Voo Cego

Voo Cego Ivan Sant'Ann...




Resenhas - Voo Cego


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Edson.Fully 03/03/2024

Novamente a pane seca! Livro muito bom, o autor detalha detalhes minuciosos sobre esse acidente. Irresponsabilidade dos pilotos e do controle aéreo. Acidente muito parecido com o da Chapecoense.
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Bell 09/11/2022

Na onda dos desastres aéreos decidi por uma releitura.
Este livro é mais um excelente trabalho jornalístico de Ivan Sant'Anna. Conta a tragédia do Vôo Avianca 052, que caiu por pane seca, a poucos km do aeroporto JFK em NY.
Ivan tem uma escrita muito envolvente, não narra apenas o fato, mas também a vida dos envolvidos. Foi como embarcar em Medellin no Avianca 052 rumo a NY.

Todo acidente aéreo deixa uma lição, a investigação minuciosa, a exposição de cada detalhe, ocorre justamente para que outros acidentes não aconteçam pelos mesmos erros.
Porém, infelizmente, anos depois, vimos quase uma reprise dessa tragédia.
O Vôo da LaMia que levava o time da Chalecoense tbm caiu, por pane seca, próximo ao aeroporto. E com mais uma infeliz coincidência: em Medellin, que foi de onde partiu o Avianca em 1990.

Excelente livro! fica a dica aos interessados pelo tema!
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Matheus 24/05/2021

O homem novamente
O livro relata o que acontece com mais frequência dentro de acidentes aéreos ( que fique claro que acidentes aéreos são raros ).

O homem conduzindo de forma errada, processos simples de segurança e de sua profissão.

A história fala sobre o voo 52 da empresa Avianca que partiu de Bogotá com rumo a Nova York. Um desfecho cheio de erros profissionais que levaram a um pouso forçado com consequências catastróficas.
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Eliane Sousa 16/07/2020

Eu sou bem suspeita pra falar. Amo estudar acidentes aéreos e Ivan Sant'anna descreve a história com maestria. Nos introduz rapidamente na vida de alguns passageiros daquele vôo, nos deixando angustiados pelo sofrimento que irão sentir em algumas horas (e que será eterno). Uma parte ou outra passou despercebido na revisão, como uma troca na ordem dos fatos e uns erros de edição, mas nada importante. Vou ler tudo que esse autor já escreveu!!!
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Diogo 16/05/2020

Um acidente que poderia ter sido evitado com uma simples palavra...
O livro conta a história do acidente do Vvianca052 que ia de Medellín a New York em 1992, que sofreu um acidente muito parecido com voo LaMia2933 que transportava o time de futebol da Chapecoense, vindo também a cair por pane seca nos motores.

Relatando um pouco de como alguns de seus passageiros foram parar dentro da aeronave, o que te dá uma sensação de apego às vidas que ali seriam perdidas... É muito difícil imaginar que a maioria deles, por um fator de acaso, ao maior estilo efeito borboleta, foram parar no avião por destino, sorte ou destino...

As condições meteorológicas na região do pouso estavam se tornando muito críticas devido à uma tempestade e uma frente estacionária que surgia na região de NYC.
O voo 052 saiu de Bogotá, faria uma escala em Medellín e seguiria para NYC. Aí pousar em Medellín, o despachante operacional de voo da empresa (DOV), entregou um boletim meteorológico aos pilotos que estava atrasado em nada menos que 15 h! O mesmo poderia ter pego um mais atualizado, mas não o fez. Tal boletim ainda não mostrava a condição meteoro crítica na região de chegada do 052.

Por incrível que possa parecer, somente 1 dos tripulantes da cabine de comando (piloto, copiloto e engenheiro de voo) falava fluentemente o idioma inglês. Tal pessoa era o copiloto, o menos experiente na cabine. Com um CRM (crew resource management - gerenciamento de cabine, crucial para a segurança de voo) deficiente, o copiloto era muito tímido e se sentia acuado ao falar inglês com os controladores nativos, tendo dificuldades de se impor na comunicação via rádio.

O voo no AVA052 correu sem qualquer preocupação... Já nos centros de coordenação da FAA (Federal Aviation Administration - entidade governamental dos Estados Unidos, responsável pelos regulamentos e todos os aspectos da aviação civil naquele país) as coisas já estavam bastante preocupantes no tocante ao clima na aérea do JFK (O Aeroporto Internacional John F. Kennedy que serve principalmente à cidade de Nova Iorque), destino do voo Colombiano.

Ressalta-se na obra que ninguém da tripulação nem os despachantes contratados se preocuparam em obter/repassar boletins meteorológicos para atualizar as condições meteorológicas em rota, o que se provaria fatal. A única preocupação válida que a tripulação teve foi a de colocar combustível extra de 2h de voo antes de decolar de Medellín.

O voo foi colocado 3x em padrões de espera (quando uma aeronave fica voando em círculos em torno de um ponto imaginário de auxílio à navegação para esperar sua vez de realizar o procedimento de chegada), o que já consumiu mais combustível que o habitual. Mesmo assim, nem o controle de tráfego aéreo, nem os pilotos, repassaram/perguntaram o motivos das esperas, que no caso era o elevado tráfego aguardando pouso no JFK (horário do rush internacional) e as servas e perigosíssimas condições de meteoro.

Após muitas órbitas de espera padrão, o combustível do 052 começa a entrar em níveis críticos, porém, a tripulação nada fez para repassar tal situação ao ARTCC (sigla que identifica o controle de tráfego aéreo na região). Se tal situação tivesse sido reportada, o controle de tráfego teria dado prioridade de pouso ao Avianca. Como ninguém sabia de nada, nada foi feito.

O copiloto informou ao controle de seu baixo nível de combustível quando já não tinha mais autonomia para sequer atingir seu aeródromo alternativo (Boston), o que era uma afirmação gravíssima! Isso implicava que, em caso de uma aproximação perdida, o AVA052 corria o risco de entrar em pane seca.

O controle e o piloto jamais utilizaram as expressões padrão “mayday” e “pan pan” para declarar a Emergência. A situação parecia até estar sendo negligenciada. O copiloto não tomava a iniciativa de declarar sua real situação, utilizando expressões vagas como "não podemos esperar muito mais" e o controle, ao transferir o voo para o APP (controle de aproximação) do JFK não repassou a informação da possibilidade de urgência do AVA052, o que não o colocou em prioridade para o procedimento direto de pouso.

A primeira tentativa de pouso se frustrou devido às windshears (cortantes de vento) que forçaram o avião para baixo muito antes do ponto ideal da rampa de descida. O AVA052 veio a arremeter com apenas alguns minutos de combustível nos tanques.

Após a arremetida, 10 minutos se passaram, onde o comandante alertou por diversas vezes ao copiloto (único fluente em inglês da cabine) que informasse emergência de combustível ao controle. A única coisa que era passada ao órgão de controle eram as palavras "estamos ficando com pouco combustível". Tais palavras foram repetidas mais de 9x no rádio, porém a falta das expressões regulamentares de emergência na fonia (“mayday”, “pan pan” e “emergência”), levaram o controle a tratar a aeronave como um voo normal. Tal fato foi utilizado para absolver os controladores da culpabilidade da queda do avião meses mais tarde.

A aeronave caiu em um bairro extremamente nobre da região, sem explodir, sem se incendiar, com os 4 motores apagados, justamente pela Flame Out (apagamento do motor por pane seca). Das 158 pessoas a bordo, 73 morreram, 81 sofreram ferimentos graves (é possível assistir ao resgate em vídeos no YouTube, porém são cenas extremamente perturbadoras).

Piloto automático com problemas, 3 procedimentos de espera que queimaram o combustível extra, cortantes de vento, aproximação perdida, inglês deficiente, timidez do único falante de inglês da cabine, pressão psicológica devo à emergência... Elos que custaram a vida de dezenas e sequelou outras mais no desastre aéreo que mobilizou o maior número de meios de resgate antes do 7/11.

É normal sentir um pouco de aflição ao ler o livro e perceber a quantidade de erros que se somaram de maneira tão irresponsável até culminar em acidente tão grande. Você às vezes se pega se perguntando se tudo não passou de um roteiro de um filme categoria B de tão grosseiros que foram. Infelizmente, por pura falta de preparo e negligência, vidas foram perdidas. Na aviação os acidentes servem como um ensinamento, e muito se estuda sobre os mesmos para cada vez mais melhorar os procedimentos e continuar mantendo o avião como o meio mais seguro de transporte do mundo.

Um ponto extremamente positivo no livro é sua linguagem simples e direta em tratar termos técnicos de aviação de forma extremamente simples, não sendo necessário ao leitor ser um entusiasta da área para a perfeita compreensão do que se passa.
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Julio Mauro 17/05/2019

Um incrível relato detalhado sobre os fatos que levaram a queda do voo 052 da Avianca
Os autores conseguiram me transportar para o dia do acidente e para dentro da aeronave com tantos detalhes descritos e com uma narrativa incrível e de fácil compreensão dos fatos. Com certeza um dos melhores e mais detalhadas relatos sobre o acidente do voo 052 da Avianca.
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Mauro.Costa 19/02/2017

Momentos de Angústia
Não tem errada!! Livros do meu amigo Ivan Sant´Anna são para se ler com um Isordil debaixo da língua, de tanta emoção e angústia ao acompanhar a maneira detalhada e emocionante com a qual ele descreve os acidentes aeronáuticos em cada obra. Não seria diferente em "Voo Cego", praticamente um thriller aeronáutico, misturado com muito drama e o ritmo veloz de um livro-reportagem por excelência. Difícil não se emocionar tantas vezes ao longo das páginas.
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@OLucasConrado 15/02/2017

Excelente livro (pra quem não tem medo de voar)
Fiquei sabendo desse livro no dia 14 de fevereiro. Comprei ele por volta das 15h do dia 15 de fevereiro e terminei de ler às 2 da manhã de 16 de fevereiro. E só demorei tanto assim porque precisei parar a leitura pra ir trabalhar.

Queria que todos os escritores tivessem a fluidez de escrita que o Ivan Sant'Anna tem. Antes do Voo Cego, tinha lido Caixa Preta e Perda Total em uma velocidade incrível. Devorei as 300 páginas do Perda Total em menos de 24h. Mesmo com a participação de outro autor, Luciano Mangoni, o livro não perdeu a fluidez característica do Sant'Anna.

O livro nos leva a janeiro de 1990, quando um Boeing 707 decolou de Bogotá, com escala em Medellín e rumo a Nova York. Por uma incrível sequência de falhas de comunicação e de assertividade dos pilotos, o avião acabou caindo a 30 quilômetros do aeroporto de Nova York, por falta de combustível.

Como acontece nos outros livros, o Ivan consegue explicar numa linguagem simples como acontece um acidente aéreo, desde a preparação da aeronave até o resultado das investigações. Ao contrário do que acontece, não é uma linguagem técnica. É quase uma história romanceada, como a gente vê em filmes que retratam acidentes aéreos. Os autores construíram uma narrativa que envolvia não só o que acontecia na cabine de comando, como também histórias de passageiros, seus dramas, sonhos, medos etc...

Apesar de ser um livro muito bom e dedicar mais páginas ao acidente do Avianca 52, do que fez nos acidentes do Perda Total e Caixa Preta, achei a história um pouco corrida. Imagino que o tamanho da fonte seja maior em Voo Cego, porque dá a impressão de o acidente ser tratado de uma forma um pouco mais superficial do que nos livros anteriores. Ainda assim, é um excelente livro. Especialmente se você não tem medo de voar.

A medida que você lê, você não deixa de pensar no acidente com o avião da LaMia, que vitimou jornalistas e jogadores de futebol da Chapecoense, no fim do ano passado. Falhas de comunicação entre controladores de tráfego aéreo e pilotos. Pilotos que demoraram a avisar sobre a falta de combustível. Avião decolando de Medellín (cidade na qual a Chape pousaria)... coincidência essa comentada nas últimas páginas do livro.

Trabalho na aviação e não pude deixar de pensar nas aulas de CRM (sigla em inglês pra Gestão de Recursos Corporativos). É uma série de treinamentos que fazemos nas companhias aéreas para minimizar as chances de ocorrer um acidente aéreo. Vão desde medidas simples, como prestar atenção aos detalhes da operação, ou repetir uma informação que a gente recebe pra evitar erro de entendimento, até situações mais complexas, como ser mais assertivo com pessoas, inclusive com superiores. Ao ler o livro, você percebe várias questões que vemos nos cursos de CRM que não foram seguidas. Em especial, a falta de assertividade do copiloto, ao relatar à torre de controle sobre a falta de combustível. Pra gente que trabalha na aviação, fica reforçada a lição de sempre ser assertivo ao ver algum desvio na operação.

Enfim, livro muito bom. Não é tão bom quanto o Perda Total ou o Caixa Preta, mas é muito bom. E, fica o alerta que está na capa: se você tem medo de avião, não leia. Mas se você se interessa por acidentes aéreos, como eu me interesso, é um prato cheio.
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