Machado

Machado Silviano Santiago




Resenhas -


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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Machado, de Silviano Santiago – Nota 8/10
Essa foi a obra escolhida para última categoria do #desafiobookster2018. Confesso que não estava muito empolgado para lê-la. Não sou um fã de biografias e já tinha lido algumas críticas negativas sobre o livro – que, inclusive, foi vencedor do Prêmio Jabuti 2017. Mas resolvi colocar “Machado” no desafio do ano passado como forma de incentivo para tirá-lo da estante... Na capa do livro já nos deparamos com uma dica do que aparentemente iremos encontrar durante a leitura: “romance”. Em seguida, comecei a ler a sinopse que promete “uma perspectiva totalmente original e audaciosa dos últimos anos de vida de um dos maiores romancistas de todos os tempos”. Logo já me veio a dúvida: esse livro é uma biografia ou um romance? E a verdade é que, depois de concluída a leitura, eu não conseguiria classificar essa obra. Ela é muito diferente e acho que qualquer tentativa de encaixá-la em uma única categoria seria falha.

Ao longo das suas mais de 400 páginas, o leitor encontrará relatos extraídos de cartas escritas por Machado de Assis, um amplo ensaio histórico sobre o Rio de Janeiro do início do século XX e uma análise detalhada acerca dos mais diversos assuntos, que vão desde tratamentos para epilepsia até curiosidades arquitetônicas da cidade e reflexões sobre trechos bíblicos. É uma obra muito inteligente e recheada de referências à produção literária de Machado, assim como a personalidades importantes que viveram na sua época. Santiago realmente sabe trabalhar com as palavras e encantar o leitor com sua habilidade em lidar com os mais variados assuntos, enriquecendo a leitura com uma profunda pesquisa histórica.
Há, no entanto, um problema. Ao mesmo tempo que encontrei capítulos interessantíssimos e que me fascinaram (!), sofri com algumas partes da obra, principalmente depois da metade da leitura. Há passagens muito extensas e prolixas que me desanimaram e, na minha opinião, não acrescentaram muito à obra.

No final, valeu a pena a leitura! Foi uma experiência diferente e que recomendo, principalmente para quem gosta do trabalho de Machado e tem interesse em saber mais sobre aspectos históricos e curiosidades de sua época!

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Leila de Carvalho e Gonçalves 23/10/2017

Retrato de Um Artista Quando Velho
De acordo com Silviano Santiago, "Machado", ao invés de um romance de formação, é um romance de sobrevivência, pois apresenta os últimos quatro anos de nosso maior escritor. Um período marcado pela solidão após a morte de Carolina, sua esposa, e a degeneração física, agravada pelas frequentes crises de epilepsia.

Reunindo ficção e realidade, biografia e ensaio, o livro tem como pano de fundo o quinto volume da "Correspondência de Machado de Assis", que vai de 1905 a 1908, publicada pela ABL. Sem dúvida, trata-se de uma boa recomendação de leitura, no entanto, ela não é imprescindível. Na realidade, a narrativa exige um leitor que conheça a obra do escritor, especialmente, os contos "A Causa Secreta" e "A Chinela Turca", além de quatro romances: "Ressurreição", "Memórias Póstumas de Brás Cubas", Esaú e Jacó" e "Memorial de Aires", aliás, escrito nesse período. Os comentários de Santiago privilegiam esse material, inclusive, trazendo à luz novas dimensões interpretativas.

Apresentado o autor de "Dom Casmurro" como um mínimo no palco da literatura, o livro também revela sua afetuosa relação com Mário, um dos filhos de José de Alencar. Escritor de pouco prestígio, catapultado a Academia Brasileira de Letras graças ao apoio do amigo, o jovem também era epilético e esse traço em comum fortaleceu os boatos de que fossem pai e filho. Esse parentesco é veementemente rejeitado por Santiago que apresenta Machado apenas como seu protetor, um "pai espiritual".

O livro também exibe o Rio de Janeiro em transformação. Na contramão do declínio do escritor, a Capital Federal cresce e moderniza-se após a Abolição e o advento da República. Os velhos cortiços são derrubados e de seus destroços surgem os primeiros casebres no Morro da Favela. O dinheiro troca de mãos e os suntuosos mansões da nobreza passam a ser propriedade do Estado. O abastecimento de água vira realidade e largas avenidas cortam a cidade, dando um clássico requinte inspirado na Paris de Haussmann. A consequente valorização imobiliária atingiu o próprio Machado que só conseguiu pagar o novo aluguel do pequeno sobrado onde vivia no Cosme Velho, graças a um providencial aumento de ordenado como funcionário do Ministério da Viação.

Enfim, dentre o grande números de obras sobre o escritor, esse romance prima pela originalidade. Produto de uma extensa pesquisa e do olhar crítico e experiente de Santiago, é uma recomendação sob medida para quem aprecia nossa boa literatura. Encerro com o próprio autor: "A vida de Machado é pouco perto do que a eternidade lhe dará."

Nota: Adquiri o ebook que apresenta boa diagramação, revisão e índice ativo completo.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 01/01/2018

Silviano Santiago - Machado
Editora Companhia das Letras - 424 Páginas - Lançamento: 07/12/2016.

Talvez o romance brasileiro mais premiado de 2017, tendo vencido o Jabuti nesta categoria, eleito como livro do ano de ficção pela organização e ainda levado o segundo lugar do Prêmio Oceanos (antigo Portugal Telecom de Literatura), "Machado" não é exatamente — ou somente — um romance, embora contenha elementos de ficção. Pode ser classificado com facilidade também como um ensaio de crítica literária, biografia ou até mesmo estudo de pesquisa histórica. É bom que se diga que, em qualquer dessas categorias, é um livro que reflete a erudição do professor Silviano Santiago, Doutor em letras pela Sorbonne, exigindo atenção redobrada do leitor, assim como algum conhecimento prévio sobre a obra machadiana.

O autor limita o período histórico do livro de 1905 a 1908, de acordo com o quinto volume da correspondência de Machado de Assis, publicado pela Academia Brasileira de Letras, da qual ele foi presidente e fundador, focando, portanto, nos últimos anos do nosso maior romancista. Solitário após a morte da companheira de toda a vida, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, sem filhos ("Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria." - "Memórias Póstumas de Brás Cubas") e a terrível epilepsia que provocava crises cada vez mais frequentes, uma doença que o grande escritor não tinha mais como ocultar da sociedade, Machado de Assis dividia o seu tempo entre a luta para terminar o último romance, "Memorial de Aires", o atendimento ao serviço público e o relacionamento com outros escritores e intelectuais da época, como por exemplo Mário de Alencar, filho de José de Alencar, com quem trocou extensa correspondência durante o período pelo fato de sofrerem da mesma doença e compartilharem o mesmo médico, o Dr. Miguel Couto.

"No Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, onde tem a função de chefe de contabilidade, na Livraria Garnier, onde passa o final das tardes a conversar com colegas de literatura, e na recém-fundada Academia Brasileira de Letras, de que é o presidente desde a fundação em 1896, fala-se à boca pequena que, em virtude da solidão, e da tristeza reinante no lar, as antigas e intermitentes crises nervosas do viúvo (as chamadas 'vertigens', causadas pela imprudência de não conseguir seguir à risca o conselho médico e evitar o café) estão se tornando constantes e públicas. Observa-se e se comenta que o aplicado funcionário público, o leitor atento e crítico da produção literária clássica e europeia e o romancista de renome internacional estão os três enfermos. Os três continuam também produtivos e, a cada dia que passa, mais exibem os achaques da idade aos íntimos e ao médico clínico, o dr. Miguel Couto." (Pág. 17)

Silviano Santiago tece consideráveis digressões ao narrar o contexto histórico e literário da época, resgatando figuras pouco conhecidas, como Carlos de Laet, Mário de Alencar, o médico Miguel Couto e a própria cidade do Rio de Janeiro, uma das maiores personagens do livro, então capital federal do novo sistema republicano, o Rio sofria intensas transformações e modernizações desde a última década do século XIX até o início do século XX, talvez a maior delas o projeto e construção da avenida Central (hoje Av. Rio Branco), liderada por Paulo de Frontin. As obras iniciaram-se em março de 1904, transformando em pouco tempo a área suja e conturbada do velho centro colonial em avenidas largas com influência da arquitetura europeia, uma região hoje conhecida como Centro do Rio. Surgem, também nesta época, as primeiras habitações precárias dos operários, construídas com telhado de zinco na subida do morro da Favela, perto da região das obras. Já em 1908, o escritor Coelho Neto chamaria a capital federal de Cidade Maravilhosa, com as belezas e contradições que conhecemos tão bem até hoje.

"A capital federal assistiu à chegada de sucessivas correntes migratórias na última década do século. Seus novos moradores vinham do interior do próprio estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e também da Bahia. A primeira das correntes migratórias é consequência da Abolição da Escravidão. Os interioranos trocam suas ocupações na roça pelas ocupações de operário na cidade imperial em reconstrução republicana. A segunda das correntes migratórias, do final da Guerra de Canudos. Ao voltarem da famosa campanha militar, os soldados da tropa não encontram à espera o emprego no estado natal. O número de migrantes é acrescido pelo grande número de imigrantes estrangeiros." (Pág. 180)

A pesquisa histórica é minuciosa e realmente fascinante mas, na minha opinião, é como crítico literário que o brilhantismo de Silviano Santiago se destaca nesta obra. Uma questão tratada no livro, por exemplo, é a dissimulação das personagens femininas e o ciúme como um dos elementos centrais na obra de Machado de Assis. Seja na formação do triângulo amoroso com Capitu, Bentinho e Escobar em "Dom Casmurro" ou com o protagonista Félix que cancela o casamento com a viúva Lívia após receber uma carta anônima que provoca a sua dúvida sobre o caráter moral da amada em "Ressurreição", não faltam exemplos da musa com um caráter de ambiguidade moral.

"Sem temor e com audácia, Machado de Assis está sempre desgastando de modo atribulado e enviesado a figura exemplar da musa. Nos seus escritos literários, em oposição ao que se passa nos grandes poemas líricos da tradição ocidental, a personalidade fascinante da mulher amada não é modelar. Neles, a bela, sedutora e privilegiada figura poética feminina vem envolta pela aura não só da dissimulação, traço dominante do seu temperamento volúvel, como também da ambiguidade, atitude que evidencia a frivolidade na expressão dos sentimentos mais íntimos. Nos escritos literários machadianos, falta à amada sinceridade no amor, postura indispensável à realização do acasalamento almejado pelo protagonista masculino. Representada como dissimulada e ambígua (estou recorrendo a vocábulos recorrentes na ficção machadiana), a amada gesta no coração amoroso masculino dúvidas e mais dúvidas que terminam por corroer a imagem tradicional da musa." (Pág. 246)

E, no entanto, a própria experiência de Machado de Assis com o amor é inequívoca, como prova o famoso soneto que escreveu para a falecida esposa Carolina: "Trago-te flores — restos arrancados/ Da terra que nos viu passar unidos/ E ora mortos nos deixa e separados". A única exceção de felicidade matrimonial em sua literatura ocorre justamente no último romance, "Memorial de Aires", onde o velho casal Aguiar, também sem filhos, é exemplo de felicidade no casamento. Silviano Santiago comenta alguns pontos muito interessantes sobre a gênese deste romance com base no manuscrito preservado na Academia Brasileira de Letras e a relação da protagonista dona Carmo com Carolina, impossível de resumir aqui.
Raquel 11/02/2019minha estante
Muito bom. Obrigada




Henrique 12/04/2017

Machado
A partir das cartas trocadas entre Machado de Assis e Mário de Alencar, o autor mistura biografia, romance e história para contar os últimos anos de vida de Machado de Assis. Obra bem diferente da maioria. No início causa uma certa estranheza mas depois revela-se uma grande leitura.
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Gladston Mamede 20/03/2018

NÃO É UM ROMANCE. É UM ENSAIO HISTORIOGRÁFICO.
“Machado” (Companhias das Letras, 2016, 421p)
A capa mente: não é um romance. É um ensaio de historiografia e literatura. Aliás, um riquíssimo ensaio de historiografia sobre o final do Império e o início da república, embora avançando por outros fatos e momentos: por isso digo que é um ensaio: o autor se permite ir e vir no tempo e no espaço: Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, França. Machado de Assis não é personagem, nem mesmo a única figura histórica contemplada: Machado, Mário de Alencar, Miguel Couto, Flaubert e outros tantos. São muitas. Eu o leria como ensaio historiográfico, mas não perdoo ter sido ludibriado: não é um romance, não é literatura (em sentido estrito), senão literatura historiográfica. Não o colocaria junto com Machado de Assis ou Guimarães Rosa, que fazem literatura em sentido estrito, mas ao lado de Bóris Fausto, que faz historiografia.
O texto é erudito usando o vernáculo com propriedade e, mais, virtuosismo, o que me agradou muito. Mas o autor se torna prolixo em diversas passagens, assim como há algumas que mais parecem crítica de exposição de artes plásticas: um rame-rame de frases que, querendo dizer muito, acabam por não dizer nada. Em algumas passagens, chega a irritar e tive que me conter para não abandonar a leitura.
No frigir dos ovos, valeu a pena. Um interessante ensaio historiográfico, nunca nunca um romance. Fui enganado. Não gosto de ser enganado.
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Carlos Nunes 15/06/2018

Muito mais que um romance
Apesar do termo "romance" na capa, o livro é muito mais do que isso: o autor mesclou com maestria o relato dos últimos anos de Machado de Assis, seu relacionamento com Mário de Alencar, sua tristeza com a viuvez e a escrita de Memorial de Aires com as profundas mudanças sociais do Rio de Janeiro no início do século XX. Utilizando passagens da vida de Machado como gancho, Silviano constrói análises profundas e extremamente interessantes sobre os mais variados assuntos, como a homeopatia, Aleijadinho, Flaubert, epilepsia, reformas arquitetônicas do Rio de Janeiro, a obra de Machado (especialmente Esaú e Jacó e Memorial de Aires), o quadro "Transfiguração", de Rafael, e muitos outros assuntos, onde deixa trasnparecer toda sua erudição e profunda pesquisa para escrever o livro. Não é uma leitura fácil, é necessário ler com calma, absorvendo cada página. Um livro necessário para qualquer pessoa interessada em Machado de Assis.
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Letícia 06/01/2018

Uma beleza convulsiva!
O vencedor do prêmio Jabuti de 2017, recomendado em várias listas e resenhas pela internet a fora. O livro me chamou a atenção, antes mesmo das premiações que teve. Todos os textos, resenhas, notas sobre Machado de Assis sempre me chamam a atenção. A apresentação da obra no próprio site da editora nos conta o seguinte :

Rio de Janeiro, começo do século XX. Viúvo e solitário, Machado de Assis sofre fortes dores e crises nervosas enquanto testemunha a modernização da antiga cidade do Rio de Janeiro. Em Mário de Alencar, filho de José de Alencar, o presidente da Academia Brasileira de Letras encontrará um precioso interlocutor, que também sofre terríveis crises nervosas e o encaminhará ao dr. Miguel Couto. Qual é a relação entre as convulsões de Machado e sua genial criação? Depois de narrar passagens inauditas das vidas de Graciliano Ramos e Antonin Artaud, Silviano Santiago oferece uma perspectiva totalmente original e audaciosa dos últimos anos de vida de um dos maiores romancistas de todos os tempos.

Em um misto de romance, ensaio, biografia e também caderno de recortes, Santiago nos leva a conviver com Machado em seus últimos anos de vida, com suas angústias, a debilidade da saúde, sua amizade com Mário de Alencar, a solidão da viuvez, a mudança de um Brasil Monárquico e o nascimento de uma jovem República e por fim, o término de seu livro Memorial de Aires.

Quando iniciei a leitura, me vi em um Rio de Janeiro conhecido (conheço um pouco da cidade), através da lente de Santiago e guiado por Machado. A leitura não é fácil, mas mesmo exigindo uma concentração do leitor, nos traz detalhes riquíssimos de crítica literária, onde Santiago é mestre, além de estarmos no âmago dos acontecimentos daquela época tanto do ponto de vista político, social e literário. Além do foco que é acompanhar Machado de Assis nessa empreitada.

Não é pré-requisito conhecer a obra Machadiana, mas ao longo do texto, vamos sendo levados à vários textos do Bruxo do Cosme Velho e a riqueza da construção das narrativas e suas personagens. Passaremos por vários contos, pelos livros Ressurreição, Esaú e Jacó, Memórias Póstumas de Brás Cubas e sempre falando também de Memorial de Aires. Tive vontade de reler, Memórias Póstumas e o Memorial de Aires, e quem não conhece, espero que tenha curiosidade e dê uma chance aos magníficos textos do maior romancista brasileiro.

Através desse caminho escolhido por Santiago para a composição do romance, podemos compreender mais a fundo a construção das complexas personagens de Machado, principalmente as femininas, como veremos a longo do livro e principalmente nos últimos capítulos. Todo o jogo de traição, amor, sexualidade afloram na obra machadiana. Será reflexo de sua vida com a querida Carolina, seu amor?

Dessa forma, podemos percorrer pelas falas se misturam durante o texto, entrelaçando obras e autor, focando tanto em um quanto em outro, diferentemente das biografias que conhecemos com foco no autor. Há várias digressões de Santiago, mas que se revelam interessantes para a sequência do texto.

O texto traz diversos autores e obras que fizeram parte da vida de Machado de Assis e de seus contemporâneos, é um convite para os leitores e demonstra a extensa pesquisa e erudição de Santiago.

Confesso que nos capítulos derradeiros, quando estamos chegando próximo aos últimos dias de Machado, fui ficando mais melancólica e economizando as páginas para não finalizar o livro. Para mim, foi uma grata experiência e me fez entender mais um pouco de Machado e sua escrita. Daqueles livros que ficam com você após a leitura, por bastante tempo.

Como disse Machado em Memórias Póstumas de Brás Cubas: O sonho vira convulsão. É beleza convulsiva. Assim é o livro de Santiago!

Recomendo a leitura!



site: http://www.minhastempestades.com.br/2018/01/machado-silviano-santiago.html
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/07/2019

Ancorado em extensa e rigorosa investigação, o ficcionista retrata um Machado solitário e sofrido dos seus últimos dias, cercado ao mesmo tempo por fantasmas da literatura mundial e temas obsedantes de sua obra, como o amor e o ciúme, a viuvez, o adultério, e a religiosidade.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85-359-2836-5
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