A cura de Schopenhauer

A cura de Schopenhauer Irvin D. Yalom




Resenhas - A Cura de Schopenhauer


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Ali 06/04/2024

Amei
Minha vontade de ler esse livro surgiu depois que li Quando Nietzsche Chorou ? outra obra do mesmo autor ? e me encantei, achei magnífica a ideia de curar pela terapia um pessimista de carteirinha.
nunca tinha sido apresentada à filosofia de Schopenhauer, e estava esperando um livro na mesma pegada do anterior, mas me surpreendi com a nova proposta.
ao invés de curar o próprio, sua filosofia é usada de pano de fundo, e sua biografia é descrita em capítulos alternados com a história de ficção, na qual o psiquiatra Julius, após descobrir uma doença terminal, entra em contato com Philip, um antigo paciente que ele não conseguiu curar de uma compulsão sexual, mas que Schopenhauer, a partir de sua obra, conseguiu. Dessa forma, Philip é convidado a integrar o grupo de terapia que Julius ministra, em troca de este ser seu mentor para a conclusão de seus estudos.
o livro todo flui muito bem, a escrita é leve e de facílimo entendimento. gosto muito das reflexões que o livro suscita, dividindo espaço com o humor que muitas cenas com o grupo carregam.
todos os personagens são muito bem escritos, principalmente Philip e Pam. Philip inicia o livro me causando o maior ódio e desgosto, porque viver estritamente a filosofia de Schopenhauer tornou ele um ser humano completamente descaracterizado de tudo o que o humaniza, podendo ser meramente descrito como bípede. No entanto, o grupo de terapia é maravilhosamente escrito, de forma que é possível perceber os exatos momentos em que ele estava cedendo ao tratamento, até, ao final do livro, o personagem chegar a estabelecer relações afetivas e ministrar seu próprio grupo ao lado de Tony (outro personagem brilhante do livro), o que demonstra uma evolução inimaginável em relação a quando somos apresentados a ele. Quanto a Pam, gostei que quando ela estava ausente do grupo, as impressões dos integrantes sobre ela me fizeram gostar da personagem sem ao menos tê-la conhecido, porém, quando ela volta e se depara com Philip ? com quem teve um passado ?, ela finalmente mostra um lado que me fez odiá-la, até que, com a ajuda dos colegas, ela percebe que é a raiz de muitos de seus problemas, e tem seu arco de redenção.
minha nota só não foi 5 porque sinto que o autor pecou um pouco no desfecho, no sentido de estar faltando algo. não sei exatamente o que eu esperava, mas não era bem isso, senti um gosto agridoce.
no geral, altamente recomendável, o próximo será o de Espinoza.
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Luan.NietzsChe 24/03/2024

[...] Depois da morte seremos o que éramos antes de nascer.
A Cura de Schopenhauer... Só agora, no fim da leitura, entendo o seu título. Julius, um baita psiquiatra, curou Schopenhauer, ou melhor, Philip. De antemão, digo que não tenho muitas boas palavras, infelizmente, para tal resenha de tal esplendoroso livro. Posso apenas, para demonstrar tanto o meu fascínio por este livro, elogiá-lo e falar um pouco, A Quo, sobre ele:

Este livro é de uma genialidade sem fim, é de uma perfeição sem igual! A escrita de Irvin é tão, mas tão cativante! A morte e a vida são tratadas de várias formas, tendo em vista que o livro possui personagens únicos, também cativantes, com personalidades e problemas não tão diferentes mas completamente distintos. Cada sessão descrita neste livro, fazia-me sentir que eu estava lá, sentado numa das cadeiras do grupo de terapia, escutando-os, sendo tratado com eles... É mágico.

De um lado, Julius, lidando com sua premeditada e inexorável morte; do outro, Philip, considerado seu maior fracasso profissional que, durante três anos de terapia, não se curou de seus problemas com os métodos terapêuticos de Julius, mas sim com os métodos de Schopenhauer, lidando com a vida como ela é: um sofrimento sem cessar.

Ao mesmo tempo em que o livro é um romance, é também uma biografia do nosso filósofo-gênio Schopenhauer. É-nos mostrada sua trágica e fascinante vida, suas ideias, sua conturbada relação com a família e muito mais. Ao conhecermos mais a sua vida, conhecemos também a vida de Philip, que é tão parecida com a do filósofo. Assim como o pai de Schopenhauer se suicidou por ter problemas psicológicos, suicidou-se o pai de Philip, assim como Schopenhauer ficou sem ver sua mãe por um bom tempo, ficou sem ver a mãe, também, Philip. Philip, depois de se aprofundar na vida e filosofia de Schopenhauer, passou a ter hábitos iguais e parecidos aos do filósofo: almoçando sozinho, nada de relações sexuais, sem amizades, por fim, usando os métodos que Schopenhauer usava. Philip, sem opção (entenderá o porquê ao ler), entra na terapia de grupo e, a partir daí, Julius tem o desafio, agora, não de curar o Philip com o mesmo problema do passado, mas sim Schopenhauer.
Luan.NietzsChe 24/03/2024minha estante
É simplesmente impossível colocar em palavras a grandiosidade desse livro. Leiam, simplesmente leiam!


Cafeína 24/03/2024minha estante
Uau ... Daria para me convencer a ler umas 3 vezes. Definitivamente entrou na lista


Sara.Goncalves 25/03/2024minha estante
Um fascínio mesmo, senti também cada vez que você comentava comigo


Luan.NietzsChe 02/04/2024minha estante
@cafeína Perfeito, cara, fico feliz. Você não irá se arrepender!


Luan.NietzsChe 02/04/2024minha estante
@sara O milior




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DidioAzul 18/03/2024

Maravilhoso!
Faz algum tempo já que li este livro e confesso que não consigo me lembrar de detalhes sobra a obra, o que dificultou até para que eu escrevesse uma opinião pessoa bem fresquinha. Porém, algo eu consigo recordar perfeitamente: amei o livro. Peguei emprestado do meu irmão e não tinha grandes expectativas, pois até então a temática abordada no livro não me despertava tanto interesse. Repito: até então! Quando acabei de ler, já estava interessadíssimo nos assuntos (psicologia e filosofia) e no próprio autor. Acabei lendo todos o livros dele publicados no Brasil. Virei fã.
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Gustavo Carnelós 16/03/2024

Até agora, o que menos gostei
Foi o terceiro livro que li deste autor, e se eu fizer um ranking, eles ficam justamente na ordem em que eu li:
1º lugar: "Quando Nietzsche chorou", que achei espetacular, um jogo psicológico/estratégico de uma mente brilhante contra outra, mas que acaba surtindo efeito em ambas;
2º lugar: "Mentiras no divã", também muito bom e envolvente, mas fica atrás do primeiro;
3º lugar, este. Ao contrário dos outros dois, "A cura de Schopenhauer" não é nada empolgante e acabou se revelando bem morno.

Alternadamente com a trama principal, há capítulos que falam sobre a vida e obra do filósofo - uma biografia que tem sua relevância para a história e enriquece o livro. Porém, na trama central, você é meio que enganado: pensa que vai girar em torno da relação entre um terapeuta e um ex-paciente, usando os arsenais da psicologia e filosofia misturados com suas questões pessoais, mas acaba caindo numa série interminável de sessões de terapia em grupo - quando começam, a história central vira só isso. Esse grupo traz vários outros personagens, mas com pouco ou nenhum carisma no contexto do livro. Eu, pelo menos, não me cativei por ninguém ali. Ainda que cada um exponha suas questões e intimidades, não há tempo para dar uma atenção maior a qualquer um deles, pois a "rotatividade" de participação entre eles é muito rápida e se torna superficial. Fiquei com a impressão de que eram apenas figurantes com muitas falas. A exceção é a personagem ausente porque está num retiro na Índia, o que abre uma terceira narrativa paralela, de curta duração, mas apesar de sua viagem ser interessante em si, quando ela volta, os capítulos exclusivamente com ela não trouxeram nada tão relevante para a história - ela é um personagem mais importante somente no contexto do grupo.

O final (sem spoiler) é bonzinho, condizente com a sequência dos fatos, trazendo um instante mais emocionante nas últimas páginas. Ainda assim quero ler outros livros dele, pois os temas tratados me interessam, como esse, que teve como lado bom seu conteúdo de psicologia e filosofia.
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Matheus.Correa 25/02/2024

"Lutero considerou a própria neurose como se fosse a de um paciente universal e depois tentou resolver em escala mundial o que não conseguiu resolver nele.? Acho que Schopenhauer também cometeu esse grande erro e você foi atrás.? - Eu simplesmente me surpreendo com o tamanho da profundidade das narrativas desse autor. A forma cheia de nuances e a forma como explícita seu vasto conhecimento técnico em terapias e a sua empatia em anunciar os medos e receios de cada uma das personagens é gigantesca.
O livro tem a ideia de nos apresentar um terapeuta Julius e seu antigo paciente Philipe, após o descobrimento do primeiro de um câncer que lhe possibilitaria mais um ano de vida. Ele olha pra si e sente a necessidade de fazer algo de diferente, algo que o transbordasse e lhe dá um foco para aquilo que o esperava.
Ler sobre cada um dos personagens: Gil, Stuart, Rebeka, Pam, Tony e Bonnie, que estavam presentes no grupo terapêutico em que os protagonistas estavam, é se aventurar dentro das questões humanas que nos tornam quem somos e nos possibilita o ato de questionar. Questionar a nossa condição real ao mundo que nos é apresentado.
Um livro que recomendo veemente pelo toque simples e de um paradoxo que me faz ter os olhos brilhantes ao contemplar cada diálogo e onde a trama e os dramas nos levam. A Cura de Shopenhauer é sobre as curas que nos prometem e a cura que vem até nós.
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Wellington 24/01/2024

A Cura de Schopenhauer - 7,5
Uma escrita vulgar, materialista e afetada, mas Yalom é bom terapeuta de grupos e tem facilidade em tornar fáceis conceitos filosóficos complexos.

Bom material para ver como uma terapia de grupo pode funcionar, mesmo que sob um viés específico.
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Caroline.Brunoni 20/01/2024

Psicologia e filosofia
Amei a leitura, um paciente em terapia e a analogia ao filósofo Schopenhauer. De uma forma leve e muito cativante a leitura nos leva a certos conceitos de psicologia e filosofia.
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Miry 30/12/2023

Excelente pra nos apresentar alguns conceitos da filosofia do Schop de uma forma simplificada, pois estão inseridos num romance. Tem muito de psicanálise, e até de como ele e Nietzsche provavelmente influenciaram Freud.
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dudinha 20/12/2023

Humano
Esse livro estava empoeirando na estante da minha casa há, no mínimo, 15 anos. Desde que me entendo por gente o enxergava apoiado em alguns outros e o nome me chamava atenção. Quando mais nova, assim que iniciei no mundo da leitura, pedi minha mãe para que pudesse ler e ela me respondeu que eu não tinha maturidade pra ler.
Hoje, mais de uma década depois, li e termino essa obra de arte em choro compulsivo e com a mente à milhão, com muito apego em cada u dos personagens.
Além de ser muito bem escrito, devido a intercalação dos capítulos entre a história e a história de Schopenhauer, a obra consegue mexer com o que há de mais profundo em você.
No momento da roda, ao ler e interpretar a conversa dos pacientes pegava a questão mencionada e a trazia para minha realidade. Muito bom para refletir e analisar as pessoas ao seu redor.

Phillip, eu detestei você no início. Achei você um pé no saco, um cara muito palestrinha. No final, vi que você não era só um homem com a história parecida com a de Schopenhauer, vi que era também um humano com experiências e história. Chorar nos torna mais humanos ainda. E eu me transbordei humanidade ao final do livro juntamente à você.
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sorndmraia 09/12/2023

A vida é agora
Sempre tive medo de ler sobre a morte e ler esse livro foi um grande desafio para mim, mas que bom que fiz. Yalom foi direto com esse livro, os personagens, a história em si, tudo e seus mínimos detalhes são fascinantes. fiquei tão absorta no livro que em vários momentos me senti fazendo a terapia de grupo também kkkkkkk recomendo 100%
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Mariana Magalhaes 24/09/2023

Transformador
Esse livro me foi recomendado por um professor da faculdade, da disciplina Psicologia e relações grupais. Não sabia o que esperar e tive uma grande surpresa. Confesso que fica enfadonho em alguns capítulos, mas vale a pena demais ir até o fim.
Me identifiquei com os personagens em momentos diferentes, em especial com a Pam e Phillip. Pretendo reler alguns trechos pois consegui tirar muitos aprendizados pra minha vida e futura profissão.
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Jontas 22/09/2023

Que tiristeza
Não me curou da depressão mas é muito bom, recomendo pra saber a história do Schopenhauer e de quebra ler uma história foda
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Giulia316 12/09/2023

Eu adorei ler esse livro!
Eu me surpreendi lendo esse livro. O formato dele tornou tudo melhor ainda. A maioria, senão todos os capítulos se intercalam entre o que vai acontecendo após a descoberta do Julius sobre sua saúde, o grupo de apoio terapêutico, e a história de Arthur Schopenhauer.

No decorrer da história, fui me apegando aos personagens. Gostava da comunicação ser livre dentro da roda, e fiquei admirando a evolução de cada um. Isso só me fez almejar ainda mais ter sempre minha psicóloga por perto, na minha vida. E quem sabe não experimentar tudo que a psicologia e a filosofia podem me proporcionar?! Para sempre, fazer de tudo por mim, nem por um momento, abrir mão disso.

Tenho conhecido a história de cada filósofo e psicólogo que posso ultimamente, de pouco em pouco. Esse livro parece que caiu em minhas mãos de propósito porque pude conhecer mais detalhado a história e os pensamentos de Schopenhauer. É cedo para dizer um filósofo que tenha amado e me identificado, pois quero conhecer ainda mais todos que puder. Mas posso dizer algumas coisas sobre Arthur, na minha percepção. Ele teve seus problemas de infância com seus pais, em relação ao amor, e juntando isso com seus traços naturais de personalidade levaram aonde levaram ele..Pessimista, introspectivo, amargo, talvez? Ainda sim, não tem como não mencionar, que ele é extremamente inteligente, como se ele não tivesse a venda nos olhos que cega da realidade mais pura. Concordo e discordo de alguns pensamentos dele, meio a meio. Concordo que nós não temos que precisar de pessoas o tempo todo e a todo momento, essa procura constante esconde uma necessidade que não é genuína da alma. É o que eu acredito! Se identificar e sentir amor genuíno não é como frutas que caem da árvore, é mais profundo que isso. E outro ponto é que, as minhas maiores felicidades e momentos de paz, eu sempre estou sozinha. Demorou anos para entender e aceitar isso, mas é como se eu sentisse amor quando estou só. Engraçado, não!? Mas mesmo com isso, não acho que não possa sentir por alguém, só não é como eu disse "Como frutas que caem da árvore" e não tenho problema nenhum com isso. E como Arthur disse: "Quem tem muito calor interno, prefere se manter afastado da sociedade para não dar nem receber problemas e aborrecimentos"


O final me fez chorar como eu não esperava, me apeguei ao Julius e parecia que fazia parte daquele grupo de apoio quando não aconteceu a última sessão. Além de que, fiquei feliz com a evolução do Philip. Por um momento, tava quase tendo certeza que ele realmente não tinha nada mais profundo sobre si mesmo e sobre o mundo, além da inteligência e identificação com Schopenhauer. E fiquei me sentindo tocada por tudo que ele disse na sessão que caiu no choro. A gente é um mar de sentimentos, ideias, percepções, repreensões, medos, achismos que é mais complexo enxergar do que pensamos...Talvez seja um processo eterno lembrar quem somos, alcançar níveis maiores e mais profundos sobre nós e sobre a vida. Não fico intimidada ou com medo que isso seja pra sempre, na verdade, me sinto estusiasmada, eu anseio por isso. Como senão visse a hora de experimentar e descobrir tudo que posso descobrir, de toda a consciência que eu posso evoluir no meu tempo na terra.

Fiquei realmente feliz, com o coração quente sobre o final da Pam, Phillip e o Tony. Amo livros assim! 🩵
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escritora.A.Santos 10/09/2023

Uma luz sobre a vida de Schopenhauer
Quando li 'As dores do mundo', de Arthur Schopenhauer, não pude ignorar a visão tão pessimista que ele tinha sobre as pessoas e sobre a vida, como também sua inteligência e capacidade argumentativa. 'A cura de Schopenhauer' elucidou os motivos que poderiam ter levado o filósofo à sua visão do mundo, assim como, ressaltou a importância de entender a condição humana e de buscar ajuda e contraponto para as nossas verdades absolutas.
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