Jango e Eu

Jango e Eu João Goulart Filho




Resenhas -


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Vinicius 17/07/2022

Ditadura nunca mais!
Temos ódio e nojo à ditadura!

É um livro político e de memórias ao mesmo tempo, só que conta com diálogos e em obras assim se espera apenas textos e essa diferença fez com que o livro ficasse muito fluido e fácil de ler.

Devo deixar claro que não sou fã do João Vicente Goulart, ou o apoio politicamente, mas ele é uma figura histórica importante, principalmente por ser filho de jango, ter vivido no exílio com o pai sendo testemunha ocular da vida do presidente João Goulart deposto pelo golpe militar em 1 de abril de 1964. Como político João Vicente herdou o legado de jango, mas não teve uma carreira tão bem sucedida como o pai teve, e não é muito conhecido hoje.

Foi muito bom saber do período da ditadura militar de uma forma mais fácil de compreender, esse livro deveria ser mais conhecido e lido pelas pessoas. O autor apresenta diálogos políticos muito interessantes que teria tido com o pai ou do pai com convidados e são excelentes passagens.

João Vicente conseguiu demostrar que a dor do exílio e da injustiça é pesada demais, foi um absurdo o que houve com jango e sua família, bem como a outros políticos, mas principalmente o que aconteceu com o Brasil e os brasileiros pobres desse país.

“Navegar é necessário, mesmo que as águas infinitas dos oceanos nos levem por caminhos às vezes calmos, às vezes em tormentas.”

“Ter saudades é viver, ter esperança é sobreviver e ter amor é ter a certeza da eternidade.”
Layla.Ribeiro 17/07/2022minha estante
Muito boa sua resenha


Vinicius 17/07/2022minha estante
Fico feliz, obrigado :)


A Leitora Compulsiva 17/07/2022minha estante
Os seus textos são tão reflexivos, ovô adicionar o livro aqui :3


Vinicius 17/07/2022minha estante
Kkkkk obrigado, eu achei esse livro muito bom




Clara 22/07/2020

"O Uruguai é azul, João Vicente. É azul."
Devo admitir, que nunca fui fã de livros de memórias, mas esse é um daqueles livros que lhe arrebatam a alma.
João Vicente, filho de Jango, tem a sensibilidade na ponta da caneta, somos transportados para o Uruguai e conhecemos o mais íntimo de Jango.
É impossível não se emocionar com todo o amor envolvido entre os dois, toda cumplicidade.
Jango lutou pelo seu povo e suas sementes foram carregadas pelo vento e semeadas no coração da nação brasileira.
Uma leitura espetacular.
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Manu 29/07/2020

Um Brasil desconhecido por muitos
Ninguém que renuncia a si mesmo em nome de uma causa morre de graça. Jango foi um deles: fez da vida um exemplo, e de sua morte, a resistência.

João Vicente ao fim do livro consegue transbordar a grandiosidade de Jango relatando os mais de 30 mil brasileiros conduzindo o seu caixão, pedindo a anistia (contrariando a censura imposta pelo regime).
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Yasmina.Gondim 05/08/2023

Muito bom!
Li esse livro em abril de 2020. Foi um dos livros que mais gostei de em ler naquele ano. Devo ter lido em um espaço de final de semana.

É um livro biográfico, narrado por João Vicente, filho do Jango, que à época do golpe tinha 7 anos. Aborda principalmente o período após o golpe, em que seria necessário sair do país e conta de que forma isso foi feito.  A proposta de João não é contar a história brasileira, pra ele já existe muitos livros que contam. O objetivo é principalmente por uma luz em como se deu o período longe do Brasil da família Goulart, enquanto crescia na América Latina o número de ditaduras. João Vicente fala sobre as dificuldades de adaptação fora do Brasil, as visitas de amigos ilustres a Jango (alguns também exilados), os períodos longe do pai, o alistamento militar de João ainda no período de ditadura militar, a necessidade de terem que sair do Uruguai, onde tinham passado vários anos.

Eu acho que vale muito a pena ler a história sobre esse viés mais pessoal da família do então presidente João Goulart que foi deposto 1964. A família saiu de São Borja sem Jango no dia 02 de abril de 1964. Ele iria depois. Jango morreu no exílio em dezembro de 76.
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Bruna.Patti 04/11/2018

Jango e eu: memórias de um exílio sem volta
Resenha

Livro: Jango e eu: memórias de um exílio sem volta

Autor: João Vicente Goulart

Ano de lançamento: 2017

Número de páginas: 350



Não sou profunda conhecedora da história do Brasil, mas me interesso por livros de variados assuntos. Confesso que o que me chamou a atenção primeiramente nesse livro foi a foto da capa e o título. É uma fotografia de um menino no colo de um adulto, a criança olhando para seu pai e este contemplando o horizonte. O menino é João Vicente, autor do livro. Essa belíssima fotografia resume bem toda a obra: um relato, repleto de afeto de um filho para com seu pai.



O livro não se propõe a contar a história brasileira, com referências bibliográficas, pois, nas palavras do próprio autor, já existem inúmeras obras que se prestam a esse papel. A obra narra a vida no exilio de Jango, como era conhecido João Goulart, e sua família. O presidente foi deposto pela ditadura de 64 e teve que se exilar fora do país. Primeiramente no Uruguai e depois na Argentina.



Acompanhamos a vida exilada dessa família, tão longe de casa, por motivos tão tristes. Na América Latina vivíamos um período ditatorial, que acabou tomando o Uruguai e a Argentina poucos anos depois, transformando esses países em um perigo para os exilados. João Vicente consegue nos passar a sensação tão viva de isolamento que seu pai e sua mãe viveram, enquanto ele e sua irmã, crianças ainda, ele com 7 anos somente, faziam vários amiguinhos por onde passavam.



A obra é tão bem descrita que parece que estamos assistindo a um filme. São narrados os encontros com amigos ilustres do presidente, como Josué de Castro, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, a cantora Maysa, o cineasta Glauber Rocha. É delicioso e extremamente enriquecedor ler sobre essas reuniões com seus amigos, alguns também na condição de exilados e outros que iam para visitar o amigo. Jango pretendia fazer reformar de base no Brasil - agrária, educacional, política - e foi impedido por uma elite escravocrata, que não perde a chance, desde sempre, de manter seus privilégios. Penso que nosso país poderia ter sido diferente caso Jango tivesse se mantido no poder. Condenava os extremismos, até mesmo da esquerda. Em relação à isso, podemos ficar conhecendo as tensões envolvendo Jango e Brizola, seu cunhado. Enquanto Leonel apostava numa revolta armada contra o regime da ditadura, Jango acreditava em uma possível saída democrática.



Penso que ler essa obra em um momento político como o nosso seja maravilhoso, pois nos faz refletir sobre como a perda das liberdades individuais pode afetar a vida das pessoas. É necessário refletirmos acerca desse assunto, em nossa frágil democracia e o que governos autoritários podem ter como consequência. Poderíamos ter tido reformas de base e atualmente, o Brasil poderia ter menos desigualdade, visto que somos um dos países mais desiguais do mundo. São apenas reflexões, mas vale a pena pensar sobre.



É uma obra apaixonante, lírica, que conta os fatos com um carinho enorme, afinal de contas, é um filho falando sobre o pai. Os dois sempre foram muito companheiros e amigos. Pelos olhos de João Vicente, acabamos conhecendo um homem honesto, benevolente, um autêntico líder e estadista, mas sobretudo um pai, marido e pessoa sensacional. Acredito que a educação é uma ferramenta poderosíssima para transformar o mundo e ler nos ajuda a pensar criticamente, por isso recomendo fortemente a leitura e reflexão.

LINK DO MEU BLOG ABAIXO:

site: https://abiologaqueamavalivros.blogspot.com/2018/11/jango-e-eu-memorias-de-um-exilio-sem.html
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LúcioLivreiro 05/01/2024

Jango, João Vicente e eu
Eu não tinha conhecimento da existência deste livro. Fui pegar algo para ler no Sebo Macaco Studado, em Porto União (SC) e depois de ter escolhido "Anarquistas, graças a Deus", da Zélia Gattai dei de cara com este Jango e eu e levei pra casa também.

Votei no João Goulart Filho para presidente em 2018, visitei a casa de João Goulart e o jazigo da família em São Borja no ano de 2019 e vi os dois filmes sobre o presidente golpeado em 1964, "Jango", de Silvio Tendler e "Dossiê Jango", de Paulo Henrique Fontenelle e acho que João Goulart foi muito corajoso ao propor as reformas de base, tão necessárias para que o Brasil pudesse sair do subdesenvolvimento.

Do texto de "Jango e eu", gostei bastante pois nos mostra a dura realidade de uma família que teve de deixar seu país, sua vida, seus meios de subsistência pois eram vítimas de uma ditadura nojenta como qualquer outra.

Mesmo sendo filho do ex-presidente da República e rico fazendeiro João Goulart, João Vicente sofreu vários tipos de violência que são narradas neste livro. Assim, o que mais me impressiona é que há em todo canto uns zé mané defendendo ditaduras.
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