Aqueles Cães Malditos de Arquelau

Aqueles Cães Malditos de Arquelau Isaías Pessotti




Resenhas - Aqueles cães malditos de Arquelau


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Choquei.amo-te 13/04/2024

O enredo em si do livro é muito interessante, "um grupo de pesquisadores em uma vila do século XV investigam uma figura importante mas proscrita da história". Sobre a escrita, é muito boa, muito mais muito rica em todos os sentidos, das descrições de pinturas e arquitetura, as diversidade culturais gastrônomicas etc, entretanto, por mais que seja bem escrito, não foi fácil para o término da obra, principalmente pela quantidade de expressões e textos em outras línguas, o que afeta a fluidez textual. No geral foi uma leitura muito boa, com alguns empecilhos os quais provavelmente uma releitura já familiarizada com a escrita resolveria.
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Leo 23/02/2024

Não é todo mundo que nasce Umberto Eco
Um grupo de acadêmicos que age e fala como se fossem personagens de um romance ruim tentam descobrir quem foi o autor de um livro misterioso. E é essa a trama “de dar inveja a qualquer romance policial” de “Aqueles cães malditos de Arquelau”, vencedor do prêmio Jabuti de 1994 - o que fala muito sobre o Prêmio Jabuti.



Pois é, amigo, porque esse é um daqueles livros em que as pessoas vomitam diálogos artificiais e afetados, tal qual um livro de José de Alencar, cujo único objetivo parece ser demonstrar a erudição do autor (que faria melhor pegando tudo isso e escrevendo um livro de não ficção).



Mas vamos com o que temos pra hoje, que é essa trama supostamente policial, mas policial no nível turma do Scooby Doo, e aqui estou falando da versão em que eles eram crianças. Até a metade do livro estava revirando os olhos a cada cinco páginas, depois desencanei e comecei a rir alto.



Segue um trecho que é a mais pura diversão:



“Lá estava eu, de novo, na defensiva. A frase que me veio foi: ‘Estou louco de vontade de te agarrar e te cobrir de carícias’, mas o que saiu foi: ‘Estou querendo uma boa cerveja num bar tranquilo. Você tem tempo para um traguinho?’. ‘Covarde!’, disse meu ego.”



Acompanhe meu raciocínio: o narrador morre de desejo pela moça em questão, e tudo o que ele consegue pensar de mais lúbrico - e reprimir - é que quer enchê-la de carícias! Oh, o rubor! Talvez também roubar um ósculo da sua bochecha, dona, se não for muita ousadia da minha parte.



Quer uma dica? Por favor, não leia esse livro. Por favor. É sério. Se você quer mistérios sobre cultura clássica, vá de Umberto Eco. Se quer erudição, vá de Borges. Até “Código da Vinci” deve ser melhor do que isso aqui, já que não se leva tão a sério.



Pesquisando no Google, descobri que Pessotti parou de escrever ficção depois de seu terceiro livro. Boa, Pessotti! As árveres agradecem.
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Day 12/04/2021

Ainda não sei se gostei ou não
Eu li ele sem pretensões, a letra é bem pequena, o vocabulário é denso, tem partes em italiano, latim, grego.. E é uma miscelânea de descrições arquitetônicas, literárias, filosóficas, científicas, gastronômicas, etc. Achei interessante misturar vários assuntos, foi o que me levou a ler até o fim! Mas se você gosta de ciência, de pesquisa, de mistério, de histórias de amor não convencionais e de aprender e enriquecer seu vocabulário, é uma leitura recomendada! Mas não é uma leitura fácil!
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Antonio 01/08/2015

Eurípedes vingado
Não há dúvidas de que o dia a dia dos pesquisadores do Instituto Galilei e sua busca por desvendar o mistério do Bispo Vermelho e de sua villa piemontesa, criados por Isaias Pessotti, brindam ao leitor diversos momentos de reflexão e deleite.

Presentes em Aqueles cães malditos de Arquelau, o debate sobre a genialidade, o não paralelismo entre o caminho da ciência e o do conhecimento, a questão da hybris, ou a associação da paixão com a identificação, por um lado, e experiências sensoriais despertadas por saborosas refeições, a observação de vitrais, beijos sob a luz de uma luminária de alabastro ou o insistente ruído do sino de uma igreja, por outro, conspiram para provocar-nos uma experiência ora inquietante, ora confortadora. Arte, comentar-se-ia.

No entanto, perpassam toda a obra duas incômodas sensações: a primeira de que a literatura, nela, é apenas pretexto... de que a literatura, aqui, está a serviço de algo; e, a segunda, de que Virgílio, Eurípedes, faisões e gattinaras talvez tenham se prestado mais para uma masturbação intelectual e gastronômica do autor do que para o elogio ao erudito.

Trecho do livro:
“Não há adjetivos dignos dos pratos que Giulio e Lisa dispunham sobre a mesa. Eram dois faisões inteiros, dourados, sobre o molho de vinho branco, manteiga e cebola ralada, com o perfume suave e contido do alecrim fresco. Como Giulio tinha descrito.” (pp. 35 e 36)


site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
Thiago 01/08/2015minha estante
Homem, sua resenha me deixou bem confuso, mas vou dar uma chance ao livro, o enredo me apetece, e o fato dele ser desconhecido por muitos apesar de ser premiado.


Antonio 01/08/2015minha estante
Vai lá, Thiago! Sei que não fui desonesto na minha avaliação, mas tenho medo de ter sido injusto... depois você conta pra mim se compartilha minha opinião, pode ser? Veja se tem a mesma impressão que eu tive... Abração!


Thiago 03/08/2015minha estante
Longe de mim achar que você tenha sido desonesto, até porque sigo aquele velho lema de que cada cabeça é uma sentença, eu de fato estou uma grande expectativa em torno deste livro e do autor, e sem falar que 3 estrelas é uma boa avaliação.




Lobo 30/07/2015

Aqueles cães malditos de Arquelau
Um livro instigante que caminha por várias perspectivas; tragédia grega, inquisição, pesquisa, romance e o ambiente leve de um turma de estudiosos de um instituto italiano. envolvidas em um"fio fino de óleo e cebola". .. ( várias receitas descritas no desenrolar da trama a medida que os personagens as degustam!!)

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warde 21/12/2011

entre amigos
este é um daqueles livros cujo autor insere, convidativamente, o leitor entre os personagens, tal a desenvoltura e o interesse com que a história é contada. erudição e bate-papo, combinando, em vários momentos, climas como os de "o jardim do diabo", de luís fernando veríssimo, e "o nome da rosa", de um berto eco.
enfim, se você gosta de um bom enredo que mescle (tome fôlego): história, gastronomia, investigações, pesquisa, desejo, paixão, amor(es), viagens, bom humor - ufa! - então, "aqueles cães malditos de arquelau", de isaías pessotti (editora 34) é para você.
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Paulo 04/05/2010

Breve anotação de 1999
Final de doce impacto. Bom desenvolvimento do enredo, porém profusão de detalhes dispensáveis. Nesse sentido, aproxima-se da literatura de Renato Pompeu.

Conseguiu misturar erudição acadêmica, amor, sexo, mistério, aventura. Deliciosas as descrições dos pratos que os personagens saboream sempre que discutem enquanto comem: faz parte da atmosfera da trama, e parece querer dizer: "a inteligência e a ilustração valem para tudo — para o estudo sério e para a conquista amorosa, para a descoberta elucidativa e para a delícia trivial de um prato bem preparado".
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Samantha 29/12/2009

Bom DEPOIS que acaba.
O livro temum bom conteúdo e excelente informação, principalmente para quem gosta de literatura clássica.
Porém, a estória em si é fraca e, a forma como é exposta torna-a cansativa. Há um excesso de informações inúteis, principalmentee em relação à culinária, o que acaba dando sono... muito sono.
Depois que você consegue terminar o livro, é até legal, mas estou certa de que é um desafio.
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Henderson 19/07/2009

Excelente !
Livro ganhador do quase desconhecido Prêmio Jabuti, conta a história de um grupo de pesquisadores que descobre acidentalmente escritos de um misterioso "bispo vermelho" e mergulham fundo para tentar descobrir a sua história.
O livro é muito bem escrito e demonstra toda a erudição do seu autor. O primeiro capítulo destoa dos demais, mas quem resistir e continuar a leitura será recompensado com um excelente livro, que com certeza merece muito mais divulgação do que teve. Leitura altamente recomendada.
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