O Homem que Ri

O Homem que Ri Victor Hugo




Resenhas - O Homem que Ri


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Ay. 22/05/2020

Mais um monumento à genialidade de Victor Hugo
A beleza e a sutileza descritiva com que Victor Hugo apresenta a dualidade da natureza humana encontra aqui novas culminâncias. Enquanto O Corcunda de Notre Dame inaugura as meditações do notável escritor francês sobre as aparências e a profundidade da alma, em O Homem que Ri, ele nos traz a memorável figura de Gwynplaine, personagem com uma deformação causada por uma funesta operação quando ainda criança, imprimindo a marca indelével de um sorriso largo e terrível, do qual as multidões em geral não conseguem deixar de achar incontrolável graça, em completa oposição aos sentimentos gerais do rapaz ante a dura realidade da vida.
A contraposição entre as aparências e a alma, entre as atitudes e a hierarquia social que já nos encanta em Os Miseráveis, retorna com nova roupagem, onde os ideais da nobreza são questionados e a realidade do que que desejamos e somos se torna efêmera diante da grandeza e delicadeza das relações humanas, como o amor e as miudezas da vida comum.
Victor Hugo, com a perspicácia que lhe caracteriza, consegue enlaçar fatos, personagens, situações e eventos históricos numa rede intricada que muitas vezes parece confusa até apresentar suas conclusões, onde tudo se conecta quase que "magicamente", prendendo o leitor às páginas no deslinde dos capítulos. As dúvidas quanto às atitudes dos personagens, as decisões inconsequentes e as injustiças descritas pelo genial autor nos inflamam as emoções, que se alternam num misto complexo e difuso entre a meiguice de Dea, a rispidez de Ursus e as intenções questionáveis de Josiane.
Após um conjunto brilhante de belas e reflexivas digressões e uma história ao mesmo tempo complicada e curiosa, a obra culmina num final impactante que nos faz fechar o livro com um profundo senso de reverência, tristeza e o desejo de continuidade.
Aos admiradores do grande romancista, leitura obrigatória!
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Conça 15/09/2022

Minhas impressões, opniões e sentimentos?
Victor Hugo, um dos principais nomes do romantismo francês, nasceu em 26 de fevereiro de 1802. Além de poeta e romancista, foi também dramaturgo. O prefácio de seu texto dramático Cromwell, de 1827, é considerado um manifesto do romantismo. Já em 1829, com a publicação de sua novela O último dia de um condenado, o escritor iniciou sua luta contra a pena de morte. Em 1831, foi reconhecido como romancista ao publicar O corcunda de Notre-Dame. No entanto, seu maior sucesso é Os miseráveis, de 1862.

Essa obra tem como temática o sofrimento amoroso, o exagero sentimental, a defesa da liberdade, questões sociopolítica associada a desigualdade social. Um verdadeiro manifesto através da arte.

Profundo. Envolvente. Surpreendente.

Gwynplaine, o homem cujo rosto carrega ao mesmo tempo, as dimensões trágica e cômica da existência.
Gwynplaine é submetido, ainda criança, a uma cirurgia que desfigura seu rosto, deixando nele uma cicatriz que denota um sorriso constante. Abandonado, ele encontra em seu caminho Dea, uma menina cega que acabara de perder a mãe, vítima do rigoroso inverno. Às duas crianças cruzam o caminho de Ursus, um artista saltimbanco de coração generoso que decide abrigá-los. Juntos se tornam uma família e passam a apresentar-se em espetáculos populares para ganhar a vida, fato que acaba desencadeando uma série de conflitos e dramas.

Uma narrativa perturbadora, nada foi obliterado. Victor Hugo não economizou palavras, frases e textos para termos acesso a outra cultura. Tudo foi demasiadamente explorado do início ao fim sem perder a real intenção do autor. Alguns leitores irão achar uma leitura cansativa e densa demais, na minha humilde concepção, nada foi adicionado inutilmente. Tudo era fonte de conhecimento, tudo fazia parte de um contexto histórico e, necessário para compreensão do enredo.

Todos os personagens foram esmiuçados até a última instância, cada um com uma característica peculiar no desenrolar do enredo, até o mar teve um papel fundamental para entendermos a inexplicável força da natureza.

O que mais me impressiona nas obras do meu autor favorito é a profundidade dos temas abordados, os detalhes da narrativa impossibilita o leitor perder de vista o quanto foi extremamente estudado os temas abordados, em simultâneo, denota o olhar cirúrgico de Victor Hugo. Já tive contato com as obras: Os miseráveis, Os trabalhadores do mar, O último dia de um condenado, e agora, O homem que ri, em todas essas obras são notórios a empatia e sensibilidade do autor que contrapõe com a sua condição de uma classe abastada.

E, no fluxo desse pensamento, é impossível aquilatar esse gigantesco clássico que nos deixa tantos ensinamentos e gera um turbilhão de sentimentos ao perceber que, passados séculos, a classe menos favorecida ainda sofrem com esses assuntos pertinentes.

Recomendo a obra pelo seu esplendor, por ser polêmico e nada superficial.
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Talvanes.Faustino 15/04/2021

Victor Maravilhoso
Comecei a ler este romance, motivado em conhecer algo do Hugo, além das suas obras mais famosas.

O livro é fantástico, tem um capítulo nele, que é tão lindo, que bati palmas quando terminei de ler. Espetáculo.
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Phaga 19/01/2022

Um bom livro, mas as vezes cansativo.
O livro é extremamente interessante, mas tem momentos desnecessários, o autor é muito descritivo em alguns pontos que sinceramente torna a leitura até cansativa... Enquanto a história está focada em Gwynplaine, Dea e Ursos você ficará preso, mas quando vai para outros personagens que poderiam fazer apenas uma pequena aparição e se estende desnecessariamente, sério, dá uma leve vontade de desistir da leitura.
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Poesia na Alma 23/06/2017

romantismo burlesco
O homem que ri, escrito no período de exílio de Victor Hugo e publicado originalmente em 1869, Editora Amarilys, 2017, 800 páginas, é um romance histórico, que se passa na Inglaterra, entre os séculos XVII e XVIII. Na obra, o autor se utiliza de um romantismo burlesco para mostrar a face da miséria e degradação humana, a mutilação como punição, além de embate político e relutância no que concerne as mudanças de estruturas sociais.

saiba mais aqui - http://www.poesianaalma.com.br/2017/06/resenha-o-homem-que-ri.html
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Talvanes.Faustino 15/04/2021

Victor Maravilhoso
Comecei a ler este romance, motivado em conhecer algo do Hugo, além das suas obras mais famosas.

O livro é fantástico, tem um capítulo nele, que é tão lindo, que bati palmas quando terminei de ler. Espetáculo.
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Talvanes.Faustino 15/04/2021

Victor Maravilhoso
Comecei a ler este romance, motivado em conhecer algo do Hugo, além das suas obras mais famosas.

O livro é fantástico, tem um capítulo nele, que é tão lindo, que bati palmas quando terminei de ler. Espetáculo.
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