, a diagramação é simples, fonte confortável, detalhes na numeração dos capítulos, folhas amareladas, tudo muito bem vindo para proporcionar uma boa leitura. A capa é muito bonita, gosto bastante da arte feita para a trilogia, a revisão também merece destaque pois está ótima. Enfim, apesar das ressalvas e mesmo parecendo que há mais pontos negativos que positivos, acredito que esta é uma série legal e recomendo caso se você tem interesse.

site: http://pobreleitora.blogspot.com.br/2017/05/resenha-branco-como-neve-salla-simukka.html
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Gramatura Alta 19/06/2017

http://gramaturaalta.com.br/2023/01/21/vermelho-como-sangue-e-branco-como-a-neve-um-thriller-contagiante/
Lumikki tem dezessete anos. Como quase todo adolescente nessa idade, o que motiva a vida, são as emoções mais fortes ou a química que as produzem, como adrenalina e hormônios. Por isso, jovens adoram parques de diversões, esportes radicais, festas agitadas, contrariar ordens dos pais, fazer coisas escondidas, enfim, qualquer coisa que seja proibido ou que provoque um aumento das batidas do coração. Quem nunca, ao ver um acidente de carro, ou uma tentativa de assalto, ao invés de se afastar e se manter seguro, não tenta espreitar, se aproximar, para ver melhor, para descobrir o que aconteceu, quem se machucou ou o que foi roubado? É exatamente isso que Lumikki faz.


Ela viveu a infância sob algum tipo de ameaça, por isso ela possui algumas habilidades fortuitas e capacidade de se defender fisicamente de oponentes mais fortes. Alguém educado nessas situações, está acostumado com emoções fortes. Somado à sua idade, quando ela descobre que os três colegas, Elisa, Kasper e Tuuka, estão envolvidos com uma sacola cheia de dinheiro, manchada de sangue, e que o pai de Elisa parece estar ligado a atividades ilícitas, ela sente necessidade de se envolver. Nem tanto para ajudar os pretensos amigos, mas para ela se sentir útil, viva.

No início do livro, acompanhamos alguns momentos de sua rotina diária, sem qualquer atrativo, que a deixa aborrecida e sem perspectiva. Isso vai mudando conforme ela se envolve nessa confusão. Em todos os momentos em que Lumikki avança para desvendar de onde vem o dinheiro, quem é seu dono, entre outros segredos que vão sendo jogados ao leitor, ela passa a ser uma personagem mais vibrante, mais feliz, até.

Quanto à história em si, muita coisa é explicada de forma superficial, principalmente o passado de Lumikki. Acredito que seja proposital, uma vez que se trata de uma trilogia. Se a autora jogar tudo no primeiro livro, complica para os seguintes. Então isso não me causou incômodo.

Alguns autores possuem características bem definidas quanto à forma de escrita. O estilo de Salla Simukka se assemelha muito ao estilo de Jo Nesbo, onde ambos utilizam quebras abruptas de narrativa para construir sequências de ação. Não é um defeito, mas um feitio. Cabe ao gosto de cada um, apreciar ou não.

Embora o resultado da trama não tenha sido presencial, ou seja, o leitor apenas fica sabendo através da descrição feita por Lumikki após os eventos, isso é suficiente, a meu ver. E mais importante que isso, é a revelação de quem é o vilão principal da obra.

VERMELHO COMO O SANGUE é um thriller de suspense bem ágil e que satisfaz diante do proposto. Lumikki me conquistou com seu jeito atrevido, confiante e, por que não, prepotente de ser. Ela não hesita nas coisas que faz, controla seu medo, raciocina sobre pressão e, embora ajude as outras pessoas, mantém para si a principal preocupação. Ou seja, é uma personagem que tem firmeza, que sabe o que deseja e mantém essas características por toda a história. Isso, para mim, é suficiente para tornar a obra de grande qualidade.

No segundo livro, BRANCO COMO A NEVE, recuperando-se do terror que vivenciou nas mãos da máfia, Lumikki tem a chance de deixar a Finlândia, se livrando das roupas pesadas, das lembranças sombrias… e do perigo. Ela só quer ser uma garota normal, misturar-se à multidão de turistas e aproveitar as férias. Quando Lumikki conhece Zelenka, uma jovem misteriosa que alega ter o mesmo sangue que ela, as coincidências são inquietantes. Rapidamente ela se vê envolvida no mundo triste daquela mulher, descobrindo peças de um mistério que irá conduzi-la a uma seita secreta e aos mais altos escalões do poder corporativo. Para escapar dessa trama asfixiante, Lumikki não poderá fazer tudo sozinha.

Zelenka é a irmã que Lumikki não conhecia, uma vez que seu pai parece ter tido um relacionamento extraconjugal sem ninguém saber, e que está envolvida com um seita de fanáticos religiosos, cujo líder planeja fazer algo terrível. Para tentar livrar a irmã dessa seita, ela precisa descobrir quais as verdadeiras intenções deles, fugir de um assassino contratado e descobrir quem mais está envolvido.

A narrativa segue a mesma linha do primeiro livro, bem direta, pouco descritiva, com trechos de suspense e tensão. Descobrimos um pouco mais sobre o passado de Lumikki, bem como o relacionamento que ela teve. Inclusive, até nesse relacionamento vemos que a garota é bem diferente da maioria, porque ela não se apaixona por um homem, digamos, normal.

Entretanto, apesar da trama prender a atenção do leitor, senti falta de uma continuidade com relação à revelação que é feita ao final do primeiro livro, sobre as gêmeas mafiosas. Sinceramente, achei que o segundo livro desenvolveria a relação das duas com Lumikki, mas elas sequer são mencionadas. Talvez tenham ficado para o último volume da trilogia. Pelo menos, espero que sim.

Uma coisa que dá para reparar em BRANCO COMO A NEVE, é uma melhora nos trechos de ação. As partes onde Lumikki precisa se esconder e fugir do assassino, são bem elaboradas, e uma delas, inclusive, consegue ser visualmente sensual. Ficaria curioso como seria adaptado para um filme.
As habilidades de Lumikki para escapar das situações perigosas em que se mete, continuam surpreendentes. E acho que é isso que me encanta na personagem. Ela consegue encontrar soluções que são críveis de serem usadas por qualquer pessoa que consiga se manter calma para raciocinar. Ela é daquelas pessoas que não precisa procurar por um problema, o problema que procura por ela.

BRANCO COMO A NEVE está no mesmo nível do primeiro livro, o que me deixou bastante satisfeito, porque tinha medo de que isso não acontecesse.

VERMELHO COMO SANGUE e BRANCO COMO A NEVE são os dois primeiros livros de uma trilogia. Infelizmente, a editora não concluiu a publicação com o terceiro livro. Esse é um dos piores problemas de se seguir uma história dividida em vários livros, o leitor não tem garantias de que poderá ler todos. Não sei dizer se os direitos ainda estão com a Novo Conceito. Na verdade nem sei dizer se a Novo Conceito ainda publica algo. Então fica a indicação dos dois livros, valem a leitura, e a sugestão de procurar o terceiro em outro idioma.

site: http://gramaturaalta.com.br/2023/01/21/vermelho-como-sangue-e-branco-como-a-neve-um-thriller-contagiante/
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Lina DC 10/05/2017

A história é narrada em terceira pessoa e se passa em menos de uma semana. Lumikki está hospedada em um albergue em Praga, três meses depois dos acontecimentos do primeiro livro. Para Lumikki, estar longe de tudo é ótimo, pois ela está acostumada com a solidão. Durante uma de suas saídas pela cidade, uma jovem de 25 anos chamada Zelenka a aborda dizendo que é sua meia-irmã.

Inicialmente, Lumikki se mostra incrédula sobre essa afirmação. Afinal, seus pais nunca comentaram nada sobre o assunto. Mas alguns detalhes vão se assemelhando a algumas lembranças distantes da protagonistas: como um sonho onde ela estava com uma garotinha mais velha, ou a viagem do pai à Praga alguns anos antes.

Quem leu o primeiro livro, sabe que a protagonista tem um comportamento peculiar. Ela gosta de se manter distante e não gosta que estranhos a toquem. Parte desse comportamento se deve ao bullying que sofreu e a deixou marcada emocionalmente. Mas junto com isso veio também o ceticismo e a dificuldade de confiar nas pessoas. Mas a oportunidade de ter uma irmã é algo valioso para Lumikki, então ela concorda se encontrar com Zelenka em lugares públicos para conversarem sobre suas vidas.

"Além disso, em sua vida, Lumikki ouvira tantas mentiras que pareciam ser verdades que ela se tornara naturalmente cética. Ela aprendera que todo mundo podia uma vez dar um belo sorriso e jurar amizade, mas, a qualquer momento, cuspir em sua cara." (p.51)



Em paralelo temos a história de Jiri Hasek, um jornalista investigativo de televisão de 25 anos de idade. Jiri é ambicioso e determinado a fazer seu nome e carreira. No momento, ele está atrás de uma matéria que poderá dar a ele esse destaque. Ele está correndo atrás de testemunhas de um culto, chamado Família Branca. Culto que Jiri acredita estar planejando algo grandioso.

Temos uma terceira visão nessa obra, que é de um narrador misterioso. É um personagem que vai puxando as cordas pelos bastidores e movendo as pessoas como se fossem peças de xadrez, onde o risco é mortal.

"Era uma vez uma menina com um segredo. Era uma vez duas meninas que tinham segredos, que elas não contavam uma a outra. Eles eram da mesma família de segredos." (p.127)

O enredo tem uma pegada de suspense/ mistério bem interessante, mas senti que faltou um pouco de desenvolvimento nesse quesito. Lumikki mais parece um agente de uma agência governamental do que uma adolescente, pois consegue observar detalhes e escapar da morte inúmeras vezes sozinha. A forma como ela acaba se tornando foco dos vilões (pela segunda vez) é um pouco inacreditável.

Nesse segundo livro foi abordado o lado emocional de Lumikki e o leitor fica sabendo de um relacionamento do passado que é inesquecível para ela. Apesar de ficar feliz em observar um lado mais humano da protagonista, acredito que foi dado um foco maior nisso do que no próprio suspense da trama.

"Saudade era um sentimento com o qual era difícil viver em paz. Ela não pedia permissão. Não se importava com a hora nem com o lugar. Era desmedida e exigente, gananciosa e egoísta." (p. 59)

Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. Encontrei apenas um errinho de digitação na página 59, mas nada que interferisse na compreensão do texto.

"Ela hesitou a cada palavra. Como se pronunciá-las lhe fosse repugnante ou lhe causasse dor. Brasas quentes em sua boca." (p. 45)



site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Tammy 01/05/2017

Branco Como a Neve (Livreando)
Branco Como a Neve é o segundo livro da trilogia Branca de Neve escrito pela autora Salla Simukka. Nesse volume acompanhamos Lumikki entre as ruas de Praga. Após os acontecimentos passados, ela resolveu que seria uma boa escolha passar os dias nesse local onde o verão com certeza estava maravilhoso. Seu roteiro estava tranquilo, tudo estava indo como planejado, até o aparecimento de Zelenka.

"Era uma vez uma menina com um segredo. Era uma vez duas meninas que tinham segredos, que elas não contavam uma a outra. Eles eram da mesma família de segredos. Lumikki quase riu alto." p.127

Zelenka era uma órfã que se dizia ser irmã por parte de pai de Lumikki. Imagine o choque ao receber essa notícia simplesmente do nada, claro que ela ficou paralisada. Zelenka começou a transcorrer como soube da verdade e como foi que a encontrou. Lumikki ficou bem desconfiada com a história toda, mas resolveu pagar para ver e saber mais.

"Algum dia conhecemos realmente as pessoas? Mesmo aquelas que são próximas a nós?" p.17

Os encontros entre as duas eram no mínimo estranho. Nunca no mesmo local, às vezes Zelenka mudava de estado de espírito rapidamente e era criada por uma família bem incomum. Tudo isso Lumikki foi percebendo até notar que de fato havia alguma coisa errada nisso tudo. E não só com Zelenka, mas com o meio em que convivia.

Paralelo a isso, conhecemos Jiri, um jornalista em ascensão que está fazendo a investigação do século, e caso seu faro esteja certo, o colocara em evidencia e reconhecimento necessário para consolidar sua carreira. Seus destinos irão se encontrar e com certeza o final não será como eles de fato esperam.

Esse é o primeiro livro da trilogia que leio e confesso que fora algumas lacunas que ficaram sem explicação (pode ser pelo fato de iniciar por esse), não prejudicaram em nada minha leitura e entendimento dessa história. Nas primeiras páginas sabemos o motivo de Lumikki está em praga e temos um resumo bem por alto do que aconteceu a ela no passado. A partir desse ponto a história esquadrinha novos caminhos e vamos acompanhando seu desenvolvimento de forma leve e constante.

"Nosso credo é branco como a neve. É limpo e brilhante. Não há espaço para dúvidas. Nosso credo é como a luz, que vai cegar os pecadores com sua força. Nosso credo os queimará com o seu brilho. Nos somos uma família, que sempre estará junta. Nós somos a Família Branca Sagrada e nossa espera logo será recompensada" p.11

O drama e o mistério ficam por parte da família adotiva de Zelenka e da veracidade de sua história. O fanatismo é o tema que constrói os momentos de suspenses. Nesse caso, observamos melhor como acontece o fanatismo religioso em algumas “ceitas” em busca do poder, e nesse caso, e de forma muito bem construída, a autora não deixa explicito somente um tipo de fanatismo e sim, dois. A religião e o dinheiro. E isso foi realmente genial da parte dela.

Algumas palavras são usadas somente para denominar um alvo específico, e muitas vezes apontamos o dedo para esse alvo e nos confortamos em outros só por causa de uma nomenclatura. Aqui, o fanatismo mostrado não está somente em um tipo de religião, mas também na autopromoção, na exclusividade, no poder de decisão. Mostra também o outro lado, o daqueles que seguem de olhos fechados, sem questionamentos ou procura da veracidade do que está sendo falado, e como consequência, são “doutrinados” de maneira errada. E volto a falar, a atenção sobre esse assunto, em minuto algum deve ser direcionado somente a nomenclatura “fanático religioso”, e é isso que deixa a obra tão rica em entendimentos e questionamentos.

Sobre os personagens, Zelenka é uma incógnita pra mim, não fui convencida pelos seus argumentos de aproximação a Lumikki, mas levei em consideração seu meio “familiar”. Jiri é aquele personagem que aparece no momento certo, para fazer o que é certo e nos encantar. Gostei muito desse personagem e na importância que teve para a história. Lumikki é aquela personagem em que os problemas simplesmente a procuram, um tipo de azarada, mas que está pronta a ajudar. Não foca na dificuldade e é leal ao que acredita e faz. Foi uma personagem que me chamou bastante a atenção, pois sabe enfrentar os problemas e corre atrás de resolução.

A diagramação está excelente. Os capítulos não estão longos e a fonte e tamanho das letras estão do ideais para a leitura. E essa capa! Achei linda demais. Amo esse aspecto sombrio com um toque de vermelho. Para quem quer ter a experiência bem diferente sobre os aspectos de Branca de Neve, a leitura vale a pena.

site: http://www.livreando.com.br/
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Queria Estar Lendo 20/04/2017

Resenha: Branco como a Neve
Branco como a Neve foi um dos lançamentos do começo do ano da editora Novo Conceito. Sequência de Vermelho como o Sangue, é parte da trilogia que faz uma releitura eletrizante e a inda mais sombria do conto da Branca de Neve.

Preciso começar essa resenha avisando que não tinha lido o primeiro volume da trilogia quando recebi o segundo livro para resenhar. Com o bolso apertado, precisei apelar para ler resenhas e resumos do primeiro livro pra entender um pouquinho do que estava rolando no segundo volume.

Lumikki, protagonista do primeiro volume, está em Praga. Ela está determinada a esquecer todos os terrores passados, mas eles parecem determinados a não deixá-la em paz. Lá, ela conhece Zelenka, uma jovem misteriosa que afirma ser sua irmã. Confusa e determinada, Lumikki se envolve e se aproxima da garota para entender toda aquela história. Junto aos mistérios, vêm os perigos. A máfia foi só o começo; agora, Lumikki precisa se preocupar com uma seita sombria.

Aparentemente, o primeiro volume terminou bem fechadinho, o que explica esse início bem "começo" em Branco como a Neve. Apesar de ficar perdidinha com algumas lembranças e medos e comentários da Lumikki, tirei a sorte por conseguir me encaixar na história junto com o recomeço da personagem.

Branco como a Neve é sombrio, com aquela sensação de contos de fadas clássicos - não os da Disney, mas os originais, com finais sombrios, acontecimentos macabros, terrores inimagináveis perseguindo princesas inocentes. É um livro bem centrado nessa pegada e por isso me ganhou. Os acontecimentos são explicados no decorrer da trama e as pontas se conectam conforme você entende o que está acontecendo ao redor da protagonista, mas ela deixa muito em aberto para o último volume.

A parte mais maravilhosa foi a ambientação. Praga é uma das minhas paixões e a autora tirou isso de letra; estamos lá, nas ruas, nas suas praças e prédios. Os personagens que apareceram no decorrer da jornada da Lumikki foram bem intercalados e encaixados na trama, mas soaram um pouco superficiais. A narrativa da autora é rápida e dinâmica, sem tempo para grandes descrições. Apesar de ter feito a ambientação muito bem, a construção de personagens deixou a desejar.

Ela bate a tecla em temas importantes. Temos discussões sobre bullying e preconceito, a presença de uma personagem trans - palmas para a autora por isso! - e a crítica ao fanatismo exacerbado, o quão perigoso e mortífero isso pode se tornar. Tão mal quanto os vilões dos contos de fadas clássicos.

A edição da editora Novo Conceito está maravilhosa. Diagramação boa, não encontrei nenhum erro de revisão, e a capa tem essa pegada macabra que combina bastante com a premissa do livro.

Para quem gosta de releituras e de thrillers bem desenvolvidos, a série Mãos Frias, Coração Congelado é uma boa pedida.
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Alyssa @culpadoslivros 05/04/2017

Branco como a neve é o 2º livro da trilogia Branca de Neve; vou tentar escrever esta resenha sem passar spoilers sobre o livro anterior (Vermelho como o sangue) - mas é difícil não fazer uma comparação entre os dois!

Vermelho como o sangue é um thriller bem construído, com tramas interessantes e personagens cativantes; um livro de suspense jovial, mas que conseguiu prender a atenção e manter um bom ritmo de narrativa até o final. Terminei a leitura muito ansiosa pela continuação, pois simplesmente adorei a escrita da Salla Simukka! Tem minha resenha completa já publicada aqui no IG e também no Skoob.

Depois dos episódios passados durante o rigoroso inverno finlandês, a jovem Lumikki vai aproveitar dias ensolarados na belíssima cidade de Praga. Ela deseja apenas ser uma garota normal, no meio da multidão de turistas. No entanto, durante um passeio, ela é abordada por uma mulher que afirma ser sua irmã mais velha, perdida há muito tempo. É claro que Lumikki não acredita, mas resolve investigar para saber se existe alguma verdade nesta história.

Comecei empolgada: gostei do novo cenário e a trama despertou interesse com uma surpresa logo no início. Porém, alguns bons momentos não foram o suficiente para prender totalmente minha atenção. Achei a história meio arrastada e alguns personagens possuem pouco carisma. Enfim, o desenvolvimento ficou abaixo do esperado.

Apreciei bastante os momentos de introspecção da personagem, relembrando seu passado. A autora trouxe novas informações sobre o amor que Lumikki viveu no verão passado, já mencionado no livro anterior. Assim conhecemos Liekki e imagino que este personagem possa ainda aparecer na história.

Espero que a autora retome todo seu potencial na parte final da trilogia (Preto como o ébano), trazendo uma trama mais surpreendente, com suspense e mistério, além de todos aqueles detalhes que tanto me agradaram no 1º livro!

Branco como a neve se passa alguns meses depois de Vermelho como o sangue, mas traz uma nova história, isolada da anterior. Ler os livros na ordem cronológica faz com que conheçamos melhor a identidade e o perfil da jovem protagonista.

site: http://www.instagram.com/culpadoslivros/
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Paula Juliana 22/03/2017

Resenha: Branco Como a Neve - Mãos frias. Coração congelado. - Branca de Neve # 2 - Salla Simukka

''Apenas a morte torna possível a real história de um herói.''

O mal fascina. Essa é uma frase que poderia introduzir muito bem essa história, Branco como a Neve, vêm com um gostinho de conto de fadas as avessas, quantas vezes paramos em frente a noticiários intrigados com alguma manchete, algum crime bárbaro, algo que desafia a linha tênue que é a humanidade? Muitas! Não?! O Ser humano tem uma fascinação mórbida pela maldade, uma curiosidade, nem que seja aquele questionamento, de que, como uma pessoa pode fazer isso? Ou aquilo? Como é capaz?!!

Mãos frias. Coração gelado.

Nesse Thriller investigativo encontramos Lumikki que após os acontecimentos graves do ano passado, resolveu tirar umas férias. Saindo da Finlândia, partindo para Praga, tudo que essa garota quer é ser normal, busca férias normais, a calmaria e paz de ser somante uma jovem turista. Porém, tem pessoas que simplesmente atraem confusões sem nem sair do lugar e Lumikki é uma delas.

Lumikki conhece Zelenka. Uma moça que cai de paraquedas na vida de Lumikki com uma história muito estranha. Zelenka acredita ser irmã de Lumikki, fruto de um caso de seu pai quando o mesmo foi passar um período em Praga. Zelenka além de abalar a história familiar de Lumikki também a arrasta para uma perigosa aventura que pode muito bem acabar em mortes. Na morte DELAS.

''A nação anseia por histórias sobre heróis. Eles querem ver, ouvir e ler como o bem vence o mal, Davi vence Golias; Jesus,Satã; os pequenos Hobbits, o poderoso Sauron. Eles querem ver o herói conquistar o inconquistável, abater o imbatível, destruir o imortal. Eles anseiam por histórias, em que o impossível se transforma em possível graças a um herói destemido e justo.''

O livro tem uma pegada de suspense que prende o leitor pela curiosidade, embora brinque com a história de Branca de Neve e faça muitas referencias a busca pelo herói, essa é basicamente uma obra de vilões. A história é direta, Lumikki é uma personagem que não esconde seus problemas e transtornos, temos flashes de pedaços da vida da moça.

A autora com uma escrita fácil, e direta, sem enrolação, vai levando o leitor pelo mistério, a obra é bem inteligente, com capítulos curtos, é como se tivéssemos inicialmente uma colcha de retalhos que vamos juntando até entendermos a história como um todo.

Vários temas são abordamos, mas, não aprofundados, essa até é a minha maior critica a obra, a autora poderia ter desenvolvido bem mais algumas partes, que fariam a história crescer muito melhor, porém, os temas estão ali e fizeram diferença. São citados o jornalismo e sua ambição, a forma erronia de conseguir manchetes e furos a qualquer custo, por Lumikki podemos falar do bullying, e também por um personagem próximo de seu passado o transexualismo. A autora também levanta a bandeira digamos que contra as seitas religiosas e como elas podem ser perigosas, o fanatismo, o crer cegamente em algo, são criticas e temas que elevaram o nível do romance.

Branco Como a Neve - Mãos frias. Coração congelado. foi uma ótima leitura, um romance investigativo que me prendeu do começo ao fim, me levou pela curiosidade, a bela ambientação e os bons personagens. Sou sim fascinada por boas histórias, Salla Simukka brinca com heróis e vilões, com instinto, medo e sobrevivência. Praga nunca esteve tão quente...

Para a história, tão importante quanto o herói, ou até mais importante, é o adversário. Cruel. Poderoso, inacreditavelmente cruel, de uma maldade impressionante que atrai a atenção das pessoas tal como um ímã. Elas gostariam de negar a existência do mal, mas, ao mesmo tempo, ele as fascina. Elas devoram o mal até ficarem nauseadas. Elas querem que alguém venha e leve o mal embora. Elas querem um herói.''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/2017/03/resenha-branco-como-neve-maos-frias.html
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Karini.Couto 18/03/2017

Bom, para quem leu minha primeira resenha dessa série, percebeu que a leitura foi um tanto surreal demais pra mim, porém claro que como curiosa que eu sou, não consegui evitar o segundo livro e eis que encontro as mesmas coisas meio loucas do primeiro volume, Claro! Lumikki tenta se afastar um pouco de toda confusão que viveu no primeiro volume, com isso seu destino é Praga, mas ao invés de encontrar paz interior e tranquilidade, parece que ela é um ímã de problemas, uma menina se aproxima e fala que acredita ser sua irmã; algo no mínimo bizarro, já que Lumikki não tem irmã e óbvio que mesmo mantendo o contato com Zelenka, Lumikki descarta essa possibilidade de cara. Alguma confusão talvez! Mas conforme vão conversando Lumikki percebe que talvez Zelenka possa vir a estar falando a verdade.


Zelenka veio para a trama com intuito de trazer mais mistério e intrigas, assim como dar uma mexida no passado de Lumikki. Se é verdade ou não o que Zulenka afirma, vocês só saberão lendo.


O que vale ressaltar é que mais uma vez fico de cara como a Lumikki consegue se envolver em tantas situações que beira o imaginário.. Mas mesmo assim, considerei esse volume bem melhor que o anterior e fiquei instigada a ler o próximo.


Não dá para ficar qui falando sobre a história, pois sei que muitos não leram o volume anterior; então.. Nada de soltar o que não devo não é?


A escrita da autora é envolvente apesar de meio louca as situações criadas e continuo intrigada para saber o que mais Salla Samukka poderá inventar nessa história que começa a tomar uma forma.
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Bru Fátima 18/02/2017

Nem Lumikki fosse uma menina xereta, intrometida aconteceriam tantas desgraças com proporções de grande magnitude na vida dela. Porque nem Carie a estranha atraiu tantos infortúnios para si mesma mesma como Lumikki. Após o envolvimento - o qual diga-se de passagem, ela caiu de paraquedas - com a máfia e sair quase ilesa a moça resolve passar as merecidas férias bem longe da congelante Finlândia, na ensolarada Praga. Mas a moça parece ter uma nuvem negra em cima da cabeça, tipo a casa da Família Adams, porque até la ela atraiu confusão da grandes e por extremo azar. Diante de uma possível membro de sua família ela se envolverá com uma ceita secreta que planeja uma destruição em massa. Nesse segundo livro a estória é muito mais convincente, ela se envolve realmente por na ter escolha, porque quando viu já estava la... porque no livro anterior eu parava a leitura e pensava "la vai ela tentar se matar sem necessidade". E agora temos também mais acesso a sua breve história com Heikki em um verão feliz, porém muitas pontas ainda ficam soltas. E mais lembranças de sua infância começam a desabrochar a princípio como sonhos e depois se tornam mais reais; possivelmente essas lembranças tendem a estar relacionada também os comportamentos automáticos, apáticos e pouco afetuosos de seus pais. Isso explicaria esse sentimento de não pertencimento de Lumikki em qualquer lugar que esteja, como se faltasse algo, alguém; um sopro de cor, luz e vida a essa menina que parece tão perdida e sofrida, que apesar de muito nova carrega pesos demais, amarguras e perdas das quais ainda não se curou. Uma leitura instigante do começo ao fim, um quebra cabeça que ainda tem muitas peças perdidas, que torna quase impossível o vislumbre do total.

site: https://www.instagram.com/naoemprestolivros/
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