A Bagaceira

A Bagaceira José Américo de Almeida




Resenhas - A Bagaceira


8 encontrados | exibindo 1 a 8


héstia! 30/03/2023

Horrível.
Esse livro é terrível. fala sobre coisas importantes e trata de uma forma direta como foi a seca de 1898, mas a escrita é muito difícil e confusa, não dá para entender o que está acontecendo, não consegui me apegar aos personagens. enfim, li apenas por causa da escola e espero nunca mais ouvir o nome desse livro
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Bruna 31/05/2022

Resumindo: é uma história sobre um triângulo amoroso entre pai, filho e uma retirante. Mas também é uma história sobre o sertão, sobre uma certa "rixa" dos brejeiros versus os sertanejos. É também uma história sobre relações humanas fora muitos símbolos que o autor usou, o que deixa o texto bem rico porém bem difícil de se analisar numa primeira leitura. O prefácio ajuda bastante a entender muitos desses símbolos. O livro é difícil de ler no início devido ao vocabulário usado pelos personagens que é lotado de palavras pouco conhecidas ou transformadas e inventadas, tanto que há um glossário no final para ajudar o leitor. Esse regionalismo é difícil de início mas assim que se acostuma fica fácil de entender pelo contexto.
Esse é definitivamente um clássico nacional. Está recheado de simbolismos e críticas para se estudar e conseguir interpretar.
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Rodrigo.Bittencourt 13/01/2022

Linguagem primorosa
Positivamente surpreendido pela riqueza linguística de José Américo de Almeida. Prosa lírica em ambiente interiorano que remete à Guimarães Rosa. Realmente o pontapé inicial do realismo brasileiro pós-30
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@chrisoliveira 24/04/2017

Um final impactante.
Valentim é um retirante da seca que sai da fazenda onde trabalhava com sua filha Soledade e seu filho adotivo Pirunga, e os três acabam pedindo emprego na fazenda Marzagão, de propriedade de Dagoberto, um senhor de engenho viúvo que tem um filho estudante de Direito, Lúcio, que, no começo da história, está passando férias com seu pai na fazenda. Logo Lúcio e Soledade começam uma relação de amizade onde ambos tem interesses mais profundos, mas nenhum dos dois consegue tomar a iniciativa e falar de forma clara sobre seus sentimentos e anseios, o que dificulta muito o desenvolvimento da relação.

Soledade é retratada como a menina-mulher que chama a atenção dos homens por sua beleza e usa disso para brincar com todos (e esse foi um ponto que me incomodou bastante, mas dentro do contexto social da época é perfeitamente compreensível que existisse essa visão da mulher fatal e irresistível que levava os homens a cometerem loucuras por seu amor). Lúcio é o clichè do bom moço do sertão que sai da fazenda para estudar e retorna nas férias para aprender a lidar com os negócios do pai.

Assim começa um verdadeiro vai – não vai entre Soledade e Lúcio, que não chegam a consumar o seu amor porque o rapaz tem medo de desonrar a moça e não ser capaz de assumir o romance, o que deixa Soledade bastante ansiosa e impaciente, pois ela quer ter um relacionamento estável. Assim, Lúcio volta para a cidade e deixa Soledade ainda mais angustiada.

Acontece que boatos sobre Soledade fazem com que Valentim desconfie de que alguém está seduzindo sua filha e, ao confrontá-la, ela acaba por acusar uma pessoa da fazenda que se torna vítima de Valentim. Este vai preso e pede a Pirunga que tome conta de sua filha. Lúcio, que tinha voltado para a faculdade, retorna para a fazenda e anuncia ao pai sua paixão pela moça, mas é surpreendido por revelações que o farão desistir de seu amor.

Pirunga descobre quem é o verdadeiro autor da desonra de Soledade e, num ato de vingança por ciúmes, o mata, e também atenta contra a integridade física de sua irmã de criação.

Os anos passam e Lúcio retorna para a fazenda, casa-se, tem seus filhos e um final emocionante traz um desfecho impactante para o leitor.

É um livro difícil, com um ar teatral no qual o autor não usa de muitas descrições, parece que as personagens tomam vida própria e estão ali "vivendo suas vidas", e o autor está apenas contando fragmentos de uma história que não tem motivo para ser profunda, visto que é a mesma que se repete em ciclos no interior de muitas outras fazendas do sertão nordestino.

O estudante comparou a mentalidade do engenho, resíduos da escravaria, os estigmas da senzala, esses costumes estragados com a pureza do sertão.

E sentia que, com o andar do tempo, se estupidificava nesse meio execrável.
Enquanto o narrador em terceira pessoa usa uma linguagem rebuscada, a fala das personagens enche o livro de regionalismo que requerem um glossário para auxiliar na compreensão do texto, que acompanha a obra ao final do livro.

- Eu estava canso de avisar. mas o freguês tinha nó pelas costas, era cheio de noves fora. Aí, dei de garra do quiri. O bruto entesou. Aguento a primeira pilorada - lepo! - no alto da sinagoga. Arrochei-lhe outra chumbergada. aí, ele negou o corpo, apragatou-se, ficou uma moqueca. E veio feito em riba de mim. Arta! danado! Caiu ciscando, ficou celé!... Foi pancada de morte e paixão. Vá comer, terra!... Fugiu na sombra e levou um tempão amocambado.

A escrita também está impregnada de lirismo, que pode confundir um pouco o leitor, mas é tão poética e bela que vale o esforço:

Não! a mulher que ama é a que diz menos, porque é a que mente mais.

Só a mulher que sofre diz tudo num grito de dor.

A minha maior dificuldade foi conseguir deduzir o que o narrador estava contando porque a escrita se desenvolve de forma a não deixar claro os acontecimentos, e o leitor só descobre o que de fato aconteceu no capítulo seguinte, quando dá-se o resultado da cena anterior. Isso é uma característica da escrita do autor, que pode cansar um pouco, mas os fatos podem ser deduzíveis, então a leitura flui através das cenas entrecortadas.
Eu gostei bastante, para mim foi uma experiência de leitura diferente, muito interessante, e senti empatia com muitos personagens, conseguindo me colocar no lugar de cada um e entender o rumo da história, que é perfeitamente possível, dando um traço de realidade.

Fica aí a minha dica fortíssima de livro nacional, que não é muito conhecido, de um autor um pouco esquecido, mas que merece toda a nossa atenção e carinho.


site: https://letrasextraordinarias.wordpress.com/
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Suka - Pensamentos & Opiniões 02/05/2017

Uma preciosidade literária em minhas mãos, um livro que marca o início de uma nova fase da literatura brasileira, denominado como “Romance de 30”. Sendo publicado em 1928.
Esse livro tem um forte apelo as adversidades sofridas pelo povo da região Nordeste, do nosso conturbado e problemático Brasil.
O plano de fundo da obra é a seca que devasta toda uma região, o autor possuí uma riqueza nas palavras que leva para o leitor todo aquele sofrimento e angústia do povo, para poder sobreviver e ter o pão de cada dia.
Os dos personagens principais são: Dagoberto, senhor de engenho e muito cruel com seus empregados, seu filho Lúcio que vive um constante conflito com o seu pai, por ter ideias inovadoras em sua mente para ajudar o próximo, e a jovem retirante Soledade, que tem um papel importante em toda história.
Dagoberto é um carrasco! Para ele, os retirantes são pessoas que só devem obedecer as ordens e nada mais, caso contrário, sofrerão devidas e cruéis punições. Lúcio, filho do cruel senhor do engenho aparece para tentar reverte toda essa situação e mostrar um lado romântico na história, envolvendo-se com a retirante Soledade, mas que terá muitos conflitos e interesses por conta de Dagoberto.
José Américo, por várias vezes usa diversos simbolismos para descrever toda uma ambientação para deixar mais vívido de como era a vida de uma retirante e senhor do engenho, sendo um livro rico em muitos detalhes e paisagens do Nordeste.

site: www.suka-p.blogspot.com
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Bruno1041 13/12/2017

[RESENHA] A BAGACEIRA
A BAGACEIRA é narrado em terceira pessoa e apresenta a vida de Dagoberto Marçau e seu filho Lúcio, que está de férias, no engenho Marzagão. O foco da obra é a interação desses dois personagens com a jovem retirante Soledade que acompanhada de seu pai Valentim Pedreira e seu irmão postiço Pirunga estão fugindo da seca e pedem emprego no engenho de Dagoberto.
Devo ser sincero ao expressar a minha grande inquietação com a personalidade dos protagonistas. Nenhum deles é carismático ou bom. Enquanto que Dagoberto é um homem duro, rabugento e de mente fechada, seu filho Lúcio tem a mente aberta mas possuí atitudes para lá de suspeitas e desleais. E o que dizer de Soledade? Diferente de todos os outros enredos clássicos nacionais que li Soledade não é a moça inocente da história que entrega o seu coração ao primeiro homem que bateu os olhos por mais de 60 segundos. Ela é uma personagem, sim, forte mas que é retratada como maquiavélica usando de seus atributos físicos como arma para seduzir homens. Claro que essa atitude dela é mal-vista no enredo e devo confessar que repudiei demais pois ela não estava sendo livre, simplesmente estava colocando pessoas contra pessoas para se beneficiar e isso não foi agradável de ler. Me pareceu que o autor buscava ir contra todos os modelos das mocinhas que já foram retratadas na literatura clássica. Infelizmente, ele me apresentou uma das personagens que mais detestei e tive o desprazer de acompanhar.
O plano de fundo do enredo é a seca e esse tema é o que tornou a obra um clássico abrindo um novo gênero na literatura ao retratar as desigualdades sociais e dar enfase ao regionalismo nordestino. Entretanto, no decorrer de toda a leitura não vi isso como o foco. Não. Vi como foco somente a relação dos personagens ao lidar com uma moça imprevisível, volátil e misteriosa. Não vi como denúncia a mente fechada dos homens da época, mas somente o compartilhar das personalidades tão comuns até os dias de hoje em várias regiões - devo enfatizar - do país; não tem nenhum personagem questionando a maneira de pensar do outro, somente reforçando as atitudes arcaicas. Isso me deu a impressão que o autor não procurava uma mudança na forma de pensar, queria somente retratar como uma fotografia o Sertão e se de fato esse era o objetivo José Américo de Almeida teve êxito em sua empreitada.
Admito que fiquei muito surpreso com os capítulos finais da obra pois houve reviravoltas que não esperava e nem havia cogitado tais caminhos. Para um autor clássico ele foi bastante imprevisível em concluir a sua obra de maneira impactante e agoniante. Bato palmas para o autor.
A edição física possui uma capa poderosa, cuidadosa e linda de admirar e ter na estante. As páginas são amareladas e os capítulos pequenos. A fonte das letras é mediana.
Devo alertar aos que buscam se aventurar nessa obra que a escrita do autor não é simples, ele abusa de palavras desconhecidas e mesmo nessa edição que me parece comemorativa não foi apagado esse traço que é característico do autor e de seu tempo. Recomendo fortemente ter o navegador Google por perto para dar pesquisadas para uma melhorar compreensão das frases e vocábulos.
E para quem gosta de saber além da obra, todo o histórico das edições passadas e como foi a recepção do livro no âmbito literário essa 45ª edição apresenta uma introdução feita por M. Cavalcanti Proença que bota as cartas na mesa sobre como foi a recepção de A BAGACEIRA no decorrer das décadas.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/12/resenha-bagaceira.html
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Biblioteca Álvaro Guerra 08/05/2018

Uma história de amor ou uma denuncia social? No romance A Bagaceira, temos os dois de cada tendo como pano de fundo a grande seca que atingiu o nordeste brasileiro enter 1989 e 1915.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503012997
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Maycon.Felipe 17/06/2020

Eu poderia classificar esse livro com cinco ou com nenhuma estrela, mas prefiro a mediania - como propusera Aristóteles -, por isso classifiquei-o com 2,5 estrelas. É um livro de difícil compreensão, mas ao mesmo tempo misterioso, cheio de aforismos.....
Nele, contém uma frase que carregarei em minha mente para o resto da vida: " Ninguém pergunta ao retirante donde vem nem para aonde vai. É um homem que foge do seu destino. Corre do fogo para a lama."
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