Sobreviventes do Caos

Sobreviventes do Caos Bianca Gulim




Resenhas - 2323 - Sobreviventes do Caos


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Carol 10/03/2017

De parabéns!
Poucas oportunidades eu tive de vir aqui e escrever que um livro distópico nacional me tirou o sono. Na verdade, parando para pensar, acredito que isso jamais aconteceu. Então imagina a surpresa quando pego algo para ler até chegar o sono 9 da noite, e acabo dormindo apenas 4 da manhã, depois da última palavra lida. Certamente muitos de vocês já passaram por isso. Pessoalmente me senti uma louca porque teria que levantar assim que minha filha acordasse, e o relógio biológico dela não entende a insanidade da mãe leitora de virar uma madrugada lendo. Mas eu estava frenética. Não conseguia parar.

No livro conhecemos Celine, que é a chefe dos guerreiros de uma das tribos existentes depois de uma doença que devastou grande parte da humanidade. Irmã do chefe principal, Júlio, e uma badass de primeira, a garota é durona e não tem muito papas na língua. O tipo de protagonista que eu adoro, e esse foi o primeiro motivo que me prendeu nessa história.

Quando o irmão dela demora tempo demais em uma missão que deveria ser rápida, Celine começa a desconfiar que tem algo de errado, e resolve que está na hora de sentar e avaliar as coisas estranhas que estão acontecendo ao redor deles, e passar a agir para resgatar Júlio e proteger seu povo.

Ela é uma chefe bem amada por seus guerreiros, e tem dois em especial que tem sua mais completa confiança: Darion, o melhor amigo, e Max, uma figura pra lá de sarcástica que tem a tendência a ser teimoso, mas também está sempre ao lado dela (ou em cima... embaixo...).

Vocês bem sabem que falou em distopia, estou dentro. Então quando Bianca me convidou para ler o livro dela, eu aceitei de prontidão. E realmente não me arrependi, Pelo contrário, estou aqui louca porque a continuação ainda não está concluída.

Primeiro devo dizer que a explicação que a autora dá para sua ideia de distopia é simples e eficaz. Já li algumas ai que Santa Mãe de Deus... só muita paciência para aguentar! Aqui não tem muito arrodeio, e as coisas são explicadas de maneira a não chamar o leitor de burro, ou ser condescendente com ele. Amei isso! A ideia não é concentrar no que levou os protagonistas até ali, mas como eles estão continuando com o que tem.

Outro ponto positivo é que a autora não alisa na questão sexual da personagem. Nada de deixar coisas subentendidas. As cenas quentes são realmente quentes. Achei isso maravilhoso. Já estava cansada daquele chove não molha das maioria das distopias onde as protagonistas nunca tem tempo para nada além de ser durona e matar gente do contra.

Adoro também as cenas de ação! São super bem escritas e isso me deixou fascinada. Não esperava um livro tão trabalhado em coisas como sexualidade e batalha corpo a corpo. Até as estratégias de guerra são boas e me lembrou filmes como O Patriota.

Pode ser bobagem, mas também gosto dos nomes que Bianca cria. Não só para personagens, mas para raças, tribos, povos... Enfim, nomes de modo geral. De, por exemplo, chamar de Fortaleza aquele povo com mais recursos tecnológicos. Porque aqui tem de gente que vive de caça e tem armas de madeira, a pessoas com rifles. E isso acaba pesando no "quem pode mais" em uma batalha. Óbvio!!

Como sou uma completa chata quando o assunto é meu gênero predileto, também tiveram algumas coisas que me incomodaram.

A primeira posso citar que tenha sido as crises de mudança de personalidade da protagonista. Uma hora ela segurava uma barra da porra e era uma líder altamente sensata, na outra tava fazendo cena por uma coisa muito idiota dentro do contexto geral do que estava acontecendo. Pode ser um traço da personalidade dela, mas acho que Celine pode mais do que isso. Mudar de opinião muito rápido e de modo infantil não combina com o grau de importância que ela tem ali dentro.

Tem um certo triângulo amoroso que também não engoli. Não sou chegada a instalove - ou instadesire. Na verdade, ainda estou tentando entender qual a ideia daquele terceiro personagem, e não só em relação ao triângulo, mas de maneira geral. Não consegui me afeiçoar a ele. Tem algo de estranho com aquele cara.

Outra coisa irritante eram os ciúmes imbecis de Max. Meu amigo, vocês estão ferrados, você é super bem treinado e sensato, e de repente tá querendo voar no pescoço de alguém só porque olhou diferente para a guria? Tá parecendo esses bêbados de bares que acham que a mulher do lado atrai até os cachorros que passam na rua!

Deu para perceber que as coisas que me incomodaram são bem pequenas, né? Detalhes de personalidade dos personagens, e coisas que são até comuns em livros desse tipo. Mas como eu adorei todo o resto, era inevitável que eu exigisse mais da história. Porque ela merece mais, e sou exigente com aquilo que gosto.

O final do livro é tipo "UOUUU". A pessoa acaba desesperada por mais. E ainda estou nesse desespero. Acho que vou mandar um email por semana para a autora voar com essa escrita. Preciso de mais. Mais de tudo aquilo. Enfim, eu indico pra cacete esse livro! Bianca está de parabéns, e estou realmente ansiosa por mais desse mundo que ela criou.

site: www.terradecarol.blogspot.com
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Ariane.Vasconcelos 28/02/2017

Distopia, Romance, e muito mais
O livro é narrado por Celine, em mundo distopico, que foi dizimado por virus letal cem anos antes os sobreviventes do acoa da epidemia tentam sobreviver pacificamente é obvio que isso não é totalmente possível.
O clã de Celine era comandado por seu pai até que ele sedento por poder traiu seu povo
Hoje o líder é seu irmão Julio e ela Celine que é comandante dos guerreiros do clã, eles rem como braços direitos Max ( um guerreiro de outro clã que abondonou seu lar para ficar com eles e Darion melhor amigo/irmão de Celine.
O livro se inicia quando Julio, saiu em uma missão de paz sozinho e ainda não voltou e ela estava desconfiada de que algo estava errado. E isso realmente fica provado quanfo seu povo é traido, seu irmao morto e ela sequestrada em meio a tudo isso ela conhce Luke e sua irmãzinha que também foram sequestrados.
Em em meio a td isso nasce um triangulo amoroso, entre Celine, Max e Luke.
Bom chega de contar a história o que posso dizer é desse ponto em diante têm bastanre ação e muito batalha para quw Celine recupere seu povo.
Minhas impressões são as segyintes Celine é uma heroina bastante forte, ela gosta da guerra, Não tem medo de expor e de ir para batalha, acho rla meio chata no que diz respeito ao romance, pra mim rla confia demais em Max e não pensa direito quanyo a isso.
O romance para mim é parecido com outros como a Seleção ou Jogos Vorazes, onde temos uma guerreiro que é Max e um himem que quer proteger a mocinha mas que não têm tantos meios assim.
Mas dessa vez acho que escolhi o lado porque eu sinceramente torço para Luke, nao gosto de Max com Celine. Não sinto que ela fique focada sabe sei lá acho que ele por mais que ele a conheça, principalmente a Celine guerreira ele não a conhece de verdade, ele não consegue se conectar pra valer é isso que eu sinto.
Pra mim a relação mais incrível é de Celine com Darion, eles se amam mas de uma maneira unica e profunda e isso é realmente lindo.
Gostei do livro gosto desse tipo de história onde somos jogados em meio a acontecimentos e depois tudo vai se descobrindo, e o enredo é muito interessante, e sei que muita coisa ainda vai se descobrir.
Será uma saga muito esperada.
Bianca por favor deixa a Celine com Luke.
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Ligia.Dantas 24/02/2017

A leitura me prendeu do inicio ao fim
O livro é narrado em primeira pessoa, por Celine. Ela é uma mulher guerreira, intensa e estrategista. Ela precisa passar por cima de suas perdas e feridas para liderar um grupo de sobreviventes pós-dizimação de grande parte da população do planeta.
Eu gosto de personagens femininas que lutam pelo seu lugar no mundo. Celine vive paixões intensas, tem conexão profunda com a natureza e seus instintos. Talvez porque a vida nesse mundo pós-apocalíptico exija coragem e intensidade. Tudo pode acabar na próxima cena. Ou a próxima cena pode exigir estratégia, perspicácia e destreza. A autora narra na voz de Celine cenas de ação de tirar o fôlego.
E o final é um misto de espanto e desejo de ler a continuação logo!
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Lina DC 14/02/2017

"Em 2222, um vírus letal varreu a Terra. A morte acontecia setenta e duas horas após a contração da doença. Não demorou muito para a praga alcançar todos os continentes. Meses após a identificação do vírus, metade da raça humana já havia padecido. Não foi possível conter a proliferação." (p. 06)

A população foi dizimada por um vírus letal no ano de 2222, reduzindo drasticamente o número de vivos. A situação piora quando apenas um país tem uma medicação que consegue uma medicação que retarda os sintomas, mas se recusa a compartilhar com os outros países. O caos se instala: a doença, as rebeliões, o medo e o pânico reinam. Guerras se iniciam. O mundo que conhecemos está próximo do fim.

Após esse início dramático, o livro é narrado em primeira pessoa por Celine, a protagonista da história.

Um século depois o planeta está livre do perigo, mas os sobreviventes estão divididos em grupos. O Povo da Areia é o grupo de selvagens, aqueles que usam apenas o instinto e dependem da violência; como o próprio nome diz, eles vivem no deserto e são mais primitivos; a Fortaleza é o povoado mais moderno e utiliza tecnologia e armas ; tem uma maior estrutura e leis próprias e os Aligortes são liderados por Jafar, um homem que é frio, implacável e sedento por poder.

"A fortaleza é engraçada. Diz repudiar a guerra, a violência. É a favor da paz, da harmonia entre os povos. Mas o que fazem os de lá quando alguém coloca em risco nossa paz? Matam! É uma ótima forma de repudiar a violência, punindo os infratores com a morte." (p. 14)

A história de Celine se inicia quando seu irmão Júlio que também é líder de seu povo está fora do acampamento há quatro dias. Ele foi até a Fortaleza após os Aligortes atacarem o Povo da Areia. Seu objetivo é forjar uma aliança com a Fortaleza e garantir a segurança do seu povo, que mora muito perto dos Aligortes.

"Meu povo encontrou um alojamento subterrâneo décadas atrás. Dizem que as pessoas que viviam lá embaixo ficaram presas e morreram de sede muito antes de seus ossos serem encontrados. Sinceramente, não sei se isso é verdade ou apenas uma lenda. De qualquer maneira, o que me interessa é a utilidade das coisas que foram descobertas. Como as pessoas que a usavam morreram não faz diferença." (p. 22/23)

Celine é uma jovem muito inteligente e percebe que existe uma estratégia muito complexa por trás do ataque. Mas antes que possa agir, ela é aprisionada e um dos seus melhores guerreiros e melhor amigo Darion, também some.

Celine é uma personagem complexa, cheia de nuances. Primeiramente ela é a líder dos guerreiros, a princesa dos guerreiros. É respeitada pelas suas habilidades, seu talento e determinação. Não tem filtro e fala o que pensa, inclusive tem uma boca suja que compete com qualquer um. Apesar do passado estremecido por conta de uma grande tragédia, tanto ela quanto Júlio se tornam excepcionais quando crescem e ainda mais determinados a fazer o que é certo pelo seu povo.

"– Eu ouvi mesmo isso? Pareço o tipo de garota que precisa de proteção? – estou estupefata com a pergunta." (p. 16)

A obra também possui algumas subtramas que enriquecem o enredo e o panorama geral da história. Uma dessas subtramas é a interação de Celine e Max. Os dois se sentem atraídos um pelo outro, mas Celine é um pouco teimosa demais, o que acaba atraindo Max ainda mais. É uma interação de igualdade, onde eles se veem como guerreiros e se respeitam mutuamente.

"Ele apenas roça os lábios pelos meus. Sei que ele quer que eu tome a iniciativa, que eu grude meus lábios nos dele. Mas não vai acontecer. Ele vai se render a mim e não o contrário." (p. 19)

"Sobreviventes do Caos" é o primeiro livro da trilogia 2323 e traz inúmeros questionamentos sobre o mundo de Celine. A trama aborda as estratégias de sobrevivência dos povos, as traições e reviravoltas que os personagens são capazes de realizar e abre caminho para uma trilogia que tem tudo para ser um sucesso.

"Não é um sonho, é uma lembrança. Lembro-me desse dia. Meus pais ainda eram vivos e cuidavam de mim. Foi antes de nosso pai nos trair. Foi antes de eu ver minha mãe levar um tiro na testa." (p. 12)
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ELeE 10/02/2017

BORA QUE TEM SORTEIO LÁ NO BLOG DO LIVRO!!! (ATÉ O DIA 13)
Distopia, romance sem enrolação, final épico e lobos! É a maneira mais resumida de resumir essa bela história. Tudo junto, num único livro, não tem como ser melhor!
RESENHA: Cara, que livro!
Foi confessar, eu sou uma leitora que fica com o “pé atrás” quando se trata de distopia, pois em geral são “mais do mesmo”, mudando apenas o gênero da personagem principal. Quando há romance no meio, é triângulo amoroso (pra quem acompanha o blog, sabe que fugimos tão rápido quanto possível desse clichê) ou o romance é fraco.
E Sobreviventes do Caos não tem nada disso!!! Isso me deixa muito feliz!!!
Nossa protagonista, Celine, é uma personalidade nada conveniente e, justamente por isso, ela consegue cativar e aproximar o leitor. Ela não é nada certinha demais ou badass demais, mesmo com temperamento mais agressivo quando está “p. da vida”, a autora consegue mostras lados dela que a mantém como uma personagem com certo equilíbrio.
A situação que a rodeia é o completo caos, fazendo muito jus ao título do livro. Há muita instabilidade na sociedade criada e Celine começa a perceber isso quando seu irmão, Julio demora para voltar da Fortaleza.
Por ser uma escrita em primeira pessoa, vamos acompanhando o raciocínio de Celine, percebendo e sentindo as coisas como ela. É fácil compreender o temperamento de Celine, é um dos seus traços mais fortes desde o início do livro.
E isso é motivo para provocação a partir de Max. Ele é um dos personagens que pode mais surpreender na história, com sua fachada de “badboy badass”, mas que não se importa de mostrar outros lados para Celine.
A história como um todo é muito envolvente, com uma gama muito rica de personagens e que foram muito bem trabalhados, cada qual com sua importância para o desfecho da trama. Claro, isso inclui todas personagens, em principal aqueles do “outro lado”.
Eu já falei aqui no blog, que acho muito mais cativante um vilão bem construído em vez do(a) mocinho(a) e a Bianca não peca em nada nesse momento.
Aliás, Sobreviventes do Caos é a distopia mais completa que eu já li até o momento. A autora consegue apresentar elementos e usá-los perfeitamente sem deixar furos, pontas soltas ou trabalhando de menos neles. Há todo o contexto que caracteriza uma distopia presente, temos uma protagonista forte, mas que se parece muito com cada um de nós (“gente como a gente” hahaha) e um romance bem desenvolvido.
Uma das coisas que mais chamou minha atenção foi a linguagem. Estamos acostumados com uma linguagem coloquial e menos rebuscada, certo? Certo! E aqui temos uma linguagem mais “popular”, não inteiramente coloquial, mas, sim, popular e muito descontraída.
É como se estivéssemos conversando com um amigo, sabe? Achei o máximo isso, pois se adaptou muito bem com toda a trama!
Por tal, existem muitos palavrões durante o livro inteiro. Particularmente, não me incomodou. Não estou acostumada a usar tal linguajar, mas não me importo quando outras pessoas o fazem à minha volta, então não alterou em nada a história para mim. E se encaixa perfeitamente na personalidade dos personagens e para a situação que estão vivendo.
Falando um pouquinho do romance – não pode deixar de falar, of course. Celine e Max são perfeitos juntos, existe uma tensão entre eles que é inegável e já sentimos nosso peito se aquecer logo nas primeiras páginas.
Não há enrolação massante no romance deles e isso é um ponto muito positivo para mim. Não existe triângulo amoroso, mesmo que haja personagens que poderiam criar tal situação. E as cenas não são NADA fracas, são intensas e sem igual!
Tudo isso junto, faz de Sobreviventes do Caos uma distopia completa, mostrando todos os elementos que queremos numa única trama.
Não farei avaliação sobre a edição, pois a que temos em mãos é um manuscrito enviado pela autora. Mas estou esperando a edição física, quero muito na minha estante!

MINHA OPINIÃO: Estou muito feliz com essa leitura e quebra de expectativas e padrões!
Fiquei muito surpresa quando a Bianca entrou em contato com a gente, propondo a parceria e apresentando sua distopia fora do comum – e aqui isso é o lado mais positivo da expressão.
Como eu disse, fico receosa com distopias por serem todas nos mesmos padrões, com tramas iguais e personagens iguais – mudando apenas o cenário e o gênero das personagens – mas Sobreviventes do Caos nos prometia muito mais… além daquilo que estamos acostumados a ler.
E foi exatamente assim!
Temos uma história equilibrada entre os elementos que são apresentados na sinopse, uma situação agravante que cerca a todos, mesclado com um romance intenso. Todas as pequenas tramas são importantes para o desfecho principal, sem que nada fique ofuscado ou se perca durante o desenrolar.
Gostei muito da relação entre a Celine e o Max. Ambos são personagens fortes, mas que em nenhum momento se sobrepõe ao outro – ao ponto de haver desigualdade entre eles. Particularmente, prefiro romances assim, pois abrem espaço para o restante da trama ser desenvolvido de maneira justa.
O final… sem palavras para descrever e também para não dar spoilers. No entanto, é bem surpreendente, com uma única cena que te deixa “What a hell…?!”. Adoro quando os autores conseguem transcrever cenas assim, pois passa a impressão de que estamos assistindo a um filme.
E lobos, nee?! Não preciso falar muito sobre tal criatura magnífica e presente nessa história.
Distopia, romance sem enrolação, final épico e lobos! É a maneira mais resumida de resumir essa bela história. Tudo junto, num único livro, não tem como ser melhor!

Blog: http://entrelivroseentrelinhas.blogspot.com.br
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Bianca S. Bonatto 10/02/2017

Distopia, romance sem enrolação, final épico e lobos! É a maneira mais resumida de resumir essa bela história. Tudo junto, num único livro, não tem como ser melhor!
RESENHA: Cara, que livro!
Foi confessar, eu sou uma leitora que fica com o “pé atrás” quando se trata de distopia, pois em geral são “mais do mesmo”, mudando apenas o gênero da personagem principal. Quando há romance no meio, é triângulo amoroso (pra quem acompanha o blog, sabe que fugimos tão rápido quanto possível desse clichê) ou o romance é fraco.
E Sobreviventes do Caos não tem nada disso!!! Isso me deixa muito feliz!!!
Nossa protagonista, Celine, é uma personalidade nada conveniente e, justamente por isso, ela consegue cativar e aproximar o leitor. Ela não é nada certinha demais ou badass demais, mesmo com temperamento mais agressivo quando está “p. da vida”, a autora consegue mostras lados dela que a mantém como uma personagem com certo equilíbrio.
A situação que a rodeia é o completo caos, fazendo muito jus ao título do livro. Há muita instabilidade na sociedade criada e Celine começa a perceber isso quando seu irmão, Julio demora para voltar da Fortaleza.
Por ser uma escrita em primeira pessoa, vamos acompanhando o raciocínio de Celine, percebendo e sentindo as coisas como ela. É fácil compreender o temperamento de Celine, é um dos seus traços mais fortes desde o início do livro.
E isso é motivo para provocação a partir de Max. Ele é um dos personagens que pode mais surpreender na história, com sua fachada de “badboy badass”, mas que não se importa de mostrar outros lados para Celine.
A história como um todo é muito envolvente, com uma gama muito rica de personagens e que foram muito bem trabalhados, cada qual com sua importância para o desfecho da trama. Claro, isso inclui todas personagens, em principal aqueles do “outro lado”.
Eu já falei aqui no blog, que acho muito mais cativante um vilão bem construído em vez do(a) mocinho(a) e a Bianca não peca em nada nesse momento.
Aliás, Sobreviventes do Caos é a distopia mais completa que eu já li até o momento. A autora consegue apresentar elementos e usá-los perfeitamente sem deixar furos, pontas soltas ou trabalhando de menos neles. Há todo o contexto que caracteriza uma distopia presente, temos uma protagonista forte, mas que se parece muito com cada um de nós (“gente como a gente” hahaha) e um romance bem desenvolvido.
Uma das coisas que mais chamou minha atenção foi a linguagem. Estamos acostumados com uma linguagem coloquial e menos rebuscada, certo? Certo! E aqui temos uma linguagem mais “popular”, não inteiramente coloquial, mas, sim, popular e muito descontraída.
É como se estivéssemos conversando com um amigo, sabe? Achei o máximo isso, pois se adaptou muito bem com toda a trama!
Por tal, existem muitos palavrões durante o livro inteiro. Particularmente, não me incomodou. Não estou acostumada a usar tal linguajar, mas não me importo quando outras pessoas o fazem à minha volta, então não alterou em nada a história para mim. E se encaixa perfeitamente na personalidade dos personagens e para a situação que estão vivendo.
Falando um pouquinho do romance – não pode deixar de falar, of course. Celine e Max são perfeitos juntos, existe uma tensão entre eles que é inegável e já sentimos nosso peito se aquecer logo nas primeiras páginas.
Não há enrolação massante no romance deles e isso é um ponto muito positivo para mim. Não existe triângulo amoroso, mesmo que haja personagens que poderiam criar tal situação. E as cenas não são NADA fracas, são intensas e sem igual!
Tudo isso junto, faz de Sobreviventes do Caos uma distopia completa, mostrando todos os elementos que queremos numa única trama.
Não farei avaliação sobre a edição, pois a que temos em mãos é um manuscrito enviado pela autora. Mas estou esperando a edição física, quero muito na minha estante!

MINHA OPINIÃO: Estou muito feliz com essa leitura e quebra de expectativas e padrões!
Fiquei muito surpresa quando a Bianca entrou em contato com a gente, propondo a parceria e apresentando sua distopia fora do comum – e aqui isso é o lado mais positivo da expressão.
Como eu disse, fico receosa com distopias por serem todas nos mesmos padrões, com tramas iguais e personagens iguais – mudando apenas o cenário e o gênero das personagens – mas Sobreviventes do Caos nos prometia muito mais… além daquilo que estamos acostumados a ler.
E foi exatamente assim!
Temos uma história equilibrada entre os elementos que são apresentados na sinopse, uma situação agravante que cerca a todos, mesclado com um romance intenso. Todas as pequenas tramas são importantes para o desfecho principal, sem que nada fique ofuscado ou se perca durante o desenrolar.
Gostei muito da relação entre a Celine e o Max. Ambos são personagens fortes, mas que em nenhum momento se sobrepõe ao outro – ao ponto de haver desigualdade entre eles. Particularmente, prefiro romances assim, pois abrem espaço para o restante da trama ser desenvolvido de maneira justa.
O final… sem palavras para descrever e também para não dar spoilers. No entanto, é bem surpreendente, com uma única cena que te deixa “What a hell…?!”. Adoro quando os autores conseguem transcrever cenas assim, pois passa a impressão de que estamos assistindo a um filme.
E lobos, nee?! Não preciso falar muito sobre tal criatura magnífica e presente nessa história.
Distopia, romance sem enrolação, final épico e lobos! É a maneira mais resumida de resumir essa bela história. Tudo junto, num único livro, não tem como ser melhor!

Blog: http://entrelivroseentrelinhas.blogspot.com.br

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LT 06/02/2017

Sobrevivendo ao caos...


Sobreviventes do Caos se trata de uma distopia. O ano é 2222 e a Terra foi devastada por um vírus letal, e o que a doença não finalizou a guerra entre os países conseguiu finalizar em 2223. Os poucos sobreviveram saudáveis foram poupados e é assim que a raça humana tem que recomeçar sua civilização.

A história é contada cem anos depois, em primeira pessoa pela protagonista, Celine. Tudo começa com Celine querendo ir atrás de seu irmão, Julio. Este é o líder do grupo do qual eles fazem parte, e como bom líder ele foi esclarecer alguns objetivos com um local chamado A Fortaleza.

Logo no começo a protagonista procura explicar um pouco dos povos que ainda vivem naquele mundo, o leitor pode entender que existem mais três povos: os aligortes, o povo da areia e o povo d’A Fortaleza. Cada um tem suas regras e sua cultura que o leitor vai conhecendo melhor com o passar da leitura.

Acontece que Celine acaba sofrendo uma traição e essa tragédia a faz mudar todos os seus planos e principalmente toda a sua conduta. Mas no meio desse problema, que Celine se envolve, ela conhece um homem chamado Luke e sua irmã, Savana, que se tornaram indispensáveis para o desenvolvimento da trama.

Já deu pra notar que não estou querendo falar muito sobre o enredo em geral, isso porque desde os primeiros capítulos a autora consegue colocar pequenas revelações que vão atrair o leitor para saber o que vai acontecer na sequência.

O que posso falar é que, a Bianca conseguiu criar um mundo bem próprio, com personagens cativantes e que em sua grande maioria são muito bem desenvolvidos e apresentados. Para uma história em primeira pessoa, a autora conseguiu de maneira hábil apresentar os demais coadjuvantes, sem mexer com a personalidade da protagonista e sem precisar mudar de pontos de vista. Porém, para que isso acontecesse, pude notar que a personagem tem grande conhecimento sobre seus colegas e inimigos, e quando não possui esse conhecimento, é visível o incomodo que Celine sente.

Por esse traço de personalidade, se torna claro que Celine é uma protagonista extremamente curiosa, e uma grande guerreira (mesmo com a falta de sorte dela - rsrsrs), mas nem tanto uma grande estrategista, onde fica claro que ela acaba projetando em outros personagens sua necessidade de pensar um próximo passo, claro que isso me pareceu ser algo que vai ser evoluído com o tempo, como me pareceu ser nesse primeiro livro onde o leitor pode ver uma suave mudança do começo para o final nas habilidades estratégicas da personagem.

Algo que ficou muito claro na personalidade de Celine, é que ela é muito incisiva e forte. E muito levada por seus sentimentos e isso parece atrapalhar um pouco os julgamentos dela e a liderança que acaba sendo colocada em suas mãos. Por um lado isso me irritou muito, por outro faz o leitor sentir um carinho maior pela personagem, pela humanidade que ela passa.

Acabou que achei inteligente da autora criar uma personagem como Celine para ocupar o papel de protagonista.

Sobre a história, considero que foi bem desenvolvida, não é uma história parada e não se vê perdas de capítulo, todos eles são uteis e necessários para se entender o que está acontecendo e conhecer o embasamento dos pensamentos da personagem. O livro é muito fácil e rápido de ler, a escrita da autora é muito fluida e simples, porém nota-se que esse é o seu primeiro livro e tem muito a evoluir como escritora. Há algumas falhas literárias, como algumas repetições e a utilização de clichês românticos, mas nada que vá de fato incomodar o leitor, ainda mais se for um leitor que curta os romances mais fogosos.

Gulim misturou a distopia com o romance, tendo inclusive poucas cenas mais quentes, como ela promete em sua sinopse, com um bônus: as cenas de ação são muito legais.

Particularmente, quem me acompanha aqui sabe que minha linha literária favorita são os suspenses, mas Bianca ganhou minha curiosidade pela distopia que estava muito interessada em ler. Por não ser o meu “lugar feliz” na literatura, estranhei muito a utilização de alguns artifícios românticos (eu não curto muito os romances, acho que já notaram! rs) e me passou a sensação de estar lendo algo mais puxado para o público adolescente, todavia, nem tanto, já que a autora se utiliza muito de um palavreado mais adulto, inclusive em cenas mais quentes.

Os Sobreviventes do Caos me causou desde risadas a raiva, mas em termos gerais foi um livro suave e divertido de se ler, até chegar as últimas quarenta páginas que, preciso dizer a autora se superou no enredo. Achei incrível como ela finalizou e vai deixar muita gente enlouquecida pelo segundo livro.

É um livro muito bom, você vai se divertir lendo, todavia tem algumas falhas por ser o primeiro livro da autora, mas isso é normal, todos os autores vão se aperfeiçoando com o tempo. Estarei esperando o amadurecimento de Bianca Gulim, porque acredito que ela tem muito a oferecer ao mundo da distopia.

Resenhista: Nana Garces.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Vi 01/02/2017

Tensões e emoções mais do que fortes!!
Admito ter começado essa história com pouca expectativa. Não teve muito motivo, mas aconteceu. Enquanto eu lia os primeiros capítulos me encontrei em um misto de curiosidade e receio. A autora apresentou uma narrativa diferente e temas bastante complicados. Então, fui lendo página a página com cautela, tentando não deixar minha animação ir para o espaço, rs. A autora sabe - mais uma autora que teve que me ouvir animada - que a partir do quinto capítulo eu estava super animada para continuar a leitura. Já tinha começado a fazer suposições, torcendo para eu estar certa e tudo mais.

Bom, o livro é narrado por Celine, a personagem principal. Ela é a líder dos guerreiros de seu clã e começa esperando por seu irmão Julio (líder do clã), que saiu da vila alguns dias antes e até então não retornara. Eu tinha falado sobre o estilo da narrativa, em que somos jogados no meio dos acontecimentos sem saber nem um pouco das coisas. Eu até que gosto deste estilo, mas acho que neste livro foi uma escolha um pouco ruim. A narrativa assim pede que, pelo menos, até o final do livro, o leitor tenha conhecimento de alguns fatores já claramente do universo do livro. Ao chegar no final, percebo que não foi contado sobre antes do cenário atual. Sabemos que a população foi dizimada por um vírus somente pela sinopse. Em momento algum este assunto foi abordado no livro, por exemplo.

A história em si é bem legal, eu gostei de como o enredo foi se complicando, a autora matou personagens que eu realmente não esperava que ela fosse ousar. Então Celine em certo ponto se vê tendo que tomar decisões que mudarão a vida dela e de seu povo, tendo de se aliar a pessoas que até pouco tempo achava serem selvagens, e que não parecem gostar dela. Embora eu tenha gostado de bastante coisa no livro, acho que ele acabou na hora errada. Senti aquela sensação de: "Ué? Mas acabou?" e, embora possa ser considerado como um "quero-mais", não foi esse efeito que me deu. Foi mais uma sensação de confusão, mesmo. Mais para frente conto com spoilers.

Outra coisa de Celine que não sei se me tocou foi o modo invencível que ela foi apresentada. Aparentemente ela é sensacional, ela sabe disso, e todos devem saber também. E acho que me incomodou essa aparente superioridade dela. Entendo completamente o fato de ela ser poderosa e uma ótima guerreira, ela não seria líder deles se não o fosse, mas acho que faltou um pouco de fragilidade humana mesmo. Gosto das cenas de luta, quando ela tem que mostrar para o que veio com certeza faz direito. Acho que faltou um pouco de demonstração de como ela é forte, ao invés de descrição. Vemos algumas cenas em que ela se machuca, mas não conseguimos muito o nervoso de "meu Deus, será que ela não vai sobreviver?" porque o próprio livro parece nos dizer: "ela é invencível, relaxa".

Algo que eu preciso mencionar aqui é o modo com que a autora passa as emoções, os sentimentos de Celine para nós. Dá para sentir sua raiva, sua paixão, sua vontade. É extremamente cheio de tensão, sofremos com ela quando descobre que alguém se foi, sentimos o nojo dos vilões sem escrúpulos que ela sente. E com certeza gostei da cena meio hot que tem no livro, não é minha favorita, algumas coisas nela me dão vontade de socar o cara, mas não dá pra falar que a autora fez mal, a cena.

Ah, pessoal! Teve um quase triângulo amoroso que - como sempre - eu torci para o lado errado. Este foi um ponto também que eu fiquei meio confusa, pois pareceu que a autora queria ir por um caminho, mas depois voltou atrás e retomou ao que mostrou no início. As duas pontas masculinas do triângulo: Max (de quem já falei nas Primeiras Impressões) e Luke (que surge no decorrer da trama e a ajuda várias vezes), são duas personagens que ficaram um pouco descaracterizadas. Max é até que compreensível, na verdade, mas Luke é uma paixão que surge por Celine um pouco com pressa, quase sem motivo, é um encantamento rápido. Mas gostei do casal final, eles meio que se encaixam.

Acho que recomendo para quem quer uma história para passar o tempo, mesmo. É uma leitura rápida, que te prende com as sensações e as tensões. Não amei, mas certamente foi uma leitura que valeu a pena. Vou falar do final aqui embaixo, acaso não queira spoilers, por favor, encerre a leitura por aqui :)

Muito obrigada pela atenção!
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SPOILERS ABAIXO
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SPOILERS ABAIXO
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OK. Que final foi aquele?!!

Vou explicar. A história discorre sobre vários eventos misteriosos, que não fazem sentido. O clã que o povo de Celine protegia se revela traidor e montando aliança com o clã da areia, e seu terrível líder. Durante todo livro tentamos entender junto com Celine por que o líder do clã da areia - um clã relativamente recluso que descobrem ser composto por milhares de habitantes, não centenas como o de Celine - ajuda Jafar, o líder dos Aligortes, que se viram contra o povo de Celine. Jafar é um líder cruel e frio, mas seus homens não são guerreiros, são péssimos com a luta, não servem para quase nada. De início, vemos que ele pretende que Celine treine seus homens com o treinamento guerreiro de seu clã e que as mulheres procriem para gerar mais guerreiros, um exército.

Então, resumindo, Celine tem que arranjar um modo de se defender do clã da areia com poucos guerreiros e alguns guerreiros fugidos do deserto, que trouxeram suas famílias e vida para a floresta onde Celine mora. Não vou falar muitos detalhes sobre. Quando a grande batalha está acontecendo, ela vence a primeira leva de guerreiros e o segundo exército (ainda maior) se aproxima. Os que sobraram estão machucados e impossibilitados de lutar. Todos apontam armas para eles e os ameaçam, mas por algum motivo recebem ordens para não matar Celine. E tanto quanto ela, não entendemos mais qual seria a necessidade dela para Jafar e o clã da areia.

Durante o livro, descobrimos o passado de sua família. Seu pai quis convencer a fortaleza (o clã superior e tecnológico) de que ela deveria dar armas para seu povo, mas para isso decidiu atacar seu próprio povo em via de usar o argumento de que "precisavam para se defender dos ataques". É claro que a fortaleza não mordeu a isca e o pai dela se viu encurralado entre a aliança com o povo vizinho (que ele culpou pelos ataques) que traíra, e a ira de seu próprio povo. Resolveu fugir. E isso resultou na morte da mãe de Celine (que na época tinha pouco mais de nove anos) e em sua captura, e tortura ao acharem que ela tinha informações. Não sabemos sobre o pai dela. Achamos que ele está morto.

Exato. O pai dela é o rei do clã da areia, e ele sai da liteira na qual o carregam para mandar seus homens se acalmarem, pois "estamos todos em família, afinal". E o livro acaba. Eu achei esse final muito estranho, pois esperava algo muito mais... Eu não sei. Talvez algo mais bem acabado, com um toque de suspense. Ou, então, que o livro continuasse um pouco mais para acabar em outra cena. Esperamos o livro inteiro para saber quem é o rei do povo da areia, afinal. Mas aí já estou exagerando no meu papel de leitora.

Bom, o final levantou a curiosidade, sim, mas eu me senti um pouco indignada por simplesmente acabar.

Obrigada por lerem!

site: https://souldoslivros.blogspot.com.br
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Alê 27/01/2017

Vale muito a pena ler
– 2222:

Um vírus letal, que mata a vitima 72h depois da infecção, acabou com metade da vida no planeta terra. Com estudos científicos avançados e uma matéria prima escassa no mundo, os EUA desenvolvem um medicamento que resolvem não compartilhar com o restante do mundo, dando inicio a uma guerra de proporções mundial.

– 2223:

Agora não só milhares de pessoas foram mortas, como o planeta se encontra quase inteiramente destruído, e cabe aos poucos que sobraram reconstruir a vida na terra.

2323:

Cem anos se passaram, desde a guerra e o vírus. Celine e Julio são sobreviventes. Ele é o líder do povo, ela a líder dos guerreiros. Porem enquanto seu irmão viaja até a Fortaleza,para resolver uma divergência entre dois povos, Celine se vê sozinhas com suas funções e as do irmão. Porém os dias passam, e já enlouquecendo sem nenhuma noticia de seu irmão, Celine parte em um jornada onde quanto mais ela investiga, ela vai aprender que o mundo é um lugar para os mais fortes.

Quem me conhece sabe que eu tenho um real caso de amor e ódio com o gênero “Distopia”. Ele é um dos meus gêneros literários favoritos, mas também é com o qual eu costumo ser mais critico. Veja bem, uma das principais características da distopia é um cenário politico conturbado, quase sempre composto por uma disparidade social agravada em um ambiente pós apocalíptico. E é nessa característica que eu me apego quando vou avaliar uma distopia, principalmente agora onde as grandes franquias distópicas tem aberto mão dessa característica fundamental para dar lugar a triângulos amorosos e/ou distúrbios psicológicos ou familiares.

A autora Bianca Gulim, entrou em contato conosco para nos enviar o primeiro livro da sua trilogia distópica “2323: Sobreviventes do Caos”, para que fosse lido e resenhado pela nossa equipe. A autora possui duas características que muito me agradaram durante toda a narrativa: Fluidez no desenvolvimento do enredo e uma linguagem simples e de facial entendimento pelo leitor. Esse é o primeiro livro da trilogia, mais alguns dos pontos que eu valorizo tanto em distopias começam a dar evidencias e eu vejo um grande potencial para o desenvolvimento do restante da série. Bianca Gulim é uma revelação para mim, e posso dizer que chega a ser uma aposta. Acredito que podemos esperar grandes coisas dessa jovem. Esse é um daqueles livros difíceis de largar antes de terminar a leitura. Diferentes de outras distopias que se perdem no meio do caminho, 2323 se mantem dentro de sua proposta do começo ao fim.

Se você gosta de livros como “Divergente”, “Puros” e “Maze Runner”, com certeza você vai gostar de “2323: Sobreviventes do Caos”.



site: https://outrogarotolendo.wordpress.com/2017/01/25/resenha-2323-sobreviventes-do-caos/
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Silvana 20/01/2017

Em 2222 um vírus letal acabou com metade da população da Terra em questão de meses. Depois de contraído o vírus, a pessoa só tinha mais 72 horas de vida. Os Estados Unidos conseguiram desenvolver uma vacina, mas a matéria prima para a fabricação era escassa e o governo americano decidiu que não iria compartilhar o medicamento com o resto do mundo. Isso, é claro, gerou uma revolta em todos, e não demorou para que uma guerra mundial acabasse com quase todas as pessoas que sobreviveram ao vírus. Em 2223 não somente as pessoas, mas também o planeta estava destruído. Os poucos que ainda tinham o vírus foram mortos, e os sãos ficaram com a difícil tarefa de recomeçar em um mundo devastado pelo caos.

Cem anos depois vamos acompanhar o que aconteceu com os sobreviventes através de Celine. Celine tem dezenove anos e é uma guerreira, assim como seu irmão Julio. E enquanto Julio é o líder do povo, Celine é a líder dos guerreiros. No momento Celine esta no comando de tudo porque seu irmão foi até a Fortaleza em uma missão de paz. O problema é que seu irmão está ausente a muitos dias e Celine não está mais aguentando de preocupação, por isso ela decide que vai atrás dele. Para isso ela pede a ajuda de seu melhor amigo Darion. Ela sabe que não deveria deixar o povoado desprovido dos dois melhores guerreiros, mas ela precisa da companhia de Darion nessa busca. Mas quando um outro guerreiro, Max, descobre o que ela vai fazer, ele faz Celine prometer que vai com ela. Celine tem uma queda por Max, mas não se permite assumir seus sentimentos.

Julio sempre foi a favor da paz, por isso quando o Povo da Areia atacou os Aligortes, ele precisou intervir e seu povo acabou matando algumas pessoas no processo. Por isso a sua ida até a Fortaleza, que são o povo que mandam em todos os outros povos, já que eles são os únicos que tem armas e tecnologia. Mas o que Celine não entende é o porque do povo da areia ter atacado os Aligortes com seus guerreiros mais fracos. E o motivo deles terem atacado. Ela tem certeza de que tem alguma coisa muito errada nisso. E quando começa a investigar, ela acaba presa pelos Aligortes, que ela não sabe como, tem em seu poder uma arma de fogo. É assim que ela conhece Luke, que está preso na mesma cela que ela e a irmã caçula dele. Sem saber em quem confiar, Celine vai descobrir que em um mundo como o deles, somente os mais fortes sobrevivem e os mais fortes não podem ter outra coisa em seu coração além da crueldade.

Eu adoro uma distopia, por isso quando recebi o convite da autora para resenhar seu livro, é claro que aceitei. Já comecei a história gostando bastante, já que temos uma explicação para o que aconteceu no prólogo. Odeio esses livros de distopias que não dão explicação nenhuma para o mundo ter chegado até aquele ponto. Mas me decepcionei um pouco ao ver que era narrado em primeira pessoa. Acho que já falei aqui em outras resenhas que prefiro em terceira. Me sinto meio enganada quando é primeira pessoa porque as vezes a pessoa que está narrando faz a gente ir por um caminho e na verdade é outro. E também como conhecemos as outras pessoas pelos olhos de quem está narrando, não sabemos se o que está sendo dito é a realidade mesmo ou se é o que a pessoa que está narrando vê.

Mas ainda bem que a Celine é uma pessoa muito interessante, então relevei. Celine está meio no escuro, ela vai descobrindo as coisas ao longo da história e vamos descobrindo junto com ela. Temos algumas cenas de seu passado que nos situa bem no contexto atual, e assim podemos ver como ela se transformou na mulher fria e guerreira que ela é hoje. Max me ganhou no primeiro instante em que apareceu na história e torci para que Celine assumisse o que sentia por ele. Luke, creio eu, vai entrar no meio do casal e formar um triangulo amoroso nos próximos livros, mas já gosto dele um montão. E tem muitos outros personagens interessantes que acredito ganharão mais destaque no decorrer da história. Como um primeiro livro de uma trilogia, esse foi ótimo.

Eu li o livro muito rápido porque a história é tão boa e daquelas que a gente não consegue largar enquanto não vê o fim. Se eu estivesse lendo um livro físico eu tinha olhado o final porque não me aguentava de curiosidade para saber mais da história e onde aquilo tudo ia dar. Mas como era e-book, precisei me roer de curiosidade. E eu que nunca acerto as coisas, nunca adivinho nada, acertei o que ia acontecer no final. Nem acreditei quando vi que era exatamente o que eu tinha imaginado. Fiquei naquele misto de alegria por ter descoberto o que ia acontecer e de cara porque foi um baque para a personagem. Enfim, quero falar muito sobre o livro, mas se falar mais do que já falei, vou acabar soltando spoilers. Então só me resta recomendar que leiam o livro. A história é ótima.

site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2017/01/resenha-sobreviventes-do-caos-bianca.html
BiancaGulim 23/01/2017minha estante
S2




BiancaGulim 09/12/2016

Muita adrenalina e romance!! Os fãs de distopia não podem perder!!!
Sobreviventes do Caos é o primeiro livro da trilogia distópica 2323. Com narração em primeira pessoa, a história se destaca no seu gênero literário por apresentar um romance bem desenvolvido, com uma pitada hot, além de cenas de ação repletas de adrenalina. Com uma escrita simples e fluída, o enredo despertará a curiosidade do leitor desde as primeiras páginas e apresentará um final revelador que deixará muita gente enlouquecida pela sequência da série.

O livro aborda, principalmente, a reação dos seres humanos em condições de sobrevivência, mostrando o quanto a natureza humana pode ser complexa e imprevisível. Amizade, laços familiares, lealdade, traição e altruísmo também são explorados a fundo.

Celine é a protagonista e já nasceu em um mundo pós apocalipse, onde a violência parece ser a única maneira de resolver os problemas. Ela comanda os guerreiros do seu povo e se vê em apuros quando seu irmão e melhor amigo desaparecem. Como nova líder, ela tem que tomar as decisões que julga corretas e acaba se envolvendo em diversos conflitos. Seu caráter é constantemente colocado à prova e ela sempre se vê dividida entre fazer o certo e o que tem vontade.

Através de suas percepções, o leitor conhece esse novo mundo devastado, sua constituição e as batalhas pela sobrevivência que os personagens precisam travar todos os dias. Ao apresentar algumas lembranças, Celine revela elementos do seu passado, embasando a história atual e mostrando como suas origens a tornaram uma mulher obstinada, esperta e de personalidade forte.

A trama tem grande espaço para o romance, mesmo que não seja seu foco principal, e vemos Celine envolvida em um romance intenso com Max, justo no momento em que ela mais precisa manter sua mente sã. Para piorar, Luke aparece em sua vida, com seus lindos olhos verdes que a enlouquecem. Quem mexerá mais com Celine, o sarcástico e agressivo Max ou o romântico e sensível Luke?

Saiba mais em: www.serie2323.wixsite.com/sobreviventesdocaos
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