O complexo de Portnoy

O complexo de Portnoy Philip Roth




Resenhas - O Complexo de Portnoy


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jota 25/10/2014

Alexander, o grande [impublicável]
Foi o primeiro livro de Roth que me caiu nas mãos, tempos atrás, retirado na biblioteca pública local. Mais ou menos na mesma época li também O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. Tanto um como o outro se tornaram meus favoritos instantaneamente.

Desta vez acho que gostei mais ainda de O Complexo de Portnoy, pois agora entendo completamente certos aspectos da cultura judaica e outros fatos (ou nomes) citados no livro. Quanto aos termos judaicos no final do livro há um glossário de muita valia, que não vai deixar leitor algum boiando na areia.

A mãe judaica, celebrada por Roth em suas páginas (também por Woody Allen em alguns filmes e escritos), é ao mesmo tempo uma presença opressora, onipresente, uma fonte de irritação e de humor impagável, pelo menos do modo como ele caracteriza a mãe de Alexander Portnoy.

O humor judaico (Portnoy diz e faz coisas que até o deus judaico duvida) e a forma como Roth conta a história do (sexualmente) insaciável personagem fazem deste livro, conforme assinalou o New York Times Book Review, "uma experiência de leitura extraordinariamente viva." Beirando a pornografia em certos trechos, no entanto, o livro é "deliciosamente engraçado. Absurdo e exuberante, desatinado e impagável.", prossegue o NYT.

Um pequeno trecho: "A primeira coisa que vejo numa paisagem não é a flora, falando sério é a fauna, a oposição humana, quem está comendo quem. A vegetação deixo para os passarinhos e as abelhinhas, que têm lá seus problemas; eu tenho os meus. Lá em casa, quem sabe o nome daquela coisa que tem na calçada em frente do nosso prédio? É uma árvore - e pronto. (...) No outono (...), caem dos galhos umas vagens compridas, em forma de crescente, que contêm umas pelotinhas duras. Pois bem. (...) se você colocar uma dessas pelotas num canudinho e soprar, pode cair no olho de uma pessoa e cegá-la para o resto da vida. (...) Pois é mais ou menos essa toda a minha bagagem intelectual em matéria de botânica..." E por aí vai.

Salve, Alexander Portnoy! Salve, Holden Caulfield!; heróis da gente leitora. E também Macunaíma...

Relido entre 21 e 25/10/2014.
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Mariane 07/08/2015

Na contracapa do exemplar em edição de bolso, há o seguinte questionamento: "seria 'literatura séria' ou apenas humor?" Caso houvesse uma resposta sensata para tal pergunta, seria que se trata de literatura séria escrita com humor, mas creio não haver sensatez nesta resposta também. Philip Roth lançou esta obra 1969. Mil novecentos e sessenta e nove, e ainda hoje gera discussões pela ousadia. Pode haver alguma dificuldade na leitura, pois o ritmo é mais pesado para quem ainda não leu nada do autor. Sobre ser uma boa escolha para primeiro contato com Roth: será para aqueles que estiverem receptivos. Ainda não sei se este é texto de indicação, mas mesmo que não esteja receptivo, leia. Mais no blog Estante Insólita.

site: http://estanteinsolita.blogspot.com.br/2015/08/o-complexo-de-portnoy-philip-roth.html
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Eduardo 27/04/2016

Potencial desperdiçado
É um bom livro, mas, poderia ser ótimo.
Esta é uma obra bem humorada; em algumas ocasiões, o autor consegue ser incrivelmente hilário e ultrajante, porém, muitas vezes as tentativas humorísticas se resumem a palavrões pulverizados pelo texto. É um trabalho limitado, que carece de profundidade, exatamente por causa das limitações do próprio protagonista, que prefere culpar a todos pelos seus infortúnios. O Livro "O Mal Obscuro" do italiano Giuseppe Berto, é um livro parecido com esse, mas este sim, foi executado de forma brilhante. É engraçado, ultrajante, inteligente, profundo, e carregado de sentimento. Sem dúvida, recomendo muito mais a leitura de "O mal obscuro", do que "O Complexo de Portnoy"
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vick 28/04/2024

Portnoy passa o livro todo falando sobre sua culpa pelos seus pensamentos sexuais, enquanto discorre sobre sua infância com uma mãe dominadora. Divertidinho, mas repetitivo.
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Daniel 11/04/2017

Uma obra prima do humor e da sexualidade
Esse é o primeiro livro que leio de Philip Roth, e como outros autores cuja obra conheci esse ano, também foi uma grata surpresa.
O protagonista, Portnoy, é indeciso, irônico, pervertido e um tanto egocêntrico. Dividido entre a moralidade exagerada de seus pais superprotetores e seus próprios desejos lascivos, ele se torna um adulto obsessivo, socialmente bem sucedido, mas incapaz de estabelecer um relacionamento sério com uma mulher. Por isso, acaba se envolvendo em casos passageiros (e hilários) que nunca acabam bem. Tudo isso é narrado do ponto de vista do próprio Portnoy, durante uma sessão com seu analista, o Dr. Spielvogel, do qual nada sabemos.
O humor ácido de Roth assemelha-se à figura caricatural do judeu moderno nos primeiros filmes de Wood Allen, além da ironia cortante (e vulgar) da obra de Charles Bukowski, mas sem nunca perder a qualidade literária. É preciso dizer, entretanto, que é uma obra "suja"; com uma linguagem chula, obscena e nada politicamente correta. E é justamente nas partes mais "sujas" do livro que é necessários interromper a leitura, pois é impossível conter as gargalhadas. Mesmo assim, é um livro de grande valor literário. Roth consegue analisar perfeitamente a psique do protagonista de uma forma quase freudiana, criando um forte perfil psicológico, ao mesmo tempo em que desconstrói e critica certos valores intrínsecos do judaísmo e da sociedade americana.
Uma obra surpreendente, engraçada e bem escrita. Pretendo ler mais livros dele.
Recomendo.
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Nádia 02/05/2017

#resenhapomarliterario Complexo de Portnoy
"Não podia sequer pensar em beber um copo de leite junto com o meu sanduíche de salame sem ofender seriamente ao Deus Todo Poderoso. Imagine o que me custaria na consciência todas aquelas ejaculações! A culpa, os temores - o terror incutido em meus ossos! No mundo deles, o que não estaria carregado de perigo, gotejante de germes, repleto de riscos? Oh, onde estava o prazer, onde estavam a audácia e a coragem? Quem saturou esses meus pais de uma visão tão temerosa assim da existência?"
Não recomendado para menores de 18 anos! O livro trata de um tema pesado, um enredo bastante denso, porém que o autor com seu senso de humor sarcástico, consegue aliviar a tensão. O Alex tem compulsão por sexo. Desde a pré adolescência ele se masturba compulsivamente e procura ao máximo o prazer sexual. O livro é a narrativa da vida dele, desde a mais tenra infância até a idade adulta feita no divã do Dr. Spielvogel. Pelo que pude perceber, todas as suas neuroses e inclusive a compulsão sexual têm origem devido a educação repressiva que recebe dos pais judeus. Ênfase no tratamento materno. Concomitante a leitura do livro, fui traçando um paralelo com o filme francês "Leolo, porque sonhas?" que foi um dos filmes que mais mexeram comigo psicologicamente até então e a leitura dessa obra me ajudou muito a olhar com menos estranheza para o filme e a ter uma percepção mais patológica e menos vulgar da realidade. Não foi uma leitura fácil mas foi muito rica principalmente pra mim que tinha/tenho muitas questões que foram levantadas pelo filme supramencionado. Recomendo a quem tem mente aberta e aos colegas da psicologia!

site: https://www.instagram.com/p/BCHExoPGv5L/?taken-by=pomarliterario
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Inaldo Filho 03/06/2018

Não achei lá essas coisas todas não. Imaginei outra abordagem dos transtornos psiquiátricos. Achei cansativo e arrastado. Protagonista e estória neuróticas, um tanto anárquica.
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Zeka.Sixx 20/07/2018

Hilário e genial
O recentemente falecido Philip Roth consegue, nessa verdadeira obra-prima, algo bem díficil: fazer o leitor gostar de um narrador pra lá de chato! Portnoy é um verdadeiro "bebê chorão", sempre reclamando e se lamuriando de como as coisas não acontecem do jeito que ele quer. Viciado em sexo, complexado por sua condição de judeu, ele é uma metralhadora de pensamentos malucos, de comentários ácidos e de reflexões que nos levam a uma gargalhada após a outra. Para quem possui uma certa noção de como funciona a sociedade americana com relação às raças e religiões, e para quem compreende o contexto histórico da época em que o livro foi escrito, ler "O Complexo de Portnoy" vira uma experiência ainda mais encantadora. Brilhante!
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Krishna 19/12/2018

Desesperadoramente ruim
Escrevo essa resenha atrasada, já que li "O Complexo de Portnoy" no começo desse ano, logo após a morte do autor. Assim como muitos, peguei carona em seu sucesso póstumo e fui atrás dos seus livros, tão bem elogiados na literatura americana.

O Complexo de Portnoy não me apresenta nada muito de diferente da literatura masculina, isto é - o costumeiro universo onde o personagem principal, um homem, retrata seus sofrimentos existenciais e fálicos, geralmente destratando (e aqui, faço o uso muito gentil da palavra "destratando") mulheres pelo caminho. Me surpreendeu, no entanto, que o livro ainda reverbere tanto sucesso e, na verdade, que ele possua críticas positivas como um todo.

Me embasbaca que, em 2018, ainda estejamos colocando livros como "O Complexo de Portnoy" na vitrine de livrarias, marcando sua leitura como "cinco estrelas", recomendando a amigos tal leitura. Me pergunto, então, até quando continuaremos a passar pano para absurdos livros que, tidos como clássicos, continuarão canonizados na literatura. Se precisaremos catar a milho, na profundidade de sua narração, as coisas "boas" que a história nos traz, ignorando completamente os relatos de abuso e o desrespeito profundo para com suas personagens femininas.
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Otavio Contente 09/04/2019

Culpa?!
Quem nunca se sentiu culpado depois de fazer alguma coisa proibida pela figura materna? Esse é o ponto principal do relato de Alex ao seu terapeuta. As confidências repletas de passagens de cunho sexual são hilárias e podem ser chocantes para alguns. O ritmo da escrita de Roth é fantástica, realmente parece que estamos dentro de um consultório observando o relato alheio, ou seja, ele nos torna um vouyer em potencial e dependendo das tais proibições da figura materna, pode ser quem experimentemos um pouco da culpa de Sr Portnoy. Vá lá! Prove da culpa sem se culpar.
Obs: a figura materna não se restringe necessariamente à mãe, à mulher e sim às referências de amor e cuidado que temos durante a infância e adolescência que também podem ser de homens.
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Biblioteca Álvaro Guerra 24/07/2019

No divã do psicanalista, Alexander Portnoy - um jovem e bem-sucedido advogado nova-iorquino - tenta resolver os problemas sexuais que o atormentam, passando em revista toda sua existência.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535905892
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Guilherme 28/12/2019

Fazia tempo que eu não lia um livro tão engraçado quanto esse, Ardil 22 tinha sido o último, na minha opinião o que faz os dois serem assim é a pura honestidade, também o que os melhores humoristas fazem é serem honestos demais, tanto que acaba irritando muitas pessoas , mas não é tão fácil, na verdade nem um pouco fácil, não esconder absolutamente nada das suas opiniões, é isto que Alexander Portnoy faz, desde a primeira até a última página, vamos acompanhando todas as suas dificuldades desde a infância até a vida adulta, e o seu maior problema é este lastro, sua mãe, que ele parece carregar e o impede de mostrar para o mundo o quão incrível que ele é. Ele está aparentemente conversando com um psicólogo, mas a gente adentra na mente dele com muito mais profundidade do que uma simples conversa, ele começa contando uma das suas memórias mais antigas, então parece que vai ser uma história linear, mas esta longe disto, mais parece que temos uma visão privilegiada de dentro da sua mente, e vamos presenciando as memórias assim como elas aparecem, e a transição entre o que é realmente concreto e o que apenas são os devaneios dentro da própria lembrança são tão perfeitos que cessa a impressão de sermos apenas espectadores e viramos o próprio rancoroso, neurótico e egoísta que acho que todo mundo tem um pouco.
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Marina.Cyrillo 23/06/2020

Um livro no divã
Estados Unidos ?? O complexo de Portnoy. Premiadi?ssimo e reconhecido Phillip Roth. O que dizer do livro? De ini?cio ri muito, talvez porque as u?ltimas obras lidas foram mais drama?ticas. Um longo mono?logo. Um mergulho pela cri?tica a? cultura judaica. Fluxo de pensamento do personagem com seu analista. Humor a?cido e sati?rico. Centralidade no auto-erotismo. Muita no?ia. Um livro no diva?. ..
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Hofschneider 28/07/2020

achei meio engraçado o livro (as partes problemáticas podem ser explicadas pelo ano que foram escritas ou pelo ano que o personagem nasceu e tal, mas muita parte não tem muita graça porque o mundo mudou) comecei a ler no meu kindle e depois resolvi colocar em audiobook E FICOU MUITO MAIS ENGRAÇADO...a voz da mulher falando pinto boceta e fuder. o livro acaba ficando repetitivo também porque só ha um cara falando sobre a vida dele e sobre as transas dele sempre, o psiquiatra não responde NUNCA. isso se torna chato. os capitulos são bem grandes também.
a parte boa é que narra algo especifico e com uma certa perspicácia mesmo se tratando de assuntos sexuais. ele associa bem a parte psicológica e a auto analise com a infância e como isso se reflete nos impulsos sexuais do personagem judeu (Fala bastante dos judeus) e como ele foi criado para se afastar do que não fosse judeu por causa do antissemitismo.

fui criado por evangélicos e tudo que não era da religião eles consideram mundano e inferior, então me comparei bastante a ele inclusive nas partes dos impulsos sexuais.
Hofschneider 08/08/2020minha estante
esquerdomacho kkk




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