spoiler visualizarVininaum 31/01/2019
Gostei bastante mas existem problemas
**** ISTO NÃO É UMA RESENHA, É APENAS A OPINIÃO DE UM LEITOR SOBRE ESTE LIVRO ****
A encadernação da obra continua boa, foi inserida uma foto da autora além da sua 'vaga' biografia em uma das orelhas do livro, pequenos desenhos de um dragão foram colocados ao final de cada capítulo e a capa foi feita por outro artista, resultado: achei bom. Nada fantástico mas visivelmente melhor do que o volume 1.
Quanto a obra em si tenho sempre meus apontamentos sobre o que me desagradou e o que me fez optar por continuar lendo a série. Começando pelos problemas...
1º - Ainda existem muitos erros de português. Parece que o livro foi revisado de forma bem preguiçosa.
2º - Fiquei frustrado com o desenrolar da relação da Nihal com o seu dragão. No primeiro volume foi dado todo um drama e uma complexibilidade para o assunto e agora neste ela simplesmente passa algum tempo coçando a barriga dele, dando comida e pronto, se tornam amigos inseparáveis e prontos pra enfrentar qualquer perigo.
3º - O vilão da história tem o maior poder mágico do mundo inteiro, então porque não criar um exército de elite que resuma todo o terror que a magia usada de forma obscura pode produzir ao invés de mortos vivos que viram fumaça? E porque só foi usar essa tática agora depois de quase 5 décadas de batalha? valeria muito mais a pena mandar hordas de mortos atacarem toda a terra livre e ficar no palácio com os subordinados dando festas.
4º - O mundo Submerso e Emerso estão sem contato há mais de 150 anos, e o último encontro acabou em batalha. Senar consegue achar o mundo Submerso, consegue os reforços, volta com um embaixador para o mundo de cima e fim... Vai visitar a Nihal e rolar na grama rindo. Gostaria de saber como eles saíram do fundo do mar, como conselho recebeu a noticia do retorno de Senar, como os militares reagiram aos reforços de estranhos, a intriga política que isso poderia se tornar mas não. Tivemos Senar, Nihal e grama.
Apesar das duras críticas acima eu realmente gostei bastante deste livro, achei ele muito superior ao anterior e os 'problemas' que me incomodaram foram pontuais. Como destaque de melhoria eu posso apontar em primeiro lugar:
1º - A linguagem dos personagens. Ela deixou de ser tão formal e passou a ser mais simples e isso me tirou um peso enorme das costas.
2º - Logo nos primeiros capítulos consegui perceber que a descrição dos personagens e dos cenários melhorou bastante. Agora a autora da mais detalhes sobre o ambiente, os arredores, roupas, cabelos, expressões diversas e na minha opinião está dosando de forma positiva o humor, coisa que no livro anterior era colocado fora de hora e de forma tosca.
3º - Finalmente a magia foi usada de forma satisfatória. Tivemos o uso da magia em várias esferas de tamanho, poder e isso me deixou muito satisfeito, pois no primeiro volume a magia parecia ser quase um enfeite na história.
4º - A descoberta que Nihal foi manipulada desde pequena. Achei muito interessante saber que o mundo precisava de uma 'arma' para se defender do Tirano e a mestra da Soana, na sua arrogância, acabou decidindo que esse fardo seria de Nihal e amarrou o destino da garota a uma vida de miséria, sofrimento, dor e angustia.
5º - Por fim achei uma ideia boa dividir a trama em duas partes e alternar a história entre Nihal e Senar. Gostei bastante da maioria dos acontecimentos mas a parte mais 'divertida' foi com certeza a do mago. Me senti envolvido com os problemas da viagem, os problemas com as mulheres, por que não podemos esquecer que Senar, é um adolescente que passou a vida enfiado em livros e agora na sua primeira viagem para o desconhecido podemos enxergar a linha que divide um mago muito poderoso que possui responsabilidades e um 'rapazola' que fica vermelho e sem graça ao ver um decote.
Enfim, novamente, uma grande evolução do primeiro volume, porém ainda com seus problemas, mas nada que me faça desistir da história. Recomendo com certeza.