Carla 06/05/2012
Crepúsculo Vermelho [Sonho de Reflexão]
Vocês já devem ter lido livros do gênero sobrenatural, com vampiros, metamorfos, misticismo, poderes extraordinários, telepatia, enfim... com muito romance, suspense, ação, aventura e, é claro, muitos mistérios. Isso soa familiar?!
Para quem leu a saga "Crepúsculo", da Stephenie Meyer, e "Sussurro", da Becca Fitzpatrick, sabe do que estou falando, mas as semelhanças param por aí, porque em Crepúsculo Vermelho, o primeiro livro da trilogia da Saga Red Kings, criada pela autora brasileira Laura Elias, mostra um universo completamente diferente de todas as séries sobre vampiros que estamos acostumadas a ler ou a assistir pela televisão.
(...) Posso dizer a vocês que esse livro é tão bom, mas tão bom, que li-o juntamente com o segundo volume da trilogia, "Lua Negra", em apenas uma semana!!! Mas "Lua Negra" deixarei para o próximo post.
A autora foi de uma genialidade e inovou nesse tema com uma mistura de novas raças de vampiros contendo todos os ingredientes presentes nos temas sobrenaturais e criou personagens fantásticos, cativantes, assustadores e, como não podia deixar de ser, alguns deles apaixonantes! Achei isso maravilhoso!!!
(...)
Apesar de ter apenas dezessete anos, Megan Grey é uma jovem esperta, forte e, apesar da aparente delicadeza e fragilidade, é uma garota decidida, inteligente, sem qualquer juízo, teimosa e obstinada. Vive na cidadezinha de Red Leaves, quase na fronteira do Canadá, uma vida normal, sossegada e relativamente feliz ao lado da família, dos amigos, mesmo vivendo os conflitos e problemas normais tão comuns na vida de todo adolescente.
Todos os seus amigos estão em polvorosa com o show iminente da banda de rock Red Kings of Dark Paradise, composta por seis lindos integrantes que mistura metal pesado e hard com toques melódicos, exceto ela que do nada vem sendo acometida por uma insônia persistente, com a sensação de estar esperando algo ou alguém. Apesar do ataque de sonambulismo, ela tem plena consciência do que está fazendo, mas não sabe o porquê disso. Desde então, isso ocorre com uma frequência assustadora e misteriosa, o que deixa Megan cansada e profundamente abatida, ou melhor, um zumbi.
O mais estranho ainda é que em um determinado dia, ela é internada acometida por uma febre altíssima juntamente com o misterioso líder da banda Red Kings, Bill Stone (esse nome me lembrou uma mistura de Bill Compton, da série 'True Blood' com a banda Rolling Stones). A partir daí, a jovem começa a ter sonhos tão vívidos, que parecem reais e, além disso, começa a ouvir vozes falando com ela dentro de sua cabeça, mas não é uma voz qualquer, é uma voz doce, suave e aveludada. Completamente assustada, Megan não sabe o que fazer e porque isso inexplicavelmente vem acontecendo constantemente.
Mal ela sabia que seria a chave de redenção para a paz entre os clãs de vampiros, já que eles não passavam de frutos da imaginação e crendice popular.
Depois de recuperada, Megan volta à escola e tem sua vida virada de cabeça pra baixo com a chegada de um novo aluno, que veio da Inglaterra: Simon Blackwell, que é lindo, charmoso, sedutor, misterioso e tem os olhos avermelhados. Com um sorriso perfeito, lábios vermelhos e carnudos, sua voz é aveludada, suave, modulada, sedutora, com um timbre que emana força e masculinidade e que, ao mesmo tempo, traz aconchego e conforto.
Megan, que nunca apaixonou-se, sentia-se completamente desconfortável perto dele, mas ele tinha algo que a atraía, mas que, quando afastava-se, causava-lhe abstinência, deixando-a com uma tristeza profunda.
"Como o simples olhar de um garoto idiota, que eu mal conhecia, pode mexer tanto comigo? E por que ele tinha de ser tão insuportavelmente maravilhoso?"
Sua vida fica totalmente desconstruída com a presença de Simon e, quando ela percebe coisas estranhas nele, decide averiguar mais a fundo isso e a verdade cai como uma bomba sobre ela, mas os dois apaixonam-se um pelo outro. (Não sei como a Megan teve tanta audácia e coragem de ficar perto dele! Será que eu teria?! Acho que não). Em busca de um assassino e com o intuito de proteger sua amada, Simon decide afastar-se depois de uma "briga" com Megan, que fica arrasada e inconsolável!
Finalmente, chega o dia do show da famosa banda de rock Red Kings of Dark Paradise, deixando a vida de Megan ainda mais conturbada, porque ela acaba conhecendo o misterioso Bill Stone, o fascinante vocalista e vê seu coração ser arrebatado pelos hipnóticos olhos azuis do cantor. Fica fascinada com sua voz e a reconhece de imediato através das músicas e eles tornam-se um único ser, fundidos para sempre. (Nesse momento da história, eu fiquei matutando: "Como a Megan pode esquecer o Simon tão rapidamente e ficar fascinada pelo Bill?!" Mas, fiquei deslumbrada no decorrer da história, principalmente, em "Lua Negra" como os segredos vão sendo desvendados e as coisas começam a encaixar-se!!! Mas isso são outros quinhentos...)
Durante o show, ele dedica uma canção a alguém que foi muito especial em sua vida, que o fez revirar céus e terras, cuja ausência o fez querer morrer vezes sem-fim, porque ele buscou essa pessoa que era sua alma gêmea por muito tempo, mas, ao que tudo indica, parece que houve uma forte conexão entre ele e Megan. (Mas você terá que ler o livro para saber do que realmente estou falando, mas essa é uma das partes mais lindas do livro. Queria eu estar no lugar da Megan ouvindo meu grande ídolo cantar só para mim! Quem não sonharia?!).
"(...) sua voz soou aveludada e sedutora como em meus delírios e sonhos. Ele se curvou em minha direção e senti que ia me beijar. Meu coração batia feito louco. Seus lábios estavam a centímetros dos meus e suas mãos seguravam meu rosto com gentileza, mas eu podia sentir a força que emanava delas."
E, ao contrário de Simon, Bill não causa abstinência em Megan, só a deixa flutuando nas nuvens, na lua, no céu, nas estrelas. Ai, meu Deus! (risos).
Só que, em meio a tudo isso, há um grande problema: nem Simon nem Bill são humanos. Eles pertencem a uma raça desconhecida, os rovdyrs, que há milênios habita nosso planeta em segredo. Dotados de força e capacidades inimagináveis, esses seres caçam vampiros, se alimentam de animais, são monogâmicos e fiéis, porque casamentos inter-raciais são proibidos, tem um forte laço familiar, não podem se envolver com humanos e veem o amor como uma eterna maldição.
Contrariando as estritas leis rovdyrs, Bill e Simon - inimigos declarados - apaixonam-se por Megan e essa doce e sombria história de amor a faz cair nas garras de um vampiro cruel e vingativo. Correndo contra o tempo, Bill consegue resgatá-la... mas para salvar a vida da amada ele é obrigado a lhe dar grande quantidade de seu sangue.
A partir de então, a vida de Megan nunca mais será a mesma, pois o sangue que a salvou é o mesmo que a amaldiçoou para sempre.
E isso só acarretará uma grande guerra e disputa entre os clãs de vampiros e rovdyrs com muita aventura, ação, adrenalina, suspense e um romance sobrenatural eletrizante que transcende o tempo e o espaço!!!
Além de ser lindo, Bill é generoso, carinhoso, meigo, atencioso, protetor, gentil, altruísta, inteligente, decente, rico, famoso, com um corpo escultural, sedutor... enfim, a autora soube muito bem como criar um personagem masculino com todas as qualidades e características que nós, simples mortais, idealizamos em um homem!!! Bill é tudo isso e muito mais, pena que é um rovdyr! (risos).
Em muitos momentos do livro, fiquei dividida entre o Bill e o Simon. (Lembrei-me muito da série televisiva "True Blood" com a Sookie dividida entre o Bill e o Eric). Essas garotas tem muita sorte, só rodeadas de homens lindos!!! Oh, my God!!!
Adorei a Megan, que é uma personagem maravilhosa! Adorei as suas qualidades, como também as suas brincadeiras e provocações com os seus amigos da escola, com o Bill e a sua banda e o Simon. Eram divertidíssimas!!! Assim como a sua família, principalmente seu pai, que é um homem admirável e notável!
Seus amigos também são muito carismáticos, mas identifiquei-me mais com a Alice, que é uma fofa!
Além de tudo isso, há muitos momentos divertidíssimos, entre eles um diálogo entre Bill e Megan, que achei hilário:
"Ele me mandou seu infernal sorriso torto e eu o achei deslumbrantemente irreal. Ninguém podia ser tão bonito assim!
- Que foi? - perguntou.
- Nada, só estava pensando se não dói ser tão feio assim.
Ele gargalhou."
Além da história, a autora fez viajar-me na minha adolescência, através da trilha sonora impecável que o livro traz. Apesar de não ser fã de rock, sempre gostei muito de Bon Jovi, Guns N' Roses. Quando o Simon citou "November Rain" viajei no tempo!!! Adorava essa música e o clip musical então. Nossa! Perdi a conta de quantas vezes o vi!!! Muito obrigada, Laura por esse repertório fantástico!!! Gente, recomendo a todos vocês que ouçam as músicas durante a leitura, porque isso te dá uma experiência ainda mais fascinante e emocionante!!! Contagia sua alma!
Gostei das capas, especialmente a do "Lua Negra", mas não sei o que acontece que a nossa imaginação viaja e transporta-se no decorrer da história e nós acabamos idealizando um personagem completamente diferente. O mesmo ocorreu, quando li "Crepúsculo", da Stephenie Meyer. Idealizei o Edward de outra forma. Por isso, ressalto que no livro da Laura Elias, imagino a Megan e o Bill completamente diferentes do que ilustra a capa. Mas é muito bom sonhar, não é mesmo?! (risos).
A única exceção do livro é que faltou uma supervisão melhor na revisão, já que há erros ortográficos, ausência de palavras nas frases e alguns erros gramaticais. Esse tipo de coisa é lamentável! É uma pena, mas não há nada que prejudique ou interfira na história, que é excelente!
Quero agradecer muitíssimo à autora, porque através do seu livro me trouxe alguns momentos divertidos! Obrigada por ter me concedido a honra de conhecer essa obra inesquecível, preferencialmente nacional, que me proporcionou uma leitura profundamente envolvente e emocionante!
(...)
Confira esta e outras resenhas na íntegra no Sonho de Reflexão:
http://sonhodereflexao.blogspot.com/