MiCandeloro 22/04/2017
Divertido, mas meio decepcionante!
ALERTA! Esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores da série. Leiam por sua conta e risco!
Finalmente a carreira de Libby como designer de joias pareceu decolar. Depois de conseguir um financiamento polpudo por parte de Ben - que se tornou seu sócio - para investir no negócio, Lib se mudou para Notting Hill, um dos bairros mais fabulosos de Londres, para morar praticamente de graça no apartamento de Elvira - headhunter de Ben - com o intuito de abrir o seu próprio showroom.
Mas o mesmo não se pode falar de sua vida amorosa. Praticamente um ano atrás, Libby finalmente percebeu o quanto era apaixonada por Olly e que, milagrosamente, seu amor era correspondido. Entretanto, deixou a oportunidade de se declarar passar e teve que amargar ao assistir de camarote Ol pedindo Tash em namoro.
Agora, ela tenta sobreviver ao seu coração partido, enquanto se foca nos negócios. Todavia, para a sua surpresa e felicidade, seu sofá mágico Chesterfield parece ter voltado à vida, trazendo consigo como aparição da vez a glamourosa Grace Kelly.
Grace está a um dia do seu casamento. Vestida em seu suntuoso e de dar inveja, vestido de noiva, e tem certeza de que Libby se trata de seu alter ego e de que ambas estão em um sonho, muito maluco por sinal. Em meio a divagações e confissões, Libby será inspirada pela futura Princesa de Mônaco a seguir em frente e alcançar o seu felizes para sempre em seu próprio conto de fadas. Será que ela vai conseguir?
Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!
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Não é segredo para ninguém o quanto sou apaixonada pela escrita de Lucy Holliday e o quanto tenho um carinho especial por essa série. Obviamente, estava um tanto quanto ansiosa para ler o terceiro volume e, assim que pus as mãos no meu exemplar, caí de boca e sofri de privação de sono, pois foi difícil de parar de ler até terminar. Entretanto, tive a minha cota de decepção com a trama.
Apesar da amalucada de Libby ainda ter me arrancado diversas risadas, fiquei chocada ao perceber que ela e Olly ainda não estavam juntos, pois imaginei que esse volume mostraria um pouco do relacionamento amoroso de dois.
Além disso, admito que detestei a aparição de Grace Kelly. Ela foi por diversas vezes seca, esnobe e estúpida e, na minha visão, ela só foi inserida no enredo, pois a sua história de vida era muito parecida com o norte que a escritora quis dar à Lib. E falando nisso, apesar de ter, em um primeiro momento, amado Joel, o novo affair de Libby, e de ter, de certo modo, realmente torcido para que ela seguisse em frente e esquecesse Olly, até porque o rolo dos dois já "deu o que tinha que dar", fiquei muito emputecida com a encheção de linguiça completamente fantasiosa na qual a obra se tornou.
Para piorar, quando Libby e Olly parecem que finalmente vão se resolver, Lucy simplesmente corta a cena e nos transporta para três meses depois na narrativa. Oi? Como assim, cara pálida? Li três livros inteiros para não saber como foi que eles se declararam um para o outro?
Quanto ao desfecho, foi fofo, mas bem clichê, com algumas partes meio sem noção. Só não reduzi por completo a nota em relação ao texto por conta do amor que tenho por esses personagens. E por falar neles, não posso deixar de citar Bogdan, um dos meus favoritos, que novamente ocupou um espaço de destaque; e Dillon, que de maneira inusitada, fez crescer meu apreço por ele.
De leitura rápida, fácil e divertida, Uma noite com Grace Kelly é uma ótima pedida para desanuviar a cabeça e se distrair.
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