vempramimedicina 22/08/2021
Triste realidade!
Anna e o Planeta é um livro bem rapidinho de ler, com poucas páginas e uma linguagem super simples.
Mas, não se engane, ele também é um livro que dá um aperto gigantesco no coração a cada página lida.
Anna é a protagonista do livro e ela vive não só a sua realidade (em 2012), como também sonha com a realidade de sua bisneta (2082). Nesse salto temporal de 70 anos, Anna vê a transformação mundial causada pelo Efeito Estufa: destruição da natureza, extinção de milhões de espécies, Amazônia virando savana, crise imigratório de refugiados do clima...
O papel de Anna é tentar modificar o seu momento presente para que sua bisneta não viva em um mundo completamente degradado pelo egoísmo de seus antecedentes.
Uma das frases mais marcantes do livro para mim foi:
Nós podemos até fingir que nossos descendentes não existirão, podemos esquecer da existência deles. Mas eles não esquecerão de nós um único dia.
Esse livro possui uma leitura dolorosa porque estamos em 2021, ano em que a Amazônia já possui pontos de virada, ou seja, pontos em que ela mais emite gás carbônico do que o estoca. Ano no qual, apesar de ter tido o ponto de virada, o desmatamento cresce absurdamente em comparação aos anos anteriores... E a pergunta que fica é: será mesmo que não dá para ter desenvolvimento sem a destruição total da nossa natureza?
Jonas, namorado de Anna, fala o seguinte: para conseguirmos salvar a natureza temos que levar em consideração o sentimento egoísta e mesquinho do ser humano, caso contrário, não conseguiremos modificar nosso cenário.
Indico muito a leitura desse livro, é uma leitura necessária demais.