Jaine.Rosa 31/03/2020
Paraiso não sei onde!
Esse é o pimeiro livro Quarteto Smythe-Smith, da Julia Quinn, onde conta mais precisamente a história de Honoria nossa protagonista principal, desde um pouco da sua infância sendo encherrida e destemida, até se tornar uma jovem mulher, com suas obrigações a costumes famíliares e a busca de um marido.
Daniel é o irmão mais velho que está fora do país, mais precisamente na Itália. Marcus é um amigo de infância em comum de Horonia e Daniel.
Por ser exilado, Daniel pede a Marcus para que cuide Honoria e suas aceitações quantos aos homens que a cortejarem -sem a mesma ficar ciente disso-, já que a mesma está na época da procura do marido.
No caminhar da história nossa protagonista faz uma armadilha para ela encenar uma torção no pé afim de fazer um chamarisco para um "principe" buscando salvar uma donzela em perigo, porém Marcus a socorre e acaba sendo vítima das irresponsabilidades de Honoria, machucado ele precisa voltar para sua casa, onde ao tirarem a sua bota o ferem a pele e isso causa uma infecção afetando sua saúde ele começa além de ficar de repouso, ter febres e se sentir mal... Sua empregada observa a situação e ja que ele não tem familiares, ela manda um recado a familia de Honoria, a qual vai para casa dele junto de sua mãe e conseguem fazer com que o rapaz melhore.
Honoria começa a ensaiar para o tal recital, que esta ciente que é uma péssima artista, mas feliz por ser um momento onde tem com suas parentes.No dia da apresentação com o local cheio, Marcus e Honoria agem com ciúmes, tento uma discussão na frente de todos, Honoria vai para seu quarto e Marcus a segue, eles se entendem e acabam transando... no sair para voltar a festa como se nada tivesse acontecido encontram Daniel, que conseguiu voltar da Itália.
MEU PARECER
Vamos do inicio... Foi meu primeiro contato com a autora, depois de muitas e muitas recomendações e pessoas dizendo o quão incrivel e maravilhosos eram seus livros, porém não compartilho a mesma opinião.
Quero ressaltar que meu parecer sobre é com base na época, em filmes, pesquisas e outros livros.
Sabemos que em 1807 as coisas aconteciam em totalmente ritmo oposto do nosso atual, sabemos que a linguagem em si era mais formal, a não ser é claro quando duas pessoas estavam a sós, porém presavam muito pelas aparência, então a fala era sempre o mais correta possível e o mais formal que possamos imaginar.
Também sabemos dos principios da época, uma mulher ainda mais como nossa protagonista que mal teve contato com pessoa do sexo oposto, agiria no mínimo cautelosamente, pois é uma época em que a honra e a sua integridade pode ir por água a baixo... sabendo disso, nosso protagonista Marcus deveria a cortejá-la e respeitá-la antes de qualquer coisa, deixando claro seus sentimentos e intenções, para depois muito depois casarem e transarem, caso ela aceitasse, óbvio... Porém o que tivemos me parece que Marcus não se importou em respeitá-la ou em manchar sua honra, ele só se importou consigo mesmo, e Honoria perder a virgindade logo no dia do recital, sabendo que várias pessoas estavam ali logo abaixo deles... Desculpem não me convenceu. Não estou querendo ser chata, muito menos recatada - haha- no amor tudo pode, ok, perfeito terem se beijado, e tudo bem até se eles não aguentassem o fogo da paixão e transassem, mas foi tudo junto, tudo sem parecer ter nexo... se esse relacionamento tivesse sido melhor trabalhado e eles tivessem transado em um momento diferente , com toda uma base por trás eu acharia perfeito... mas não foi o que foi feito. O amor deles aparece no final e com a declaração e o beijo, logo o sexo, pedido de casamento e logo o fim do livro...
Não criei empatia com nenhum personagem, não consegui gostar dos personagens, não fez sentido a história para mim, não foi bem escrita, foi bem tramado, bem pensado até certo ponto depois foi só desilusão, não parecia haver amor, respeito, nem nada do tipo, até o amor de Honoria pela familia achei pouco trabalhado, é um livro totalmente vazio para mim. Claro que cada um tem seus pensamentos sobre, sua opinião formada, eu não consegui gostar, achei um livro OK, um livro que tem um ar cômico, não diria que é um romance de época... cade o amor? o respeito? cade o zelo um pelo outro? cade os cenários de epoca? os costumes da época? os detalhes da roupa, vestido, cabelos.. o detalhes da questão do dia a dia, como os banhos, as refeições, enfim tudo, pra mim faltou muita coisa, que nem sei falar o quanto estou triste com a expectativa que criei, porque a realidade foi totalmente oposta.
Outra coisa que achei estranho foi o termino de um capitulo e a continuação logo abaixo, estou acostumada com o capitulo ser sempre no ínicio da outra página, mas só questão de observação mesmo.
Eu dei 2 estrelas pela ideia em si, a escrita leve e fluída, o tom cômico e capa , somente.
Não indicaria esse livro a ninguém, a não ser que a pessoa só queira ler qualquer coisa mesmo e tanto faz.
ALGUNS TRECHOS:
"Honoria tratou de não estremecer. O musical anual da família nunca era um bom momento para fazer amizade com um cavalheiro, a menos que ele fosse surdo. Houve algum argumento dentro da família a respeito de quem, precisamente, tinha começado a tradição, mas em 1807, as quatro primas Smythe-Smith tinham subido ao palco e massacrado uma peça musical perfeitamente inocente. Por que elas, ou melhor, suas mães pensaram que seria uma boa ideia repetir o massacre nos anos seguintes, Honoria nunca saberia, mas o fez no ano depois desse, e ano após."
"- Não quero ser seu irmão - respondeu ele. E logo a olhou de novo, entretanto, olhou-a de forma diferente. Possivelmente fossem seus olhos ou sua pele, ruborizada. Ou a forma que estava respirando. Ou a curva de sua face. Ou o pequeno lugar onde seu...”
"Ele parecia diferente para ela. Conhecia este homem por quase tanto tempo como podia recordar, como era possível que alguma vez não tivesse notado a forma de sua boca? Ou seus olhos."
"Ele não sabia. Não sabia o que significava aquele olhar. Poderia jurar que os olhos de Honoria ficavam mais escuros a cada momento. Mais escuros e mais profundos. Tudo em que Marcus conseguia pensar era que ela era capaz de ver dentro dele, no fundo do seu coração.No fundo da sua alma."