Os bebês e suas mães

Os bebês e suas mães D. W. Winnicott




Resenhas - Os bebês e suas mães


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Talita.Lobo 15/08/2021

Maternidade suficientemente boa
Em tempos de treinamento de sono e curso de desfralde, o livro é muito interessante ao trazer que a, na maioria dos casos, a mãe não precisa da intervenção de terceiros para saber o que fazer. Aliás, com a quantidade de receitas miraculosas e ?vade mécum? que existem ensinando as mães a serem ?boas?, relembrar que normalmente a mãe é suficientemente boa é um carinho e um alívio. A criança precisa de sua mar, na medida que a mae precisa de seu bebê. Colo, aconchego, vontade de acertar e naturalidade. Por mais maternagem de coração e menos culpa heterônoma.
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Dai 23/06/2020

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Winnicott de uma forma simples conceitua e explica sua teoria. Gosto muito dessa abordagem e da importância que dá para os aspectos relacionais e ambientais que os indivíduos se encontram.
Recomendo a leitura para quem gostaria de saber um pouco mais sobre a teoria winnicottiana.
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Thauany 21/12/2018

O que profissionais que trabalham com mães e bebês devem saber?
O livro “Os bebês e suas mães” trata de uma série de conferências e um programa de rádio realizados por Donald Woods Winnicott um psicanalista e psiquiatra infantil. O livro é dividido em nove capítulos que contém temas de conferências, além do programa de rádio, distintos. Os artigos que compõem este livro não são endereçados às mães, pois o autor afirma em vários capítulos que a mãe não pode aprender em livros ou com especialistas a cuidar de seus filhos que aquilo que lhe é “inato” é mais eficaz no cuidado de seus bebês. Este livro é endereçado aos profissionais (médicos, parteiras, enfermeiras). Para estes especialistas que lidam cotidianamente com mães e seus bebês o livro é extremamente válido e enriquecedor, não apenas para reconhecer esses seres como humanos mas também para entender melhor como estes especialistas devem agir diante de uma mãe e seu bebê de maneira que não prejudique em nada ambos.
No capítulo um, denominado de “A mãe dedicada comum” o autor inicia o trabalho falando sobre como escolheu o título e as críticas recebidas por ele, além de mencionar a importância do período de preparação “pré-bebê”. Em umas das passagens do texto, o autor cita: “Do ponto de vista do bebê, nada existe além dele próprio, e portanto, a mãe é, inicialmente, parte dele” (p. 09), o que está de acordo com o primeiro subestágios do período sensório-motor da teoria de Piajet.
O capítulo dois, “Saber e aprender” de 1950, fala sobre a importância dos conhecimentos naturais da mãe e do conhecimento adquirido, seja com profissionais ou com pesquisas científicas e ressalta a relevância daquele que ele considera inato a mãe, como na passagem a seguir: “Na verdade eu diria que a riqueza essencial deste conhecimento intuitivo é o fato de ele ser natural e não conspurcado pelo aprendizado.” (p. 14) O autor ainda expõe a importância que se tem ao “segurar o bebê”, os sentidos que tem essa expressão e o significado do próprio fato, pois a forma como se segura um bebê resulta em certas consequências para sua vida.
No capítulo três, “Amamentação como forma de comunicação” de 1968, o autor evidencia a importância da alimentação como meio de comunicação entre bebê e mãe, como geradora desse alimento. “Portanto, ao examinarmos a experiência de amamentação de um bebê, a primeira coisa a fazer é pensar em termos de riqueza da experiência e do desenvolvimento total da personalidade.” (p. 24) Segundo o autor, a amamentação faz parte de um bom processo de desenvolvimento da criança e é vista por Winnicott como um fenômeno natural que não pode ser forçado para as mães que não têm esse fenômeno exposto tão naturalmente. “Chego, portanto, ao reconhecimento do valor positivo da amamentação, levando em conta que esta não é absolutamente essencial e que não se deve insistir nela, quando a mãe tiver alguma dificuldade pessoal.” (p. 24)
O Capítulo quatro é baseado na conferência de Winnicott chamada de “O récem-nascido e sua mãe” de 1964. Em seu início, o autor já diz que o tema tratado é extremamente amplo e ele tentará nos trazer uma nova dimensão deste. De maneira geral, Winnicott relata sobre casos de pacientes dele, enquanto psicanalista, com esquizofrenia e a relação desses pacientes com seus pais enquanto falam sobre suas experiências de nascimento. “A teoria da esquizofrenia enquanto anulação dos processos de maturação que ocorrem nas fases iniciais da infância tem muito a ensinar ao psiquiatra; acredito que também tenha muito a ensinar ao pediatra, ao neurologista e ao psicólogo, a respeito dos récem-nascidos e suas mães.” (P. 42)
No capítulo cinco, chamado de “As origens do indivíduo”, Winnicott faz uma crítica à carta, de 1966, do arcebispo Dr. Fisher. Na carta, Fisher faz a seguinte indagação: “Quando o indivíduo tem início?” e a resposta dada por ele seria que, a partir do momento de nascimento. No entanto, Winnicott discorda dessa ideia e expõe o que ele chama de periodização do desenvolvimento que está dividido em doze etapas, são elas: (1) O ato de conceber mentalmente, (2) A concepção, (3) O cérebro como órgão, (4) Sinais de vida, (5) Viabilidade, (6) A psicologia torna-se significativa, (7) O nascimento, (8) Eu – não-EU “a criança repudie o que é o não-EU, vindo a constituir o EU.” (P. 47), (9) Objetividade, (10) Código Moral, (11) O brincar e a experiência cultural e (12) A realidade psíquica pessoal. O autor afirma na página 46 que a conclusão de Fisher carece de uma maior elaboração.
O capítulo seis, “O ambiente saudável na infância”, trata de uma conferência realizada por Winnicott a Pediatras. Neste, o autor expõe fatores que já foram colocados em capítulos anteriores, como a importância que se tem na maneira de segurar um bebê; “No início, porém é o ato de segurar a estrutura física do bebê que vai ressaltar em circunstâncias satisfatórias ou desfavoráveis em termos psicológicos” (p. 54), e a questão da alimentação (amamentação) da criança e o fato de não “obrigar” a mãe que não consegue, por problemas pessoais, amamentar seu filho, além de acrescentar neste aspecto o que chama de relação objetival. Winnicott diz que vários problemas de distúrbios psiquiátricos acontecem por culpa de médicos e enfermeiras que interferem na ação natural de relação entre bebês, suas mães e pais. Portanto, ele quer dizer para esses profissionais que evitem interferências nestes mecanismos naturais.
O capítulo sete é a transcrição de um programa de rádio de 1957, nomeado de “A contribuição da psicanálise à obstetrícia”. Este relata sobre relações, tanto positivas quanto negativas, entre médico, enfermeira e paciente em situação de parto. Menciona sobre a importância da confiança e familiaridade da paciente com o médico e enfermeira e sobre os problemas possivelmente causados pela falta dessa confiança. Winnicott cita no fim deste capítulo algo extremamente interessante para compreensão deste no parágrafo em que diz: “Por meio destes procedimentos, a psicanálise, como a vejo, oferece à obstetrícia, e a todo trabalho que diga respeito às relações humanas, um aumento do respeito que os indivíduos sentem uns pelos outros, bem como pelos direitos individuais. (p. 71)
No capítulo oito, “A dependência nos cuidados infantis” de 1970, o autor inicia o texto ressaltando a importância no fato de reconhecer o bebê como um ser realmente dependente, que não consegue “se virar” sozinho. Logo após, diz que a adaptação da mãe às necessidades de seu bebê não é algo que possa ser feito através de esforços deliberados ou de estudos em livros, mas que faz parte do estado natural da mãe ao fim de seus nove meses de gestação. Segundo o autor, a maioria dos bebês recebe uma boa assistência relacionada a essa dependência que eles tem e isto é extremamente benéfico para saúde psíquica da criança, por outro lado para aqueles que foram de certa maneira negligenciados podem obter prejuízos concretos muito difíceis de ser reparados. O autor comenta algo extremamente fascinante sobre este capítulo em seu último parágrafo na página 78.
Capítulo nove, “A comunicação entre o bebê e a mãe entre a mãe e o bebê: convergências e divergências”, é a transcrição de uma conferência de 1968. O autor fala de como o bebê e mãe se comunicam através do contato físico entre eles, com o segurar adequado do bebê pela mãe, com a adequação da mãe às necessidades de seu bebê. É muito importante o fato que autor traz da confiabilidade que o bebê tem em sua mãe pela maneira que ela o segura. É bastante interessante que o autor está, neste capítulo, em um processo constante de comparação entre a comunicação que se tem entre uma mãe e um bebê e um psicanalista (sua profissão) e seu paciente. “Assim, para terminar, chegamos à conclusão de que o bebê se comunica criativamente e que, no devido tempo, se torna capaz de usar o que foi por ele descoberto” (p.92) Para o autor, é desta forma que o bebê se comunica com sua mãe.
Finalmente, pode-se concluir que o livro apresentado traz em si uma coletânea de trabalhos extremamente interessantes para pessoas que lidam em seu cotidiano com mães e bebês e para aqueles que têm gosto sobre a prática da psicanálise como era feita no período de Winnicott. Se todos os profissionais que trabalham com esses indivíduos soubessem da relevância dos temas expostos neste livro os tratariam com mais afinidade, de maneira mais humana o que causaria menos problemas tanto para as mães quanto para as crianças. Mesmo o livro não sendo indicado para mães, bseria muito benéfico que todas as pessoas, incluindo elas, pudessem o ler para entender ao menos um pouquinho dessa complexa relação que existe entre uma mãe e seu bebê e é isto que está presente nas conferências e programa de rádio executados por Donald Woods Winnicott.
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LaraF 11/03/2013

Winnicot apresenta ideias bem humanas com relaçao a mae e o bebe. Enfatiza a naturalidade do parto normal para o bebe e os cuidados intuitivos da mae. As palestras sao transcritas com linguagem super acessivel! Um lindo livro repleto de ideias maravilhosas!
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Bbel 11/02/2011

Mães
O que mais me chamou atenção no livro foi a sensibilidade de Winnicott para falar a profissionais e deixar claro que o melhor que eles podem fazer é não intervir na relação natural mãe-bebê!
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