Fabi.Filippo 03/12/2022MaravilhosoJá conhecia a autora pelo livro O intérprete de males , vencedor do prêmio pulitzer de ficção em 2000 e já esperava por um bom livro , mas O xará superou muito as minhas expectativas. O LIVRO É LINDOOOOO !!!
O livro narra a história da família Ganguli, imigrantes indianos nos EUA, desde a época do casamento arranjado de Ashima com Ashoke.
A vida na América não é fácil. O casal bengali se depara com a solidão, o choque de cultura , com a saudade de casa e a estranheza de começar uma nova fase da vida ao lado de quem mal conhece. Juntos eles passam por dificuldades mas criam laços fortes e fazem novos amigos. Viajam para Calcutá quando podem para visitar parentes e levar os filhos.
Vem o primeiro filho , que recebeu o nome de Gógol , por um fato ocorrido com Ashoke alguns anos antes. E por uma tradição de família que não deu certo , ficou com esse nome mesmo . A avó de Ashima enviou uma carta com o nome do menino , que se perdeu entre Calcutá e EUA.
Daqui em diante a história se desenrola focada em Gógol. Depois ainda nasceu Sônia mas são pelos conflitos de Gógol que a narrativa prossegue.
Gógol tem nome russo , em homenagem a um escritor com esse nome , nasceu americano e é filho de bengalis. Cresce desconfortável com o próprio nome , sem se identificar com a cultura dos pais e também sem o sentimento de pertencer à cultura americana. Quando seu pai explicou o motivo de seu nome ele ainda balançou mas mudou o nome para Nikhil assim que teve oportunidade. E se afastou de seus pais. A ficha caiu após o falecimento repentino de seu pai e então uma enxurrada de sentimentos o atingiu. E senti que ele ficou arrependido de ter trocado o nome e também com vontade de entender melhor seus pais , principalmente Ashoke seu pai.
Queria um outro fim para Gógol porém apesar disso como já falei eu amei o livro . Quanta sensibilidade!